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Os artigos veiculados neste blog podem ser utilizados pelos interessados, desde que citada a fonte: GÖLLER, Lisete. [inclua o título da postagem], in Memorial do Tempo (https://memorialdotempo.blogspot.com), nos termos da Lei n.º 9.610/98.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Família Schmitz (Johann Peter) - Histórias


 A CAPELA DE BUCHERBERG


A Igreja de Bucherberg, em Morro dos Bugres, Santa Maria do Herval RS, foi fundada em 1849. O ano da foto provavelmente é o de 1910. No ano de 1914, a Igreja foi substituída por outra, na técnica enxaimel, mas rebocada, a qual existe até hoje – Foto: Acervo de Lisete Göller - Reprodução e Colorização 


Tradução e observações: Ovídio Hillebrand

Título Original: Bugerberg – Morro dos Bugres

Publicação: Facebook

Fotos: Autorias indicadas nas legendas


Estou traduzindo aleatoriamente os capítulos do livro do Pe. Max Von Lassberg S.J., “Allerlei aus meinem Leben”, Recordações da minha vida. Mesmo assim, encontro surpresas muito tocantes para nossa história. Além do tocante religioso, estão registrados fatos geográficos e sociais, como a região de Dois Irmãos e Novo Hamburgo, floresta nativa daquele tempo e, hoje, cidade com prédios “arranha céu”. Interessante que ele menciona seu primeiro sermão em 1887. Sabemos que o Pe. Amstad chegou em 1885. Os dois, a serviço, cavalgando por toda esta região, observando, anotando, comentando e escrevendo. O que temos destes registros hoje?! Estou feliz em poder traduzir e publicar alguma coisa pelo Facebook. Obrigado aos que leem e comentam!


Imagem original no livro do Pe. Max Von Lassberg S. J., da antiga Capela de São Xavier em Morro dos Bugres RS – Fonte: Ovídio Hillebrand


“Nos primeiros dias de janeiro de 1887, cavalguei para a Capela São Xavier no “Bucherberg”, Morro dos Bugres, onde um Padre estava oficiando a primeira comunhão solene, mesmo só com 4 crianças. Naquele tempo, isto me agradou, e, mais tarde, não. Para o extensivo trabalho religioso, os sacerdotes podem e precisam, com toda energia e direito, exigir que a comunhão das crianças, com sua preparação, não seja feita em cada pequena capela, mas em alguns lugares apropriados, ou também, como acontece em muitos lugares, só na Igreja Paroquial, e os pais devem e podem ceder à exigência e fazer os sacrifícios necessários. Alguém já me falou: assim a solenidade também é muito mais bonita e edificante. 

A Capela de “Bucherberg” representou a imagem para quase todas as Capelas da Paróquia de Dois Irmãos RS, daquele tempo. Nenhuma possuía uma sacristia. Mesmo a Paróquia recebeu apenas uma há pouco. A construção toda da Capela parecia ser calculada para uma demolição eminente e construída provisoriamente. Mal dividida, apertada, estreita, com baixo forro, poucas e pequenas janelas, e somente uma única porta; no verão, com muita gente, o calor seria insuportável. 

Só 6 ou 7 anos após, começou-se naquela Paróquia, em parte, a construir melhores e bem bonitas capelas. Hoje em dia, aquelas “velhas caixas”, em parte já todas estão caídas. Mesmo assim, não faz mal mantê-las em lembrança. Afinal eram santos monumentos; santificados através de muita oração e santos sacrifícios. Nesta Capela, naquele tempo, no primeiro domingo do ano de 1887, eu fiz o meu primeiro sermão público da minha vida na festa do Santo Nome de Jesus. Logo em seguida, na Igreja Paroquial, fiz meu segundo sermão, sobre o Santíssimo Coração de Jesus. Milhares de sermões se seguiram depois, em inúmeras igrejas, capelas, escolas, casas, em lugares abertos, debaixo das árvores da floresta nativa, em diversos idiomas; mas me alegra que minha trilha de sermões tenha iniciado com o nome e o coração de Jesus. Por isso, a pobrezinha Velha Capela de São Francisco Xavier no Bucherberg, Morro dos Bugres, me fica inesquecível.”


Segundo Solange Hamester Johann, a porta, com a chave da mesma, além do sino e da cruz da torre, estão em uso na Igreja atual.


Chave da porta da antiga capela, ainda em uso na atualidade – Foto: Diego Ricieri Carraro


No alto da torre da Igreja de São Xavier, vê-se o sino e a cruz que ainda permacem atualmente – 2009 – Morro dos Bugres RS – Foto: Acervo de Lisete Göller


A colonização de Santa Maria do Herval, entre 1835 e 1838, iniciou-se pela localidade de Morro dos Bugres, que, na época, fazia parte da grande São Leopoldo, integrando o distrito de Dois Irmãos. Hoje, permanece sendo uma localidade de Santa Maria do Herval. Dedicavam-se os colonos ao cultivo da terra, desbravando as matas e abrindo roçadas, onde plantavam cevada, trigo, centeio, fumo, milho e feijão. Estes primeiros colonos passaram por muitas dificuldades, pois o terreno era montanhoso, tiveram que lutar contra animais ferozes que habitavam a região e isolados do restante, a maioria das vezes sem nenhuma assistência disponível. 

Os primeiros imigrantes vieram da cidade de Buch, na Alemanha, e denominaram o morro onde se estabeleceram, do então Bucherberg  (Berg: morro, o morro dos imigrantes de Buch), sendo este o primeiro nome, em alemão e, mais tarde, em  português, como Morro dos Bugres. Vieram também outros imigrantes alemães como os Dapper, Naumann, Kaefer, Mallmann, Kasper, Weber, Schneider, Bender, Knorst, Wiest, Hartmann, Müsnich, entre outros. Os nossos imigrantes Schmitz, Johann Peter e Elisabetha Dapper, com seus filhos, vieram de Mastershausen, e permaneceram em Morro dos Bugres até a década de 1860.

Em 1849, em Morro dos Bugres, foi construída a primeira capela, escola e cemitério de Santa Maria do Herval. Esta capela servia a três comunidades: Jammerthal (Picada Café), Walachai (Morro Reuter) e Bucherberg (Morro dos Bugres, Santa Maria do Herval). Foram 40 famílias que iniciaram esta construção. Foi Nicolau Weber e sua esposa que doaram 50 braças de suas terras para a construção da capela, escola e cemitério.


O interior da Igreja de São Francisco Xavier – Morro dos Bugres RS – Foto: Acervo de Lisete Göller


Vista parcial do atual cemitério, vendo-se ao fundo a Igreja de São Francisco Xavier – Foto: Acervo de Lisete Göller


Memorial dos primeiros Associados da Capela de São Francisco Xavier – 1849 – 2009 – Foto: Acervo de Lisete Göller


Celebração da Missa efetuada no lado externo da Igreja, por ocasião da Festa de 160 Anos da Igreja de São Francisco Xavier – Foto: Acervo de Lisete Göller



Site do Município de Santa Maria do Herval RS:


Família Schmitz (Johann Peter) - Histórias

 

A FOTO DE PEDRO JOÃO SPOHR, MARIA CATHARINA HARTMANN E OS FILHOS NA REVISTA SANKT PAULUSBLATT (ANOS 1950)

Tradução e comentários: Ovídio Hillebrandt

Fonte: Revista Sankt Paulusblatt




“Valor histórico da foto: o título bem acima: “Relatório, ou Notícia da Família Associação Popular”. Esta associação ou “família”, é um povo unido social, econômica e religiosamente, desde os anos de 1890. Está mais fortemente unida desde 1898, com a fundação da Associação dos Professores em Harmonia-RS, e com os grandes congressos católicos, ”Katholikentage”. Esta família Spohr, migrou para Serro Azul - Cerro Largo, que justamente foi a grande Colônia agrícola fundada por esta grande FAMÍLIA POPULAR UNIDA. A região era de floresta nativa originada das Missões Jesuíticas, quase 200 anos antes. O Pe. Max Von Lassberg S.J. e outros líderes sociais seguiram para aquela região, onde se formaram famílias como esta da foto. Três freiras e um Irmão de La Salle eram comuns na época. Estas Ordens Religiosas cresciam e fundavam colégios de escolas primárias, secundárias e, mais tarde, universidades. Isto deu um impulso em todas as atividades culturais, industriais, comerciais, etc. A vestimenta, ou hábito que usavam, desde séculos, não usam mais, e o número de jovens que se associam a estas Ordens é muito reduzido. A nós, hoje, compete conhecer, entender, admirar ou não (...), o resultado deste tipo de vida. O resultado de vida que desfrutamos hoje, herdamos deles.

O pai Peter Johann Spohr, nascido em Salvador Velho (hoje Tupandi RS), mãe Maria Katharina Hartmann (neta da Elisabeth Schmitz), de Bom Princípio, casaram em 30 de julho de 1901 em Salvador Velho. Em 10 de maio de 1908, o casal migrou para Serro Azul, hoje Cerro Largo, quando esta havia sido fundada em 1902. Doze crianças são a alegria do casal: 8 filhos estão casados e 4 escolheram uma vida na Ordem Religiosa. Os 47 netos e 4 bisnetos alegram o amor dos avós e bisavós.

Na foto acima saúdam a todos os leitores da Sankt Paulusblatt: o pai Peter Spohr e a mãe Katharina Hartmann. O filho Nicolau Ernesto, estava ausente. A seguir, Reinaldo, Olydia Guilhermina (Irmã Teolinda), Felippe Eduardo, Idalina Eleonora, Maria Sybilla (Irmã Bertila), Maria Emilia (Irmã Ismênia), Aloisio Ermindo, Bernardo Ottmar, Anna Bertha, Norberto Alberto (Irmão Geraldo Henrique) e Silverio Edwino”.


O Irmão Norberto Spohr com os pais Maria Catharina e Pedro João Spohr – Foto: Beato Ames



Nota 1: Maria Catharina Hartmann era filha de Felippe Hartmann e Margarida Schaedler, neta dos imigrantes Peter Hartmann e Elisabetha Schmitz, bisneta de Johann Peter Schmitz e Elisabetha Dapper.

Nota 2: A Revista Sankt Paulusblatt, escrita em alemão, foi criada em 1912, com redação em Porto Alegre RS, como forma de comunicação entre os associados da Sociedade União Popular.





Família Schmitz (Johann Peter) - Escritores


 O AUTOR



COLLING, Alfredo Roque (*10/10/1938 Pareci Novo RS/+12/03/2023 Porto Alegre RS), sobrinho do Arcebispo de Porto Alegre, João Claudio Colling, era natural de Pareci Novo, Rio Grande do Sul, Brasil. Exerceu os cargos de Secretário da Fazenda, Secretário de Administração e Planejamento e Chefe de Gabinete no município de Pareci Novo. Teve uma participação fundamental no processo de Emancipação de Pareci Novo e uma atuação importantíssima na realização da Estrada RS 124, ligando os municípios de Montenegro e São Sebastião do Caí, abrangendo Pareci Novo.

Alfredo Roque era filho de Julio José Colling e Regina Ottilia Marx, neto de João Colling e Maria Hartmann, bisneto de João Hartmann II e Barbara Junges, trineto dos imigrantes Peter Hartmann e Elisabetha Schmitz e tetraneto de Johann Peter Schmitz e Elisabetha Dapper. Alredo Roque faleceu aos 84 anos, em Porto Alegre, deixando a esposa Clair Lourdes Neis e os filhos Julio César e Rafael Aurélio. 


A OBRA


Além de ser o autor do Hino de Pareci Novo, escreveu os livros “ERS – 124 – A História” (2011) e “A Saga Colling em Pareci Novo” (2013), que o levaram a fazer parte da Academia Montenegrina de Letras.


Alfredo Roque Colling vestindo a pelerine e portando a condecoração da Academia Montenegrina de Letras – Foto: Família Colling


• “ERS 124 A História”. São Leopoldo: Oikos Editora, 2011. A obra é resultado de uma reflexão partilhada acerca da dinâmica sociocultural, das identidades e das relações de poder nas fronteiras. A fronteira enquanto lugar plural e de relações intersubjetivas intensas mobiliza os atores sociais em busca da significação de suas territorialidades e da construção das suas identidades.




• “A Saga Colling em Pareci Novo”. São Leopoldo: Oikos Editora, 2013. O livro resgata a história da Família Colling e seu estabelecimento na cidade de Pareci Novo, na região sul do Brasil.




Família Schmitz (Johann Peter) - Escritores

 

O AUTOR




KIRCH, José Odillo (*09/10/1935 Tupandi RS) é Irmão Lassalista desde o ano de 1954, vivendo na cidade de Canoas RS (2023). Ele foi biógrafo do livro “Irmão Alóis Knob - Religioso Lassalista” – Vidas Lassalistas, nº 81 - Salles Editora - 2008. No ano de 2017, foi homenageado e, atualmente, a biblioteca do Colégio La Salle Niterói – RS leva o seu nome. Ele é o autor do livro "Lassalista: Um Belo Sonho de Deus", que conta a história de vida de La Salle.

José Odillo Kirch era filho de Pedro Edmundo Kirch e Catharina Francisca Hartmann, neto de Pedro José Hartmann e Maria Dapper, bisneto dos imigrantes Peter Hartmann e Elisabetha Schmitz e trineto de Johann Peter Schmitz e Elisabetha Dapper

A OBRA


• “Lassalista: Um Belo Sonho de Deus”. Porto Alegre: Província Lassalista de Porto Alegre, 3ª edição revisada, 2018. O livro relata a vida e obra de São João Batista de La Salle, o qual formou a Comunidade de Irmãos, que vieram a integrar as Comunidades Educativas do Brasil e do mundo, plenamente consagradas ao ministério da educação humana e cristã daqueles que Deus lhes confiava.






Família Schmitz (Johann Peter) - Sacerdotes & Religiosos



Irmão José Odillo Kirch (*09/10/1935 Tupandi RS)

Irmão Lassalista desde 1954, José Odillo Kirch vive na cidade de Canoas RS (2023). Ele é o autor do livro "Um belo sonho de Deus", que conta a história de vida de La Salle. No ano de 2017, foi homenageado e, atualmente, a Biblioteca do Colégio La Salle Niterói – RS leva o seu nome. Foi biógrafo do livro “Irmão Alóis Knob - Religioso Lassalista”, Vidas Lassalistas, nº 81 - Salles Editora - 2008.

José Odillo Kirch era filho de Pedro Edmundo Kirch e Catharina Francisca Hartmann, neto de Pedro José Hartmann e Maria Dapper, bisneto dos imigrantes Peter Hartmann e Elisabetha Schmitz e trineto de Johann Peter Schmitz e Elisabetha Dapper.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Família Schmitz (Johann Peter) 4ª Parte - Ramo Nicolau Schmitz - Sub-Ramo Jacob Schmitz

 

JACOB SCHMITZ


Jacob Schmitz e sua esposa Catharina Schuster, com seus 5 filhos (esq./dir. atrás) Albino, João; (dir./esq. à frente) Pedro Raymundo, Emília e Idalina  – c. 1900 - Pareci Novo RS – Foto: Arquivo Pessoal

Jacob Schmitz, meu bisavô, filho de Nicolau Schmitz e de Anna Maria Schmitz, nasceu em 20/10/1861 em Tupandi, na antiga Picada São Salvador, no Rio Grande do Sul. Foi batizado em 05/11/1861, na Capela de São Salvador, pelo Padre Miguel Kellner, que veio a se tornar a Igreja Matriz de Tupandi. Seus padrinhos foram Jacob Weber e Anna Junges (Cúria Porto Alegre, São José do Hortêncio, Livro Batismos nº 1, fl. 93). Jacob era agricultor e de religião católica.


O CASAMENTO

Jacob casou-se aos 21 anos, com Catharina Schuster (*30/07/1862 Ivoti RS/+15/11/1943 Pareci Novo RS), com 20 anos de idade, minha bisavó, filha de Pedro Schuster e Barbara Welter, na data de 30/01/1883, às 9 horas da manhã, na Igreja de São Salvador, Tupandi RS, no mesmo local e data do casamento de seu irmão João Estevão com Barbara Gerstner. Foram padrinhos Antônio José Schaedler e Carlos Schuster (Cúria Porto Alegre, Tupandi, Livro Casamentos 1, fl. 25 verso). O casal fixou residência inicialmente em Tupandi e, posteriormente, migraram para Harmonia e, após, Pareci Novo RS. Tiveram 5 filhos.


Assinaturas de Jacob (Jacó) Schmitz e Catharina Schmitz


OS FILHOS

I-João Schmitz Sobrinho (*01/03/1883 Tupandi RS/+25/04/1934 São Sebastião do Caí RS RS) foi batizado no dia 02/03/1883, pelo Pároco Matthias Pfluger, na Igreja de São Salvador, em Tupandi RS, sendo padrinhos os tios João Schmitz e Carolina Schuster (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 2, fl. 1). João exercia a profissão de agricultor, como o pai Jacob e seus antepassados. Aos 24 anos, casou-se com Anna Machry (*03/10/1879 Bom Princípio RS/+26/04/1962 Montenegro RS), com 27 anos, filha dos imigrantes Johann Anton Machry e Margaretha Feldens. O casamento civil foi realizado em 08/06/1907, na casa de residência do Capitão Mathias Welter, Juiz Distrital, no distrito de Harmonia, pertencente ao Município de Montenegro RS. Ressalta-se que Mathias Welter não era membro da família Welter, proveniente de sua avó Barbara Welter (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Casamentos B-2, nº 26, fl. 48 verso e 49). O casamento religioso realizou-se na Capela de Pareci Novo RS, na data de 11/06/1907, pelo Padre João Baptista Bruggmann, por delegação do Vigário, Padre Pedro Bremm. Foram padrinhos Leopoldo Machry e Albino Schmitz (Cúria Porto Alegre, Harmonia, Livro Casamentos nº 1, fl. 42 v). A família Machry, formada pelos avós e pais de Anna, vindos de Buch, na Renânia-Palatinado, veio ao Brasil, provavelmente através do porto de Antuérpia, no ano de 1846, desembarcando primeiramente no Rio de Janeiro e, de lá, chegaram a Porto Alegre no bergantim Pedro Segundo, na data de 15/11/1846. O casal teve um único filho, chamado Pedro Ortvino.


João Schmitz Sobrinho e a esposa Anna Machry


O casal esteve unido por quase 27 anos, tendo o filho Pedro Ortvino partilhado, com seus pais, parte de sua vida na cidade de Pareci Novo. Com o passar do tempo, João Schmitz adquiriu, possivelmente, uma virose ou uma infecção bacteriana, em razão de seu trabalho de agricultor, muitas vezes insalubre, levando-o a desenvolver uma miocardite, que o levou à emergência do hospital da cidade de São Sebastião do Caí, culminando em choque cardíaco. Seu falecimento veio a ocorrer no dia 25/04/1934, às 10h e 30min da manhã, aos 51 anos de idade. A viúva Anna fez o registro do óbito, no cartório da referida cidade. João foi sepultado no Cemitério Municipal de Pareci Novo (CRCPN São Sebastião do Caí, Rio Grande do Sul, Livro Registro de Óbitos C-1, nº 560, fl. 207). 


João Schmitz Sobrinho e Anna Machry nas últimas décadas


Poucos anos após o falecimento do pai, Pedro Ortvino partiu de Pareci Novo, para tentar construir uma nova vida no interior do estado. A mãe, Anna Machry, permaneceu nesta cidade, onde ainda viviam os seus parentes. Porém, com o passar do tempo, Anna sentiu o peso dos anos a cobrar-lhe tributo, e a senilidade levou-a a residir na Sociedade Abrigo Pão dos Pobres, na cidade de Montenegro RS. Anna veio a falecer aos 82 anos, em 26/04/1962, às 11h, no mesmo asilo em que morava. Naquela época, não havia notícias sobre o paradeiro do filho Pedro Ortvino. O óbito foi registrado por Germano Kinzel. Ela foi sepultada no Cemitério Municipal de Pareci Novo. Atualmente, o casal encontra-se no mesmo jazigo deste cemitério (CRCPN Montenegro, Livro Registro de Óbitos C-14, nº 7.014, fl. 140 verso e 141).


Jazigo de João Schmitz Sobrinho e Anna Machry – Cemitério Municipal de Pareci Novo RS


I-1-Pedro Ortvino Schmitz (*19/05/1908 Pareci Novo RS/+04/02/1965 Carazinho RS) saiu de Pareci Novo, após o falecimento do pai, como já foi dito. Os fatos sobre ele são presumíveis, após a análise dos registros civis e das lápides encontradas. Para mim, foi uma grande surpresa encontrar a sua lápide em forma de cruz, justamente no cemitério onde minha irmã foi sepultada, na cidade de Carazinho RS. Embora a data de nascimento que constava na cruz não estivesse correta, o registro de óbito e, mais tarde, o de casamento, deram-me a certeza de que se tratava mesmo de Pedro Ortvino. 

Pedro Ortvino nasceu em Pareci Novo, em 19/05/1908, às 11h da noite, tendo sido registrado no Cartório de Harmonia RS. Foram seus padrinhos João Pedro Edvino Machry e Elisabetha Idalina Machry, bem como as testemunhas foram Pedro Orth e João Wollmann. O segundo nome Ortvino, parece ter sido uma mesclagem do sobrenome Orth da testemunha e do nome Edvino do padrinho, pois é um nome realmente incomum (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Nascimentos A-6, nº 68, fl. 43 verso e 44). Após o ano de 1934, que foi o ano da morte do pai, depreende-se que Ortvino tenha se estabelecido, entre 1935 e 1938, na cidade de Chapada RS, situada no médio Alto Uruguai, limítrofe com cidades como Carazinho, Palmeira das Missões e Sarandi. Lá conheceu a sua futura esposa, Idalina Suzanna Hendges, com quem teve 4 filhos. O casamento religioso não foi possível encontrar, mas o civil só ocorreu anos mais tarde, em 14/09/1950, no qual foram legitimados os referidos filhos (CRCPN Chapada, Rio Grande do Sul, Livro Registro de Casamentos B-5, nº 833, fl. 193 e verso). No registro, constou que Ortvino era sapateiro, possivelmente tendo aprendido o ofício em suas andanças pelo interior do estado.


Pedro Ortvino Schmitz e Idalina Suzanna Hendges


Idalina Suzanna Hendges (*29/10/1918 Alto Feliz RS/+17/04/1995 Chapada RS) era filha dos agricultores Nicolau Hendges e Paulina Margarida Schneider (CRCPN Feliz, Livro Registro de Nascimentos A-12, nº 241, fl. 142 e verso). A família Hendges vivia na região de Alto Feliz RS, tendo migrado, no começo dos Anos 1920, para a região de Chapada, na época distrito de Palmeira das Missões. O casal Hendges teve 9 filhos: Hilda, Frieda, Albino, Celina, Idalina Suzanna, Olindo João, Erno, Cydio e Ernesto. Pedro Ortvino e Idalina Suzanna tiveram 4 filhos:

I-1-1-Avany Maria Schmitz (*1937/1938 Chapada RS), sem notícias;

I-1-2-João Rudi Schmitz (*20/12/1939 Chapada RS/+04/04/1986 Carazinho RS), comerciário, casou-se com Nelci Pinheiro (*07/02/1948 RS/+10/12/2005 Passo Fundo RS), no início dos Anos 1970, em São José das Missões RS. O casal teve 4 filhos: Marisa Ângela, Valderes, Darlei José e Adriano. João Rudi faleceu aos 46 anos, de hemorragia digestiva alta, no Hospital de Caridade de Carazinho. O casal encontra-se atualmente sepultado no Cemitério Católico da Glória, na cidade de Carazinho;

João Rudi Schmitz e Nelci Pinheiro


Lápide de João Rudi Schmitz, no Cemitério Católico da Glória de Carazinho RS – Foto: Eurico Sander

I-1-3-Ilce Thereza Schmitz (*1941/1942 Chapada RS), sem notícias;

I-1-4-Teonilce Ana Schmitz (*1946/1947 Chapada RS) casou-se com Mario Telmo de Lima (*13/06/1946 Sarandi RS/+01/01/1997 Porto Alegre RS), industriário, filho de Antonio de Lima e Elsa Soares, por volta de 1973, tendo os filhos Everson Antonio e Claudiane. Mario Telmo encontra-se sepultado no Cemitério Municipal de Sarandi RS.

A família de Pedro Ortvino, ou pelo menos parte dela, mudou-se para a cidade de Carazinho, onde o mesmo veio a falecer, em 04/02/1965, aos 56 anos de idade, vitimado por câncer de esôfago. Foi sepultado no Cemitério Municipal de Carazinho (CRCPN Carazinho, Livro Registro de Óbitos C-11, nº 4.641. fl. 177 verso e 178). A esposa Idalina Suzanna, tendo ficado viúva, voltou a residir em Chapada, onde faleceu em 17/04/1995, aos 76 anos de idade, em decorrência de doença cardíaca (CRCPN Chapada, Rio Grande do Sul, Livro Registro de Óbitos C-3, nº 1.070, fl. 77). 


Lápide de Pedro Ortvino Schmitz, no Cemitério Municipal de Carazinho RS – Foto: Eurico Sander 


II-Emília Schmitz (*28/09/1885 Tupandi RS/+17/12/1965 Pareci Novo RS) foi batizada no dia 29/09/1885, pelo Padre João Batista Ruland, na Igreja de São Salvador, em Tupandi RS, sendo padrinhos os tios Carlos Schuster e Catharina Schmitz (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 2, fl. 25 verso). Emília casou-se aos 18 anos, com Alberto Machry (*07/05/1872 Tupandi RS/+07/11/1955 Pareci Novo RS), com 30 anos de idade, fruticultor, filho dos imigrantes Johann Anton Machry e Margaretha Feldens, na data de 21/11/1903, na Capela de Pareci Novo, cuja cerimônia foi celebrada pelo Padre Pedro Bremm. Foram testemunhas João Schmitz e Leopoldo Machry (Cúria Porto Alegre, Harmonia, Livro Casamentos nº 1, fl. 32). O casamento civil foi realizado, em 01/12/1903, na casa do cidadão Mathias Welter, Juiz Distrital, onde eram realizadas as audiências do município de Montenegro, no então distrito de Harmonia RS, sendo testemunhas José Flach e Jacob Hoff (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Casamentos B-1, nº 32, fl. 192 e verso). Alberto era irmão de Anna Machry, que se casaria com o futuro cunhado, João Schmitz Sobrinho, no ano de 1907. 

A família de Emília Schmitz viveu no município de Pareci Novo RS, onde exercia as atividades relativas à produção de frutos cítricos. Alberto faleceu em 07/11/1955, às 3h da manhã, aos 83 anos, de câncer, em sua residência, em Pareci Novo. Emília faleceu às 17h e 30min do dia 17/12/1965, de causas naturais, também em sua residência. O casal encontra-se sepultado no mesmo jazigo, localizado no Cemitério de Pareci Novo. O casal teve 6 filhos: Annita, Francisca Ondina, Aliza Irma, Ella Marcolina, Maria Zita e Zeno Antônio.


Emília Schmitz e Alberto Machry, com os filhos (esq./dir.) Maria Zita, Zeno Antônio, Francisca Ondina, Ella Marcolina e Annita – Anos 1920 – Pareci Novo RS – Foto: Arquivo Pessoal


Jazigo de Emília Schmitz, Alberto Machry e da filha Alizia Machry – Cemitério de Pareci Novo RS – Centro – Foto: Genealox Genealogia 


II-1-Annita Machry (*03/10/1904 Pareci Novo RS/+26/12/1984 Gaurama RS) foi registrada em Harmonia RS, sendo testemunhas os tios João Schmitz e Anna Machry (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Nascimentos A-5, nº 49, fl. 18 e verso). Casou-se aos 20 anos, no rito civil, com José Stein Sobrinho (*10/10/1900 Despique, Pareci Novo RS/+18/03/1981 Gaurama RS), com 23 anos de idade, agricultor, filho de Nicolau Stein e Elisabetha Hensel, na data de 28/06/1924, no Cartório de Harmonia. José faleceu em 18/03/1981, aos 80 anos de idade, de parada cardiorrespiratória, no Hospital Santa Isabel, sendo sepultado no Cemitério Municipal de Gaurama. A esposa Annita faleceu com a mesma idade, aos 80 anos, de morte natural e sem assistência médica, no domicílio do genro Sebastião Iurkiewiecz, sendo sepultada no mesmo cemitério (CRCPN Gaurama, Livro Registro de Óbitos C-2, nº 414, fl. 156). O casal residia na localidade de Vila Jardim, em Gaurama RS. O casal teve 10 filhos: Arno, Aloysio Germano, Antonio Willybaldo, Maria Lucilla, Hugo Ignacio, Erica, Lucia Elma, Zeno, Ervino e Filomena.


O casal Annita Machry e José Stein Sobrinho


II-2-Francisca Ondina Machry (*29/10/1906 Pareci Novo RS/+12/11/2000 Montenegro RS) foi registrada no Cartório de Harmonia, sendo testemunhas João Wollmann e Pedro Orth. Exercia a profissão de costureira. Casou-se, em primeiras núpcias, no civil, aos 20 anos, com Amandio Forneck (*08/12/1904 Pareci Novo RS/+31/12/1930 Pareci Novo RS), industrialista, com 22 anos, filho de Michael Forneck e Magdalena Fröhlich, no Cartório de Montenegro, na data de 17/02/1927, tendo como testemunhas Gomercindo Otalibio Kieling e Alfredo Finck (CRCPN Montenegro, Rio Grande do Sul, Livro Registro de Casamentos B-10, nº 14, fl. 193 verso). Amandio faleceu prematuramente, aos 26 anos, em 31/12/1930, de febre tifoide, em sua residência, tendo sido sepultado no Cemitério Municipal de Pareci Novo. A filha mais velha do casal, Ilse Maria, estava com 2 anos de idade, quando ocorreu o falecimento do pai. Porém, Francisca Ondina ainda esperava o segundo filho, João Olÿ, que veio a nascer 5 meses após o triste acontecimento.


Os filhos de Francisca Ondina Machry e Amandio Forneck: Ilse Maria Forneck (*09/09/1928 Pareci Novo RS/+24/04/2007 Gravataí RS) e João Olÿ Forneck (*29/05/1931 Pareci Novo RS/+19/11/1971 Porto Alegre RS) – Anos 1950 – Pareci Novo RS


Ilse Maria Forneck e seu esposo José Werner Albrecht (*08/04/1927 Montenegro RS/+08/07/1994 Gravataí RS)

Francisca Ondina casou-se, em segundas núpcias, aos 31 anos de idade, no civil, com Jacob Alfredo Marx (*26/03/1910 Despique, Pareci Novo RS/+16/02/1982 Montenegro RS), comerciante, marítimo e, depois, bancário, com 27 anos, filho de Mathias Marx Sobrinho e Catharina Stein, em 05/03/1938, em Pareci Novo RS (CRCPN Pareci Novo, Livro Registro de Casamentos B-2, nº 165, fl. 1 a 2). Deste casamento tiveram o filho Luciano Marx. Jacob Alfredo veio a falecer em 16/02/1982, aos 71 anos, em sua residência, por insuficiência cardíaca aguda. Foi sepultado no Cemitério de Pareci Novo. Nessa época, o casal residia à Rua Capitão Cruz em Montenegro RS. Com o passar dos anos, Francisca Ondina foi residir na casa de idosos chamada ‘Pousada do Vovô’, em Montenegro, até o seu falecimento, que veio a ocorrer em 12/11/2000, aos 94 anos, no Hospital de Montenegro, por insuficiência respiratória e broncopneumonia (CRCPN Montenegro, Livro Registro de Óbitos C-15, nº 7.645, fl. 17). Jacob Alfredo e Francisca Ondina estão sepultados no mesmo jazigo em Pareci Novo. 


O casal Francisca Ondina e o esposo Jacob Alfredo Marx


Francisca Ondina (esq.) com a filha Ilse Maria (dir.), a neta Elizabeth (atrás) e seus bisnetos – c. 2000 - Montenegro RS – Foto: Acervo de Elizabeth Forneck Albrecht


Jazigo de Francisca Ondina e Jacob Alfredo Marx Machry – Cemitério de Pareci Novo RS – Centro – Foto: Genealox Genealogia


II-3-Aliza Irma Machry (*24/07/1911 Pareci Novo RS/+07/11/1911 Pareci Novo RS) foi registrada em Harmonia RS, sendo testemunhas José Müller e Aliza Röse, que lhe deu o nome (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Nascimentos A-7, nº 92, fl. 54 verso e 55). Aliza faleceu aos 3 meses de idade, de causas naturais. Atualmente está sepultada no mesmo jazigo dos pais (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Óbitos C-2, nº 32, fl. 14 e verso). 

II-4-Ella Marcolina Machry (*19/03/1913 Pareci Novo RS/+08/01/1995 Pareci Novo RS) foi registrada em Harmonia RS, tendo como testemunhas Leopoldo Machry e Adolfina Schuster (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Nascimentos A-7, nº 39, fl. 137 e verso). Casou-se, no civil, aos 18 anos de idade, com Henrique Dietrich (*27/07/1900 Matiel, Pareci Novo RS/+26/07/1980 Pareci Novo RS), barbeiro e agente postal, com 30 anos, filho de Balduino Julio Dietrich e Paulina Eichler, na data de 18/07/1931, em Pareci Novo RS (CRCPN Pareci Novo, Livro Registro de Casamentos B-1, nª 42, fl. 45 verso a 46 verso). Não foi possível ter acesso aos óbitos do casal, mas ambos encontram-se sepultados no Cemitério de Pareci Novo. O casal teve 2 filhos: Alonso Remy e Oriades. 


O casal Ella Marcolina Machry e Henrique Dietrich


Casamento de Alonso Remy (*07/12/1934 Pareci Novo RS/+21/09/1993 Pareci Novo RS) com Maria Nelly Rohr (*11/09/1936 Pareci Novo RS/+RS), no data de 21/07/1956, na Igreja de Pareci Novo RS, os quais tiveram os filhos Marco Aurelio, Marco Antonio, Luis Gilberto, Luis Francisco e Ana Patricia   – Foto: Acervo de Ricardo Wagner


Oriades Dietrich Müller (*21/11/1938 Pareci Novo RS) casou-se com Wilmar Müller (*17/03/1939 Pareci Velho RS/+05/2021 Capela de Santana RS), na data de 27/02/1965, em Pareci Novo RS, tendo os filhos Lisiane e Leandro - Foto: Acervo de Ricardo Wagner 


II-5-Maria Zita Machry (*16/09/1917 Pareci Novo RS/+02/06/1996 Taquari RS) foi registrada em Harmonia RS, sendo testemunhas João Wollmann e Pedro Orth (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Nascimentos A-8, nº 112, fl. 181). Casou-se civilmente aos 23 anos, com Pedro Albino Stein (*29/08/1915 Pareci Novo RS/+14/04/1993 Taquari RS), pedreiro, com 25 anos, filho de Jacob Stein e Margaretha Schallenberger, na data de 18/09/1940, em Pareci Novo RS (CRCPN Pareci Novo, Livro Registro de Casamentos B-2, nº 214, fl. 55 a 56). Após o casamento, os noivos foram residir na cidade de Montenegro RS. Pedro Albino faleceu aos 77 anos, em 14/04/1993, sendo o óbito registrado em Taquari RS (CRCPN Taquari, Livro Registro de Óbitos C-4, nº 2.812, fl. 140). Maria Zita faleceu em 02/06/1996, aos 78 anos, de parada cardiorrespiratória, e broncopneumonia, às 20h 30min, em domicílio, no Asilo Pella Bethânia, em Taquari RS. Ambos foram sepultados no Cemitério Católico de Santos Reis, em Montenegro RS. O casal teve 5 filhos: Carle Antonio, João Heitor, Valter Jacob, Jorge Luiz e Rosane Terezinha.


O casal Maria Zita Machry e Pedro Albino Stein


Lápides do casal Maria Zita e Pedro Albino – Cemitério Católico de Santos Reis – Montenegro RS – Foto: Genealox Genealogia


II-6-Zeno Antônio Machry (*16/01/1925 Pareci Novo RS/+09/11/1990 Montenegro RS) foi registrado em Montenegro, pelo parente Antonio Silfredo Ody (CRCPN Montenegro, Livro Registro de Nascimentos A-25, nº 17, fl. 171 e verso), marítimo e motorista, casou-se aos 20 anos com Philomena Malvina Schallenberger (*12/11/1921 Harmonia RS/+03/03/2007 Montenegro RS), com 23 anos de idade, filha de João Baptista Schallenberger e Susanna Stein, na data de 13/10/1945, em Pareci Novo RS (CRCPN Pareci Novo, Livro Registro de Casamentos B-2, nº 338, fl. 199 verso a 200 verso). Zeno Antônio faleceu aos 65 anos, em 09/11/1990, de parada cardiorrespiratória, no Hospital de Montenegro. Foi sepultado no Cemitério de Pareci Novo. A esposa Philomena Malvina faleceu em 03/03/2007, também em Montenegro, aos 85 anos de idade. O casal encontra-se sepultado no mesmo jazigo em Pareci Novo RS. Tiveram 4 filhos: Eliseu Alberto, Dalso Antônio, Airton e Ione Maria.




Lápide do casal Zeno Antônio e Philomena Malvina – Cemitério de Pareci Novo RS – Centro – Foto: Genealox Genealogia


III-Albino Schmitz (*14/06/1888 Tupandi RS/+05/04/1951 Pareci Novo RS ) foi batizado em 15/06/1888, na Igreja de Tupandi RS. Foram padrinhos: João Schaedler e Barbara Schmitz (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro 2, fl. 50 verso). Exercia a profissão de fruticultor. Casou-se aos 26 anos, no religioso, com Alicia Röse (*22/07/1897 Capela de Santana RS/+07/12/1960 Porto alegre RS), com 17 anos, filha de Pedro Röse e Emiliana Klaus, na data de 01/08/1914, na casa do sogro Pedro Röse, em Harmonia, dispensados que foram do impedimento pelo fato de Alicia ser protestante, em cerimônia realizada pelo Padre João Bruggmann, tendo como testemunhas Silfredo Ody e o cunhado Jacob Göller (Curia Metropolitana de Porto Alegre, Harmonia, Livro de Casamentos nº 1, fl. 65 v). Casaram-se no civil, na data de 26/09/1914, no mesmo dia e local do casamento de sua irmã Idalina Schmitz. Testemunhas: Jacob Göller Sobrinho e Leonardo Müller Sobrinho (CRCPN Harmonia, Livro Casamentos B-2, nº 25, fl. 175 e verso). Albino faleceu de câncer aos 62 anos de idade, às 9h 30min do dia 05/04/1951, em sua residência (CRCPN Pareci Novo, Livro Registro de Óbitos C-2, nº 462, fl. 90 verso e 91), e Alicia faleceu aos 63 anos, em seu domicílio em Porto Alegre, por AVC. Posteriormente, o casal foi transferido para o mesmo jazigo localizado no Cemitério de Pareci Novo. Tiveram um único filho chamado Silfredo Adolfo.


Os noivos Albino Schmitz e Alicia Röse – 01/08/1914 – Harmonia RS – Foto: Acervo Pessoal


Jazigo onde encontram-se sepultados Albino Schmitz e Alicia Röse – Cemitério de Pareci Novo – Centro – Foto: Genealox Genealogia


III-1-Silfredo Adolfo Schmitz (*21/04/1915 Pareci Novo RS/+19/06/1992 Porto Alegre RS) foi registrado em São Sebastião do Caí RS, sendo padrinho o parente Antonio Silfredo Ody (CRCPN São Sebastião do Caí, Livro Registro de Nascimentos A-7, nº 208, fl. 67). Exerceu as profissões de fruticultor, comerciante e marítimo. Casou-se aos 20 anos com Octacília Kinzel (*07/01/1916 Pareci Velho RS/+23/05/1982 Porto Alegre RS), com 19 anos, filha de Carlos Kinzel e Joaquina Flores de Oliveira, na data de 03/05/1935, em Pareci Novo RS (CRCPN Pareci Novo, Livro Registro de Casamentos B-1, nº 109, fl. 134). A família possuía um laranjal e uma chácara na localidade de Pareci Velho, onde plantava árvores frutíferas e eucaliptos. Silfredo também possuía uma lancha a motor chamada Gauchinha, na qual transportava frutas, lenha e mercadorias de Pareci Velho e de Pareci Novo, até Porto Alegre, onde passou a viver com a família, na Av. Júlio de Castilhos. Tornou-se locatário da Banca nº 5 do Mercado Público em Porto Alegre, vendendo frutas e mudas de árvores frutíferas. Após a separação de Octacília, por volta de 1943, Silfredo mudou-se para outro local daquela avenida e, após, para a Rua Gen. Câmara. Por sua vez, Octacília foi residir com o irmão José Agnelo, que residia na Av. Farrapos, na Capital, o qual possuía uma serraria na referida avenida. A filha Carmy, naquela época, foi estudar no internato do Colégio Medianeira, perto da Igreja São José, em Porto Alegre RS. Com o passar dos anos, Octacília passou a morar na Av. Protásio Alves, até o seu falecimento, que ocorreu em sua residência, em 23/05/1982, vitimada pelo câncer, aos 66 anos de idade. Inicialmente, foi sepultada no Cemitério São Miguel e Almas, sendo depois transferida para o Cemitério Parque Jardim da Paz em Porto Alegre. O casal teve uma única filha, já referida, chamada Carmy Theresinha.


Carmy Therezinha Schmitz (*22/03/1936 Pareci Novo RS/+03/04/2008 Porto Alegre RS) e seu esposo Delcir Gabardo (*03/03/1930 Bento Gonçalves RS/+29/09/1968 Porto Alegre RS), casados em 17/06/1963, na cidade de Porto Alegre, tiveram os filhos Marisa, Marlise, Denise, Marli Terezinha, Gilberto e Alexandre


Placa de identificação do jazigo de Octacília Kinzel e de Carmy Theresinha Schmitz Gabardo – Cemitério Parque Jardim da Paz – Porto Alegre RS – Foto: Arquivo Pessoal


Por volta de 1954, Silfredo casou-se com Natalina Bueno Miranda (*25/12/1923 São Lourenço RS/+23/11/2001 Porto Alegre RS), filha de Alcidino Bueno Miranda e Aurora Borges. Aos 77 anos, aquele veio a falecer por AVC, em seu domicílio, à Rua Felizardo Furtado, sendo sepultado no Cemitério Parque Jardim da Paz, onde a 2ª esposa posteriormente foi sepultada, quando faleceu em 23/11/2001, por complicações cardíaca e renal, aos 77 anos de idade. O casal teve 2 filhos: Waldir Alcides e Roberto Albino.


Placa do jazigo de Silfredo Adolfo Schmitz e de Natalina Miranda Schmitz – Cemitério Parque Jardim da Paz – Porto Alegre RS – Foto: Arquivo Pessoal



IV-Idalina Schmitz (*20/08/1892 Harmonia RS/+18/07/1970 Porto Alegre RS), minha avó, não foi possível encontrar o seu registro de batismo, ao contrário de seus irmãos, mas é possível que o padre tenha esquecido de registrar no livro de batismos da Igreja de Tupandi ou de Harmonia. Aos 21 anos, casou-se com Jacob Göller Sobrinho  (*25/07/1888 Picada Feijão, Ivoti RS/+19/08/1928 Pareci Novo RS), meu avô, alfaiate, com 25 anos, filho do imigrante Johann Göller e Margaretha Schmitz, na Capela de Pareci Novo, na data de 09/07/1914, perante o Padre João Bruggmann. As testemunhas foram o irmão Albino Schmitz e Aloysio Jacob Klöckner (Cúria Porto Alegre, Harmonia, Livro Casamentos nº 1, reg. 18, fls. 65 e verso). Margaretha Schmitz descendia de outra família com o mesmo sobrenome, esta vinda de Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha, ao Brasil, no ano de 1829. Alguns descendentes dos irmãos de Margarida: Peter Schmitz e Maria Schmitz, chegaram, inclusive, a viver em Pareci Novo e arredores. 


Idalina Schmitz e Jacob Göller Sobrinho


O casamento civil foi realizado apenas em 26/09/1914: a noiva aos 22 anos e o noivo com 26 anos, na mesma data e no mesmo Cartório de Harmonia RS, em que se casava seu irmão Albino com Alicia Röse. Este foi testemunha no casamento de Idalina, juntamente com Leonardo Müller (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Casamentos B-2, nº 26, fl. 175 verso). O casal vivia basicamente da agricultura, residindo na casa que havia sido dos pais de Idalina. Seguiram-se o nascimento dos filhos, até que a vida da família veio a mudar o seu percurso por obra do destino, pois uma enchente, no ano de 1928, inundou Pareci Novo, trazendo a doença em suas águas, que vitimou Jacob Göller, contaminado pela difteria. Naqueles tempos, as dificuldades eram muitas e os recursos distantes e onerosos. Jacob veio a falecer em 19/08/1928, às 4h da manhã, deixando a esposa e os 5 filhos menores de idade. O óbito foi registrado pelo cunhado João Schmitz Sobrinho (CRCPN Montenegro, Livro Registro de Óbitos C-11, nº 142, fl. 101 verso). Idalina seguiu a vida trabalhando e sustentando a família, graças ao cultivo e venda de frutas cítricas, cultivadas no terreno aos fundos de sua casa. Naquele tempo, havia uma inspeção nos pomares, que era realizada pelo Serviço de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura, devendo serem considerados com boas condições de sanidade, para que fosse concedida a autorização da colheita. Passados vários anos e os filhos já com suas vidas encaminhadas, Idalina enfrentou problemas de saúde, vindo a falecer aos 77 anos de idade, às 20h e 50min, do dia 18/07/1970, de infarto do miocárdio, na casa da filha Maria Gerda em Porto Alegre, no dia do casamento de seu neto Roberto Wagner (CRCPN Porto Alegre, 3a. Zona, Livro Registro de Óbitos C-72, nº 51.946, fl. 32 verso). Idalina foi sepultada no Cemitério Municipal de Pareci Novo, no mesmo jazigo onde se encontrava seu esposo. O casal teve 7 filhos, os dois primeiros falecidos em tenra idade:


Lápide do túmulo de Idalina Schmitz e Jacob Göller Sobrinho – Cemitério de Pareci Novo – Centro – Foto: Arquivo Pessoal


IV-1-João Edvino Göller (*08/07/1915 Pareci Novo RS/+30/08/1924 Pareci Novo RS) nasceu às 14h, do dia 08/07/1915. Foram seus padrinhos a tia Emília Schmitz Machry e João Pedro Edvino Machry, cunhado da mesma (CRCPN Harmonia, Livro Registro Nascimentos A-8, nº 92, fl. 70 verso e 71). Era surdo-mudo. Faleceu após receber um coice de um cavalo, aos 9 anos de idade, às 15h, na residência de seus pais. Registrou o óbito Fridolin Röse, acompanhado de testemunhas (CRCPN Montenegro, Livro Registro de Óbitos C-9, nº 17, fl. 193 verso e 194).

IV-2-Guido Raymundo Göller (*09/10/1917 Pareci Novo RS/+03/11/1917 Pareci Novo RS) nascido às 5h da manhã, do dia 09/10/1917. Foram seus padrinhos o tio João Schmitz Sobrinho e a tia Rosalina Göller (CRCPN Harmonia, Livro Registro Nascimentos A-8, nº 117, fl. 182 verso e 183). Viveu por 25 dias, falecendo de doença não especificada, sem assistência médica, às 17h e 30min, do dia 03/11/1917, na residência dos pais (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Óbitos C-2, nº 29, fl. 93 e verso). Recebeu a unção dos enfermos pela Igreja (Comunidade Católica de Harmonia RS).

IV-3-Flavio Albino Göller (*20/03/1919 Pareci Novo RS/+12/09/1989 Porto Alegre RS), contador e despachante aduaneiro, foi registrado em Harmonia RS, sendo testemunhas o tio Albino Schmitz e a tia Leopoldina Göller (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Nascimentos A-9, nº 30, fl. 55 verso). Casou-se com Gescy Modena de Jesus (*11/05/1922 Montenegro RS/+30/11/2009 Taquara RS), filha de Protásio Diogo de Jesus e Emma Modena, na data de 07/06/1941, em Porto Alegre RS, sendo padrinhos o tio Carl Besch Grage e Gastão Círio (CRCPN Porto Alegre, 1a. Zona, Livro Registro de Casamentos B-29, nº 11.359, fl. 154 verso). Faleceu aos 70 anos, de infarto agudo do miocárdio, na data de 12/09/1989, sendo sepultado no Cemitério Ecumênico João XXIII, em Porto Alegre. A esposa Gescy faleceu aos 87 anos de idade, de insuficiência cardiorrespiratória, na cidade de Taquara RS, sendo trasladada ao Cemitério João XXIII, e sepultada no mesmo jazigo do esposo Flávio Albino. O casal teve uma única filha chamada Vânia Marli.

IV-3-1-Vânia Marli Jesus Göller (*22/03/1943 Porto Alegre RS/+12/12/2012 Porto Alegre RS), psicóloga, faleceu aos 69 anos de infarto do miocárdio. Foi sepultada no Cemitério Ecumênico João XXIII, em Porto Alegre. Teve os filhos Roberto, Leonardo e Ilana.


Foto de casamento de Flávio Albino Göller e Gescy Modena de Jesus – 07/06/1941 – Porto Alegre RS – Foto: Acervo de Vânia Marli Göller


IV-4-Egon Göller (13/08/1921 Pareci Novo RS/+12/08/1993 Porto Alegre RS), meu pai, bancário, foi registrado em Harmonia RS, sendo padrinhos seu tio Reinaldo Göller e Armelinda Kieling (CRCPN Harmonia, Livro Registro de Nascimentos A-9, nº 89, fl. 181 e verso). Casou-se com Philomena Abarno Giuseppe (*16/11/1925 Alegrete RS/+10/02/1996 Porto Alegre RS), minha mãe, filha de Alfonsina Abarno Giuseppe e Rocco Di Giuseppe, na data de 26/02/1949, no domicílio da noiva, na cidade de Alegrete RS (CRCPN Alegrete, Livro B-22, nº 34, fl. 201 e verso). Foram testemunhas Salvador Fonseca, Olina Souza e a tia Leopoldina Mayer. Egon teve Mal de Alzheimer, e faleceu aos 71 anos de idade, por AVC, à 1h e 30min, do dia 12/08/1993, sendo sepultado no Cemitério São Miguel e Almas. Philomena faleceu às 10h e 30min, do dia 10/02/1996, de infarto do miocárdio, sendo sepultada no mencionado cemitério de Porto Alegre. O casal teve 3 filhos: Eneida, Roque e Lisete.


Egon, a esposa Philomena e os filhos Roque e Lisete – 17/08/1958 – Porto Alegre RS – Foto: Acervo Pessoal


IV-5-Maria Gerda Göller (*16/09/1922 Pareci Novo RS/+23/05/2001 Porto Alegre RS), foi registrada em Montenegro RS, sendo testemunhas Antonio Silfredo Ody e Antenor Alves de Oliveira (CRCPN Montenegro, Pareci Novo, Livro Registro de Nascimentos A-23, nº 360, fl. 145 verso). Casou-se com Arlindo Wagner (*12/08/1921 Venâncio Aires RS/+25/03/1989 Porto Alegre RS), alfaiate, filho de Nicolau Wagner e Margarida Alles, na data de 12/04/1947, em Porto Alegre RS. Foram testemunhas o tio Reinaldo Göller e Pius Kieling (CRCPN Porto Alegre, 1ª Zona, Livro Registro de Matrimônios B-56, nº 20.154, fl. 264 verso e 265). O casamento religioso foi realizado na Igreja da Piedade, localizada na Capital. Arlindo faleceu aos 67 anos, de câncer digestivo, em 25/03/1989, tendo sido sepultado no Cemitério Ecumênico João XXIII (CRCPN Porto Alegre, 4ª Zona, Livro Registro de Óbitos C-153, nº 61.158, fl. 180). Maria Gerda faleceu aos 78 anos, por AVC e parada cardiorrespiratória, no dia 23/05/2001, em seu domicílio, sendo sepultada junto ao esposo e filho no cemitério citado (CRCPN Porto Alegre, 3ª Zona, Livro Registro de Óbitos C-167, nº 70.993, fl. 67). O casal teve 2 filhos: Roberto e Ricardo.


Gerda, o esposo Arlindo e os filhos Roberto e Ricardo – 17/08/1958 – Porto Alegre RS – Foto: Acervo de Ricardo Wagner


IV-6-Ernesto Victor Göller (*11/03/1925 Pareci Novo RS/+22/04/1994 Niterói, Canoas RS) foi registrado em Montenegro, por Antonio Silfredo Ody, tendo nascido na residência dos pais (CRCPN Montenegro, Rio Grande do Sul, Livro Registro de Nascimentos A-26, nº 106, fl. 4 verso e 5). Trabalhou no Hotel Umbú em Porto Alegre e na Churrascaria Urca no centro da mesma cidade. Teve uma companheira viúva, que tinha uma filha deste casamento. Viviam na cidade de Canoas RS. Não teve filhos. Faleceu após um derrame cerebral, na data de 22/04/1994, em Canoas RS, sendo lá sepultado. 


Ernesto Victor Göller – Porto Alegre RS – Foto: Acervo Pessoal


IV-7-Valesca Guisella Göller (*11/06/1927 Pareci Novo RS/+04/08/2012 Canoas RS) foi registrada em Montenegro, por Antonio Silfredo Ody, nascida na residência dos pais (CRCPN Montenegro, Rio Grande do Sul, Livro Registro de Nascimentos A-27, nº 201, fl. 169). Casou-se com Jacob Reinaldo Schneider (*10/11/1919 Salvador do Sul RS/+20/11/2010 São Leopoldo RS), construtor, funcionário da Aeronáutica, filho de João Schneider II e Elisabetha Junges, na data de 30/09/1952, em Porto Alegre RS. Residiram em Canoas RS. Jacob Reinaldo faleceu de câncer, aos 91 anos, em São Leopoldo RS, e Guisella faleceu aos 85 anos, por AVC, em Canoas. Ambos foram sepultados no Cemitério Chácara Barreto em Canoas RS. Tiveram 3 filhos: Vera, Margareth e Carlos Reinaldo.


Valesca Guisella Schneider ao lado dos filhos Margareth, Vera e Carlos Reinaldo – 2012 – São Leopoldo RS – Foto: Acervo de Margareth Moreira



V-Pedro Raymundo Schmitz (*05/06/1896 Pareci Novo RS/+21/04/1912 Pareci Novo RS) foi batizado em 07/06/1896, pelo Padre Estevão Kiefer, na Igreja do Seminário de Pareci Novo. Foram padrinhos Pedro Ody e Maria Schuster (Cúria Porto Alegre, Harmonia, Batismos, Livro nº 1, reg. nº 60, fl. 44 verso). Faleceu aos 15 anos de idade, de disenteria, ao meio-dia do dia 21/04/1912, na residência dos pais Jacob Schmitz e Catharina Schuster. O óbito foi registrado pelo pai, tendo como testemunhas João Wollmann e Pedro Orth. Foi sepultado no Cemitério de Pareci Novo RS. Não foi identificada a sua sepultura.


Pedro Raymundo Schmitz – c. 1900 – Pareci Novo RS – Foto: Acervo Pessoal


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

Após o casamento, em 30/01/1883, Jacob Schmitz e Catharina Schuster continuaram residindo em Tupandi RS. Com a morte do sogro, Pedro Schuster, em 07/06/1889, depois de realizado o inventário, coube à Catharina, como herança, um boi, uma novilha, um porco de cria e uma parte da colônia de terras em Despique, que atualmente pertence ao Município de Pareci Novo RS. Não sabemos se chegaram a residir nestas terras. Por volta de 1892, fixaram residência na cidade de Harmonia RS, que é muito próxima de Despique, e onde nasceu a filha Idalina (possivelmente, pois não foi encontrado o seu registro de batismo em Tupandi). Provavelmente, a família Schmitz tenha ido morar em Pareci Novo RS, em meados de 1890. Sabe-se que Jacob Schmitz teve boas condições financeiras no passado, tendo guardado as suas economias num banco que existia na época. Dizia que iria cuidar de seus netos órfãos, que eram os filhos de Idalina. Porém, este banco faliu, tendo perdido todo o seu dinheiro nele depositado. Após este fato, Jacob sofreu um abalo emocional, do qual não conseguiu mais se recuperar, tendo que ser amparado financeiramente pelos seus filhos. O banco em questão provavelmente seja o Banco Pelotense, fundado em 1906, e que faliu em 05/01/1931. Este banco abriu uma agência em Montenegro no ano de 1929. 

                                                                                                                                  
O FALECIMENTO DE JACOB SCHMITZ

Jacob faleceu de velhice, aos 85 anos de idade, de senilidade, na data de 18/10/1944, às 8h e 30min, em sua residência em Pareci Novo RS. O óbito foi registrado pelo filho Albino Schmitz (CRCPN Pareci Novo, Livro Registro de Óbitos C-2, n. 366, fl. 28 verso a 29 verso). Foi sepultado no Cemitério Municipal de Pareci Novo, no mesmo local onde havia sido sepultada a esposa Catharina Schuster, esta falecida às 5h da manhã, do dia 15/11/1943, aos 81 anos de idade, em sua residência, por complicações cardíacas, cujo óbito foi declarado pelo genro Alberto Machry (CRCPN Pareci Novo, Livro Registro de Óbitos C-2, nº 351, fl. 19 verso e 20). Não foi possível identificar a sepultura do casal no Cemitério de Pareci Novo.


Cemitério Municipal de Pareci Novo RS



Ver  Família Schmitz (Johann Peter) 5ª Parte - Genealogia