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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Família Abarno 8ª Parte - Ancestrais e Descendentes - Vitor Abarno


Vitor Abarno - Salto, Uruguai - 1906


Vitor (Vito) Abarno, o sexto filho de Francesco Abarno e Angela Maria Crisonino, nasceu em San Fele, Província de Potenza, Itália, na data de 05/12/1847. Ele era irmão de nosso ancestral Nicola Abarno.


A VIAGEM PARA A AMÉRICA


Os filhos de Francesco Abarno, Feliciana, Maria Emmanuela e Giuseppe, optaram por permanecer na Itália, porém Vitor e os demais irmãos, Nicola e Maria Teresa, decidiram deixar o país de origem para trás e construir uma nova vida na América, sendo que os dois últimos escolheram o Brasil como morada definitiva. O pai Francesco, viúvo de Angela Maria, cruzou o oceano em algumas oportunidades, tendo permanecido durante algum tempo com os seus filhos e netos até o seu falecimento. Segundo o livro Gli Italiani Residenti in Salto – Republica O. Del Uruguay – All’Esposizione di Milano 1906, Vitor Abarno chegou à região do Rio da Prata no ano de 1874, fixando residência na cidade de Salto no Uruguai, onde exercia a profissão de alfaiate (sastre na língua espanhola). 




O CASAMENTO


Foi nesta cidade que ele conheceu a sua futura esposa Manuela Ygnacia Barbita Savia (*22/01/1861), de nacionalidade uruguaia, filha de Fernando Barbita (*Itália/+1874 Buenos Aires, Argentina) e Segunda Savia (*1827/1828 Itália/+23/02/1886 Salto, Uruguai), com quem teve 14 filhos. Manuela foi batizada em 25/01/1862, na Igreja de Nuestra Senõra Del Carmen na cidade de Salto, Uruguai. Os padrinhos foram Antonio Friay e Manuela Sotelo. Seus avós paternos eram Santiago Barbita e Magdalena Carluccio e os avós maternos Lorenzo e Lucia Savia. Manuela teve uma irmã chamada Magdalena Maria Barbita Savia (*01/03/1863 Buenos Aires Argentina), que se casou com Antonio Nicodeno (*01/03/1859 Lauria, Potenza, Basilicata, Itália), filho de Santo Nicodeno e Maria Teresa Nocera, na data de 03/12/1892, na cidade de Salto.


O casamento civil e o religioso foram realizados na data de 22/11/1879, sendo que a cerimônia religiosa foi realizada na Igreja de Nuestra Senõra Del Carmen na cidade de Salto (Livro 3, fl. 460), tendo como testemunhas Vicente Pierri e Catalina Paschetti. A cerimônia foi realizada pelo Presbítero Don Juan Bautista Aguinaga, com licença do Cura Vigário da Iglesia de Nuestra Senõra del Carmen del Salto Oriental. Depois do casamento, os noivos foram residir na cidade brasileira de Quarai no Rio Grande do Sul, onde nasceu a primeira filha, Angela Maria Abarno.


A Igreja de Nuestra Señora Del Carmen - Salto, Uruguai


No ano de 1881, Vitor viajou para a Itália, para reencontrar a sua família em San Fele, deixando a esposa Manuela, grávida de sua segunda filha chamada Gavina, e a pequena filha Angela Maria aos cuidados da sogra, a viúva Segunda Savia, que residia na Calle Cuareim, nº 62, na cidade de Salto. No retorno, Vitor veio acompanhado de seu pai Francesco e de seu irmão Nicola, conforme relatório de saída da cidade de San Fele, provavelmente através do porto argentino de Buenos Aires. 

Depois de chegarem à América, Vitor, o pai Francesco e o irmão Nicola seguiram para a cidade de Salto, Uruguai, onde Manuela Barbita Savia e a filha os esperavam. Porém, Vitor possuía residência e negócios na cidade de Quarai no Rio Grande do Sul, tendo voltado para lá, acompanhado do pai Francesco e do irmão Nicola. Na certidão de nascimento da filha Gavina Abarno, cujo registro foi feito pela sogra no Cartório de Salto, na data de 24/02/1882, esta declara que o pai Vitor Abarno e o avô residiam na cidade de Quarai. 

Em Quarai, Nicola exerceu a profissão de comerciante ambulante até meados de 1882, quando decidiu fixar residência na cidade de Alegrete RS, estabelecendo-se como comerciante. Conforme o livro Gli Italiani Residenti in Salto, citado anteriormente, Vitor teria vindo morar em Salto neste mesmo ano. No início de 1886, ocorreu o falecimento da sogra Segunda Savia. O pai Francesco provavelmente tenha acompanhado o filho no retorno a Salto, mas ele decidiu voltar à Itália em 1886, ou no início de 1887, para trazer à América a nora Angela Maria de Vico e os netos Maria Antonia e Francesco Antonio, filhos de Nicola Abarno. Eles embarcaram no navio Umberto I, com destino à cidade de Buenos Aires na Argentina, chegando ao porto desta cidade na data de 01/05/1887. Depois da chegada, foram residir na cidade de Salto, na casa de Vitor Abarno.

Naquela época, a sobrinha de Vitor, Maria Antonia Abarno, conheceu Leone de Benedetto, um comerciante amigo de seu tio, que residia em Quarai, cidade onde ambos tinham negócios. O casamento foi realizado na residência de Vitor na data de 03/10/1888. A mãe de Maria Antonia, conforme o registro de seu casamento, residia em Alegrete, possivelmente com o seu irmão menor, Francesco Antonio. Conforme o registro mencionado, além de um relato encontrado de Leone De Benedetto, a noiva Maria Antonia residia na casa de seu tio Vitor, na Calle Guaviyú, na cidade de Salto. Francesco Abarno é referido como o pai adotivo de Maria Antonia, que deu o seu consentimento para o casamento da neta, que tinha apenas 16 anos de idade. A esposa de Vitor, Manuela Barbita Savia, estava grávida de Duílio Fernando Abarno, que veio a nascer em 26/11/1888.

Francesco Abarno retornou anos mais tarde à Itália, pois há notícias de que estava residindo em San Fele no ano de 1893. Francesco voltaria para a América somente em 06/07/1898, com 80 anos, como passageiro do navio Perseo, que atracou no porto de Buenos Aires. A nora Angela Maria de Vico já havia falecido no ano de 1897, em Artigas, Uruguai, sendo sepultada em Quarai. Francesco Abarno faleceu em 25/04/1900 na cidade de Alegrete.



OS FILHOS


I-Angela Maria Abarno (*04/09/1880 Quarai RS) foi batizada em 20/02/1881, na Igreja de São João Batista de Quarai (Cúria de Uruguaiana, Livro de Batismos, Quarai, nº 4, fl. 43 v). Recebeu este nome em memória de sua avó paterna, Angela Maria Crisonino.



A Igreja de São João Batista - Quarai, Rio Grande do Sul, Brasil


Neste mesmo ano de 1881, Vitor viajou para a Itália, para reencontrar sua família em San Fele, deixando a esposa Manuela, que estava novamente grávida, e sua filha Angela Maria aos cuidados da sogra, a viúva Segunda Savia, que residia na Calle Cuareim, nº 62, na cidade de Salto. No retorno, Vitor veio acompanhado de seu pai Francesco e de seu irmão Nicola, conforme relatório de saída da cidade de San Fele, provavelmente através do porto argentino de Buenos Aires. Vitor seguiu sozinho para Montevidéu e, após, para a cidade de Salto, enquanto que o pai e o irmão seguiram viagem até Quarai. Certamente por necessitar de maiores cuidados, a esposa Manuela permaneceu em Salto até o nascimento da segunda filha chamada Gavina.

Angela Maria casou-se com Cirilo Pedro Quiñones (*09/07/1874 Salto, Uruguai), fazendeiro, filho de Valentin Quiñones (*Uruguai/+1883, Salto, Uruguai) e Juana Quiroga (*Uruguai/+1907 Salto, Uruguai), na data de 24/04/1910, em Salto Uruguai. Cirilo residia na Calle Arapey nº 157. Testemunhas de casamento: José Lombardo e Luis Dondo (Registro Civil, Seção 1, Ata de Casamentos Ano 1910, Reg. nº 7, Salto Uruguai). O casamento religioso foi realizado na Igreja de Nuestra Señora del Carmen (Reg. nº 531). A família foi residir em Montevidéu, Uruguai, na Calle Maldonado, nº 1.714.




Casa que pertenceu à Angela Maria Abarno e família, na Calle Maldonado, nº 1.714, Montevidéu, Uruguai – Imagem: Google Maps

O casal teve pelo menos os seguintes filhos: 

I-1-Maria Socorro Quiñones Abarno (*15/08/1914 Montevidéu, Uruguai);

I-2-Victor Alfonso Marcos Quiñones Abarno (*07/10/1916 Montevidéu, Uruguai).



II-Gavina Abarno (*19/02/1882 Salto, Uruguai) foi registrada pela avó materna em 24/02/1882. Esta declarou que o pai Vitor Abarno estava residindo e trabalhando na cidade de Quarai RS. Declarou também que o avô paterno, Francesco Abarno, residia nesta cidade (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1882, Reg. nº 67, Salto, Uruguai). 


III-Venecia Abarno (*18/09/1882 (?) Salto, Uruguai - Registro Civil, Seção 1, Ata Casamentos Ano 1898, Reg. nº 3, Salto Uruguai /+16/12/1921 Cerro Picazo, Salto, Uruguai - Livro de Registro Civil, Óbitos, Uruguai, Salto, Ano 1921, Seção 6ª (Mata Ojo Grande), fl. 31, Ata nº 61) casou-se com Esteban Federico Siciliano (*07/06/1876 Montpellier, Hérault, França), comerciante, filho de Salvatore Siciliano (*Itália/+1886 Salto, Uruguai) e Ana Layne (*Itália/+1871 Itália), na data de 23/02/1898 em Salto, Uruguai. Esteban residia no 4º distrito do Departamento de Salto. Testemunhas de casamento: Carlos Ziegler e Francesco Del Priore (Registro Civil, Seção 1, Ata de Casamentos Ano 1898, Reg. nº 3, Salto Uruguai). O casamento religioso foi realizado na Igreja de Nuestra Señora del Carmen (Reg. nº 279). O casal residiu na Calle Uruguay, Salto (1901) e, após, na Calle Larrañaga, nº 77, na cidade de Salto, onde nasceu a filha Mercedes. 




Casa que pertenceu à Venecia Abarno e família na Calle Larrañaga, nº 77 (com a placa de vende-se), Salto, Uruguai – Imagem: Google Maps

O casal teve os filhos:

III-1-Federico Salvador Siciliano (*07/05/1899 Salto, Uruguai). Profissão: Comerciante;

III-2-Julio Siciliano Abarno (*03/06/1900 Valentin Grande, Salto, Uruguai), Comerciante, casado, residia na Calle Yaguarí (?) ou Yaguarón, nº 2.291 em Montevidéu. Viajou algumas vezes a negócios ao Rio de Janeiro e a São Paulo;


Julio Siciliano Abarno

III-3-Ana Maria Siciliano Abarno (*09/09/1901 Salto, Uruguai);

III-4-Eduardo Pedro Siciliano Abarno (*29/06/1903 Salto, Uruguai);

III-5-Mercedes Siciliano Abarno (*14/09/1904 Salto, Uruguai/+14/09/1904 Salto, Uruguai);

III-6-Atílio Victor Siciliano Abarno (*18/03/1910 Salto, Uruguai). 



IV-Feliciana Abarno (*10/12/1884 Quarai RS) recebeu este nome em homenagem à sua bisavó paterna, Feliciana Radici. Foi batizada em 27/02/1885, na Igreja de São João Batista de Quarai RS (Cúria Uruguaiana, Livro Batismos Quarai, nº 5, fl. 80 v). A confirmação de seu nascimento em Quarai veio com o registro de casamento no Uruguai, comprovando-se que Vitor ainda mantinha laços com a cidade de Quarai.

O avô Francesco Abarno havia retornado à Itália por determinado tempo, mas, no final de março de 1887, viajou de volta para a América em companhia da nora Angela Maria de Vico, casada com Nicola Abarno, e dos netos Mariantonia Abarno e Francescantonio Abarno, no navio Umberto I, que chegou a Buenos Aires na data de 01/05/1887. A nora e os netos se estabeleceram em Artigas, Uruguai. Francesco provavelmente tenha seguido para a cidade uruguaia de Salto.

Feliciana casou-se com Mario Amaro da Silva (*18/11/1876 Canguçu RS), na data de 03/09/1904 em Salto, Uruguai, fazendeiro, filho de Bernardino Amaro da Silva (*RS) e Amália Furtado (*RS). Testemunhas: Olívio Pereira e Ambrosio Laronda (Registro Civil, Seção 2, Ata de Casamentos Ano 1904, Reg. nº 20, Salto Uruguai). Mario residia com seus pais na Calle 25 de agosto, nº 37, na cidade de Salto. Depois de casados, o casal foi residir na Calle Uruguay, nº 181, nesta cidade. Tiveram pelo menos os filhos: 


IV-1-Osvaldo Victor Amaro Abarno (*15/06/1905 Salto, Uruguai);


IV-2-Maria Ofelia Amaro da Silva Abarno (*20/04/1907 Salto, Uruguai).





V-América Abarno (*27/09/1885 Quaraí RS/+Montevidéu, Uruguai) casou-se com Luis Felipe Dondo Iríbar, na data de 27/06/1909 em Salto, Uruguai, comerciante, filho de Bartolomeo Dondo (*1845/1846 Pietra Ligure, Liguria, Itália/+22/12/1906 Salto, Uruguai) e Maria Juana Iríbar (*1855 Salto, Uruguai).  Testemunhas: José Dondo e Mario Amaro da Silveira (Registro Civil, Seção 1, Ata de Casamentos Ano 1909, Reg. nº 18, Salto Uruguai). Luis residia na Calle Uruguay, nº 135. O casamento religioso foi realizado na Igreja de Nuestra Señora del Carmen (Reg. 512). O casal era residente na Calle Arapey, nº 224. América residia em Montevidéu e costumava visitar seus parentes, descendentes de Duílio Abarno, na cidade de Santa Fé, Argentina. O casal teve pelo menos um filho:


V-1-Luis María Dondo Abarno (*19/04/1910 Salto, Uruguai), casado, teve a filha María Rosa Dondo, casada com um periodista da América Central.


América Abarno




A residência de Bartolomeo Dondo (à porta), sogro de América Abarno - Salto, Uruguai


Café de Bartolomeo Dondo e de seus filhos, que continuaram no negócio - Salto, Uruguai



VI-Manuela Abarno (*12/05/1887 Salto, Uruguai/+25/11/1887 Salto, Uruguai) foi registrada pelo pai Vitor na data de 16/05/1887 no cartório desta cidade. Na época do nascimento de Manuela, Vitor residia com a família na Calle Cuareim, nº 62, em Salto, Uruguai, que era a casa dos sogros já falecidos (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1887, Reg. nº 166, Salto Uruguai). Faleceu em consequência de gastroenterite (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1887, Reg. nº 425, Salto Uruguai);


VII-Duílio Fernando Abarno (*31/03/1888 Salto, Uruguai/+16/02/1971 Santa Fé, Argentina). Seu registro de nascimento não foi encontrado até o momento, e as informações que temos vêm de seus descendentes e do seu registro de óbito. No ano de seu nascimento, pelo mês de novembro, houve uma grande enchente, que atingiu a cidade de Salto. O Rio Uruguai subiu 14 metros. Neste mesmo ano, o pai Vitor Abarno fez uma viagem de negócios, partindo do porto de Salto até o porto de Montevidéu (Uruguay, Passenger Lists, 1888-1980 – Familysearch.org). Duílio substituiu o pai na Alfaiataria, quando este se aposentou. Foi estudar em Montevidéu, Uruguai, Ciências Contábeis e Leis. Depois, trabalhou na função de Contador ou Gerente da Empresa Shell, que propôs a sua transferência para a cidade de Concordia, Argentina, onde nasceu seu filho José Manuel Abarno. Casou-se em primeiras núpcias com Carolina Grantille, tendo os filhos:



Duílio Fernando Abarno

Carolina Grantille de Abarno


VII-1-José Manuel Abarno (*08/08/1918 Concordia, Província de Entre Rios, Argentina/+03/10/2002 Santa Fé, Argentina), Locutor Nacional, casou-se em primeiras núpcias com Isabel Sara Cocco (*Província de Entre Rios, Argentina/+17/07/1999 Santa Fé, Argentina), em 04/02/1945, tendo as filhas Sara Isabel Abarno e Viviana Sara Isabel Abarno, psicóloga, casada com José Luis Badía, psicólogo, pais de Alejandro José Abarno Badía. José Manuel casou-se em segundas núpcias com Francisca Juana Cosimi;  


José Manuel Abarno

Isabel Sara Cocco de Abarno


Viviana Abarno

José Luis Badía

Alejandro José Badía Abarno


VII-2-Fernando Abarno casou-se com Dora Ramonda, tendo os filhos Susana Abarno e Roberto Abarno


Fernando Abarno

Dora Ramonda de Abarno


Susana Abarno

Roberto Abarno


Ficando viúvo, Duílio Fernando Abarno casou-se em segundas núpcias com Nieve Gallimó, tendo o casal duas filhas: Argentina Abarno e Juana Abarno.


Duílio Fernando Abarno

Nieve Gallimó de Abarno 


VII-3-Argentina Abarno (Tita), falecida, casou-se com Mario Giromini Droz, residentes em Santa Fé, Argentina. Tiveram a filha Fabricia Giromini Abarno;


Argentina Abarno

VII-4-Juana Abarno (Puchi), casou-se em 1960, com Manuel Waisman Olmedo, residentes em Santa Fé, Argentina. Tiveram o filho Federico Waisman Abarno.


Juana Abarno


VIII-Maria Sofia Abarno (*14/04/1889 Salto, Uruguai/+29/01/1890 Salto, Uruguai) foi registrada no dia 16/04/1889, pelo pai Vitor na cidade de Salto. Na época de seu nascimento, a família residia na Calle Guaviyú, em Salto, conforme consta no seu registro de nascimento (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1889, Reg. nº 143). Faleceu em consequência de bronquite capilar (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1890, Reg. nº 32, Salto Uruguai);



IX-Carlos Abarno (*30/05/1890 Salto, Uruguai/+06/06/1890 Salto, Uruguai) foi registrado por Vitor Abarno no dia de seu óbito na cidade de Salto (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1890, Reg. nº 181, Salto Uruguai). Faleceu por cianose cardíaca (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1890, Reg. nº 197, Salto Uruguai). Nesta época a família ainda residia na Calle Guaviyú;



X-Romeo Abarno (*02/06/1891 Salto, Uruguai/+14/06/1891 Salto, Uruguai) foi registrado pelo pai Vitor em 06/06/1891 na cidade de Salto (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1891, Reg. nº 239). Faleceu em consequência de gastroenterite (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1891, Reg. nº 140, Salto Uruguai). Nesta época a família continuava residindo na Calle Guaviyú;



XI-Carlos Abarno (*17/03/1893 Salto, Uruguai/+19/04/1893 Salto, Uruguai) foi registrado pelo pai na data de 23/03/1893, com o mesmo nome do filho falecido anteriormente (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1893, Tomo 1º, Reg. nº 64). Faleceu em consequência de atrepsia (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1893, Reg. nº 93, Salto Uruguai). A família residia na Calle Dayman, s/nº;



XII-Francisco Abarno (*22/05/1894 Salto, Uruguai) foi registrado pelo pai Vitor na data de 28/05/1894 (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1894, Tomo 1º, Reg. nº 80). Na época de seu nascimento a família residia na Calle Cuareim, nº 91 (provável nova numeração da casa que era dos sogros) em Salto. Casou-se com Cosme Rosa Florinda Cremanti (*27/09/1897 Montevidéu, Uruguai), em 19/03/1921, em Montevidéu, Uruguai (Livro de Registro Civil, Casamentos, Uruguai, Montevidéu, Ano 1921, Seção 1ª, fl. 13 verso, Ata nº 26), filha de Vicente Cremanti e Florinda Raffo. Residiram na Calle 18 Julio, nº 871 (1921) e na Calle Eduardo Acevedo, nº 1.143, em Montevidéu, Uruguai (1925). Tiveram pelo menos uma filha:






XII-1-Nelly María Abarno Cremanti (*20/05/1925 Montevidéu, Uruguai), Procuradora, casou-se com o Sr. Marino, tendo pelo menos um filho, chamado Roberto Marino. Residia na Rua Gral. Fraga, nº 2.175 em Montevidéu, Uruguai. Viajou ao Brasil nas décadas de 1950 e 1960;



Nelly Maria Abarno Cremanti




XIII-Carmen Abarno (*16/07/1895 Salto, Uruguai/+17/01/1896 Salto, Uruguai) foi registrada por Vitor Abarno (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1895, Tomo 1º, Reg. nº 116). Faleceu em consequência de atrepsia (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1896, Reg. nº 17, Salto Uruguai). No registro, o endereço que consta é a Calle Dayman, s/nº. O nome fornecido pelos declarantes do óbito era ‘Cármela’;



XIV-Maria Luisa Abarno (*19/08/1896 Salto, Uruguai/+30/08/1896 Salto, Uruguai) foi registrada por Vitor Abarno no dia 22/08/1896 na cidade de Salto (Registro Civil, Seção 2, Ata de Nascimentos Ano 1896, Reg. nº 218). Nesta época, a família Abarno residia na Calle Uruguay, nº 222, a rua principal de Salto. Este endereço situa-se nas proximidades do porto, que recebe embarcações do Rio da Prata. O registro de nascimento informa que o avô Francesco Abarno estava residindo na Itália. Francesco voltaria para a América somente em 06/07/1898, com 80 anos, como passageiro do navio Perseo, que atracou no porto de Buenos Aires. Por esta razão, ele pode ter falecido no Brasil ou no Uruguai, visto que o seu registro de óbito não foi encontrado. Maria Luisa faleceu em função de sua prematuridade (Registro Civil, Seção 2, Ata de Óbitos, Ano 1896, Reg. nº 151, Salto Uruguai);



Vitor Abarno residiu na Calle Uruguay, nº 217, na época do casamento da filha Venecia Abarno em 23/02/1898. Após, residiu no nº 199 desta rua na época do casamento da filha Feliciana Abarno em 03/09/1904. Alguns anos mais tarde, a família Abarno residia no nº 181 desta importante rua da cidade de Salto, conforme consta do registro de casamento da filha América Abarno no dia 27/06/1909, permanecendo neste endereço até pelo menos a época do casamento da filha Angela Maria Abarno em 24/04/1910. Obs.: os números são antigos e provavelmente foram alterados com o tempo; desta forma, os números podem se referir à mesma propriedade ou a outra(s) residência(s).



A Calle Uruguay na cidade de Salto


Depois de uma longa e a agitada jornada nos primeiros anos na América, “perché non sempre la sorte sorride a chi ha voglia di lavorare”, com a sua tenacidade e vontade de vencer, Vitor Abarno tornou-se proprietário de uma reconhecida alfaiataria, chamada Gran Sastrería Central, cujo endereço era Calle Uruguay nº 197 e nº 199 (onde residia). Como na maioria das declarações de óbitos dos filhos de Vitor foram declarantes o alfaiate (sastre) Miguel Abondet e o empregado Eduardo Guasch, presume-se que estes trabalhavam com Vitor na alfaiataria.


Anúncio (embaixo, à esquerda) da Gran Sastrería Central - Revista del Salto 04/02/1900




O livro Gli Italiani Residenti in Salto refere que as suas filhas, dotadas de bom gosto e elegância, possuíam o seu próprio negócio no ramo da moda, num local próximo à alfaiataria. Informa, ainda, que o filho mais velho, Duílio, seria o sucessor de Vitor, que contava com 18 anos naquele longínquo ano de 1906, e que se tornaria responsável pelo bom andamento da Casa, que tanto sacrifício havia custado ao pai. 



Casa de Tecidos - Início do Século XX


Alfaiataria (Sastreria) em Salto, no começo do Século XX


As últimas informações revelaram que Vitor Abarno tornou-se um hacendado (fazendeiro ou latifundiário), conforme o registro de nascimento do neto Victor Alfonso Marcos Quiñones Abarno (1916); além disso, ele e a esposa residiram na cidade de Concórdia, Argentina, nos Anos 1920, conforme consta nos registros de óbito da filha Venecia e no de casamento do filho Francisco. Ainda não foram encontradas as datas de falecimento do casal Abarno.


Ver a continuação: Família Abarno 9ª Parte - Genealogia


sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Família Göller - Casas Antigas - Ramo José Göller


RAMO JOSÉ GÖLLER - FILHO DO IMIGRANTE JOHANN GÖLLER


Casa que pertenceu a José Göller, provavelmente até os anos 1930, localizada em Pareci Novo RS. Foto: Acervo de Ricardo Wagner


Casa que pertenceu a Jacob Göller Sobrinho, filho de José Göller, sendo vendida nos anos 1970, após o falecimento da viúva Idalina Schmitz Göller - Anos 1940, Pareci Novo RS. Foto: Acervo Pessoal


A casa de Jacob Göller Sobrinho, que era dividida em três partes, teria pertencido à família da esposa Idalina Schmitz, pois há uma foto dos membros da família Schmitz posando em frente à mesma e que nos parece ser idêntica.



Casa da família de Arlindo Wagner, esposo de Gerda Göller, neta de José Göller, na cidade de Venâncio Aires RS. Foto: Acervo de Ricardo Wagner


Casa onde residiu Lotta Göller, bisneta do imigrante Johann Göller e neta de José Göller, na Rua Américo Vespúcio, nº 215, que atualmente abriga uma casa comercial. A casa sofreu algumas modificações, conforme vemos abaixo, mas nota-se que o revestimento original foi conservado. Na foto (da esquerda para a direita) os tios de Lotta: Augusta, Ernesto Alfonso, Rosalina e Hilda Regina – Porto Alegre RS, 06/02/1960. Foto: Acervo de Linea Schuller Mosmann


Casa na Rua Américo Vespúcio - Porto Alegre RS - Imagem: Google Maps


Casa da Rua Américo Vespúcio - Porto Alegre RS - Imagem: Google Maps

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Família Mossmann - 190 Anos da Imigração - 1828 - 2018


5º Encontro da Família Mossmann – 13/10/2018 – Foto: Patrícia Pohren Lohmann

No ano de 2018, comemoramos os 190 Anos da chegada da Família Mossmann ao Brasil. A jornada desta família começou no mês de janeiro de 1828, quando Johann Jacob Mossmann, a esposa Maria Gertrudes Neumann e os filhos Anna Catharina, Anna Margaretha, Johann Mathias, Jacob Filho, Rosina e Anna Elisabetha, deixaram a cidade de Fronhofen onde residiam, para empreenderem uma longa e difícil travessia, objetivando obter uma nova vida no Brasil. A Família Mossmann e outros emigrantes haviam contratado um navio holandês, o Actif, que zarpou de Amsterdã no mês de abril daquele ano. A viagem teve os seus percalços, pois o navio apresentou problemas, além de haver um sério desentendimento com o seu capitão, de maneira que a viagem, que deveria levar três meses, teve o seu término declarado de maneira inusitada em agosto de 1828. 

O navio deveria seguir até o Rio de Janeiro, possivelmente finalizando a viagem no Rio Grande do Sul, mas o capitão, devido ao desentendimento citado, baniu do navio e deixou à própria sorte um grupo formado por quatro famílias, dentre as quais a dos Mossmann, na ilha de São Gonçalo, na região nordeste do país. Os passageiros restantes foram deixados no Recife, tendo o capitão em seguida desaparecido. Contando com a ajuda de locais e escravos fugidos, as famílias segregadas, depois de enfrentarem a fome, o calor e as intempéries, chegaram ao Recife após oito dias de viagem.

As famílias vindas no Actif vieram a fazer parte da Colônia de Santa Amélia, criada pelo governo de Pernambuco em 01/12/1829, situada a 46 km de Recife, num lugar denominado Catucá ou Cova da Onça. A Família Mossmann, depois de juntar economias durante os poucos anos de permanência em Pernambuco, migrou para o RS, chegando a este Estado em 1833. No ano de 1834, o nosso genearca Johann Jacob Mossmann  aparece no Kirchenbuch de Bom Jardim (Ivoti), como integrante da Comunidade Católica, onde era residente e proprietário de lotes, tendo falecido nesta cidade, assim como a sua esposa Maria Gertrudes Neumann. 

O casal Mossmann teve 10 filhos, mas deixou 7 descendentes, que vieram a formar os 7 grandes ramos da família: Anna Catharina Mossmann, Johann Mathias Mossmann, Jacob Mossmann Filho, Rosina Mossmann, Gertrudes Mossmann, Maria Josepha Mossmann e Carolina Mossmann.


Ramos da Família Mossmann: 1-Família do trineto de Carolina Mossmann e Pedro Ely Filho: Inácio Laerte Schuster, residente em Harmonia RS


2-Família da bisneta de Anna Catharina Mossmann e Joseph Welter: Idalina Schmitz Göller, minha avó, que residia em Pareci Novo RS; 3-Família do bisneto de Johann Mathias Mossmann e Clara Diehl: Luiz Mossmann, que residia em Parobé RS; 4-Família do neto de Jacob Mossmann Filho e Margaretha Schneider: João Balduíno Mossmann, que residia em Salvador do Sul RS; 5-Família do neto de Rosina Mossmann e Mathias Lauermann: Jacob Führ, que residia em Ivoti RS; 6-Família da neta de Gertrudes Mossmann e Carlos Senger: Rosina Schneider, que residia em Ivoti RS; 7-Família do neto de Maria Josepha Mossmann e Felippe Renner: o famoso empresário Anton Jacob Renner ou A. J. Renner (sentado, 3º da esq. p/dir.), com seus irmãos, o qual residia em Porto Alegre RS


AS COMEMORAÇÕES DENTRO DO 5º ENCONTRO DA FAMÍLIA MOSSMANN

 A comemoração do 5º Encontro foi realizada no dia 13/10/2018, na Sociedade Esportiva do Município de Maratá RS, o qual foi promovido pelos descendentes do casal João Balduíno Mossmann e Margarida Christiana Schuh, na cidade onde nasceu a filha Aninha Mossmann Büttenbender (in memoriam). João Balduíno Mossmann era filho de Jacob Mossmann Neto e Carolina Lenhard, sendo neto do imigrante Jacob Mossmann Filho e Margaretha Schneider. Fizeram parte da Comissão de Organização Vera Buttenbender Schneider, Valdir Buttenbender e Clara Buttenbender Kerber.


A Sociedade Esportiva de Maratá RS

A programação teve início no salão da Sociedade Esportiva Maratá às 8 horas, com a recepção e identificação dos convidados. Neste momento, os familiares tiveram a oportunidade e apreciar o painel da Família Mossmann, com fotos antigas de alguns de seus membros.










Às 10 horas, os convidados seguiram para a celebração religiosa na Igreja de São Miguel de Maratá


A Igreja de São Miguel


A organizadora do evento, Vera Büttenbender Schneider, saudou aos presentes, abrindo oficialmente as festividades
do encontro da Família Mossmann


A entrada do pároco da Igreja de São Miguel, Padre Cláudio Finkler




O celebrante destacou a importância da união dos membros da Família Mossmann ali reunidos, convidando-os a orar e agradecer a Deus naquela importante celebração












A música esteve aos cuidados de Luis Rodrigo Kerber, um excepcional músico


Os cânticos foram interpretados com excelência pela cantora Raquel Helen Fortes


Os presentes preparam-se para receber a Eucaristia


Momento de enlevo e emoção: Raquel Helen Fortes canta a Ave Maria de Gounod!

Após, houve o almoço de confraternização com churrasco e acompanhamentos, além de sobremesas, elaborados com muito carinho pela equipe de apoio.









À tarde, o encontro prosseguiu com boas conversas, músicas e danças.


Boa música no encontro da Família Mossmann!


Músicas e cantorias alegres no encontro


Danças animadas aos pares - Foto: Michel Natan Feyh


Dançando a Polonese - Foto: Michel Natal Feyh

Seguem fotos de alguns dos presentes à 5ª Encontro da Família Mossmann:


Família Mossmann e Wiedeck, residentes no Estado do Paraná - Foto: Michel Natan Feyh


Com Elma Mossmann Wiedeck, a única filha de João Balduíno Mossmann, que vive entre nós na atualidade, a qual reside em Pato Bragado, Paraná - Foto: Deloni Mossmann


Noeli Mossmann e Francisco Roque Juchem, responsável pela excelente pesquisa genealógica do ramo de João Balduíno Mossmann; residentes em Tunápolis, Santa Catarina



Link para a postagem sobre a viagem de navio da Família Mossmann:



Créditos:

Fotos de Patrícia Pohren Lohmann (foto oficial), Lisete Göller, Michel Natan Feyh  e Deloni Mossmann (indicadas)