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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

O Paladar do Tempo - Pão de Trigo Integral Capão Novo


Uma das lembranças que guardo das temporadas na praia de Capão Novo, balneário do Rio Grande do Sul, é este pão integral feito no micro-ondas, que era acompanhado por chá ou chocolate quente nos meses de inverno. A origem da receita perdeu-se com o tempo. É um pão fácil e rápido de fazer. 



Ingredientes:
1 tablete de fermento para pão (biológico) ou ½ colher de sopa ou ½ pacote de fermento em pó para pão;
1 xícara de água morna;
1 colher de chá de açúcar;
1 ½ xícara de farinha de trigo integral;
2 colher de sopa de nata (ou requeijão);
1 colher de chá de sal;
Manteiga para untar;
Farinha de rosca para polvilhar (forma de micro-ondas);
Sementes de gergelim.


Modo de Fazer:
Dissolver o fermento com o açúcar e a água morna.
Colocar a farinha numa tigela e juntar o fermento preparado como acima.
Acrescentar à massa a nata e o sal, batendo bem.
Untar e polvilhar a forma com farinha de rosca.
Colocar a massa, polvilhando-a com o gergelim.
Deixar crescer: 30 s em potência alta; esperar 10 min. Repetir até que cresça.
Se crescer bem, assar por 7 min (dependendo do forno até uns 10 segundos antes).


sábado, 23 de abril de 2016

O Paladar do Tempo - Livro Dona Benta




O livro de culinária que conheço desde a minha infância é o clássico Dona Benta. A primeira edição, com o nome inicial de Comer Bem, foi lançada em 15/07/1940, com uma tiragem de 20 mil livros, que se esgotaram rapidamente. De lá para cá, a obra chegou à incrível marca de 1 milhão de exemplares vendidos. Naquela época, acreditava que o livro fosse uma versão de uma obra estrangeira. Puro engano...

Por incrível que pareça, o livro não teve autor. Partiu da ideia do Diretor de Produção da Companhia Editora Nacional, Rubens de Barros Lima, visando suprimir a ausência de um título de culinária no catálogo da empresa. As receitas inicialmente tiveram contribuições do casal Alduino e Lygia Estrada, a partir de receitas que visavam conquistar as famílias brasileiras das mais diversas regiões e camadas sociais. Além das receitas, houve a preocupação da Editora de incluir títulos como utensílios, montagem de cardápios, além de conselhos para receber amigos e enfeitar a casa. A ideia para a capa do livro, que ainda hoje é utilizada, veio da concepção de Octalles Marcondes Ferreira, que acompanhou a elaboração da obra nos seus primórdios, com o desenho de J. V. Campos.


Uma antiga edição de Dona Benta - Foto: Internet


O livro Dona Benta de minha mãe não chegou aos dias atuais. Era uma antiga edição dos anos 1950, mas ainda antes daquelas edições em que foram incluídas as fotos coloridas. Acho que o principal mérito do livro era o de apresentar ao usuário a boa técnica culinária com relação ao alimento: as suas características, bem com a sua preparação e conservação, e não somente limitando-se à apresentação de receitas. A diferença, a ‘pegada’ maior deste livro está neste diálogo com o leitor.


Um dia desses, não pude resistir e comprei um exemplar numa livraria, uma edição de 2013. Não sei se é a última. Descobre-se que o livro foi reformulado, mas ainda assim conservou a sua identidade. Trouxe consigo uma assinatura de contemporaneidade, adaptado às inevitáveis mudanças, não só tecnológicas, mas culturais e sociais. Estamos diante de uma obra eterna?



quarta-feira, 25 de março de 2015

O Paladar do Tempo - Spritzbier


Um Spritzbier geladinho! Foto: Arquivo Pessoal


O Spritzbier, uma espécie de cerveja preparada pelos colonos alemães, feita à base de gengibre, era consumida nos Kerbs, as festas tradicionais da comunidade alemã. O Kerb teve o seu início a partir da festa de inauguração de uma igreja, sendo depois realizada anualmente. As festas eram muito esperadas e envolviam muitos preparativos, dentre eles, a preparação do spritzbier. Aqui está uma receita simples para ser realizada como um refrigerante caseiro com sabor de limão.


SPRITZBIER

Ingredientes:
5 litros de água
500 g de açúcar
100 ml de suco de limão
50 g de gengibre picado

Modo de fazer:
Ferva o gengibre em 500 ml de água, por aproximadamente 15 minutos.
Num recipiente grande, misture o suco de limão com o açúcar, o gengibre com a água da fervura ainda quente, mexendo bem até dissolver todo o açúcar.
Tampe e deixe repousar por 24 horas.
Passado este tempo, peneire tudo e engarrafe em pets, deixando um espaço de 3 dedos livres em cada garrafa por conta da fermentação.
Guarde em lugar seco e fresco por 10 dias.
Antes de servir, coloque na geladeira.



O Paladar do Tempo - Licor de Butiá


Os butiazeiros de meu Condomínio remeteram-me ao passado - Verão 2015 - Foto: Arquivo Pessoal

Os butiazeiros me trazem recordações da casa de minha avó Idalina, situada nas terras de Pareci Novo RS. Havia épocas em que o meu pai trazia certa quantidade de frutos, para fazer licor de butiá no nosso lar em Porto Alegre. Os butiás preparados ficavam muito tempo descansando num recipiente de vidro, até que pudesse ser finalmente consumido. O butiazeiro é uma palmeira, cujos frutos alaranjados são usados para fazer geleia, licor e outros produtos. São encontrados de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul. Existem inúmeras receitas na Internet. Escolhi uma que veio da cidade gaúcha de Giruá, referência no preparo do fruto como alimento e no artesanato com as fibras e sementes da palmeira. É um aperitivo com sabor de saudade...


LICOR DE BUTIÁ

Ingredientes:
4 xícaras de butiás descascados
3 xícaras de açúcar
1 xícara de água
¼ de garrafa de cachaça

Modo de fazer:
Adicionar a água, as frutas e o açúcar numa panela e cozinhar até engrossar a calda.
Deixar esfriar e acrescentar a cachaça.
Colocar num frasco de vidro ou garrafa hermeticamente fechado, devendo ser mantido assim por cerca de 2 meses, quando estará pronto para ser consumido.


Licor da Waszak Bebidas Especiais - Porto Alegre RS
Licor de Butiá da Harmonie Schnaps - Harmonia RS


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O Paladar do Tempo - As Aulas de Culinária do Colégio Sévigné














Esta receita vem dos tempos das aulas de Culinária, que eram dadas no Colégio Sévigné nos Anos 1960. A freira que nos ensinava Culinária se chamava Irmã Beatriz. Tenho certa lembrança, mas não muito nítida, de onde ficava a nossa cozinha: saindo do nosso antigo bar ou cantina, em linha reta, atravessávamos o grande pátio em direção ao prédio do Científico e do Normal (hoje diríamos 2º Grau), onde havia uma escada para o subsolo. Daqui para frente, só me lembro da mesa onde degustávamos as nossas preparações, antes de irmos para casa ao meio-dia. Aqui está uma receita daqueles tempos: tão simples e gostosa!




PÃO-DE-LÓ DE LARANJA

Porções: 6 a 8

Ingredientes:

4 ovos;
1 ½ xícara de açúcar;
½ xícara de suco de laranja;
1 ½ xícara de farinha de trigo;
2 colheres de chá de fermento em pó.

Modo de fazer:

Bater as claras em neve;
Juntar as gemas e o açúcar, batendo sempre;
Depois de bem batidas, junte o suco, a farinha e o fermento;
Levar ao forno em forma untada com manteiga e farinha por 20 min a 30 min.