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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Café Esquina do Tempo - Caderno de Imagens















“As únicas coisas eternas são as nuvens...”.

Mário Quintana (1906-1994), in Sapato Florido, 1948


Sobrevoando Roma - 2008 - Foto: Arquivo Pessoal


LE NUVOLE

Autor: Fabrizio De Andrè

Vanno
vengono
ogni tanto si fermano 
e quando si fermano 
sono nere come il corvo 
sembra che ti guardano con malocchio 

Certe volte sono bianche 
e corrono 
e prendono la forma dell'airone 
o della pecora 
o di qualche altra bestia 
ma questo lo vedono meglio i bambini 
che giocano a corrergli dietro per tanti metri 

Certe volte ti avvisano con rumore 
prima di arrivare 
e la terra si trema 
e gli animali si stanno zitti 
certe volte ti avvisano con rumore 

Vanno 
vengono 
ritornano 
e magari si fermano tanti giorni 
che non vedi più il sole e le stelle 
e ti sembra di non conoscere più 
il posto dove stai 

Vanno 
vengono 
per una vera 
mille sono finte 
e si mettono li tra noi e il cielo 
per lasciarci soltanto una voglia di pioggia. 


(Tradução Livre)

As Nuvens
Vão
Vêm
De vez em quando param
E quando param
São negras como o corvo
Parece que te olham com maus olhos

Certas vezes são brancas
E correm
E tomam a forma da garça
Ou da ovelha
Ou de alguma outra besta
Mas estas veem melhor as crianças
Que brincam de correr atrás delas por tantos metros

Certas vezes te avisam com ruído
Antes de chegar
E a terra treme
E os animais ficam em silêncio
Certas vezes te avisam com ruído

Vão
Vêm
Retornam
E até mesmo param por tantos dias
Que não vês mais o sol e as estrelas
E te parece não conhecer mais
O lugar onde estás

Vão
Vêm
Para uma verdadeira
Mil são falsas
E se colocam ali entre nós e o céu
Para deixar somente um desejo de chuva.








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