“As únicas coisas eternas são as nuvens...”.
Mário Quintana (1906-1994), in Sapato Florido, 1948
Sobrevoando Roma - 2008 - Foto: Arquivo Pessoal |
LE NUVOLE
Autor: Fabrizio De Andrè
Vanno
vengono
ogni tanto si fermano
e quando si fermano
sono nere come il corvo
sembra che ti guardano con malocchio
Certe volte sono bianche
e corrono
e prendono la forma dell'airone
o della pecora
o di qualche altra bestia
ma questo lo vedono meglio i bambini
che giocano a corrergli dietro per tanti metri
Certe volte ti avvisano con rumore
prima di arrivare
e la terra si trema
e gli animali si stanno zitti
certe volte ti avvisano con rumore
Vanno
vengono
ritornano
e magari si fermano tanti giorni
che non vedi più il sole e le stelle
e ti sembra di non conoscere più
il posto dove stai
Vanno
vengono
per una vera
mille sono finte
e si mettono li tra noi e il cielo
per lasciarci soltanto una voglia di pioggia.
(Tradução Livre)
As Nuvens
Vão
Vêm
De vez em quando param
E quando param
São negras como o corvo
Parece que te olham com maus olhos
Certas vezes são brancas
E correm
E tomam a forma da garça
Ou da ovelha
Ou de alguma outra besta
Mas estas veem melhor as crianças
Que brincam de correr atrás delas por tantos metros
Certas vezes te avisam com ruído
Antes de chegar
E a terra treme
E os animais ficam em silêncio
Certas vezes te avisam com ruído
Vão
Vêm
Retornam
E até mesmo param por tantos dias
Que não vês mais o sol e as estrelas
E te parece não conhecer mais
O lugar onde estás
Vão
Vêm
Para uma verdadeira
Mil são falsas
E se colocam ali entre nós e o céu
Para deixar somente um desejo de chuva.
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