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quarta-feira, 8 de junho de 2022

Família Abarno 3ª Parte - Ancestrais e Descendentes - Francesco Abarno


FRANCESCO ABARNO

                                                 
Francesco Abarno, meu trisavô (3º avô), filho de Carlo Abarno e Feliciana Radici, nasceu em 14/08/1811, na cidade de San Fele, Província de Potenza, na região da Basilicata. 



Assinatura de Francesco Abarno

O CASAMENTO 


Francesco Abarno casou-se em primeiras núpcias com Angela Maria Crisonino (*02/11/1813 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+18/05/1852 San Fele, Província de Potenza, Itália), minha trisavó (3ª avó), filha de Francesco Vito Nicola Crisonino e Maria Vittoria Napoliello, na data de 29/09/1830, na cidade de San Fele. Angela Maria exercia a profissão de Costureira (Cucitrice; modernamente usa-se “Sarta” no italiano). O casal teve 11 filhos. Francesco Maria casou-se em segundas núpcias com Vita Maria Vincenza Tauriello (*14/08/1811 San Fele, Província de Potenza, Itália/+07/12/1894 San Fele, Província de Potenza, Itália), filha de Francesco Tauriello e Lucia Radice, na data de 10/11/1856, em San Fele. O casal não teve filhos.


OS FILHOS


I-Feliciana Lucia Abarno (*13/12/1831 San Fele, Província de Potenza, Itália/+05/01/1832 San Fele, Província de Potenza, Itália);


II-Carlo Abarno (*07/06/1833 San Fele, Província de Potenza, Itália) sem mais notícias;


III-Nicola Vito Maria Abarno (*25/01/1835 San Fele, Província de Potenza, Itália/+30/12/1835 San Fele, Província de Potenza, Itália);


IV-Feliciana Abarno (*18/02/1837 San Fele, Província de Potenza, Itália/+02/11/1882 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu solteira. Profissão: Costureira (Cucitrice). Residia na Via Piazza, nº 9.


Registro de Óbito de Feliciana Abarno


V-Maria Antonia Vittoria Abarno (Irmã Maria Emmannuela) (*17/01/1840 San Fele, Província de Potenza, Itália/+10/12/1886 San Fele, Província de Potenza, Itália). Era Freira (Monaca). Residia na Via Piazza, nº 9.


Registro de Óbito de Emmannuela Abarno



VI-Nicola Maria Abarno (*19/02/1842 San Fele, Província de Potenza, Itália/+15/05/1918 Alegrete RS, Brasil), meu bisavô, casou-se em primeiras núpcias com Angela Maria De Vico (*19/07/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+11/03/1897 Quarai, RS, Brasil), filha de Nicola De Vico e Mariantonia Liccione, na data de 02/11/1865, na cidade de San Fele. O casal teve 5 filhos. Angela Maria teve uma irmã chamada Maria Nicola De Vico, que se casou com Francesco Liccione, filho de Sebastiano Liccione e Maria Giuseppe Navarra, na data de 05/06/1867 na cidade de Melfi, onde o noivo e a família deste residiam. Angela Maria foi sepultada no Cemitério Municipal de Quarai RS, porém não existe mais o seu túmulo.


Nicola teve uma união estável com Maria do Carmo Machado (*1857/1858 Alegrete RS/+21/07/1896 Alegrete RS), minha bisavó, que lhe deu cinco filhos. Após o falecimento de Maria do Carmo, Nicola casou-se com Maria Eugenia Belhomet (*02/12/1874 Alegrete RS/+12/10/1901 Alegrete RS), viúva do italiano Luiggi Lucchese, na data de 26/03/1898, na cidade de Alegrete RS. O casal teve 2 filhas. Após o falecimento de Eugenia, Nicola casou-se com Rosa Basile (*1853 Albânia/+27/09/1940 Alegrete RS), em 11/05/1903, na mesma cidade, com quem não teve filhos. (Ver capítulo sobre Nicola Abarno – Família Abarno III).


VII-Maria Theresa Lucia Abarno (*14/12/1843 San Fele, Província de Potenza, Itália/+07/08/1931 Alegrete RS, Brasil) casou-se com o Comerciante Potito Di Napoli (*25/11/1838 San Fele, Província de Potenza, Itália/+26/02/1921 Alegrete RS, Brasil), filho de Nicola Di Napoli e Maria Michela Tomasulo, na data de 29/04/1862, na cidade de San Fele, Itália. Tiveram 5 filhos. Residia com a família na Via Castello, nº 27 em San Fele. Potito chegou a Alegrete antes de 1887, pois consta no casamento da filha Maria Michela, na data de 14/02/1887, que seu pai, Potito Di Napoli, residia na “América” (Alegrete, RS, Brasil), tendo Maria Theresa comparecido ao casamento civil em San Fele. O restante da família migrou para a cidade de Alegrete posteriormente.


Registro de casamento de Maria Theresa Lucia Abarno e Potito Di Napoli


A família Di Napoli veio da cidade de San Fele para o Brasil entre os anos de 1882 e 1887. Potito foi membro da Società di Mutuo Soccorso - Unione Italiana de Alegrete, fundada em 15/08/1883. Na data de 24/02/1890, a Secretaria da Câmara da Intendência Municipal de Alegrete iniciou os “Assentamentos dos Recusados Estrangeiros que não aceitaram a naturalização”, na forma do Decreto de 10/12/1889. Constam no documento o registro de recusa de Potito Di Napoli no livro da Intendência e o dia de seu comparecimento que foi em 14/03/1890: “Declaro que quero permanecer cidadão do Reino da Itália, País de meu nascimento.” No dia 14/05/1890, constou a recusa de Nicola Abarno, seu cunhado.

Brasão Di Napoli

Potito faleceu aos 83 anos. Constam no inventário de Potito Di Napoli (Arquivo Público do RS, Alegrete, Inventários, Órfãos e Ausentes, Nº 15, Maço 1, Estante 70, Ano 1922): valores em dinheiro no Banque Française et Italienne; imóveis na cidade de Alegrete: uma casa  de material na Rua Barão do Amazonas, nº 61; uma casa de material, sem beiral, na Rua Venâncio Aires, nº 1; uma casa de material na Rua Gen. Bento Gonçalves, nº 20; uma casa na Rua Riachuelo, nº 42; uma casa na Praça Júlio de Castilhos, nº 26, na Coxilha Seca; uma casa na Rua Cel. Cabrita, nº 19; uma casa de material na Rua Venâncio Aires, esquina com a Rua David Canabarro, nº 3, com beiral; uma casa na na Rua David Canabarro, sem nº.


Assinatura de Potito Di Napoli

Maria Theresa faleceu às 23 horas do dia 07/08/1931, aos 86 anos de idade, de um derrame cerebral, atestado pelo Dr. Alexandre Lisboa (CRCPN Alegrete, Livro C, nº 278 v e 279). O casal Di Napoli foi sepultado no Cemitério Municipal de Alegrete. Maria Theresa residia à Rua Dr. Lauro, nº 184, em Alegrete. Consta em seu inventário (Arquivo Público do RS, Alegrete, Inventários, Órfãos e Ausentes, Nº 2.423, Maço 108, Estante 66, Ano 1933): uma casa na Praça Júlio de Castilhos, nº 96 (26?), de meia água, com nove peças, inclusive um quarto de açougue e cozinha; uma casa na Rua Cel. Cabrita, esquina com a Rua Gen. Arruda e uma casa na Rua Venâncio Aires, nº 3, esquina com a Rua David Canabarro. Estes bens foram-lhe havidos na meação que lhe coube no inventário de seu esposo. Recebia aluguéis de: Modesto Lara, Luiz Machado, Irineu Azevedo, Alpheu Vasconcellos, João Carlos Naymayer (sic), Manoel Marciano e Amaro Palma Medeiros.


Os filhos de Maria Theresa Abarno Di Napoli:


VII-1-Maria Michela Di Napoli (*04/06/1863 San Fele, Província de Potenza, Itália/+Nova Iorque EUA) casou-se com Donato Rubino (*1862/1863 San Fele, Província de Potenza, Itália/+Antes de 1931 Nova Iorque, EUA), filho de Marco Rubino e Maria Genovese, na data de 14/02/1887, em San Fele. Donato era Sapateiro (Calzolaio).  Maria Michela, na época de seu casamento aos 23 anos, exercia a profissão de Fiandeira (Filatrice, mas num dos registros de nascimento de seus filhos aparece como Agricultora - Contadina). No dia de seu matrimônio, constou que seu pai Potito Di Napoli estava residindo na América (Alegrete, RS, Brasil), mas sua mãe esteve presente ao casamento. Residia na Via Piazzeta, nº5. A família emigrou para os Estados Unidos provavelmente em 1897, pois a partir deste ano não foram encontrados registros de descendentes. Obs.: Maria Michela foi registrada em 06/06/1863.

A família vivia em Nova Iorque, EUA, conforme consta no inventário de seu pai. Era viúva ao tempo do falecimento da mãe Maria Theresa. O endereço de Maria Michaela no ano de 1933 era: 177, Highland Street, Port Chester, State New York, USA. Tiveram pelo menos 5 filhos: Maria Rubino (*05/03/1888 San Fele, Província de Potenza, Itália), Teresa Rubino (*07/10/1889 San Fele, Província de Potenza, Itália/+25/05/1891 San Fele, Província de Potenza, Itália), Marco Rubino (*21/02/1891 San Fele, Província de Potenza, Itália), Potito Rubino (*23/12/1892 San Fele, Província de Potenza, Itália) e Teresa Carmela Rubino (*19/02/1895 San Fele, Província de Potenza, Itália/+27/04/1897 San Fele, Província de Potenza, Itália);


VII-2-Nicola Di Napoli (*20/09/1867 San Fele, Província de Potenza, Itália/+07/03/1876 San Fele, Província de Potenza, Itália). Obs.: Nicola foi registrado em 21/09/1867;


VII-3-Francesco Di Napoli (*09/02/1872 San Fele, Província de Potenza, Itália/+RS), comerciante, casou-se com Maria Francisca Gargaro da Silveira (*05/02/1877 Alegrete RS/+RS), filha de Rafael Gargaro e de Maria Francisca Ferreira da Silveira, na data de 27/09/1897, na Igreja Matriz de Alegrete (Cúria de Uruguaiana, Livro Casamentos Alegrete 1880-1911, Livro 12, fl. 36 v). O casamento civil foi realizado na mesma data, às 20 horas, na localidade de Rincão de São Miguel, na residência do sogro Rafael Gargaro (CRCPN de Alegrete, Livro Registro de Casamentos B-2, fl. 11 v, Reg. nº 26). Tiveram 10 filhos: Ernestina (*06/11/1898 Alegrete RS); Julia (*13/01/1900 Alegrete RS), casada com Basílio de Oliveira Bicca; Attilio Raphael (*13/01/1902 Alegrete RS); Lelia (*16/08/1903 Alegrete RS/+08/05/1920 Alegrete RS); Olga (*04/03/1905 Alegrete RS), casada com Odorico de Souza; Maria (*16/10/1906 Alegrete RS), casada com Alcides Simões Sobrinho; Diva (*05/08/1908 Alegrete RS), casada com Homero Mazzei; Ennio (*21/10/1912 Alegrete RS), casado com Magdalena dos Santos Lisbôa; Leda (*22/08/1919 Alegrete RS) e Plínio (*27/06/1921 Alegrete RS). Residiram em Cruz Alta, retornando a residir em Alegrete ao tempo do falecimento de Maria Theresa. Obs.: Francesco foi registrado no dia 10/02/1872;


Assinatura de Francisco Di Napoli


VII-4-Angela Maria Di Napoli (*02/02/1876 San Fele, Província de Potenza, Itália/+31/12/1954 Porto Alegre RS) casou-se com o Pecuarista Nicol’angelo Maronna (*04/05/1878 Lauria, Província de Potenza, Itália/+23/01/1965 Alegrete RS), filho de Francesco Paolo Maronna e de Clara Zaccaro, na data de 11/05/1901, na Igreja Matriz de Alegrete (Cúria de Uruguaiana, Livro Casamentos Alegrete 1880-1911, Livro 12, fl. 50v). O casamento civil foi realizado na mesma data, na casa do pai Potito Di Napoli. Nicol'Angelo era Artista, com 24 anos de idade (CRCPN de Alegrete, Livro Registro de Casamentos B-2, fl. 117 v, Reg. n. 16). Nicol’angelo também era sócio da Società Unione Italiana de Alegrete, possuía uma oficina de sapatos por volta de 1908, tornando-se pecuarista posteriormente. Tiveram 6 filhos: Francisco Paolo (*14/04/1904 Alegrete RS/+Abr 1978 Porto Alegre RS); Maria Clara (*04/12/1906 Alegrete RS); Potito (*09/01/1909 Alegrete RS/+31/10/1977 Alegrete RS); Maria Theresa (*28/12/1912 Alegrete RS/+25/05/1997 Alegrete RS), casada com o Dr. Vergínio Machado da Silveira; Maria Antonieta (*18/03/1914 Alegrete RS/+15/05/1987 Porto Alegre RS) casada com Martim dos Santos Pons e Maria Angelina (*28/11/1915 Alegrete RS/+31/10/2002 Porto Alegre RS), casada com o Advogado Anastácio Jardim de Oliveira. Angela Maria Di Napoli Maronna residia com a família em Alegrete ao tempo do inventário de sua mãe Maria Theresa. Obs.: Angela Maria foi registrada no dia 03/02/1876;


Assinatura de Angela Maria Di Napoli


VII-5-Nicola (Nicolino) Di Napoli (*13/02/1882 San Fele, Província de Potenza, Itália/+16/09/1922 Alegrete RS, Brasil) casou-se no civil aos 27 anos de idade, em 11/02/1909, às 8 horas, na casa da sogra Eufrasia Francisca da Silveira, com Maria Adalgisa da Silveira (*1879 Alegrete RS/+20/08/1963 Alegrete RS), filha de João Machado da Silveira e Eufrásia Francisca da Silveira, sendo testemunhas Nicol'Angelo Maronna, Miguel Lorenzo, Francisco da Silveira Ramos e Martinha da Silveira Cruz. Casamento civil: CRCPN de Alegrete, Livro Registro de Casamentos B-3, fl. 7 v, Reg. n. 196 v. O casal teve cinco filhos: Potito (*04/11/1909 Alegrete RS/+08/01/1994 Alegrete RS), solteiro e sem filhos; João (*07/01/1911 Alegrete RS), casado com Ana Eli Mesquita; Duílio (*11/02/1915 Alegrete RS), casado com Zilpa Dias Chaves; Theresa Rita de Lourdes (*02/06/1917 Alegrete RS) e Constâncio (*30/01/1919 Alegrete RS). Foi mencionado numa pesquisa de imigrantes da cidade de Alegrete que Nicolino teria saído da Itália aos 17 anos de idade, ou seja, no ano de 1899. Pelo documento de recusa de Potito Di Napoli à cidadania brasileira, em 14/03/1890, esta informação não pode ser verdadeira, além do que Potito Di Napoli já havia saído da Itália antes de 1887. Nicolino trabalhou com o transporte de uvas de Caxias para a fronteira oeste, abastecendo as vinícolas desta Região. Aos 20 anos de idade, associou-se à Sociedade Italiana Guglielmo Marconi, conforme consta no Livro Verbale nº 2, fl. 3, na data de 01/03/1903. Depois, Nicolino passou a ocupar-se com a pecuária. O filho João Di Napoli, com a morte de Nicolino, prosseguiu com a administração da fazenda Santana do Espinilho, tornando-se criador de gado de corte e de ovelhas Merino Australiano. Obs.: Nicolino foi registrado no dia 14/02/1882.


Assinatura de Nicolino Di Napoli


No ano de 1944, foi um dos fundadores da Cooperativa Alegretense de Lãs. A partir do ano de 1979, a família começou a trabalhar também com a lavoura arrozeira e sua comercialização foi feita através da Granja Espinilho, administrada pelos filhos João di Napoli e Marco Aurélio di Napoli. O plantio intensivo verificou-se a partir de 1991. São netos de João di Napoli e Ana Mesquita di Napoli: Giovani di Napoli (Agrônomo), Graziela di Napoli (Nutricionista), Luciana di Napoli (Fotógrafa), Francesca di Napoli (Poetisa e Psicóloga), Marco Aurélio Mesquita di Napoli Junior (Médico Urologista), Lucas di Napoli (Agrônomo) e Eduardo Mesquita Bermudes (Músico). Na Política, a família e a comunidade italiana do RS foram representadas pelo Deputado Estadual Sr. Francisco Lisboa Napoli, no ano de 1983, no seu pronunciamento no Parlamento Gaúcho, quando foi registrado o Centenário da Sociedade Italiana de Alegrete (1883-1983): “Ocupo esta tribuna para fazer o registro de um acontecimento importante no meu Município de Alegrete, em que a comunidade, no último dia 15 deste mês, comemorou o Aniversário da entidade mais antiga daquela cidade, que é a sociedade Italiana, a antiga Società Unione Italiana, que em Alegrete congregou no passado os imigrantes italianos que chegaram à fronteira em número expressivo, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento daquele município de fronteira com o Uruguai e a Argentina”. Um dos remanescentes da velha Società Unione Italiana o Sr. Domingos Mitidieri que esteve presente à solenidade, oportunidade em que foi homenageado pela colônia Italiana daquele município. 

15/08/1883 - A Società Unione Italiana foi fundada com o fim de proporcionar o mútuo socorro aos italianos, radicados em Alegrete. A diretoria ficou assim constituída: Presidente: Emilio Ricciardi; Vice-Presidente: Luigi Chiesa; 1° Secretário: Luigi Ducco; 2° Secretário: Francesco Jiquanetti; 1° Tesoureiro:  Pascoale Chiarelli; Vocale: Giocomo Salla; Nicola Tingel Gioda; Domênico Badlaglia. Esta sociedade beneficente foi fundada para o mútuo socorro dos filhos da bela Itália, estabelecidos no Município de Alegrete, embora conte, em seu seio, com vários sócios honorários e beneméritos de outras nacionalidades, especialmente brasileiros, o que demonstra a simpatia entre as nações vinculadas no Rio Grande do Sul, pela memória de José Garibaldi. A Sociedade foi fundada em 15 de Agosto de 1883 e anualmente celebra a sua festa no dia 20 de Setembro. O edifício foi erguido em 1907 e inaugurado a 20 de Setembro de 1907. É uma construção do estilo renascença (neoclássico). Possui um salão de 10 metros e extensão por 6 metros de largura e, ao fundo, dois compartimentos menores, servindo um de Secretaria e o outro servindo de depósito de alfaias e outros objetos. Fonte: Revista do Imigrante, Alegrete RS.


VIII-Maria Michela Abarno I (*02/03/1846 San Fele, Província de Potenza, Itália/+19/02/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália);


IX-Vitor (Vito) Abarno (*05/12/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+Argentina), Alfaiate (Sarto), casou-se com Manuela Ygnacia Barbita Savia (*22/01/1861 Salto, Uruguai/+Argentina), filha de Fernando Barbita e Segunda Savia, na data de 22/11/1879, na cidade de Salto. Na década de 1920, Vitor Abarno e sua esposa foram residir na cidade de Concordia, Argentina. O casal teve 14 filhos (Vide Família Abarno V – Vitor Abarno).

IX-1-Angela Maria Abarno (*04/09/1880 Quarai RS) casou-se com Cirilo Pedro Quiñones (*09/07/1874 Salto, Uruguai);

IX-2-Gavina Abarno (*19/02/1882 Salto, Uruguai);

IX-3-Venecia Abarno (*18/09/1883 Salto, Uruguai/+16/12/1921 Cerro Picazo, Salto, Uruguai) casou-se com Esteban Federico Siciliano (*07/06/1876 Montpellier, Hérault, França);

IX-4-Feliciana Abarno (*10/12/1884 Quarai RS) casou-se com Mario Amaro da Silveira (*18/11/1876 Canguçu, RS);

IX-5-América Abarno (*27/09/1885 Quarai RS/+Montevidéu, Uruguai) casou-se com Luis Felipe Dondo Iríbar (*13/09/1879 Salto, Uruguai/+1931 Montevidéu, Uruguai);

IX-6-Manuela Abarno (*12/05/1887 Salto, Uruguai/+25/11/1887 Salto, Uruguai);

IX-7-Duílio Fernando Abarno (*31/03/1888 Salto, Uruguai/+16/02/1971 Santa Fé, Argentina) casou-se com em primeiras núpcias com Carolina Grantille e, em segundas núpcias, com Nieve Gallimó;

IX-8-Maria Sofia Abarno (*14/04/1889 Salto, Uruguai/+29/01/1890 Salto, Uruguai);

IX-9-Carlos Abarno I (*30/05/1890 Salto, Uruguai/+06/06/1890 Salto Uruguai);

IX-10-Romeo Abarno (*02/06/1891 Salto, Uruguai/+14/06/1891 Salto, Uruguai);

IX-11-Carlos Abarno II (*17/03/1893 Salto, Uruguai/+19/04/1893 Salto, Uruguai);

IX-12-Francisco Abarno (*22/05/1894 Salto, Uruguai) casou-se com Cosme Rosa Florinda Cremanti (27/09/1897 Montevidéu, Uruguai);

IX-13-Carmen (Cármela) Abarno (*15/07/1895 Salto, Uruguai/+17/01/1896 Salto, Uruguai);

IX-14-Maria Luisa Abarno (*19/08/1896 Salto, Uruguai/+30/08/1896 Salto, Uruguai).


X-Giuseppe Abarno (*16/11/1849 San Fele, Província de Potenza, Itália/+01/02/1915 San Fele, Província de Potenza, Itália) casou-se com Angela Maria Trotta (*04/02/1860 Avigliano, Província de Potenza, Itália/+11/02/1910 San Fele, Província de Potenza, Itália), filha de Giuseppe Trotta e Caterina Barbeto, na data de 05/02/1881 em Avigliano. Maria Angela era dona de casa, mas aparece em alguns registros a profissão de Costureira (Cucitrice). Residia na Piazza Del Plebiscito, nº 8, na cidade de Avigliano, antes do casamento, que foi realizado na própria casa, pois ela estava doente e com febre. Giuseppe era Ferrador (Maniscalco), isto é, aquele que coloca ferraduras em cavalos. Nos registros dos filhos, aparece a profissão de ferreiro (fabbro ferraio). Residiu na Via Verdesca, nº 5. Quando faleceu, residia em Vico I - Piazza Garibaldi, nº 5.


O registro de casamento de Giuseppe Abarno e Angela Maria Trotta em Avigliano:





O casal teve 12 filhos. Giuseppe, depois de enviuvar, uniu-se à Anna Maria Coviello após 1910. São filhos do primeiro casamento:

X-1-Francesco Abarno (*01/09/1882 San Fele, Província de Potenza, Itália);

X-2-Angela Maria Abarno I (*08/02/1884 San Fele, Província de Potenza, Itália/+26/05/1887 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu na Via Piazza, nº 5;

X-3-Pasquale Abarno I (*07/09/1886 San Fele, Província de Potenza, Itália/+02/01/1888 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu na Via Verdesca, nº 7;

X-4-Pasquale Abarno II (*05/01/1888 San Fele, Província de Potenza, Itália/+20/01/1892 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu na Via Verdesca;

X-5-Angela Maria Abarno II (*11/11/1889 San Fele, Província de Potenza, Itália/+maio 1975 Lancaster, Erie, New York, EUA);

X-6-Giuseppe Abarno I (*24/01/1891 San Fele, Província de Potenza, Itália/+01/02/1892 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu na Via Montone, nº 11;

X-7-Caterina Abarno (*01/04/1893 San Fele, Província de Potenza, Itália);

X-8-Giuseppe Abarno II (*01/08/1894 San Fele, Província de Potenza, Itália/+12/08/1896 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu na Via Verdesca;

X-9-Pasquale Abarno III (*07/04/1896 San Fele, Província de Potenza, Itália)/+EUA;

X-10-Maria Stella Abarno I (*10/09/1898 San Fele, Província de Potenza, Itália/+1899 San Fele, Província de Potenza, Itália);

X-11-Maria Stella Abarno II (*07/01/1900 San Fele, Província de Potenza, Itália+EUA);

X-12-Giuseppina Abarno (*01/05/1903 San Fele, Província de Potenza, Itália/+EUA). 


XI- Maria Michela Abarno II (*27/01/1852 San Fele, Província de Potenza, Itália), sem notícias.



A PROFISSÃO

Francesco Abarno era Ferreiro (Fabbro Ferraio).


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

Residia na Via Verdesca, s/nº e, após, na Via Piazza, nº 9, na cidade de San Fele.


A EMIGRAÇÃO DA ITÁLIA (ver detalhes no início da Família Abarno I)


No ano de 1881, Francesco estava na listagem do relatório de saída de emigrantes da cidade de San Fele, juntamente com os filhos Feliciana, Maria Emmannuela, Vitor e Giuseppe e a nora Angela Maria Trotta, mas somente ele e Vitor (que estava retornando à América) emigraram. O filho Nicola Abarno aparece também na mesma listagem, com a esposa Angela Maria de Vico e os filhos Mariantonia e Francescantonio, mas apenas Nicola deixou a Itália. Não se sabe o nome do navio através do qual partiram para a América, mas o porto de entrada seria o de Buenos Aires, na Argentina, com destino a Salto, Uruguai, através de navegação pelo Rio da Prata. Francesco voltou à Itália posteriormente, para buscar a nora e os filhos de Nicola Abarno.


No ano de 1887, Francesco Abarno aparece na listagem de emigrantes em San Fele, assim como a nora Angela Maria de Vico e seus dois netos. Francesco saiu de San Fele com destino a Gênova com sua nora Angela Maria De Vico e seus netos Mariantonia e Francescantonio, com partida prevista para o mês de fevereiro de 1887, tendo embarcado no final de março no navio Umberto I, com destino à cidade de Buenos Aires na Argentina. Chegaram ao porto desta cidade na data de 01/05/1887. De lá, foram residir na cidade de Salto, Uruguai. Em 03/10/1888, Francesco é referido como o pai adotivo de Mariantonia Abarno, no casamento desta com Leone De Benedetto, declarando para este fim o seu consentimento. O matrimônio ocorreu na cidade de Salto. 


O Navio Umberto I da Empresa Navegazione Generale Italiana


Francesco voltou à Itália posteriormente, conforme constam nos registros de nascimento dos netos Carlos (*17/03/1893), Francisco (*22/05/1894) e Maria Luisa (*19/08/1896), todos na cidade de Salto, Uruguai, o avô estava residindo naquele país. Francesco voltaria para a América somente em 06/07/1898, com 80 anos, 
já viúvo da segunda esposa, Vita Maria Vincenza Tauriello, como passageiro do navio Perseo, que atracou no porto de Buenos Aires, Argentina.


O Navio Perseo da Empresa Navegazione Generale Italiana


O FALECIMENTO


Francesco Abarno faleceu em 25/04/1900, em sua residência, na cidade de Alegrete RS. Foi sepultado no Cemitério Municipal da mesma cidade. 


Ver a continuação: Família Abarno 4ª Parte – Ancestrais e Descendentes - Nicola Abarno (1)




2 comentários:

  1. Boa Tarde, meus bisavós também são de Avigliano em Potenza e vi seu Blog. Gostaria de saber por favor onde posso conseguir essas certidões de casamento ou nascimento deles. Poderiam por favor me informar se possível me informar pelo meu e-mail. Desde já obrigado. alex.mecco@hotmail.com

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