Mensagem

Os artigos veiculados neste blog podem ser utilizados pelos interessados, desde que citada a fonte: GÖLLER, Lisete. [inclua o título da postagem], in Memorial do Tempo (https://memorialdotempo.blogspot.com), nos termos da Lei n.º 9.610/98.

Mostrando postagens com marcador Família Kossmann - Histórias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Família Kossmann - Histórias. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Família Kossmann - Histórias


Texto gentilmente cedido por Paulo Cesar Schmaedecke, sobre a família de Henrique Schmaedecke, casado com Frederica Tisot, filho de Guilherme Schmaedecke e Anna Bokorny, e neto do imigrante Ernst Schmaedecke e de Christina Kossmann.


RELEMBRANDO O PASSADO

(artigo do Jornal Folha – Ajuricaba RS – 27/01/2018)


JOVELINA SCHMAEDECKE, FILHA DE HENRIQUE

Nesta semana, resgatamos um breve histórico sobre o passado de Henrique e Frederica Schmaedecke e sua filha Jovelina, os quais contribuíram significativamente para a construção da comunidade ajuricabense.

Jovelina nasceu em 1º de junho de 1919, sendo a primeira diretora da Sociedade Beneficente de Ajuricaba. Concluiu o Ensino Fundamental e trabalhou também como diretora de hospital em Coronel Barros e Santa Catarina. Sua irmã, Leonda Maria Kocoureck, foi a primeira mulher no município de Ajuricaba a realizar o ato do voto.


Jovelina Schmaedecke

Quando Jovelina ainda era pequena, Ajuricaba possuía um clube, localizado onde hoje está situada a antiga CRT e a Câmara de Vereadores, que inicialmente se chamava de Deutschen Farain Haus, que tem o significado de Casa de Festas Alemã. Porém, com a 2ª Guerra Mundial, as pessoas foram obrigadas a deixar de falar a língua de origem e tiveram que mudar o nome do mesmo, que passou a se chamar Clube 19 de Outubro, em homenagem à data de emancipação de Ijuí, pois Ajuricaba ainda não havia sido emancipada. Somente após a emancipação que o clube passou a se chamar 29 de Maio.


Clube Allgemeiner Verein, depois Clube 19 de Outubro, inaugurado em 1928


Nos primeiros anos do município, poucas coisas existiam pelas ruas de Ajuricaba. Havia uma casa comercial, que pertencia à Olinto Queiroz, a farmácia de Juvenal Leonardo, a ferraria de Antonio Henn, além de um hospital de madeira, pertencente à parteira Juliana Von Helden. Onde hoje se localiza a Loja Rouparia, existia um hotel, pertencente a José Pettenom. Havia também um médico que tinha o nome de Visconcin, mas que era mais conhecido por Barbeta. Além disso, havia um moinho, pertencente a Antonio Henn, localizado próximo ao campo do Internacional, que possuía um gerador, disponibilizando luz e era cuidado pelo filho Henrique Henn, pois, se uma pessoa ligasse um chuveiro, diminuía a energia de todos os outros moradores ou até mesmo ‘caía’ a luz, sendo que os demais ficavam na escuridão.

Jovelina lembra com tristeza da época em que passou a Coluna Prestes¹ pelo nosso município. Recorda que seu pai, juntamente com Juvenal e Eduardo Prauchner, acabaram se retirando, indo se esconder no campo de uma fazenda distante: “Naquela época o finado pai havia comprado bastante milho, e eles entraram, levaram pra fora todo o milho, todo o trigo, tudo, tudo, e aqueles cavalos pisavam em cima e estragaram tudo. Nós ficamos só com a roupa do corpo. O que eles não levaram eles estragavam”.

Na época existia apenas um carro no município, que pertencia a Rodolfo Kreär, um Ford 29. Este senhor era o único que possuía gasolina, que os soldados vinham buscar com a sua esposa, já que ele também havia se escondido na fazenda.

A senhora Schmaedecke conta também que eram obrigadas a se esconder no porão e tinham muito medo de tiros das armas que os representantes de Prestes carregavam: “Quando os homens voltaram, nós não tínhamos mais roupa, daí a mãe teve que ir até a loja comprar tecido pra costurar pra nós, porque naquela época não era como agora que se compram as roupas prontas; lá tinha que costurar e fazer as próprias roupas. Os documentos e as escrituras foram salvos, porque a finada minha mãe guardou todos eles em um bauzinho pequeno e levou para o meio do mato, em meio às unhas-de-gato, no potreiro da senhora Nina Schmidt, lá os soldados não foram. Naquela época eu e minha mãe usávamos roupa preta, pois nós estávamos de luto pelo falecimento da minha irmã mais velha.”

Dona Jovelina relata que o Capitão Henrique Schmaedecke, natural de São Sebastião do Caí, foi professor municipal da Escola Rodrigues Alves, foi também juiz de paz e subintendente. Recebeu posteriormente o título de capitão, pois na época era comum ser designado pela bondade e pelos trabalhos realizados junto à sua comunidade.


Henrique Schmaedecke


Antiga residência de Henrique Schmaedecke

Henrique realizou o corte da fita no ato de inauguração da caixa d’água no ano de 1959, que hoje está em meio à Praça Notélio Mariotti de Ajuricaba. A família da senhora Jovelina residia em uma casa onde hoje se localiza a livraria ‘Xica Loca’.

Atualmente a rua ao lado da Praça Notélio Mariotti, em frente à Radio Cultura FM, possui o nome de Henrique Schmaedecke, e sabemos que foi assim denominada devido à sua importância na sociedade e aos seus feitos para com a comunidade ajuricabense.


Rua Henrique Schmaedecke antigamente e na atualidade


Aniversário de 100 Anos de Jovelina Schmaedecke – 01/06/2019 - Foto: Paulo Cesar Schmaedecke



(1) A Coluna Prestes foi um movimento político militar ocorrido entre 1925 e 1927, ligado ao tenentismo, movimento este que foi criado devido à insatisfação com a República Velha e as suas reivindicações foram a exigência do voto secreto, a defesa do ensino público e a obrigatoriedade do ensino secundário, para toda a população, além de acabar com a miséria e a injustiça social no Brasil. O movimento foi liderado por Carlos Prestes.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Família Kossmann - Histórias


CHRISTINA KOSSMANN E O ESPOSO ANGELO TIECHER

Fonte: Anotações do Bispo Dom Paulo De Conto, bisneto de Angelo Tiecher, página da Família Tiecher, responsável Fábio J. Tiecher.



Angelo Tiecher (à direita), casado com Christina Kossmann, filha de Anton Kossmann e Maria Anna Recktenwald e neta dos imigrantes Joahnn Peter Kossmann e Genoveva Rosbach, com seu irmão Padre Bartholomeu Tiecher (à esquerda) – Década 1930

"Nascido em 14 de abril de 1851, Ângelo Tiecher veio solteiro ao Brasil e se estabeleceu no lote nº 18 da Colônia de Santa Maria da Soledade (Forromeco), localidade onde montou um engenho de serraria, juntamente com seu irmão Ilário.  Pouco tempo depois da chegada, em 29 de fevereiro de 1876, casou-se com Christina Kossmann, brasileira descendente de imigrantes alemães, filha de Antonio Kossmann e Maria Recktenwald, em cerimônia celebrada pelo Pe. Bartolomeu.

De acordo com o escritor Aldo Migot, na página 59 de seu livro “História de Carlos Barbosa”, Ângelo Tiecher foi um dos primeiros imigrantes italianos do Tirol a chegar à localidade de Forromeco, hoje São Vendelino, mas no ano de 1882.  Cita Ângelo também na página 224, como fundador da Capela de Santo Antão Abade do Forromeco Superior, no mesmo ano de 1882.  Na localidade, Ângelo e Christina tiveram sete filhos, entre eles o bisavô Lino Tiecher.

Mais tarde, aproximadamente em 1886, o casal, juntamente com a família Kossmann, mudou-se para a localidade de Jacarezinho, Encantado, à época município de Estrela e, a partir de 1891, Lajeado.  No ano de 1892, existem registros de um imóvel pertencente a Ângelo na margem direita do arroio Argola.

O casal Ângelo e Christina teve o total de 13 filhos, sendo eles:

1. Maria Bárbara, nascida em 1876 em Forromeco.  Casou-se com Antonio De Conto, tendo vivido em Jacarezinho, Encantado/RS.
2. José Tiecher, que se casou com Elvira Canello.  Viveu em Marau/RS.
3. João Tiecher, casado com Carolina Zambiazi, falecido em Encantado/RS.
4. Gertrudes, casada com João Batista Bonfanti.
5. Lino Tiecher, nascido em 04 de junho de 1881 em Forromeco.  Casou-se com Maria Zambiazi.
6. Luiz Tiecher, casado com Adele Fachini.
7. Celeste José Tiecher, nascido em 1885, casado com Cristina Brock.
8. Clementina, nascida em 1883, casada com Sperandio De Conto.
9. Ângelo Tiecher Filho, nascido em 1889, casado com Ângela Zambiazi.
10. Ana, nascida em 1892 em Jacarezinho, casada com Paulo Lorenzon.
11. Carolina, gêmea de Ana, casada com Ricardo Dellazari depois Vicenzo Dellazari.
12. Catarina, casada com Leopoldo Brandão, falecida no estado do Paraná.
13. Constante Tiecher, casado com Luiza Zambiazi e depois Elvira Gasparotto, falecido em Passo Fundo/RS.

Como agradecimento pela graça recebida em promessa feita a Nossa Senhora do Carmo, quando do sofrimento de dificuldades no aguardo do 14º parto de Christina, o casal erigiu próximo à sua casa um “capitel”, tendo como padroeira Sant’Ana, com quadros de Nossa Senhora do Carmo e Sant’Ana trazidos de Forromeco.  Assim, toda a família podia rezar diariamente o terço e, nos domingos, além disso, ler a Bíblia. Neste capitel, o casal Kossmann, pais de Christina, celebraram as Bodas de Ouro. Ainda, eram celebrados os batismos das crianças da região, provavelmente por padres jesuítas vindos de Lajeado ou, em ocasiões especiais, pelo Pe. Bartolomeu Tiecher (informações prestadas em 1976, por Ana Tiecher, aos 84 anos, a Dom Paulo De Conto).

Em certa ocasião, Christina se feriu num acidente com arma de fogo. Ao avistar um veado perto da casa, foi em busca da espingarda para matar o animal, mas, ao pegá-la, a mesma disparou atingindo seu pé.  Por sorte, não houve um acidente de maiores proporções.  Conta-se que talvez isso também tivesse contribuído para que fosse erguida a capelinha (anotações de Dom Paulo De Conto).

Christina Kossmann faleceu em 06 de janeiro de 1908. O trisavô Ângelo, então, casou-se com Teodora Fusing, viúva de João Blaudt, juntando as duas numerosas famílias numa única residência.  Dessa segunda união, foram gerados os filhos:


1. Malvina, casada com Leopoldo Schimidt, viveu em Jacarezinho Alto, Nova Bréscia/RS.
2. Antonio Tiecher, que morreu jovem aos 14 anos.
3. Um terceiro cujo nome não foi lembrado (provavelmente Martim Andrem, nome referido na árvore genealógica fornecida por Etiberê Tiecher).


Angelo Tiecher faleceu em 14 de março de 1940 e está enterrado no  cemitério da Sagrada Família – Nova Bréscia”.




sábado, 13 de junho de 2015

Família Kossmann - Histórias


DESCENDENTES DE CHRISTINE KOSSMANN E ERNST SCHMAEDECKE EM PUERTO RICO, MISIONES, ARGENTINA – RAMO GUILHERME KOSSMANN E ANNA BOKORNY


O autor da pesquisa é o Dr. Guido Rauber, bisneto de Guilherme Kossmann e Anna Bokorny, trineto dos imigrantes Christine Kossmann e Ernst Schmaedecke e tataraneto dos genearcas Johann Peter Kossmann e Genoveva Rosbch.

Seus avós, Leopoldina Schmaedecke e Friedrich Wilhelm Rauber, nos primeiros anos de matrimônio, realizado em 07/07/1891 em Alto Feliz RS, viveram na cidade gaúcha de Bom Princípio. Posteriormente, a família residiu em Santa Emília, distrito de Venâncio Aires e, mais tarde, na cidade de Santo Cristo. No ano de 1920, a família radicou-se definitivamente em Puerto Rico, Misiones, Argentina.


O casal Leopoldina Schmaedecke e Friedrich Wilhelm Rauber - Foto: Acervo de Guido Rauber


O Dr. Guido Rauber, inicia o seu relato a partir da origem e história dos Herzog, sobrenome de sua mãe Ella Herzog, prosseguindo com a chegada destes imigrantes ao departamento de Misiones, Argentina. Após, o autor faz esta mesma análise com relação ao sobrenome Rauber, transmitido por seu pai José Alexius Rauber. Na segunda parte, o autor relata o histórico de seus avós Friedrich Wilhelm Rauber e Leopoldina Schmaedecke, reportando-se também às suas origens na Alemanha. Por fim, encerra o estudo resgatando a sua história, a de seus pais e de seus irmãos, dentro do Brasil e da pátria Argentina. Trata-se de um ótimo trabalho de genealogia e história, que nos revela detalhes até então desconhecidos deste ramo da Família Kossmann, sendo-nos permitida a sua divulgação no texto original.


O casal José Alexius Rauber e Ella Herzog - 1927. Foto: Acervo de Guido Rauber

Los Herzog – Rauber en Puerto Rico - Misiones
Autor: Guido Rauber
Link:




Família Kossmann - Histórias


DESCENDENTES DE CHRISTINE KOSSMANN E ERNST SCHMAEDECKE EM PUERTO RICO, MISIONES, ARGENTINA – RAMO GABRIEL SCHMAEDECKE E MAGDALENA CHRISTMANN


Ana Wilma Schmaedecke, viúva de Eugênio Scherf - Puerto Rico, Misiones, Argentina - 12/03/2014


Ana Wilma Schmaedecke concedeu uma entrevista em 12/03/2014 à imprensa local, com relação a uma reportagem sobre a história da Elaboradora de Vinos - Bodega, de Sebastián Arnoldo Groth, em Puerto Rico, cujo trecho a seguir foi destacado:

“Ana Wilma SCHMÄDECKE, hija de José Reinaldo SCHMÄDECKE y de Marta Paulina LENZ, nacida en Brasil en 1920, llega a PUERTO RICO con 3 meses de vida ese mismo año. Luego casada con Eugenio SCHERF con quien tuvo 10 hijos, actualmente viuda; en relación a la Elaboradora de Vinos – Bodega, de Sebastián Arnoldo GROTH, nos relataba que conocía la mencionada elaboradora de vinos por haber vivido sus padres, calle por medio, frente a la propiedad del Sr. GROTH, y que en razón de ello puede confirmar una serie de datos del emprendimiento vitivinícola de GROTH- Los restos de José Reinaldo SCHMÄDECKE, fallecido en Puerto Rico y los de Marta Paulina LENZ, nacida el 14.11.1896 y fallecida el 04.03.1927 descansan hoy en el Cementerio de Puerto Rico. Parte de ésta HISTORIA INEDITA se basa en datos proporcionados por la Viuda de SCHERF”.

Ana Wilma Schmaedecke, hoje com 94 anos de idade, é filha de José Reinaldo Schmaedecke e Marta Paulina Lenz, neta de Guilherme Schmaedecke e Magdalena Christmann, bisneta de Christine Kossmann e Ernst Schmaedecke.

A história de seu pai José Reinaldo Schmaedecke, em breves linhas, nos foi enviada pelo primo Dr. Guido Rauber: “José Reinoldo SCHMÄDECKE y su esposa Marta Paulina LENZ llegaron a Puerto Rico desde Cerro Azul, Brasil, con dos hijos nacidos en ese país: Jose Silvino y Ana Wilma (nacida el 14.06.1920). Del matrimonio Schmädecke/Lenz nacen en Puerto Rico dos hijos argentinos: Avelino e Irene Schmädecke”.

Depois da viuvez, José Reinaldo casou-se novamente em 1940 com uma viúva brasileira, que tinha dois filhos de seu primeiro casamento. Deste segundo matrimônio, o casal teve dois filhos.