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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Família Belhomet 1ª Parte - Ancestrais e Descendentes






A FAMÍLIA DE EUGÊNIA BELHOMET ABARNO 


O pai de Eugênia Belhomet Abarno, 3ª esposa de meu bisavô Nicola Abarno, chamava-se Augustin Nicolas Belhomet (*1849/1850 Paris, França/+24/01/1899 Alegrete RS). Este era filho de Augustin Belhomet e de Adélaïde Casteres. No Brasil, seu nome aparece por vezes como Nicolau Agostinho, Agostinho ou Augusto Nicolao. Por pesquisas realizadas entre os anos de 1891 e 1915, através do recenseamento do Institut National de La Statistique et des Études Économiques (www.notrefamille.com), os Departamentos da França em que os sobrenomes dos pais – Belhomet e Casteres – aparecem ao mesmo tempo eram os de Paris e de Charente. A cidade de nascimento, a capital francesa Paris, somente foi descoberta através da certidão de seu segundo casamento, com Rosalina Justo Ferreira, na data de 23/04/1879, na cidade de Alegrete RS (CRCPN Alegrete, Livro B-1, fl. 23 v, nº 58).


Assinatura de Augustin Nicolas Belhomet na grafia portuguesa


Nesta outra assinatura, Augustin utiliza a variante  'Agustinho'


Paris, por volta de 1850 - Fonte: Wikipedia

Não foi encontrado o registro da chegada de Augustin Nicolas Belhomet no Brasil. Havia quatro portos por onde os navios da França seguiam para o Brasil: Dunquerque, Bordeaux, Le Havre e Marseille. Do Porto de Le Havre, na região da Normandia, houve três partidas entre os anos de 1869 e 1870, que são os anos prováveis da vinda de Augustin, com chegadas ao porto de Rio Grande, no sul do Brasil. Os navios chamavam-se Jean Baptiste, cujo capitão era Denis, e Jeanne, conduzido pelo capitão Roeller. É possível que a causa de sua emigração tenha sido a Guerra Franco-Prussiana (19/07/1870 a 10/05/1871). Por causa do conflito, os embarques através de Le Havre foram interrompidos no ano de 1870.


O Porto de Le Havre em meados do Século XIX



A ORIGEM DO SOBRENOME BELHOMET
  


A árvore do Olmo



Belhomet tem origem toponímica e a palavra possui o sentido de “bel orme” (belo olmo, que é o nome de uma árvore). Casteres pode ter duas origens: o sobrenome é freqüentemente encontrado na região de Toulouse, sendo originário de uma localidade de mesmo nome, assim como pode ter sido originado da palavra castelo ou fortificação, sobrenome este encontrado no sudoeste da França. Na região da Gasconha, encontra-se a variante Castera.





O PRIMEIRO CASAMENTO


Augustin Nicolas casou-se com Francisca Lucrécia de Carvalho (*Alegrete RS/+Set/1878 Alegrete RS), filha de Miguel de Carvalho e de Angélica Veríssimo Araújo, na data de 30/05/1870, na cidade de Alegrete RS (Cúria de Uruguaiana, Livro de Casamentos de Alegrete, Ano 1870). O casal teve cinco filhos:


I- Manoel Leonardo Belhomet (*07/11/1871 Alegrete RS/+RS) residia no Distrito de Vasco Alves, em Alegrete RS, tendo se casado com Cesária Barbosa. O casal teve pelo menos duas filhas:

I-1-Iva Barbosa Belhomet (*1892 Alegrete RS/+29/11/1999 Alegrete RS), solteira, residente na Av. Liberdade, em Alegrete RS. Deixou 9 filhos: Ilda Belhomet, Genoveva Belhomet, João Belhomet, José Belhomet, Manoel Belhomet, Antonio Belhomet, Maria Olina Belhomet, Tereza Belhomet e Cleci Belhomet. Foi sepultada no Cemitério Municipal;


I-2-Antonia Belhomet (*1901 Alegrete RS/+31/03/1945 Alegrete RS), residente no Rincão do Vinte Oito, localidade do 4º Distrito de Alegrete RS. Na união com Eugenio Batista Ramos, teve o filho Agustinho Belhomet (*04/12/1922 Alegrete RS) e a filha Leonarda Belhomet, esta casada com Waltrudes Ramos, tendo este casal tido os filhos Carlos Belhomet Ramos, Marlene Belhomet Ramos (*13/10/1946 Alegrete RS) e Luiz Carlos Belhomet Ramos e, em outra união, Leonarda teve o filho Áureo Belhome (Belhomet).


Leonarda Belhome (Belhomet) com a filha Marlene Belhome (Belhomet) Ramos


Na segunda união de Antonia com João Ramos dos Santos (*1900 Alegrete RS/22/06/1974 Alegrete RS), filho de Galdino dos Santos e de Ana Maria Ramos. Antonia teve os filhos Sidnei, Tereza, Dali Ernesto, Eloá, Amadeu e uma menina natimorta. 


Sidnei Belhome

 
Eloá Belhiome


Tereza casou-se com Leonço Carvalho, tendo o filho Osmar; Nely foi casada em primeiras núpcias com Nicolau Moreira Martins, tendo os filhos Eliane, Jane e Ademir e, em segundas núpcias, com Nobuhide Munekata, tendo as filhas Deise, Maria José e Soraia. Amadeu casou-se com Lucia Paré, tendo as filhas Magda e Lucia. Antonia faleceu em seu domicílio, após o último parto ocorrido no Hospital de Caridade, sendo sepultada no Cemitério Municipal.



Familiares de Antonia Belhomet: atrás (esq./dir.) o filho Amadeu, Joana Paré (sogra de Amadeu); na frente, Ana Maria Ramos dos Santos (sogra de Antonia), a neta Magda Paré, e o esposo João Ramos dos Santos – Alegrete – Anos 1960/1970



II – Manoel Engracio Belhomet (*16/04/1872 Alegrete RS/+10/12/1918 Cruz Alta RS), diarista, artista, padeiro, foi Sargento do 2º Batalhão de Engenharia do Exército Nacional, que se manteve acampado em Cruz Alta por volta de 1907.

Manoel Engracio teve como companheira Cecília Lucena (*RS/+Alegrete RS), filha de José Lucena e Maria Albania Lucena, com a qual teve a filha:


II-1-Maria Francisca Belhomet (*03/05/1901 Alegrete RS);


Manoel casou-se após com Bernardina Mayola (*1884/1885 Alegrete RS/+RS), filha de Pedro Mayola e Maria Aldina Mayola, na data de 04/02/1903, às 15h e 30 min, na casa de residência de Antonio da Costa Lima, situada na Praça 14 de Julho, onde se encontrava o Juiz Distrital João Paulo de Freitas Valle e as testemunhas Pedro José de Almeida, casado, comerciante, natural do Piauí, residente em Alegrete; Brandina da Cruz Rosado, solteira, natural e residente em Alegrete; Antonio da Costa Leiria, solteiro, comerciante, natural de Portugal, residente em Alegrete e a irmã Francisca Belhomet, esta ainda solteira.


Manoel casou-se por volta de 1907 em Cruz Alta RS com Rosa Chartel (*06/09/1881 RS), filha de Thomas James Chartel e Antônia Nunes da Conceição. O casal teve as filhas:


II-2- Marina Leonarda Belhomet (*07/11/1907 Cruz Alta RS), tendo esta uma filha chamada Neusa Belhomet (*08/11/1927 Cruz Alta RS), que se casou com Ivo da Silva (*23/01/1923 Santa Clara do Ingaí RS), filho de Ernestina Maria da Silva, na data de 01/03/1943, em Cruz Alta RS;


II-3-Naïr Belhomet (*17/02/1910 Cruz Alta RS) casou-se com Felício Pinheiro das Neves Ramos (*20/07/1898 Soledade RS), filho de Fabiano das Neves Ramos e Brandina Pinheiro da Silva, na data de 11/01/1933, em Cruz Alta RS;


II-4-Judith Belhomet (*08/10/1914 Cruz Alta RS).


Assinatura de Manoel Engracio Belhomet



III- Maria Eugenia Belhomet (*02/12/1874 Alegrete RS/+12/10/1901 Alegrete RS) foi batizada no dia 25/12/1874, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Alegrete, sendo padrinhos Nicolau Baráh (?) e Maria Eugenia de Aguiar. Foi celebrante o Vigário José Antônio de Almeida e Silva (Cúria de Uruguaiana, Livro de Batismos de Alegrete nº 10, fl. 340 v).


Registro de Eugênia Belhomet no Livro de Batismos da Igreja de Alegrete


Eugenia casou-se aos 17 anos de idade, com Luis (Luiggi) Lucchese, no dia 10/05/1891, às 10 h, na sala da Câmara Municipal de Alegrete, casamento este realizado pelo Juiz de Paz, Jacob Luiz Laydner Sobrinho; ele com 41 anos de idade, natural da Itália, filho de Antonio Lucchese e Carolina Ondina (?), residente em Alegrete. Testemunhas Benjamin Lucchese, Venância dos Santos, Fernando José de Lima e Carolina Maria da Conceição. Benjamin Lucchese tinha 28 anos de idade, natural da Itália, comerciante e residente em Alegrete, provavelmente irmão de Luis Lucchese (CRCPN de Alegrete, Livro Registro de Casamentos B-1, fl.?, Reg. nº 27).



Assinaturas de Luis Lucchese e Eugenia Belhomet


Tendo enviuvado de Luis Lucchese, Eugenia casou-se novamente aos 22 anos de idade com o italiano Nicola Abarno (*19/02/1842 San Fele, Província de Potenza, Itália/+15/05/1918 Alegrete RS, Brasil), filho de Francesco Abarno e Angela Maria Crisonino, na data de 26/03/1898, às 16 horas, na casa de José Pinto da Trindade, na cidade de Alegrete RS (CRCPN Alegrete, Livro B – 2, fl. 25 verso, nº 57). O Juiz de Paz chamava-se Antônio Vital d’Oliveira. Foram testemunhas: João Paulo de Freitas Valle, advogado, Pascoale Pesce, italiano e artista, e Carolina Maria da Conceição. Nesta ocasião, fizeram o reconhecimento dos filhos havidos na união estável de Nicola Abarno com Maria do Carmo Machado: Conrado, com 14 anos, Manoel Victor, com 12 anos e Alfonsina, com 8 anos. O casal teve duas filhas:


Assinatura de Nicola e Eugenia, que utilizou o sobrenome Lucchese



Registro Civil do Casamento de Eugenia Belhomet e Nicola Abarno



III-1-Carmen Abarno (Nena) (*17/04/1899 Alegrete RS/+07/01/1982 Bagé RS) foi registrada no dia 18/04/1899 com o nome de Carmela (CRCPN Alegrete, Livro A, fl. 151 v, Reg. nº 81), mas foi batizada com o nome de Maria Carmella, no dia 14/10/1899, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Alegrete. Seus padrinhos de batismo foram Manuel Jacintho de Freitas e Rita Lopes de Freitas (Cúria de Uruguaiana, Livro de Batismos de Alegrete nº 22, fl. 42 v). Casou-se no religioso no dia 30/07/1919, com Gil Ouriques Ribeiro (01/09/1891 Uruguai/+13/07/1971 Bagé RS), filho de José Gabriel Ribeiro (*25/08/1860) e de Rosalina Ouriques (*13/08/1870). Neste registro da Igreja, aparece o nome Carmen (nome pelo qual ela era conhecida e que difere do nome de batismo). Consta no registro que o noivo era natural de Bagé, mas está incorreto, pois nos documentos relativos ao casamento civil é mencionada a sua cidadania uruguaia, residindo este, juntamente com seus pais, na cidade de Bagé. Consta também neste registro da Igreja, que o pai Nicola Abarno era casado com Eugenia Belhomet apenas no civil (Cúria de Uruguaiana, Livro de Casamentos de Alegrete nº 14, fl. 12). O casamento civil realizou-se às 8 horas do dia 30/07/1919, em Alegrete RS (CRCPN Alegrete, Livro B–6, fl. 34), na casa da madrasta, a viúva Rosa Basile Abarno. O Juiz de Paz foi o Major Feliciano Febronio Rodrigues e as testemunhas Dr. Gaspar Saldanha, advogado, Geraldo Ouriques Ribeiro, criador, Francina Ribeiro e Itália Hoffmann (sobrinha de Rosa Basile). Gil Ouriques Ribeiro era pintor, um artista de talento. O casal foi residir na cidade de Bagé RS, onde faleceram e foram sepultados. O casal teve seis filhos:



Assinatura de Gil Ouriques Ribeiro e Carmen Abarno


Carmen Abarno (Maria Carmella Abarno)


III-1-1-José Nicolau Abarno Ribeiro (*05/08/1920 Alegrete RS/+09/09/1980 Bagé RS), solteiro, sem filhos, era alfaiate. Foi sepultado no Cemitério Municipal de Bagé;


III-1-2-Newton Abarno Ribeiro (*12/01/1922 Bagé RS/+29/07/2013 Rio de Janeiro RJ) foi casado em primeiras núpcias com Irinea da Costa, tendo os filhos: Gil da Costa Ribeiro e Rosa Helena da Costa Ribeiro, residentes no Rio de Janeiro. Casou-se em segundas núpcias com Dagmar Chaves Vasques, com quem teve a filha Nilmar Chaves Ribeiro. Era militar, Primeiro-Tenente do 6º Regimento de Cavalaria do Exército Brasileiro, residindo no Estado do Rio de Janeiro;



Newton Abarno Ribeiro


III-1-3-Gentil Abarno Ribeiro (*18/09/1924 Alegrete RS/+04/08/2004 Bagé RS) casou-se com Maria José Pereira (*22/08/1926 Lavras do Sul RS/+31/12/1985 Bagé RS), filha de Teófilo Pereira e Maria Altina Figueiredo, na data de 18/09/1951, em Bagé RS. O casal não deixou filhos. Era ferroviário. Foi sepultado no Cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé;


III-1-4-NN Abarno Ribeiro (*14/05/1927 Alegrete RS/+14/05/1927 Alegrete RS);


III-1-5-Lizena Abarno Ribeiro (*14/02/1930 Bagé RS/+08/08/2002 Porto Alegre RS) casou-se com Getúlio Martins Brasil (*RS/+07/08/2004 Porto Alegre RS), com quem teve dois filhos: Luiz Antônio Ribeiro Brasil, pertencente à Brigada Militar do RS e Sergio Ricardo Ribeiro Brasil. Lizena era professora aposentada, e residia em Gravataí RS. Foi sepultada no Cemitério da Santa Casa de Porto Alegre;


Lizena Abarno Ribeiro


III-1-6-Rosa Helena Abarno Ribeiro (*16/10/1931 Bagé RS/+11/05/2010 Bagé RS), solteira, sem filhos. Foi sepultada no Cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé;


III-1-7-Aírton Abarno Ribeiro (*10/02/1934 Bagé RS/+18/12/2021 Porto Alegre RS) casou-se com Dilsa Silva Vigil (*01/05/1934 Bagé RS/+31/12/2019 Porto Alegre RS), filha de Belmiro Espiridião Vigil e Erocilda Silva, na data de 28/12/1954, em Bagé RS. O casal teve 5 filhos. Era bancário aposentado;


III-1-8-Guido Abarno Ribeiro (*18/08/1936 Bagé RS/+27/04/2013 Porto Alegre RS) casou-se em primeiras núpcias com Maria Ilma da Rosa Pons (*15/12/1939 Bagé RS), filha de Favorino da Silveira Pons e Eloá da Rosa, na data de 24/01/1958, em Bagé RS, tendo o casal tido duas filhas: Jaqueline e Lucimara. Guido casou-se em segundas núpcias com Iara Regina Iemes Flores, na data de 27/03/2012. Foi sepultado no Cemitério Parque Jardim de Paz em Porto Alegre.



III-2-Lizena (Licena) Abarno (*22/02/1901 Alegrete RS/+20/08/1931 Alegrete RS) foi registrada por Nicola Abarno como Licena Abarno (CRCPN Alegrete, Livro A, fl. 115, Reg. nº 102). Casou-se com Euclides Rodrigues da Silva (*25/08/1897 Alegrete RS/+Alegrete RS), na data de 05/09/1918, na cidade de Alegrete RS. Uma das testemunhas do casamento religioso foi Eulália Rodrigues, filha de criação de Alfonsina Abarno, sua meia-irmã, e Miguel Lorenzo, conhecido amigo de Nicola Abarno (Cúria de Uruguaiana, Livro de Casamentos de Alegrete nº13, fl. 95 v). Casaram-se no civil na mesma data (CRCPN de Alegrete, Livro B-5, fl. 176 v, Reg. 64). Não tiveram filhos. Faleceu repentinamente do coração, na escola onde era professora. Conta-se que era uma ótima desenhista. Sua sobrinha, que recebeu o seu nome, também desenhava muito bem. Foi sepultada no Cemitério Municipal de Alegrete.



Assinatura de Euclides Rodrigues Silva e Lizena Abarno


Lizena Abarno


Ao fundo, Rosa e Lizena; sentadas, Lizena, Rosa Basile Abarno e Carmen; à frente, Gil Ribeiro - Por volta de 1930 - Alegrete RS


Lizena (esquerda), Rosa Basile Abarno, 4ª esposa de Nicola (centro), Carmen (direita) e os filhos de Carmen - Por volta de 1930 - Alegrete RS


Maria Eugênia faleceu aos 26 anos de idade de tuberculose pulmonar, às 2 horas do dia 12/10/1901, em sua casa, na Rua Mal. Floriano nº 21 em Alegrete (CRCPN Alegrete, Livro C – 4; fl. 135 v, nº 148), atestado pelo Dr. Aristides Marcelino. No inventário consta que a filha Carmella tinha três anos e a filha Lizena oito meses de idade. Eugênia foi sepultada no Cemitério Municipal de Alegrete. No inventário de Eugênia, como havia uma dívida de 1.287$650 a ser paga a Luchsinger & Cia., foi leiloada uma parte de campo da casa onde residiam na Rua Mal. Floriano com a Rua Bento Manoel, avaliada em 4.000 réis. O leilão foi realizado em 31/03/1902 (Arquivo Público Alegrete, Inventário, Órfãos e Ausentes, N 1.894, Maço 83, Estante 66, Ano 1901). Nicola casou-se depois com a italiana Rosa Basile.


O registro de Eugenia Belhomet no Livro de Óbitos da Igreja de Alegrete



IV-Francisca Belhomet (*05/11/1876 Alegrete RS/+1927 Cruz Alta RS) teve uma união com Alfredo José dos Reis (*RS/+1913 Cruz Alta RS), tendo o casal o filho Marinho Belhomet (Belomé) (*03/03/1905 Alegrete RS/+14/05/1976 Cruz Alta RS), este casado com Dolar Marques dos Anjos (*10/08/1930 Cruz Alta RS), filha de Ermogene Marques dos Anjos e Castorina, na data de 05/07/1941, em Cruz Alta RS.


Francisca teve outra união com o Sr. da Silva, da qual resultou o nascimento de pelo menos um filho chamado Rubem (Rubens) Belhomet (Belomé) da Silva (*10/01/1920 Cruz Alta RS/+07/07/1995 Porto Alegre), que foi casado com Elvira Finkler (*20/02/1919 Porto Alegre RS/+06/10/1996 Porto Alegre RS. O casal teve 8 filhos: Geraldo, Terezinha, Antonio, Maria da Graça, João, Luiz, Rubens e Francisco. Rubens faleceu de câncer em sua residência aos 75 anos de idade, sendo sepultado no jazigo da família Belomé, no Cemitério São José em Porto Alegre RS.


Rubens Belomé da Silva junto à esposa Elvira e o filho Luiz (*07/03/1954 Porto Alegre RS/+25/12/1972 Porto Alegre RS) - Foto: Lisete Göller


Lápide do jazigo da Família Belomé no Cemitério São José em Porto Alegre RS – Foto: Lisete Göller


Rubem era conhecido como Rubens Belomé da Silva, tendo sido funcionário público, comerciante e um famoso jogador de futebol, tendo atuado nos clubes do Internacional (1941-1942), Grêmio (1943-1945) e Palmeiras.


O goleiro Rubens Belomé da Silva


Equipe do Grêmio no ano de 1943; (atrás, da dir./esq.): Rubens, Heitor, Badanha, Valter, Castrinho e Vinícius; (à frente, da dir./esq.): Edgar, Nelson Adams, Nicheli, De Leon e Media – Fonte: gremiopedia.com/wiki/



V-Jerônimo Belhomet (*03/09/1878 Alegrete RS/+11/05/1913 Cruz Alta RS) foi casado, mas não deixou filhos. Viúvo, faleceu em sua residência em Cruz Alta, sendo sepultado no Cemitério Público desta cidade.



Augustin Nicolas foi padrinho de batismo, juntamente com a esposa Francisca, na data de 27/11/1875, na Igreja Matriz de Alegrete, de Adelaide dos Santos, nascida em 28/09/1873, filha de João dos Santos e de Maria Magdalena dos Santos (Cúria de Uruguaiana, Livro de Batismos de Alegrete nº 11, fl. 40 v).



A esposa Francisca de Carvalho Belhomet faleceu após o nascimento do filho Jerônimo Belhomet, provavelmente por complicações do parto.



O SEGUNDO CASAMENTO


Augustin Nicolas, após o falecimento da primeira esposa, casou-se no religioso com Rosalina Justo Ferreira, na data de 22/04/1879, pelas 11 horas e 30 minutos, na casa de Delfino Rodrigues de Freitas (Cúria de Uruguaiana, Livro de Casamentos de Alegrete, Ano 1878-1880, fl. 22 v e 23). O casamento civil foi realizado no dia 23/04/1879, na cidade de Alegrete, perante o Juiz de Paz Antônio dos Santos Reis (CRCPN Alegrete, Livro B - 1, fl. 23 v, nº 58). 
Augustin Nicolas apresentou certidão de pobreza no cartório, passada pelo pároco Antonio dos Santos Reis. O casal teve seis filhos:


O registro de casamento de Nicolas Belhomet e Rosalina Justo Ferreira no Livro da Igreja de Alegrete


VI- Manoel Hygidio Belhomet (*Julho 1882 Alegrete RS/+16/11/1883 Alegrete RS) faleceu às 21 horas do dia 16/11/1883, aos 14 meses de idade, de enterite, sendo sepultado por comiseração da Câmara Municipal de Alegrete, pelo fato da indigência de Agostinho Nicolau Belhomet;


VII- Maria Aldina Belhomet (*1885 Alegrete RS/+03/11/1903 Alegrete RS) era casada. Faleceu aos 18 anos de idade;


VIII- Geraldina Belhomet (*05/12/1887 Alegrete RS/+RS) teve uma filha natural chamada Astrogilda Belhomet (*17/11/1903 Alegrete RS);


IX- Hilário Belhomet (*24/10/1890 Alegrete RS/+RS) casou-se com Anna Trindade Trelha (*1885), filha de Honorato Soares da Silva e Januária da Trindade Trelha, na data de 26/02/1912, em Cruz Alta RS. Tiveram pelo menos uma filha chamada Monica Belhomet (*04/05/1916 Cruz Alta RS). Hilário foi militar e padeiro; 


X- João Belhomet (*06/05/1895 Alegrete RS/+RS);


XI- Elisa Belhomet (*18/06/1896 Alegrete RS/+RS) gêmea de Joanna;


XII- Joanna Belhomet (*18/06/1896 Alegrete RS/+19/07/1896 Alegrete RS) gêmea de Elisa.


No dia 09/11/1883, Augusto Nicolau Belhomet foi até o consistório da Igreja Matriz de Alegrete RS, onde funcionava a Junta Militar de Alistamento, dirigindo-se ao Juiz de Paz, Luiz Adão Krug, Presidente, dizendo que precisar ter com ele uma conversa particular. Sendo atendido, o Juiz de Paz retornou após a conversa, indignado com o que lhe dissera Augusto: que o Subdelegado, Cândido Alano da Silva, era um ladrão. Ocorre que Augusto fora chamado em juízo para uma audiência conciliatória por motivo de dívida, à qual não compareceu, correndo o processo à revelia. Alega que o advogado João Rodrigues Viana lhe havia mandado dizer que Cândido era um ladrão. Segundo as testemunhas, Augusto o injuriou em altas vozes. Por esta razão foi processado por injúria. Fonte: Arquivo Público do RS, Processo n. 3.320, Maço 96, Estante 69, Cível e Crime, Réu: Augusto Nicolau Belhomet, Ano 1883, Alegrete RS.


O FALECIMENTO


Augustin Nicolas faleceu na tarde do dia 24/01/1899, no Hospital de Caridade de Alegrete, acometido por tuberculose pulmonar, sendo o óbito atestado pelo Dr. Hermínio de Oliveira. O registro foi feito por um funcionário do Hospital. Consta que teria 59 anos de idade (teria nascido por volta de 1840) na França (CRCPN de Alegrete, Livro Registro de Óbitos C-4, fl. 50 verso, nº 11), divergindo de outros documentos.



Não se encontraram mais notícias sobre a alguns integrantes da família Belhomet. Há possibilidade de que, posteriormente, o sobrenome veio a ser escrito como Belhome, Bellome ou variantes, perdendo-se com isto a grafia francesa original. Isto já era observado em alguns dos registros dos descendentes de Augustin.


Ver a continuação: Família Belhomet 2ª Parte - Genealogia