Mensagem

Os artigos veiculados neste blog podem ser utilizados pelos interessados, desde que citada a fonte: GÖLLER, Lisete. [inclua o título da postagem], in Memorial do Tempo (https://memorialdotempo.blogspot.com), nos termos da Lei n.º 9.610/98.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Memórias de Estudante I
















AS LEMBRANÇAS DO COLÉGIO SÉVIGNÉ




A antiga fachada do Colégio Sévigné (capa do folder da Programação do Centenário - Ano 2000)



Entrei para o Colégio Sévigné, aos 7 anos de idade, na 1ª série primária, no começo do ano letivo de 1963. O Colégio, hoje denominado Colégio Bom Jesus Sévigné, situa-se na Rua Duque de Caixas, nº 1.475, no Centro de Porto Alegre. A mãe contava que eu queria muito estudar no “Sevinhero”. De alguma maneira, eu havia ficado sabendo da existência do Colégio, e dizia que “queria porque queria” estudar nele... Lembro-me do meu primeiro dia de aula. Havia muita agitação, tanto por parte dos alunos, quanto por parte dos pais e professores.






Recordo-me da sala em que comecei a estudar, a qual se localiza no primeiro subsolo. Além das salas de aula deste andar, havia um pátio interno e os banheiros. A minha primeira professora chamava-se Iolanda. Ela era muito simpática e dedicada. O meu primeiro livro escolar chamava-se A Cartilha de Lucília. Ah, quando entrei para o Colégio, eu já sabia ler. Saia-me bem nas leituras feitas em voz alta. O primeiro dia de aula foi daqueles que marcam a nossa vida para sempre. Recordo-me até hoje do cheiro da sala de aula, dos desenhos das alunas do ano anterior que permaneceram colados nas paredes (naquele tempo só o Jardim de Infância era misto), das janelas bem altas, da minha merendeira vermelha com a garrafinha de plástico para o suco...



No canto à direita, a minha primeira sala de aula - Foto: 2013


Durante os primeiros anos, a nossa carteira escolar, que em determinadas salas era projetada para uma dupla de alunas, era forrada por um plástico, previamente incluído no pedido de material escolar.






Assim, a nossa carteira escolar conserva-se em bom estado por anos, evitando-se a manutenção ou troca do móvel escolar.



Um estojo básico dos bons tempos


As "figurinhas de passar" que enfeitavam os nossos cadernos 


Lembro-me dos recreios, da algazarra que fazíamos e do meu uniforme de saia azul, blusa branca e da gravatinha com o símbolo do Sévigné. As aulas aconteciam no turno da manhã. Pelo menos foi assim durante o Primário. A mãe ou o pai me levavam e buscavam. Até a 2ª série do Ginásio, nós morávamos na Rua Riachuelo. Subíamos a rua, contornávamos o Teatro São Pedro, atravessávamos a Praça da Matriz, alcançando finalmente a Rua Duque de Caxias.



Na Praça da Matriz, vestindo o uniforme do Ginásio - 1969 


Na 1ª série, com 7 anos de idade, na data de 20/10/1963, fiz a minha Primeira Comunhão. Nós tivemos aulas de religião durante todo aquele ano, as quais visavam a nossa preparação para o grande dia. A mãe providenciou o vestido, as luvas, o véu, o livro de Primeira Comunhão e a vela para a cerimônia, que foi realizada na Capela do Colégio Sévigné, repleta de parentes das alunas, tanto que os meus pais tiveram que ficar de pé no corredor do templo, pois não havia mais lugar para sentar. Naquele tempo, era uma ocasião solene, grandiosa e especial.



A foto clássica da Primeira Comunhão - 20/10/1963


A missa da Primeira Comunhão na Capela do Colégio Sévigné - 20/10/1963


Lembro-me que pensei que aquele seria o dia mais bonito da minha vida. As luzes da igreja, as velas acesas, as vestes, o significado cristão da cerimônia, tudo parecia mágico. Estávamos muito nervosas, mas fizemos tudo conforme o ensaio. As alunas mais antigas vestidas de anjinhos abriram o cortejo. O celebrante foi o Frei Antônio, que esteve no Sévigné por longos anos. Ele gostava de passar a mão na nossa cabeça, cada vez ele que nos encontrava pelos corredores...



Lembrança da Primeira Comunhão


Naquele tempo, havia o Curso Primário, que era composto por cinco séries. Começando aos 7 anos, terminei com 11 anos a 5ª série. Neste ano, fiz o exame de admissão para o Curso Ginasial. O certificado foi datado em 07/12/1967. Uma das gratas lembranças que ainda guardo era o Orfeão do Colégio Sévigné. Fizemos apresentações no Auditório ao longo da nossa vida estudantil, creio que entre os anos de 1963 a 1967.



Certificado de Conclusão do Curso Primário - 07/12/1967


Aos 12 anos, entrei para a 1ª série do Curso Ginasial, que era composto por quatro séries. Aos 13 anos, para a 2ª série, aos 14 anos, para a 3ª série e aos 15 anos, para a 4ª série. Foi neste ano, ou seja, em 1971, que rodei pela primeira vez. No ano seguinte, aos 16 anos, fiz a repetência das matérias nas quais havia rodado. Foi um ano somente de recuperação. O certificado foi expedido em 15/08/1972. A partir da 2ª série passamos a morar na Rua dos Andradas. No Ginásio, ao invés da gravatinha no nosso uniforme, usávamos uma fitinha vermelha, presa por um broche do Sévigné no formato de flâmula. Mas eu o deixava guardado em casa. A fita era um símbolo de status naquela época...



Certificado de Conclusão do Curso Ginasial - 15/08/1972


No Científico, a saia azul-marinho do nosso uniforme ganhava o detalhe das listras brancas, quase imperceptíveis. Chegávamos ao apogeu da glória... Aos 17 anos, fiz a 1ª série do Curso Científico. Aos 18 anos, fiz a 2ª série e aos 19 anos, a 3ª série. Porém, neste ano, em 1975, rodei novamente, justamente nas matérias de matemática, física e química. Como já estava cheia das freiras e elas de mim, resolvi sair do Colégio. Em 1976, aos 20 anos, fiquei sem fazer nada. Somente aos 21 anos, em 1977, estudei para as provas dos exames supletivos. Uma parte das matérias eu concluí em julho e, a outra, em dezembro. O certificado original ficou na Faculdade de Nutrição. Disseram que deveria ficar por lá. Quando pedi uma 2ª via na SEC, esta acabou ficando na UFRGS, desde os tempos do Curso de Farmácia, valendo depois para o Curso de Ciências Contábeis.



Broche do Colégio Sévigné


Durante a permanência no Colégio, fiz muitas amizades. Mas apenas algumas sobreviveram ao tempo e à distância. As amizades dos tempos de colégio costumam serem as mais importantes, porque estas acompanharam os anos mais importantes das nossas vidas, as fases das nossas grandes mudanças... 



Colegas do Curso Primário - 1964/1965


As amizades do Primário.  Era ótimo quando chegava a hora do recreio. A gente vivia correndo. Quando ocupávamos o pátio maior do Colégio, fazíamos quilômetros... Lembro-me da Bernadete de cabelos longos e pretos, da Agnes que tinha olhos claros e cabelos ondulados, da Maria Dorine, bem loirinha, cuja mãe era professora de ginástica e da Rita de Cássia que, anos mais tarde, foi minha colega da Faculdade de Nutrição, mas infelizmente faleceu de câncer. Lembro-me da Elaine, que morava num edifício da Praça da Matriz e da Maria Cristina que, anos depois, vim a ser a sua vizinha na Rua dos Andradas. Havia também a Ângela, a Sônia que tinha olhos claros, a Danitsa, cujo nome completo nunca me esqueci, e que ia seguido na minha casa.


Recordo-me também da Maria Graciete, que morava na Rua Riachuelo, outra grande amiga. Lembro-me da Liége, das Denises que eram várias, da Maria Luíza, que a mãe apelidava de “o troço”, porque ela vivia falando troço prá lá e troço prá cá... Acho que também é do tempo do primário a Terezinha, a Maria José, que foi uma amiguinha muito legal que morava na Rua Jerônimo Coelho. Recordo-me que a mãe dela se dava com a minha mãe. Havia a Vera Regina, bem miudinha, mas que falava alto, a Marta que era de uma família de sociedade, a Marisa, que mais alta que nós, a Vera Lúcia, a Araci... Desse tempo do Primário é mais fácil lembrar-me delas, quando vejo os retratos da minha Primeira Comunhão.



Autógrafos no livro da amiga Elenara: uma forma de relembrar os nomes das colegas - 1969


Já dos tempos de Ginásio, as coisas na memória ficaram ainda mais definidas. Este tempo foi bem engraçado. Lembro-me da Taís, que contava histórias engraçadas, de uma loirinha que não revelo o nome e que falava pelas costas na língua do “p”, lembro-me também da Georgina, que veio a ser colega no Judiciário. Como seu pai era juiz, dizia que as pessoas pensavam que ele era juiz de futebol. Teve a Liane, que veio a ser minha colega da Taquigrafia, a Sílvia Helena que era muito engraçada, a Glória que também era do mesmo grupo, uma morena bem despachada. Uma vez ela disse que tinha um irmão que gostou muito de mim quando me viu. Mas ficou por aí... Tinha a Maria Cristina, a Lilian, do início do Ginásio, que morava na Rua Dr. Flores. 


Lembro-me com carinho da Ana Maria que havia perdido a mãe. Ela contava que achava que a mãe iria aparecer na porta de casa algum dia. Havia a Maria Célia que morava na Rua Riachuelo. O pai dela era psiquiatra, e contava que corria atrás das filhas na rua, fingindo que era manco, só para fazer troça delas. Era bem engraçada. Lembro-me com tristeza da Marisa que era carioca, muito meiga, loira e de cabelos lisos. Ela morreu num acidente de carro, dirigido pelo seu namorado. Causou comoção em todo o Colégio. Havia a Flávia que perdera seus pais num acidente de trânsito, quando era pequena e tantas outras histórias que daria um livro...



Foto no dia das crianças no pátio do Jardim de Infância. Da esquerda para a direita: Rejane, Lílian e eu (atrás); Maria José e Elenara (frente) - 1969 


Uma grande amiga que tive foi a Elenara, que morava na Rua Duque de Caxias. Ela sempre foi uma pessoa muito inteligente e talentosa. Escrevia como ninguém. Ela tinha cabelos longos e castanho-acinzentados. Apesar de formarmos um grupo com a Beth e a Clê, nós duas tínhamos mais afinidades e nos entendíamos melhor. Éramos do tipo sonhador. Nossos ídolos eram os atores dos seriados de televisão e de alguns filmes. Pouco tempo depois, o pai dela, que era bancário, foi transferido para Brasília, e a família toda se mudou para lá. Foi então que começamos a nos corresponder. Esta correspondência durou vários anos. As nossas cartas era verdadeiros jornais, cheias de desenhos, colagens, historinhas e palhaçadas de todo o tipo. Cada uma queria surpreender a outra com novidades inusitadas, e era bom esperar por elas! Ela fez vestibular para Arquitetura e cursou a UNB. A caligrafia havia mudado durante aquele período para “letra de arquiteto”, que é bem bonita e arredondada. Lembro-me que ela voltou anos mais tarde para o RS antes de se formar, concluindo o curso na UFRGS. Por coincidência, nos formamos no mesmo mês e ano, ou seja, em agosto de 1982, só que eu em Nutrição. Mas o tempo foi passando e cada uma tomou o seu rumo. A amizade só foi retomada vários anos mais tarde, através de uma rede social. 


A Beth foi outra amiga desde os tempos do Ginásio. Ela veio de não sei qual colégio para estudar no Sévigné. Tinha cabelos pretos, compridos e lisos e olhos castanho-escuros. Morava, na época, na Rua Riachuelo com a família. Fomos amigas por um longo período de tempo. Apesar de sermos diferentes, nos dávamos bem. Acho que a gente se tolerava, cada uma a seu modo, sem que isto gerasse conflitos. Tivemos bons tempos por causa da música. Nós cantávamos juntas, eu tocava violão, ouvíamos discos, e participávamos de algumas festinhas. Participamos também de um festival de música que aconteceu no Colégio Sévigné, quando tínhamos entre 12 e 13 anos de idade. Ganhamos o 4º lugar. Esta história eu contarei noutro capítulo, digamos assim, mais musical da minha vida. Perdemos o contato, mas ficaram estas boas lembranças...



Nesta foto dos Anos 1930, as irmãs percorrem o corredor do andar da Capela. Na atualidade, a escada que havia no canto próximo à direita deixou de existir. Ao fundo, a paisagem antiga de Porto Alegre.


Foi neste período em que fui colega da “Clê”, ou “Nequinha”, nascida em Lagoa Vermelha. Fomos amigas durante anos, mesmo depois de terminar o colégio. Quando estudante, ela morava na Rua Mal. Floriano Peixoto. Depois de se casar, já com uma filha, a nova família morou uns tempos na Rua Duque de Caxias. Mais tarde, foram morar no Mato Grosso, quando então perdemos o contato por vários anos. No ano de 2002, ela conseguiu me achar e, através de um telefonema, anunciou que viria me visitar no final do ano, pois estava morando em Roraima. Foi emocionante nos reencontrar. Hoje tem filhas e netas incríveis. Formam uma família muito especial!


Chegando ao 2º Grau, as amizades foram mudando. A Beth e a Clê já não estudavam mais no Sévigné. Nesta época, acho que havia mais grupos diferenciados, isto é, havia mais separação entre as colegas, mais esnobismo, por assim dizer. Entrou gente nova no Colégio, já que no 2º Grau as coisas se modificam um pouco. Era a hora e a vez das panelinhas. 



A fachada na atualidade do nosso prédio do 2º grau - 2013


Conheci nesta época a Elaine. Esta história daria uma boa comédia. Ela veio do Colégio Glória estudar no Sévigné. Já arrumava confusão com as freiras de lá. Era muito divertida. Seu pai a trazia de manhã para a aula na sua camioneta DKW, uma antiguidade já naquela época. Vinha “a milhão”, porque era o seu jeito de dirigir. Ela quase sempre se atrasava. Era comum na chamada, que sempre era feita no começo do período, quando chegava ao seu nome, ela abria a porta naquele momento e dizia: “presente”. Todo mundo ria... Morava no Bairro da Glória. Acho que a Elaine saiu no último ano. Continuamos nos vendo até os primeiros anos de idade de minha filha.


Uma grande amiga do 2º Grau foi a Liângela. Na época, morava na Rua dos Andradas, do outro lado da rua em que se situava o meu edifício. Era muito inteligente e sempre tirava boas notas. Vivíamos uma na casa da outra. Foi uma época muito legal na minha vida. Íamos com frequência ao bairro Ipanema, ao Clube do Professor Gaúcho. Lembro-me de algumas festas que participamos, até de um carnaval em que fiz parte do bloco. Íamos à piscina do Clube, quando eu ainda estava em forma... Foi por causa dela que aprendi Taquigrafia. Juntamente com a Elaine, chegamos a formar um trio bem divertido. Os anos se passaram e as nossas vidas mudaram de direção. Só depois de mais de uma década é que nos reencontramos e prosseguimos com a amizade. 


O tempo de colégio ocupou 12 anos de minha vida. Tenho lembranças agradáveis, como as amizades que tive, as nossas aulas de culinária e de artes, as aulas de francês, as apresentações no salão, os passeios, as gincanas e festas juninas, os festivais de música, os desfiles da Semana da Pátria, os recreios com jogos de vôlei e caçador, os piqueniques... Lembro-me de um destes que, quando voltei, desabei chorando. Acho que eram saudades de casa. Andamos por lugares que nem sei como se chamavam, mas lembro-me que íamos ao Parque Saint Hilaire e à sede campestre do Cantegril.



Um dos piqueniques do Colégio Sévigné. A cordinha era para ninguém se perder...



Tenho saudades das salas de aula, da Capela em estilo gótico francês, das salas dos pianos (que falarei noutro capítulo), da Biblioteca, de onde tirei muitos livros para ler, do laboratório de ciências, dos corredores sem fim, das escadarias que lembram as risadas e as correrias, da velha paineira florida que deixou de existir, do salão de atos e daquela escada em caracol para o mezanino, dos pátios de recreio sempre barulhentos, da fachada antiga do Sévigné que ninguém mais lembra, da porta que levava à antiga Secretaria, no lado esquerdo, depois de subir alguns degraus, do Bar Skindô que virava a esquina da Rua Marechal Floriano, do toque da cigarra que avisava que o recreio havia acabado...



A velha paineira que não existe mais, ao lado do muro do pátio do Jardim de Infância


No Sévigné era de bom-tom referir-se às freiras com um afrancesado “ma soeur” (minha irmã). Lembro-me de algumas freiras, como a Irmã Verônica, que preparou a nossa Comunhão e que ficou no Colégio até 1965, a Irmã Odila, a Irmã Benedita, nossa porteira, a Irmã Vitorina, a Irmã Rosa Eugênia, que foi Diretora de 1965 a 1975, a Irmã Tereza, que no passado ensinava matemática, mas lembro-me dela atendendo a nossa cantina, a Irmã Maria da Sagrada Face, a Irmã Jane Toigo, que também foi Diretora dos Cursos Ginasial e Colegial, a Irmã Leônida, a Irmã Beatriz, mestra das nossas aulas de culinária, a Irmã Zita, as Irmãs do Orfeão e do Piano que estudei no Colégio, mas não me lembro de seus nomes e das Irmãs Diva e Laurita, que eram do Jardim, embora eu não tenha cursado. Nos Anos 1960, o uniforme do Jardim era colorido: amarelo, azul, rosa e verde. Mas também não faltam as lembranças dos professores leigos e da Dra. Rita Suzana Camargo Souto, que esteve no Colégio desde os Anos 1970.



Algumas das saudosas Irmãs do Colégio Sévigné


Durante o Ginásio, matava muita aula, ficava no grêmio estudantil, na frente do Colégio, ou no Bar Skindô com uma ou outra colega. Gostava de passear de manhã, andava pelas ruas perto do Colégio e da minha casa. Dizia que estas seriam as melhores lembranças do meu tempo estudantil. Não deixa de ser verdade. Às vezes, ia visitar alguém, como a Doroti, que era costureira e amiga da mãe. Ela tinha um apartamento na Rua Duque de Caxias, bem perto do Sévigné. Visitava muito a amiga Beth, quando esta não estava mais estudando. É engraçado lembrar que, nos tempos de Ginásio, a gente dobrava a saia na cintura para ficar mais curta. As freiras não gostavam. Era costume usar as meias cobrindo os joelhos. Um horror...


Hoje os prédios foram modificados, as turmas são mistas, há somente professores leigos e só me restaram apenas as recordações da minha infância e da minha juventude. Se pudesse dar um significado a isso tudo, diria que este foi um tempo de muitos sonhos e de esperanças de que o futuro nos reservasse inúmeras surpresas agradáveis. O que nos movia e o que nos animava era a visão não só inquietante, mas também excitante do futuro. Pensar que teríamos muitos anos pela frente, visto que ainda estávamos na juventude, dava o impulso necessário às nossas ações. Mas esta era uma imagem “cor de rosa” da vida, como a minha saudade do perfume Pretty Peach, da Avon, com direito a trilha sonora dos sucessos românticos dos anos 70. Com o tempo, vamos perdendo esta visão inocente da vida, e descobrimos que o caminho é mais acidentado do que se imaginava. Entramos na idade adulta rapidamente e as responsabilidades se multiplicam. Despedimo-nos de nossos pais, tivemos os nossos filhos e construímos as nossas histórias...



Um clássico da Avon que deixou de existir infelizmente...


Encerro este capítulo, voltando a um dia ensolarado, visto da janela de uma sala de aula dos tempos da 1ª ou 2ª série do Ginásio, no tempo em que era amiga da Elenara, da Beth e da Clê. Desta janela, observo uma parte da cidade que era infinitamente outra, com pequenos prédios e casas espalhados até o horizonte que parecia ser tão longínquo, ouvindo “Kilburn Towers”, dos Bee Gees, na vitrolinha de plástico que alguém sempre levava escondida... 







Festa Junina no Colégio Sévigné - 22-06-2013


Curiosidades históricas:

1-No passado havia uma Chefatura de Polícia no local onde hoje existe o prédio do 2º Grau. Deixou de existir após sofrer um incêndio.

2-Na Rua Duque de Caxias, junto ao Viaduto Otávio Rocha, existia a Radio Farroupilha, que foi apedrejada quando circulou a notícia da morte do Presidente Getúlio Vargas.

3-O Hino do Sévigné é de autoria da Irmã Marina, que foi composto há muitas décadas.

4-A antiga Capela do Sévigné situava-se na entrada do Colégio. A nova foi construída em 25/08/1938, pelo Eng. Antônio Mascarello, projetada pelo Arquiteto Rev. Frei Ephrem e com a participação da Madre Luisa Gabriela.



A fachada atual do Colégio Sévigné - 2013

Neste link uma homenagem aos 113 anos do Colégio Sévigné:
http://memorialdotempo.blogspot.com.br/2013/09/cafe-esquina-do-tempo.html

Relembrando as aulas de culinária no Colégio Sévigné:
http://memorialdotempo.blogspot.com.br/2015/02/o-paladar-do-tempo-as-aulas-de.html


A Música Rua Ramalhete, um sucesso de 1979, faz a gente relembrar a época estudantil. Vídeo com Juca Novaes e, ao violão, Tavito.


RUA RAMALHETE 
Tavito - 1979

Sem querer fui me lembrar
De uma rua e seus ramalhetes,
O amor anotado em bilhetes,
Daquelas tardes.
No muro do Sacré-Coeur,
De uniforme e olhar de rapina,
Nossos bailes no clube da esquina,
Quanta saudade!
Muito prazer, vamos dançar
Que eu vou falar no seu ouvido
Coisas que vão fazer você tremer dentro do vestido,
Vamos deixar tudo rolar;
E o som dos Beatles na vitrola.
Será que algum dia eles vêm aí
Cantar as canções que a gente quer ouvir?



domingo, 5 de janeiro de 2014

Família Göller - Lápides - Ramo Johann Göller

IMIGRANTE JOHANN GÖLLER E ESPOSA MARGARETHA SCHMITZ


Lápide de Johann Göller no Cemitério Católico de Picada Feijão - Ivoti RS


Túmulo da esposa Margaretha Schmitz Göller no Cemitério Católico de Pareci Novo RS


Família Göller - Lápides - Ramo Johann Göller

IMIGRANTE JOHANN GÖLLER E ESPOSA MARGARETHA SCHMITZ

SUB-RAMO PEDRO GÖLLER E MARIA AHREND

Nota: ignora-se o local de sepultamento de Pedro Göller.




Túmulo de Maria Ahrend, esposa de Pedro Göller. Consta na lápide Maria Köller, nascida Arnt, no Cemitério Católico de Ivoti RS. Foto: Acervo Pessoal


Túmulo de Luisa Göller, filha de Pedro Göller, e do esposo Adolfo Schallenberger no Cemitério Católico de Ivoti RS. Foto: Acervo Pessoal



Lápide do túmulo de Elisabetha Göller, filha de Pedro Göller, e de seu filho Nicolau Henrich, no Cemitério da Capela de São Nicolau na localidade de Wallahei, Morro Reuter RS. Foto: Acervo de Marlene Lauxen Matos




Lápide do túmulo de Pedro Henrich, esposo de Elisabetha Göller, filha de Pedro Göller, e da segunda esposa Maria Teresia Büttenbender, no Cemitério de Wallachai, Morro Reuter RS. Foto: Acervo de Marlene Lauxen Matos



Lápide do túmulo de Lydwina Henrich, neta de Pedro Göller e filha de Elisabetha Göller, e do esposo Alberto Braun, no Cemitério Católico de Dois Irmãos RS. Foto: Acervo de Marlene Lauxen Matos



Família Göller - Lápides - Ramo Johann Göller


IMIGRANTE JOHANN GÖLLER E ESPOSA MARGARETHA SCHMITZ

SUB-RAMO MARIA GÖLLER E JORGE MARMITT



Túmulo de Maria Göller Marmitt no Cemitério Católico de Picada Feijão - Ivoti RS


Túmulo do esposo Jorge Marmitt no Cemitério Católico de Picada Feijão - Ivoti RS


Família Göller - Lápides - Ramo Johann Göller

IMIGRANTE JOHANN GÖLLER E ESPOSA MARGARETHA SCHMITZ

SUB-RAMO ROSINA GÖLLER E JACOB FELL


Lápides dos túmulos de Rosina Göller Fell e do esposo Jacob Fell no Cemitério Católico de Despique - Pareci Novo RS


Túmulo de Albino Fell, filho de Rosina Göller e Jacob Fell, e da esposa Adalina Ody no Cemitério Católico de Despique - Pareci Novo RS


Lápides do túmulo de Irma Natália Fell, filha de Jacob Wendelino Fell e Anna Maria Hilgert, neta de Rosina Göller Fell e Jacob Fell, e do esposo Ivo Antônio Lauermann – Cemitério Católico de Matiel, Pareci Novo RS – Foto: Charles Ody


Família Göller - Lápides - Ramo Johann Göller


IMIGRANTE JOHANN GÖLLER E ESPOSA MARGARETHA SCHMITZ 

SUB-RAMO MARGARIDA GÖLLER E JOÃO JUNG



Lápide de Margarida Göller Jung no Cemitério Católico de Picada Feijão – Ivoti RS – Foto: Lisete Göller



Lápide do túmulo de Johann Jung no Cemitério Católico de Picada Feijão - Ivoti RS - Foto: Lisete Göller


Túmulo das filhas Josephina Elisabetha Jung Federhen, Maria Catharina Jung Federhen e do genro José Federhen (casado em primeiras e segundas núpcias respectivamente) no Cemitério Católico de Picada Holanda - Picada Café RS - Foto: Lisete Göller


Túmulo do filho João Jung e da nora Adolfina Klein Jung no Cemitério Católico de Ivoti RS - Foto: Lisete Göller


Túmulo de Elisabetha Leonida Jung Federhen, filha de Maria Catharina Jung e José Federhen, neta de Margarida Göller e de João Jung, e do esposo Benno Hoffmann, filho de José Hoffmann e Magdalena Trocourt, no Cemitério Católico de Joaneta, Picada Café RS – Foto: Lisete Göller


Família Göller - Lápides - Ramo Johann Göller


IMIGRANTE JOHANN GÖLLER E ESPOSA MARGARETHA SCHMITZ

SUB-RAMO JOHANNES GÖLLER


Lápide do túmulo de Johannes Göller no Cemitério Católico de Picada Feijão - Ivoti RS




Família Göller - Lápides - Ramo Johann Göller

IMIGRANTE JOHANN GOLLER E ESPOSA MARGARETHA SCHMITZ

SUB-RAMO JOSÉ GÖLLER E ELISABETHA STRASSER


Túmulo de José Göller, a esposa Elisabetha Strasser, o filho José Willy Göller, a filha Rosalina Göller, a mãe Margaretha Schmitz e Georg Strasser (segundo esposo de Margaretha) no Cemitério Católico de Pareci Novo RS – Foto: Arquivo Pessoal


Túmulo do filho Jacob Göller Sobrinho e da nora Idalina Schmitz, no Cemitério Católico de Pareci Novo RS – Foto: Arquivo Pessoal


Túmulo da filha Augusta Göller Grage e do genro Hermann Karl Besch Grage, além de familiares deste, no Cemitério Evangélico – Memorial Martin Lutero de Porto Alegre RS – Foto: Arquivo Pessoal


Túmulo do filho Reinaldo Göller, da esposa Maria da Conceição Barcellos e da filha Elizabeth Göller, no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre RS – Foto: Arquivo Pessoal


Lápide do túmulo do neto Egon Göller e da nora Philomena Giuseppe Abarno, meus pais, no Cemitério São Miguel e Almas – Porto Alegre RS – Foto: Arquivo Pessoal


Lápide do túmulo do neto Flávio Albino Göller, da esposa Gescy Jesus Göller, e do bisneto Roberto Goeller, no Cemitério João XXIII – Porto Alegre RS – Foto: Arquivo Pessoal


Lápide do túmulo da neta Maria Gerda Göller, do esposo Arlindo Wagner, e do bisneto Roberto Wagner, no Cemitério João XXIII – Porto Alegre RS – Foto: Arquivo Pessoal


Lápide do túmulo da bisneta Eneida Göller, minha irmã, no Cemitério Católico de Carazinho RS - Foto: Arquivo Pessoal


Lápide do túmulo do bisneto Roque Göller, meu irmão, no Cemitério São Miguel e Almas – Porto Alegre RS – Foto: Arquivo Pessoal