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segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Família Calabrese 1ª Parte - Ancestrais e Descendentes








A ORIGEM DO SOBRENOME

Calabrese é um sobrenome étnico, indicando como origem a região da Calábria. O nome da região significa ‘abundante em todos os bens’, além de ‘área rochosa’. Na época do Império Bizantino, as pessoas da península de Salento eram chamadas de ‘Calabresi’ (Calabreses). O sobrenome Calabrese é pan-italiano, graças às migrações internas, mas é particularmente difundido em todo o sul da Itália. Calabretto apresenta cepas na Puglia, na região de Bari, e no Veneto, em Treviso. Variantes: Calabretti, Calabro, Calabretto, Calabritta.


O BRASÃO




Azul com o cavaleiro armado segurando uma espada, ladeado por duas estrelas douradas e sobrejacentes três lírios dourados em banda.


A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO SOBRENOME




Fontes: heraldrysinstitute.com; cognomix.it


AS ORIGENS

A Família Calabrese, à qual pertence a ancestral Lucrezia Calabrese, minha pentavó, tem origem na cidade de Santomenna, Província de Salerno, na Região da Campania, localizada no sul da Itália. O sobrenome era muito frequente em Santomenna.  Lucrezia era bisavó do imigrante Nicola Abarno.
                                                                                                            

A CIDADE DE SANTOMENNA


Panorama de Santomenna – Provícia de Salerno, Itália – Site do Comune


Santomenna é um pequeno comune situado na região italiana da Campania, com cerca de 400 habitantes, localizado numa região montanhosa, entre a sella di Conza, uma passagem dos Apeninos meridionais, e o grupo de montanhas Mazano-Eremita, no alto vale do Sele. Antes da unificação do país, chamava-se Santo Menna. Segundo a tradição, a denominação da cidade veio do nome Menna, um eremita que, no Século VI, fundou um mosteiro, a partir do qual a cidade se desenvolveu. Segundo Francesco Di Geronimo, foi o general bizantino Narsete quem ali construiu uma igreja entre 554 e 555, dedicada a San Menna, um mártir egípcio, derivando daí o nome do comune. Entre os anos de 1811 a 1860, fez parte do circondario de Laviano, que pertencia ao distrito de Campagna do Reino das Duas Sicílias. De 1860 a 1927, durante o Reino da Itália, fez parte do distrito de Laviano, pertencente ao circondario de Campagna. Após o terremoto de Irpinia em 1980, a cidade, que se encontra na zona 1 sísmica, foi quase que totalmente destruída, o que exigiu um notável sacrifício e determinação da população para reconstruir e repovoar Santomenna. Os países para os quais muitos dos habitantes emigraram foram: Argentina, Brasil, Estados Unidos e Venezuela.


FRANCESCO CALABRESE

Francesco Calabrese, meu hexavô (6º avô), nasceu por volta de 1730/1731, em Santomenna, Província de Salerno, Itália, filho de pais de nomes desconhecidos.

Obs.: a presente pesquisa foi muito prejudicada pela falta de livros do registro civil de anos importantes, chegando, por exemplo, a existir um período de 10 anos (óbitos) sem quaisquer livros. O motivo para a falta destes livros não posso precisar, mas podem ser os mais variados. Assim sendo, algumas datas de nascimentos, casamentos e óbitos foram definidas por aproximação.


O CASAMENTO

Casou-se com Antonia Di Luca (*1732/1733 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha hexavó (6ª avó), filha de pais de nomes ignorados, por volta de 1754. O casal teve pelo menos uma filha.


A FILHA

I-Lucrezia Calabrese (*1755/1756 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+02/09/1818 Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha pentavó (5ª avó), casou-se com Pasquale Napoliello (*1754/1755 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+06/07/1811 Santomenna, Província de Salerno, Itália), meu pentavô (5º avô), filho de Giuseppe Napoliello e Vittoria Carbutti, por volta de 1774. O casal teve pelo menos 3 filhas.


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

Francesco residia em Santomenna.


O FALECIMENTO

Não foi possível determinar a data de óbito de Francesco Calabrese, assim como a de sua esposa, Antonia Di Luca, mas teriam ocorrido antes do ano de 1809, ano que se inicia o registro civil na Itália.


LUCREZIA CALABRESE

Lucrezia Calabrese, minha pentavó (5ª avó), nasceu por volta de 1755/1756, em Santomenna, Província de Salerno, Itália, sendo filha de Francesco Calabrese e Antonia Di Luca.


O CASAMENTO

Casou-se com Pasquale Napoliello (*1754/1755 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+06/07/1811 Santomenna, Província de Salerno, Itália), meu pentavô (5º avô), Negociante, filho de Giuseppe Napoliello e Vittoria Carbutti, por volta do ano de 1774, tendo o casal pelo menos 3 filhas.


AS FILHAS

I-Margarida Napoliello (*1774/1775 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+23/11/1848 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Filatrice (Fiandeira), casou-se Matteo Vincenzo Ciliberti (*1770/1772 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Antes de 1848 Santomenna, Província de Salerno, Itália), por volta de 1800. Residentes na Via Piazza, nº 90. O casal teve pelo menos 2 filhos:

I-1-Giuseppe Ciliberti (*1800/1801 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+21/01/1882 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Possidente (possuidor de bens), casou-se com Maria Teresa Napoliello (*1811/1812 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+04/01/1916 Santomenna, Província de Salerno, Itália), filha de Vito Napoliello e Elisabetta Chiara, por volta de 1829, em Santomenna, tendo pelo menos os filhos:

I-1-1- Margherita Lucrezia Raffaela Francesca Ciliberti (*01/10/1830 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+04/01/1916 Santomenna, Província de Salerno, Itália), casada com Luigi Ciliberti (*05/04/1817 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Antes 1916 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Calzolaio (Sapateiro), filho de Giuseppe Ciliberti e Vita Maria Cignarella, na data de 08/02/1852, em Santomenna;

I-1-2-Vincenzo Pasquale Alfredo Raffaele Ciliberti (*1834 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+28/12/1904 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Sarto (Alfaiate), casado com Maria Filomena Napoliello (*1843/1844 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+24/07/1892 Santomenna, Província de Salerno, Itália), filha de Felice Napoliello e Teresa Mollica, em Santomenna. Residentes na Via Alessandro Bozza, nº 24;

I-2-Vincenzo Ciliberti (*1804/1805 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+03/09/1810 Santomenna, Província de Salerno, Itália).

II-Maria Vittoria Napoliello (*1793/1794 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+03/09/1810 Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha tetravó (4ª avó), casou-se com Francesco Vito Nicola Crisonino (*1788/1789 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+17/08/1848 Bella, Província de Potenza, Itália), meu tetravô (4º avô), Muratore (Pedreiro), filho de Anselmo Crisonino e Angela Maria Forcella, na data de 21/12/1811, em Santomenna. O casal teve 4 filhos, que serão descritos posteriormente.

III-Antonia Maria Napoliello (*07/02/1801 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+1855/1861 Santomenna, Província de Salerno, Itália) casou-se em primeiras núpcias com Giacomo Mastromartino (*1788 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+02/09/1839 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Sarto (Alfaiate), filho de Pasquale Mastromartino e Teresa Mazzola, por volta de 1820, em Santomenna, tendo o casal tido 9 filhos; Antonia casou-se em segundas núpcias com Giuseppe Carluccio (*28/11/1811 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), Bracciale (trabalhador), filho de Francesco Carluccio e Lucrezia Figurelli, na data de 10/12/1853, em Santomenna, não sendo encontrados filhos para o casal.  Residentes na Strada La Piazza. São filhos do primeiro matrimônio:

III-1-Lucrezia Mastromartino (*1822 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+08/10/1892 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Contadina (Agricultora), casada com Felice Manziano (*1819 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+31/10/1898 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Contadino (Agricultor), filho de Francesco Manziano e Caterina Devita, em Santomenna, tendo os filhos Francesco I, Grazia Maria I, Giacomo Antonio, Vito Antonio, Grazia Maria II, Alfonso Pasquale Michele, Angelo Maria Giacomo Michele e Francesco. Residentes na Via Fontana, nº 11;

III-2-Pasquale Mastromartino (*1824 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+15/03/1855 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Bracciale (trabalhador), solteiro;

III-3-Teresa Mastromartino (*1826 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+06/08/1841 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Contadina (Agricultora), solteira;

III-4-Maria Maddalena Vittoria Mastromartino (*15/04/1828 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+02/11/1831 Santomenna, Província de Salerno, Itália);

III-5-Vittoria Raffaela Mastromartino 19/10/1830 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+21/04/1906 Santomenna, Província de Salerno, Itália) casada com Vincenzo Giuseppe Angiolo Manziano (*07/05/1823 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), Bracciale (trabalhador), filho de Francesco Manziano e Grazia De Luca, na data de 07/06/1851, em Santomenna; 

III-6-Maria Maddalena Mastromartino (*10/11/1832 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+23/08/1861 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Contadina (Agricultora), casada com Domenico Carlucci (*26/10/1824 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), Molinaro (Moleiro), filho de Giuseppe Nicola Carlucci e Grazia Scadese, na data de 07/02/1855, em Santomenna;

III-7-Francesco Mastromartino (*1835 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+11/11/1838 Santomenna, Província de Salerno, Itália);

III-8-Grazia Maria Filomena Mastromartino I (*08/03/1838 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+21/11/1838 Santomenna, Província de Salerno, Itália);

III-9-Grazia Maria Filomena Mastromartino II (*07/01/1840 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+09/11/1840 Santomenna, Província de Salerno, Itália);


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

A família residia em Santomenna.


O FALECIMENTO

Lucrezia Calabrese faleceu aos 62 anos, às 20 horas, na data de 02/09/1818, em seu domicílio, sendo que a declaração de morte foi extraída da habilitação de casamento da filha Antonia Maria Napoliello, dado que o livro de registro de óbitos do ano de 1818 não existe mais para consulta.


MARIA VITTORIA NAPOLIELLO

Maria Vittoria Napoliello, minha tetravó (4ª avó), filha de Pasquale Napoliello e Lucrezia Calabrese, nasceu por volta de 1793/1794 em Santomenna, Província de Salerno.


O CASAMENTO

Casou-se com Francesco Vito Nicola Crisonino, meu tetravô (4º avô), Muratore (Pedreiro), filho de Anselmo Crisonino e Angela Maria Forcella, na data de 21/12/1811, em Santomenna (Stato Civile Napoleonico, Salerno, Santomenna, Atto di Matrimonio, Anno 1811, nº 14, fl. 7 verso). O casal teve pelo menos 4 filhos. 

Obs.: Francesco Nicola casou-se em segundas núpcias com Lucia Maria Gaudiosi (*1779/1780 San Fele, Província de Potenza, Itália/+02/06/1860 San Fele, Província de Potenza, Itália), viúva, filha de Sebastiano Gaudiosi e Angela Caputi, na data de 30/12/1826, em San Fele (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Matrimonio, Anno 1826, nº 68, fl. 68 e seguintes). 


OS FILHOS (VER FAMÍLIA CRISONINO)

I-Angela Maria Crisonino (*02/11/1813 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+18/05/1852 San Fele, Província de Potenza, Itália), minha trisavó (3ª avó), Cucitrice (Costureira), casou-se com Francesco Maria Abarno (*14/08/1811 San Fele, Província de Salerno, Itália/+25/04/1900 Alegrete, RS, Brasil), meu trisavô (3º avô), Ferrario (Ferreiro), filho de Carlo Abarno e Feliciana Radice, na data de 29/09/1830, na cidade de San Fele. O casal teve 11 filhos, que serão descritos posteriormente;

II-Pasquale Raffaele Crisonino (*22/01/1816 Santomenna, Província de Salerno, Itália), sem mais notícias;

III-Anselmo Raffaele Maria Crisonino (*06/07/1823 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+25/11/1849 San Fele, Província de Potenza, Itália), Muratore (Pedreiro), casou-se com Elisabetta Rosalia Longhino (*10/11/1812 San Fele, Província de Salerno, Itália/+01/01/1869 San Fele, Província de Salerno, Itália), Tessitrice (Tecelã) e Filatrice (Fiandeira), filha de Pietro Longhino e Maria Nigro. Faleceu aos 26 anos de idade, em sua residência na Strada Borgo s/nº. A família residiu depois na Strada Piazzetta (1867/1869), ambos os endereços em San Fele. O casal teve 2 filhos: 

III-1-Pasquale Raffaele Michele Crisonino (*29/09/1844 San Fele, Província de Potenza, Itália/+04/08/1867 San Fele, Província de Potenza, Itália), Armiere (tratava tanto da fabricação de fechaduras, cabos, tesouras, facas e conchas, quanto da limpeza e conserto de rifles e outras armas), solteiro. Faleceu aos 22 anos de idade, em sua residência, na Strada Piazzetta s/nº;

III-2-Vittoria Raffaela Crisonino (*25/10/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+16/10/1869 San Fele, Província de Potenza, Itália), Tessitrice (Tecelã), casou-se com Felice Antonio Michele Crecca (*09/05/1844 San Fele, Província de Potenza, Itália), Sarto (Alfaiate), filho de Nicola Crecca e Maria Teresa Dondiego, na data de 29/04/1868, em San Fele. Faleceu aos 21 anos de idade, em sua residência na Strada Borgo s/nº. O casal teve apenas um filho;

III-2-1-Nicola Antonio Crecca (*08/06/1869 San Fele, Província de Potenza, Itália/+09/11/1869 San Fele, Província de Potenza, Itália).

IV-Grazia Crisonino (*1825/1826 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+14/03/1827 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu com 1 ano de idade, na casa paterna. A data de nascimento não foi achada, visto que os livros destes anos não existem mais. 


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

A família residia na Strada Piede La Costa, em Santomenna, até o ano de 1825 ou 1826.


O FALECIMENTO

Maria Vittoria Napoliello faleceu entre os anos de 1825 e 1826, em Santomenna, cujos livros de óbitos não existem mais, para que se pudesse encontrá-lo. Com a viuvez de Francesco Nicola, ele e os filhos Angela Maria, Anselmo Raffaele Maria e Grazia mudaram-se para San Fele, na Província de Potenza, onde conheceu a viúva Lucia Maria Gaudiosi, casando-se com ela em 30/12/1826. Nesta época, residiram na Strada Nocicchio, em San Fele. Na mesma cidade, faleceu a filha mais nova, Grazia, no ano de 1827. Nos anos de 1830, até o começo dos anos 1840, Francesco, sua esposa e o filho Anselmo Raffaele foram morar em Bella, na mesma província, tendo o filho se casado em San Fele em 1843 e retornado a residir na mesma. Francesco Nicola e sua segunda esposa continuaram residindo em Bella, até a sua morte em 1848, tendo a viúva depois regressado à San Fele, e lá falecido em 02/06/1860.


ANGELA MARIA CRISONINO

Angela Maria Crisonino, minha trisavó (3ª avó), filha de Francesco Vito Nicola Crisonino e Maria Vittoria Napoliello, nasceu em 02/11/1813, na cidade de Santomenna, Província de Salerno, na região da Campania (Stato Civile Napoleonico, Salerno, Santomenna, Atto di Nascita, Anno 1813, nº 53, fl. 27).


O CASAMENTO

Angela Maria casou-se com Francesco Maria Abarno, meu trisavô (3º avô), Fabbro Ferraio (Ferreiro), filho de Carlo Abarno e Feliciana Radice, na data de 29/09/1830, na cidade de San Fele (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Matrimonio, Anno 1830, nº 60, fl. 60 e seguintes). O casal teve 11 filhos.


A PROFISSÃO

Angela Maria era Cucitrice (Costureira)


OS FILHOS (VER FAMÍLIA ABARNO)


I-Feliciana Lucia Abarno (*13/12/1831 San Fele, Província de Potenza, Itália/+05/01/1832 San Fele, Província de Potenza, Itália);

II-Carlo Abarno (*07/06/1833 San Fele, Província de Potenza, Itália) sem mais notícias;

III-Nicola Vito Maria Abarno (*25/01/1835 San Fele, Província de Potenza, Itália/+30/12/1835 San Fele, Província de Potenza, Itália);

IV-Feliciana Filomena Abarno (*18/02/1837 San Fele, Província de Potenza, Itália/+02/11/1882 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu solteira. Profissão: Costureira (Cucitrice). 

V-Maria Antonia Vittoria Abarno (Irmã Maria Emmannuela) (*17/01/1840 San Fele, Província de Potenza, Itália/+10/12/1886 San Fele, Província de Potenza, Itália). Era Freira (Monaca). 

VI-Nicola Maria Abarno (*19/02/1842 San Fele, Província de Potenza, Itália/+15/05/1918 Alegrete RS, Brasil), meu bisavô (2º avô), casou-se em primeiras núpcias com Angela Maria De Vico (*19/07/1847 Fele, Província de Potenza, Itália/+11/03/1897 QuaraÍ RS, Brasil), filha de Nicola De Vico e Mariantonia Liccione, na data de 02/11/1865, na cidade de San Fele. O casal teve 5 filhos. Nicola teve uma união estável com Maria do Carmo Machado (*1857/1858 Alegrete RS/+21/07/1896 Alegrete RS), minha bisavó (2ª avó), que lhe deu 5 filhos. Após o falecimento de Maria do Carmo, Nicola casou-se com Maria Eugenia Belhomet (*02/12/1874 Alegrete RS/+12/10/1901 Alegrete RS), viúva do italiano Luiggi Lucchese, na data de 26/03/1898, na cidade de Alegrete RS. O casal teve 2 filhas. Após o falecimento de Eugenia, Nicola casou-se com Rosa Basile (*1853 Albânia/+27/09/1940 Alegrete RS), em 11/05/1903, na mesma cidade, com quem não teve filhos.

VII-Maria Teresa Lucia Abarno (*14/12/1843 San Fele, Província de Potenza, Itália/+07/08/1931 Alegrete RS, Brasil) casou-se com o Comerciante Potito Di Napoli (*25/11/1838 San Fele, Província de Potenza, Itália/+26/02/1921 Alegrete RS, Brasil), filho de Nicola Maria Di Napoli e Maria Michela Tomasulo, na data de 29/04/1862, na cidade de San Fele, Itália. Tiveram 5 filhos: Maria Michela, Nicola, Francesco, Angela Maria e Nicola II. 

VIII-Maria Michela Abarno I (*02/03/1846 San Fele, Província de Potenza, Itália/+19/02/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália);

IX-Vitor (Vito) Abarno (*05/12/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+Argentina), Alfaiate (Sarto), casou-se com Manuela Ygnacia Barbita Savia (*22/01/1861 Salto, Uruguai/+Argentina), filha de Fernando Barbita e Segunda Savia, na data de 22/11/1879, na cidade de Salto. O casal teve 14 filhos: Angela Maria, Gavina, Venecia, Feliciana, América, Manuela, Duílio Fernando, Maria Sofia, Carlos I, Romeo, Carlos II, Francisco, Carmen (Cármela) e Maria Luisa.

X-Giuseppe Abarno (*16/11/1849 San Fele, Província de Potenza, Itália/+01/02/1915 San Fele, Província de Potenza, Itália), Ferreiro, casou-se com Angela Maria Trotta (*04/02/1860 Avigliano, Província de Potenza, Itália/+11/02/1910 San Fele, Província de Potenza, Itália), filha de Giuseppe Trotta e Caterina Barbeto, na data de 05/02/1881 em Avigliano, Potenza, Itália. O casal teve 12 filhos. Giuseppe, depois de enviuvar, uniu-se à Anna Maria Coviello (*San Fele, Província de Potenza, Itália/+após 1915 San Fele, Província de Potenza, Itália), não tendo filhos desta união. São filhos do primeiro casamento: Francesco, Angela Maria I, Pasquale I, Pasquale II, Angela Maria II, Giuseppe I, Caterina, Giuseppe II, Pasquale III, Maria Stella I, Maria Stella II e Giuseppina.

XI- Maria Michela Abarno II (*27/01/1852 San Fele, Província de Potenza, Itália), sem notícias.


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

Residia na Via Verdesca, s/nº.


O FALECIMENTO

Angela Maria Crisonino faleceu aos 38 anos, às 18 horas do dia 18/05/1852, em sua residência, em San Fele (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Morte, Anno 1852, nº 102, fl. 51 verso).
 

NICOLA MARIA ABARNO
                                                 
Nicola Maria Abarno ou Nicola Abarno, meu bisavô (2º avô), nasceu em 19/02/1842 na cidade de San Fele. Foi batizado em 20/02/1842 na Igreja Católica de San Fele. Era filho de Francesco Abarno e de Angela Maria Crisonino (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Nascita, Anno 1842, nº 61, fl. 61 e verso). Nicola teve 12 filhos decorrentes de três uniões, sendo que, com a quarta esposa, não teve filhos.


OS CASAMENTOS E OS FILHOS 

Nicola Abarno casou-se aos 23 anos em primeiras núpcias com Angela Maria De Vico (*19/07/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+11/03/1897 Quarai RS), com 18 anos, filha de Nicola De Vico e Mariantonia Liccione, na data de 02/11/1865, na cidade de San Fele. O casal teve 5 filhos: Angela Maria I, Mariantonia, Maria Antonia, Angela Maria II e Francescantonio. 

Nicola teve como companheira Maria do Carmo Machado (*1857/1858 Alegrete RS/+21/07/1896 Alegrete RS), minha bisavó, não tendo se casado e nem vivido com ela. O casal teve 5 filhos: Conrado, Manoel Victor, Alfonsina, minha avó, casada com Rocco Di Giuseppe, meu avô, Mathilde e Euclydes. 

Nicola casou-se, aos 56 anos, com Maria Eugenia Belhomet (*02/12/1874 Alegrete RS/+12/10/1901 Alegrete RS), viúva do italiano Luis (Luiggi) Lucchese, com 22 anos de idade, filha de Augustin Nicolas Belhomet e Francisca Lucrecia de Carvalho, na data de 26/03/1898, O casal teve 2 filhas: Carmen e Lizena.

Após o falecimento de Eugenia Belhomet, Nicola casou-se com Rosa Basile (*1853 Albânia/+27/09/1940 Alegrete RS), solteira, filha de Nicola Basile e de Maria Teresa Traversi, na data de 11/05/1903, na cidade de Alegrete RS. O casal não teve filhos. Obs.: segundo relato de minha mãe, Philomena Abarno Di Giuseppe, Rosa teria nascido na Albânia e não na Itália. Foram encontrados os registros de todos os seus irmãos em Barile, Potenza, mas o seu não foi encontrado, o que reforça a veracidade do fato. 


O LOCAL DE RESIDÊNCIA DE NICOLA ABARNO

O último endereço de Nicola foi à Rua Mal. Floriano Peixoto, nº 21 (antigo número), esquina com a Rua Bento Manoel, em Alegrete RS. Na atualidade, estas ruas não se cruzam mais, pois parte da Rua Mal. Floriano deu lugar à Rua Daltro Filho. A casa de esquina ainda existe, sendo que é hoje em dia uma casa comercial.


A PROFISSÃO

Consta no registro de casamento de Nicola Abarno que este exercia a profissão de Comerciante. Pelos registros de nascimento de seus primeiros filhos, até o ano de 1874, ele exerceu a profissão de Ferreiro (Fabbro Ferraio). No ano de 1877, aparece como Proprietário no registro do filho Francescantonio Abarno. Até o final de sua vida, foi Comerciante.


O FALECIMENTO DE NICOLA ABARNO

Nicola faleceu às 14 horas do dia 15/05/1918, aos 76 anos de idade, por câncer de próstata, sendo o óbito atestado pelo Dr. Pietro Pitella (este médico italiano não deixou descendentes) e foi sepultado no Cemitério Municipal de Alegrete (CRCPN Alegrete, Livro C-9, fls. 33 verso A34, nº 141). No mesmo túmulo, foram sepultados: a esposa Rosa, a filha Lizena, o neto Francisco Abarno Giuseppe, a esposa deste Carmen Juliani, o genro Rocco Di Giuseppe e a bisneta Alfonsina Juliani Giuseppe.


Ver a continuação: Família Calabrese 2ª Parte - Genealogia

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

O Paladar do Tempo - Pão de Trigo Integral Capão Novo


Uma das lembranças que guardo das temporadas na praia de Capão Novo, balneário do Rio Grande do Sul, é este pão integral feito no micro-ondas, que era acompanhado por chá ou chocolate quente nos meses de inverno. A origem da receita perdeu-se com o tempo. É um pão fácil e rápido de fazer. 



Ingredientes:
1 tablete de fermento para pão (biológico) ou ½ colher de sopa ou ½ pacote de fermento em pó para pão;
1 xícara de água morna;
1 colher de chá de açúcar;
1 ½ xícara de farinha de trigo integral;
2 colher de sopa de nata (ou requeijão);
1 colher de chá de sal;
Manteiga para untar;
Farinha de rosca para polvilhar (forma de micro-ondas);
Sementes de gergelim.


Modo de Fazer:
Dissolver o fermento com o açúcar e a água morna.
Colocar a farinha numa tigela e juntar o fermento preparado como acima.
Acrescentar à massa a nata e o sal, batendo bem.
Untar e polvilhar a forma com farinha de rosca.
Colocar a massa, polvilhando-a com o gergelim.
Deixar crescer: 30 s em potência alta; esperar 10 min. Repetir até que cresça.
Se crescer bem, assar por 7 min (dependendo do forno até uns 10 segundos antes).


segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Família Napoliello 1ª Parte - Ancestrais e Descendentes

 








A ORIGEM DO SOBRENOME

O sobrenome Napoliello é muito raro, sendo específico da Província de Salerno, proveniente da cidade de Colliano (SA), derivado de um dialeto étnico, indicando a origem napolitana do progenitor. Deve-se dizer, no entanto, que Nápoles também se tornou um nome pessoal ao longo dos séculos, como muitos exemplos encontrados ao sul da Itália em 1500, para que se possa considerar uma forma dialetal. Então, na primeira hipótese, seria um sobrenome toponímico (um progenitor vindo da cidade de Nápoles) e, na segunda hipótese, um sobrenome patronímico (progenitor com o nome de ‘Napoli’). São consideradas variantes de Napoliello: Di Napoli, Dinapoli, Napoletani e Napoli.


O BRASÃO

Brasão Napoli – Variante de Napoliello

A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO SOBRENOME




Fontes: 4crests.com; cognomix.it


AS ORIGENS

A Família Napoliello, à qual pertence a ancestral Maria Vittoria Napoliello, minha tetravó, tem origem na cidade de Santomenna, Província de Salerno, na Região da Campania, localizada no sul da Itália. O sobrenome era pouco freqüente em Santomenna.  Maria Vittoria era avó do imigrante Nicola Abarno.    


A CIDADE DE SANTOMENNA


Vista Parcial de Santomenna – Provícia de Salerno, Itália – Internet


Santomenna é um pequeno comune situado na região italiana da Campania, com cerca de 400 habitantes, localizado numa região montanhosa, entre a sella di Conza, uma passagem dos Apeninos meridionais, e o grupo de montanhas Mazano-Eremita, no alto vale do Sele. Antes da unificação do país, chamava-se Santo Menna. Segundo a tradição, a denominação da cidade veio do nome Menna, um eremita que, no Século VI, fundou um mosteiro, a partir do qual a cidade se desenvolveu. Segundo Francesco Di Geronimo, foi o general bizantino Narsete quem ali construiu uma igreja entre 554 e 555, dedicada a San Menna, um mártir egípcio, derivando daí o nome do comune. Entre os anos de 1811 a 1860, fez parte do circondario de Laviano, que pertencia ao distrito de Campagna do Reino das Duas Sicílias. De 1860 a 1927, durante o Reino da Itália, fez parte do distrito de Laviano, pertencente ao circondario de Campagna. Após o terremoto de Irpinia em 1980, a cidade, que se encontra na zona 1 sísmica, foi quase que totalmente destruída, o que exigiu um notável sacrifício e determinação da população para reconstruir e repovoar Santomenna. Os países para os quais muitos dos habitantes emigraram foram: Argentina, Brasil, Estados Unidos e Venezuela.


GIUSEPPE NAPOLIELLO

Giuseppe Napoliello, meu hexavô (6º avô), nasceu por volta de 1730/1731, em Santomenna, Província de Salerno, Itália, filho de pais com nomes ainda desconhecidos.

Obs.: a presente pesquisa foi muito prejudicada pela falta de livros do registro civil de anos importantes, chegando, por exemplo, a existir um período de 10 anos (óbitos) sem quaisquer livros. O motivo para a falta destes livros não posso precisar, mas podem ser os mais variados. Assim sendo, algumas datas de nascimentos, casamentos e óbitos foram definidas por aproximação.


O CASAMENTO

Casou-se com Vittoria Carbutti (*1732/1733 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Antes 1758 Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha hexavó (6ª avó), filha de pais de nomes ignorados, por volta de 1754. O casal teve pelo menos um filho.


A PROFISSÃO

Possivelmente, Giuseppe tenha sido Negociante, atividade esta exercida por seu filho Pasquale.


O FILHO

I-Pasquale Napoliello (*1754/1755 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+06/07/1811 Santomenna, Província de Salerno, Itália), meu pentavô (5º avô), casou-se com Lucrezia Calabrese (*1755/1756 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+02/09/1818 Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha pentavó (5ª avó), filha de Francesco Calabrese e Antonia Di Luca, por volta de 1774. O casal teve pelo menos 3 filhas, que serão nomeadas a seguir.


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

Giuseppe residia em Santomenna.


O FALECIMENTO

Giuseppe Napoliello, já viúvo, faleceu na data de 21/04/1758, conforme consta no Livro de Óbitos da Igreja de Santa Maria Delle Grazie, em Santomenna (fl. 121). A descoberta foi possível através da habilitação de casamento da neta Antonia Maria, onde consta a transcrição do referido documento eclesiástico.


PASQUALE NAPOLIELLO

Pasquale Napoliello, meu pentavô (5º avô), nasceu por volta de 1754/1755, em Santomenna, Província de Salerno, Itália, sendo filho de Giuseppe Napoliello e Vittoria Carbutti.


O CASAMENTO

Casou-se com Lucrezia Calabrese (*1755/1756 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+02/09/1818 Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha pentavó (5ª avó), filha de Francesco Calabrese e Antonia Di Luca, por volta de 1774. O casal teve pelo menos 3 filhas.


A PROFISSÃO

Pasquale exercia atividades de Negociante ou Comerciante.


AS FILHAS

I-Margarida Napoliello (*1774/1775 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+23/11/1848 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Filatrice (Fiandeira), casou-se Matteo Vincenzo Ciliberti (*1770/1772 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Antes de 1848 Santomenna, Província de Salerno, Itália), por volta de 1800. Residentes na Via Piazza, nº 90. O casal teve pelo menos 2 filhos:

I-1-Giuseppe Ciliberti (*1800/1801 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+21/01/1882 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Possidente (possuidor de bens), casou-se com Maria Teresa Napoliello (*1811/1812 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+04/01/1916 Santomenna, Província de Salerno, Itália), filha de Vito Napoliello e Elisabetta Chiara, por volta de 1829, em Santomenna, tendo pelo menos os filhos:

I-1-1- Margherita Lucrezia Raffaela Francesca Ciliberti (*01/10/1830 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+04/01/1916 Santomenna, Província de Salerno, Itália), casada com Luigi Ciliberti (*05/04/1817 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Antes 1916 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Calzolaio (Sapateiro), filho de Giuseppe Ciliberti e Vita Maria Cignarella, na data de 08/02/1852, em Santomenna;

I-1-2-Vincenzo Pasquale Alfredo Raffaele Ciliberti (*1834 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+28/12/1904 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Sarto (Alfaiate), casado com Maria Filomena Napoliello (*1843/1844 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+24/07/1892 Santomenna, Província de Salerno, Itália), filha de Felice Napoliello e Teresa Mollica, em Santomenna. Residentes na Via Alessandro Bozza, nº 24;

I-2-Vincenzo Ciliberti (*1804/1805 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+03/09/1810 Santomenna, Província de Salerno, Itália).


II-Maria Vittoria Napoliello (*1793/1794 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+03/09/1810 Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha tetravó (4ª avó), casou-se com Francesco Vito Nicola Crisonino (*1788/1789 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+17/08/1848 Bella, Província de Potenza, Itália), meu tetravô (4º avô), Muratore (Pedreiro), filho de Anselmo Crisonino e Angela Maria Forcella, na data de 21/12/1811, em Santomenna. O casal teve 4 filhos, que serão descritos posteriormente.


III-Antonia Maria Napoliello (*07/02/1801 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+1855/1861 Santomenna, Província de Salerno, Itália) casou-se em primeiras núpcias com Giacomo Mastromartino (*1788 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+02/09/1839 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Sarto (Alfaiate), filho de Pasquale Mastromartino e Teresa Mazzola, por volta de 1820, em Santomenna, tendo o casal tido 9 filhos; Antonia casou-se em segundas núpcias com Giuseppe Carluccio (*28/11/1811 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), Bracciale (trabalhador), filho de Francesco Carluccio e Lucrezia Figurelli, na data de 10/12/1853, em Santomenna, não sendo encontrados filhos para o casal.  Residentes na Strada La Piazza. São filhos do primeiro matrimônio:

III-1-Lucrezia Mastromartino (*1822 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+08/10/1892 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Contadina (Agricultora), casada com Felice Manziano (*1819 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+31/10/1898 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Contadino (Agricultor), filho de Francesco Manziano e Caterina Devita, em Santomenna, tendo os filhos Francesco I, Grazia Maria I, Giacomo Antonio, Vito Antonio, Grazia Maria II, Alfonso Pasquale Michele, Angelo Maria Giacomo Michele e Francesco. Residentes na Via Fontana, nº 11;

III-2-Pasquale Mastromartino (*1824 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+15/03/1855 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Bracciale (trabalhador), solteiro;

III-3-Teresa Mastromartino (*1826 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+06/08/1841 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Contadina (Agricultora), solteira;

III-4-Maria Maddalena Vittoria Mastromartino (*15/04/1828 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+02/11/1831 Santomenna, Província de Salerno, Itália);

III-5-Vittoria Raffaela Mastromartino 19/10/1830 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+21/04/1906 Santomenna, Província de Salerno, Itália) casada com Vincenzo Giuseppe Angiolo Manziano (*07/05/1823 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), Bracciale (trabalhador), filho de Francesco Manziano e Grazia De Luca, na data de 07/06/1851, em Santomenna; 

III-6-Maria Maddalena Mastromartino (*10/11/1832 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+23/08/1861 Santomenna, Província de Salerno, Itália), Contadina (Agricultora), casada com Domenico Carlucci (*26/10/1824 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), Molinaro (Moleiro), filho de Giuseppe Nicola Carlucci e Grazia Scadese, na data de 07/02/1855, em Santomenna;

III-7-Francesco Mastromartino (*1835 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+11/11/1838 Santomenna, Província de Salerno, Itália);

III-8-Grazia Maria Filomena Mastromartino I (*08/03/1838 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+21/11/1838 Santomenna, Província de Salerno, Itália);

III-9-Grazia Maria Filomena Mastromartino II (*07/01/1840 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+09/11/1840 Santomenna, Província de Salerno, Itália);


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

Pasquale residia com sua família em Santomenna.


O FALECIMENTO

Pasquale Napoliello faleceu aos 56 anos, na data de 06/07/1811, em seu domicílio, sendo que os nomes de seus pais não constaram no registro de óbito, mas estes foram revelados através da habilitação de casamento da filha Antonia Maria Napoliello (Stato Civile Napoleonico, Salerno, Santomenna, Atto di Morte, Anno 1811, nº 10, fl. 5 verso).


MARIA VITTORIA NAPOLIELLO

Maria Vittoria Napoliello, minha tetravó (4ª avó), filha de Pasquale Napoliello e Lucrezia Calabrese, nasceu por volta de 1793/1794 em Santomenna, Província de Salerno.


O CASAMENTO

Casou-se com Francesco Vito Nicola Crisonino, meu tetravô (4º avô), Muratore (Pedreiro), filho de Anselmo Crisonino e Angela Maria Forcella, na data de 21/12/1811, em Santomenna (Stato Civile Napoleonico, Salerno, Santomenna, Atto di Matrimonio, Anno 1811, nº 14, fl. 7 verso). O casal teve pelo menos 4 filhos. 

Obs.: Francesco Nicola casou-se em segundas núpcias com Lucia Maria Gaudiosi (*1779/1780 San Fele, Província de Potenza, Itália/+02/06/1860 San Fele, Província de Potenza, Itália), viúva, filha de Sebastiano Gaudiosi e Angela Caputi, na data de 30/12/1826, em San Fele (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Matrimonio, Anno 1826, nº 68, fl. 68 e seguintes). 


OS FILHOS (VER FAMÍLIA CRISONINO)

I-Angela Maria Crisonino (*02/11/1813 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+18/05/1852 San Fele, Província de Potenza, Itália), minha trisavó (3ª avó), Cucitrice (Costureira), casou-se com Francesco Maria Abarno (*14/08/1811 San Fele, Província de Salerno, Itália/+25/04/1900 Alegrete, RS, Brasil), meu trisavô (3º avô), Ferrario (Ferreiro), filho de Carlo Abarno e Feliciana Radice, na data de 29/09/1830, na cidade de San Fele. O casal teve 11 filhos, que serão descritos posteriormente;

II-Pasquale Raffaele Crisonino (*22/01/1816 Santomenna, Província de Salerno, Itália), sem mais notícias;

III-Anselmo Raffaele Maria Crisonino (*06/07/1823 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+25/11/1849 San Fele, Província de Potenza, Itália), Muratore (Pedreiro), casou-se com Elisabetta Rosalia Longhino (*10/11/1812 San Fele, Província de Salerno, Itália/+01/01/1869 San Fele, Província de Salerno, Itália), Tessitrice (Tecelã) e Filatrice (Fiandeira), filha de Pietro Longhino e Maria Nigro. Faleceu aos 26 anos de idade, em sua residência na Strada Borgo s/nº. A família residiu depois na Strada Piazzetta (1867/1869), ambos os endereços em San Fele. O casal teve 2 filhos: 

III-1-Pasquale Raffaele Michele Crisonino (*29/09/1844 San Fele, Província de Potenza, Itália/+04/08/1867 San Fele, Província de Potenza, Itália), Armiere (tratava tanto da fabricação de fechaduras, cabos, tesouras, facas e conchas, quanto da limpeza e conserto de rifles e outras armas), solteiro. Faleceu aos 22 anos de idade, em sua residência, na Strada Piazzetta s/nº;

III-2-Vittoria Raffaela Crisonino (*25/10/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+16/10/1869 San Fele, Província de Potenza, Itália), Tessitrice (Tecelã), casou-se com Felice Antonio Michele Crecca (*09/05/1844 San Fele, Província de Potenza, Itália), Sarto (Alfaiate), filho de Nicola Crecca e Maria Teresa Dondiego, na data de 29/04/1868, em San Fele. Faleceu aos 21 anos de idade, em sua residência na Strada Borgo s/nº. O casal teve apenas um filho;

III-2-1-Nicola Antonio Crecca (*08/06/1869 San Fele, Província de Potenza, Itália/+09/11/1869 San Fele, Província de Potenza, Itália).

IV-Grazia Crisonino (*1825/1826 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+14/03/1827 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu com 1 ano de idade, na casa paterna. A data de nascimento não foi achada, visto que os livros destes anos não existem mais. 


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

A família residia na Strada Piede La Costa, em Santomenna, até o ano de 1825 ou 1826.


O FALECIMENTO

Maria Vittoria Napoliello faleceu entre os anos de 1825 e 1826, em Santomenna, cujos livros de óbitos não existem mais, para que se pudesse encontrá-lo. Com a viuvez de Francesco Nicola, ele e os filhos Angela Maria, Anselmo Raffaele Maria e Grazia mudaram-se para San Fele, na Província de Potenza, onde conheceu a viúva Lucia Maria Gaudiosi, casando-se com ela em 30/12/1826. Nesta época, residiram na Strada Nocicchio, em San Fele. Na mesma cidade, faleceu a filha mais nova, Grazia, no ano de 1827. Nos anos de 1830, até o começo dos anos 1840, Francesco, sua esposa e o filho Anselmo Raffaele foram morar em Bella, na mesma província, tendo o filho se casado em San Fele em 1843 e retornado a residir na mesma. Francesco Nicola e sua segunda esposa continuaram residindo em Bella, até a sua morte em 1848, tendo a viúva depois regressado à San Fele, e lá falecido em 02/06/1860. 


ANGELA MARIA CRISONINO

Angela Maria Crisonino, minha trisavó (3ª avó), filha de Francesco Vito Nicola Crisonino e Maria Vittoria Napoliello, nasceu em 02/11/1813, na cidade de Santomenna, Província de Salerno, na região da Campania (Stato Civile Napoleonico, Salerno, Santomenna, Atto di Nascita, Anno 1813, nº 53, fl. 27).


O CASAMENTO

Angela Maria casou-se com Francesco Maria Abarno, meu trisavô (3º avô), Fabbro Ferraio (Ferreiro), filho de Carlo Abarno e Feliciana Radice, na data de 29/09/1830, na cidade de San Fele (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Matrimonio, Anno 1830, nº 60, fl. 60 e seguintes). O casal teve 11 filhos.


A PROFISSÃO

Angela Maria era Cucitrice (Costureira)


OS FILHOS (VER FAMÍLIA ABARNO)


I-Feliciana Lucia Abarno (*13/12/1831 San Fele, Província de Potenza, Itália/+05/01/1832 San Fele, Província de Potenza, Itália);

II-Carlo Abarno (*07/06/1833 San Fele, Província de Potenza, Itália) sem mais notícias;

III-Nicola Vito Maria Abarno (*25/01/1835 San Fele, Província de Potenza, Itália/+30/12/1835 San Fele, Província de Potenza, Itália);

IV-Feliciana Filomena Abarno (*18/02/1837 San Fele, Província de Potenza, Itália/+02/11/1882 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu solteira. Profissão: Costureira (Cucitrice). 

V-Maria Antonia Vittoria Abarno (Irmã Maria Emmannuela) (*17/01/1840 San Fele, Província de Potenza, Itália/+10/12/1886 San Fele, Província de Potenza, Itália). Era Freira (Monaca). 

VI-Nicola Maria Abarno (*19/02/1842 San Fele, Província de Potenza, Itália/+15/05/1918 Alegrete RS, Brasil), meu bisavô, casou-se em primeiras núpcias com Angela Maria De Vico (*19/07/1847 Fele, Província de Potenza, Itália/+11/03/1897 QuaraÍ RS, Brasil), filha de Nicola De Vico e Mariantonia Liccione, na data de 02/11/1865, na cidade de San Fele. O casal teve 5 filhos. Nicola teve uma união estável com Maria do Carmo Machado (*1857/1858 Alegrete RS/+21/07/1896 Alegrete RS), minha bisavó, que lhe deu 5 filhos. Após o falecimento de Maria do Carmo, Nicola casou-se com Maria Eugenia Belhomet (*02/12/1874 Alegrete RS/+12/10/1901 Alegrete RS), viúva do italiano Luiggi Lucchese, na data de 26/03/1898, na cidade de Alegrete RS. O casal teve 2 filhas. Após o falecimento de Eugenia, Nicola casou-se com Rosa Basile (*1853 Albânia/+27/09/1940 Alegrete RS), em 11/05/1903, na mesma cidade, com quem não teve filhos.

VII-Maria Teresa Lucia Abarno (*14/12/1843 San Fele, Província de Potenza, Itália/+07/08/1931 Alegrete RS, Brasil) casou-se com o Comerciante Potito Di Napoli (*25/11/1838 San Fele, Província de Potenza, Itália/+26/02/1921 Alegrete RS, Brasil), filho de Nicola Maria Di Napoli e Maria Michela Tomasulo, na data de 29/04/1862, na cidade de San Fele, Itália. Tiveram 5 filhos: Maria Michela, Nicola, Francesco, Angela Maria e Nicola II. 

VIII-Maria Michela Abarno I (*02/03/1846 San Fele, Província de Potenza, Itália/+19/02/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália);

IX-Vitor (Vito) Abarno (*05/12/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+Argentina), Alfaiate (Sarto), casou-se com Manuela Ygnacia Barbita Savia (*22/01/1861 Salto, Uruguai/+Argentina), filha de Fernando Barbita e Segunda Savia, na data de 22/11/1879, na cidade de Salto. O casal teve 14 filhos: Angela Maria, Gavina, Venecia, Feliciana, América, Manuela, Duílio Fernando, Maria Sofia, Carlos I, Romeo, Carlos II, Francisco, Carmen (Cármela) e Maria Luisa.

X-Giuseppe Abarno (*16/11/1849 San Fele, Província de Potenza, Itália/+01/02/1915 San Fele, Província de Potenza, Itália), Ferreiro, casou-se com Angela Maria Trotta (*04/02/1860 Avigliano, Província de Potenza, Itália/+11/02/1910 San Fele, Província de Potenza, Itália), filha de Giuseppe Trotta e Caterina Barbeto, na data de 05/02/1881 em Avigliano, Potenza, Itália. O casal teve 12 filhos. Giuseppe, depois de enviuvar, uniu-se à Anna Maria Coviello (*San Fele, Província de Potenza, Itália/+após 1915 San Fele, Província de Potenza, Itália), não tendo filhos desta união. São filhos do primeiro casamento: Francesco, Angela Maria I, Pasquale I, Pasquale II, Angela Maria II, Giuseppe I, Caterina, Giuseppe II, Pasquale III, Maria Stella I, Maria Stella II e Giuseppina.

XI- Maria Michela Abarno II (*27/01/1852 San Fele, Província de Potenza, Itália), sem notícias.


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

Residia na Via Verdesca, s/nº.


O FALECIMENTO

Angela Maria Crisonino faleceu aos 38 anos, às 18 horas do dia 18/05/1852, em sua residência, em San Fele (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Morte, Anno 1852, nº 102, fl. 51 verso).


NICOLA MARIA ABARNO
                                                 
Nicola Maria Abarno ou Nicola Abarno, meu bisavô, nasceu em 19/02/1842 na cidade de San Fele. Foi batizado em 20/02/1842 na Igreja Católica de San Fele. Era filho de Francesco Abarno e de Angela Maria Crisonino (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Nascita, Anno 1842, nº 61, fl. 61 e verso). Nicola teve 12 filhos decorrentes de três uniões, sendo que, com a quarta esposa, não teve filhos.


OS CASAMENTOS E OS FILHOS 

Nicola Abarno casou-se aos 23 anos em primeiras núpcias com Angela Maria De Vico (*19/07/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+11/03/1897 Quarai RS), com 18 anos, filha de Nicola De Vico e Mariantonia Liccione, na data de 02/11/1865, na cidade de San Fele. O casal teve 5 filhos: Angela Maria I, Mariantonia, Maria Antonia, Angela Maria II e Francescantonio. 

Nicola teve como companheira Maria do Carmo Machado (*1857/1858 Alegrete RS/+21/07/1896 Alegrete RS), minha bisavó, não tendo se casado e nem vivido com ela. O casal teve 5 filhos: Conrado, Manoel Victor, Alfonsina, minha avó, casada com Rocco Di Giuseppe, meu avô, Mathilde e Euclydes. 

Nicola casou-se, aos 56 anos, com Maria Eugenia Belhomet (*02/12/1874 Alegrete RS/+12/10/1901 Alegrete RS), viúva do italiano Luis (Luiggi) Lucchese, com 22 anos de idade, filha de Augustin Nicolas Belhomet e Francisca Lucrecia de Carvalho, na data de 26/03/1898, O casal teve 2 filhas: Carmen e Lizena.

Após o falecimento de Eugenia Belhomet, Nicola casou-se com Rosa Basile (*1853 Albânia/+27/09/1940 Alegrete RS), solteira, filha de Nicola Basile e de Maria Teresa Traversi, na data de 11/05/1903, na cidade de Alegrete RS. O casal não teve filhos. Obs.: segundo relato de minha mãe, Philomena Abarno Di Giuseppe, Rosa teria nascido na Albânia e não na Itália. Foram encontrados os registros de todos os seus irmãos em Barile, Potenza, mas o seu não foi encontrado, o que reforça a veracidade do fato. 


O LOCAL DE RESIDÊNCIA DE NICOLA ABARNO

O último endereço de Nicola foi à Rua Mal. Floriano Peixoto, nº 21 (antigo número), esquina com a Rua Bento Manoel, em Alegrete RS. Na atualidade, estas ruas não se cruzam mais, pois parte da Rua Mal. Floriano deu lugar à Rua Daltro Filho. A casa de esquina ainda existe, sendo que é hoje em dia uma casa comercial.


A PROFISSÃO

Consta no registro de casamento de Nicola Abarno que este exercia a profissão de Comerciante. Pelos registros de nascimento de seus primeiros filhos, até o ano de 1874, ele exerceu a profissão de Ferreiro (Fabbro Ferraio). No ano de 1877, aparece como Proprietário no registro do filho Francescantonio Abarno. Até o final de sua vida, foi Comerciante.


O FALECIMENTO DE NICOLA ABARNO

Nicola faleceu às 14 horas do dia 15/05/1918, aos 76 anos de idade, por câncer de próstata, sendo o óbito atestado pelo Dr. Pietro Pitella (este médico italiano não deixou descendentes) e foi sepultado no Cemitério Municipal de Alegrete (CRCPN Alegrete, Livro C-9, fls. 33 verso A34, nº 141). No mesmo túmulo, foram sepultados: a esposa Rosa, a filha Lizena, o neto Francisco Abarno Giuseppe, a esposa deste Carmen Juliani, o genro Rocco Di Giuseppe e a bisneta Alfonsina Juliani Giuseppe.


Ver a continuação: Família Napoliello 2ª Parte - Genealogia

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Família Crisonino 1ª Parte - Ancestrais e Descendentes











A ORIGEM DO SOBRENOME


Existem duas classes de sobrenomes: os patronímicos, transmitidos pelos pais e os matronímicos, que são aqueles transmitidos pelas mães. Crisonino é um exemplo de sobrenome patronímico. Em geral, os sobrenomes italianos são escritos no plural. Neste caso, seria escrito desta forma: Crisonini. É desconhecida a origem do sobrenome. Ele aparece, por exemplo, na cidade toscana de Florença durante a Idade Média.


AS ORIGENS

A Família Crisonino, à qual pertence a ancestral Angela Maria Crisonino, minha trisavó, no presente estudo está adstrita à cidade de Santomenna, Província de Salerno, na região da Campania, localizada ao sul da Itália. O sobrenome era pouco frequente e existiu em Santomenna até os primeiros anos de 1900. Angela Maria era a mãe do imigrante Nicola Abarno.

                                                                                                               
A CIDADE DE SANTOMENNA


Panorama de Santomenna – Provícia de Salerno, Itália – Crédito: Geofix - Wikipedia


Santomenna é um pequeno comune situado na região italiana da Campania, com cerca de 400 habitantes, localizado numa região montanhosa, entre a sella di Conza, uma passagem dos Apeninos meridionais, e o grupo de montanhas Mazano-Eremita, no alto vale do Sele. Antes da unificação do país, chamava-se Santo Menna. Segundo a tradição, a denominação da cidade veio do nome Menna, um eremita que, no Século VI, fundou um mosteiro, a partir do qual a cidade se desenvolveu. Segundo Francesco Di Geronimo, foi o general bizantino Narsete quem ali construiu uma igreja entre 554 e 555, dedicada a San Menna, um mártir egípcio, derivando daí o nome do comune. Entre os anos de 1811 a 1860, fez parte do circondario de Laviano, que pertencia ao distrito de Campagna do Reino das Duas Sicílias. De 1860 a 1927, durante o Reino da Itália, fez parte do distrito de Laviano, pertencente ao circondario de Campagna. Após o terremoto de Irpinia em 1980, a cidade, que se encontra na zona 1 sísmica, foi quase que totalmente destruída, o que exigiu um notável sacrifício e determinação da população para reconstruir e repovoar Santomenna. Os países para os quais muitos dos habitantes emigraram foram: Argentina, Brasil, Estados Unidos e Venezuela.


TADDEO CRISONINO

Taddeo Crisonino, meu heptavô (7º avô), nasceu por volta de 1712/1713, na cidade de Santomenna, Província de Salerno, na região italiana de Campania, sendo ignorados os nomes de seus pais.

Obs.: a presente pesquisa foi muito prejudicada pela falta de livros do registro civil de anos importantes, chegando, por exemplo, a existir um período de 10 anos (óbitos) sem quaisquer livros. O motivo para a falta destes livros não posso precisar, mas podem ser os mais variados. Assim sendo, algumas datas de nascimentos, casamentos e óbitos foram definidas por aproximação. Pelos registros existentes, constatou-se que apenas um ramo, o de Francesco Crisonino, se desenvolveu na cidade de Santomenna.


O CASAMENTO

Casou-se com Domenica Mastromartino (*1712/1713 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha heptavó (7ª avó), filha de pais não conhecidos, por volta de 1733, em Santomenna. Tiveram pelo menos um filho.


A PROFISSÃO

Taddeo provavelmente tenha exercido a profissão de Muratore (Pedreiro), assim como exerceram os seus descendentes do sexo masculino.


O FILHO

I-Francesco Crisonino (*1733/1734 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+09/01/1816 Santomenna, Província de Salerno, Itália), meu hexavô (6º avô), casado com minha hexavó (6ª avó), cujo nome deixou de ser incluído em seu registro de óbito, tendo o casal tido pelo menos um filho. 


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

A família provavelmente residia nesta época na ‘Strada Piede La Costa’, em Santomenna, referida em registros posteriores.


O FALECIMENTO

Taddeo faleceu em Santomenna, em data ignorada.



FRANCESCO CRISONINO

Francesco Crisonino, meu hexavô (6ª avô), filho de Taddeo Crisonino e Domenica Mastromartino, nasceu por volta de 1733/1734, na cidade de Santomenna, Província de Salerno. A cidade, ou comune de proveniência, veio da informação constante no índice do livro de óbitos, que revela como ‘patria’ Santomenna, pois no registro propriamente dito, não havia esta indicação. Constaram nas duas partes do livro os nomes dos pais, mas o declarante não informou o nome do cônjuge. Esta observação se faz necessária, porque na Internet encontra-se a cidade de origem como sendo Pescopagano. O erro foi induzido, porque o nome do falecido seguinte, que também era Francesco, teve como pátria Pescopagano.


No índice do Livro de Óbitos de Santomenna de 1816, as colunas definem o nº de ordem, nome e sobrenome do defunto, pátria, profissão, nomes dos pais, dia da morte e observações


No nº 19, consta o nome de Francesco Crisonino, como pátria há uma indicação de abreviatura ‘sudetto’, que quer dizer ‘acima mencionado’, reportando a S. Menna (Santo Menna naquela época), profissão Muratore, pais Taddeo e Domenica Mastromartino, dia da morte 9 de janeiro


O CASAMENTO

No registro de óbito, como já dito, não constou o nome da esposa, que seria a minha hexavó (6ª avó), motivo pelo qual deixo de postá-lo. Somente com um registro eclesiástico isto será possível. O casal teve pelo menos um filho.


A PROFISSÃO

Francesco exercia a profissão de Muratore (Pedreiro).


O FILHO

I-Anselmo Crisonino (*1755/1756 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), meu pentavô (5º avô), Casou-se com Angela Maria Forcella (*1761 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha pentavó (5ª avó), de pais ainda não conhecidos, por volta de 1782, em Santomenna. O casal teve 7 filhos.


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

A família residia na ‘Strada Piede La Costa’, em Santomenna.


O FALECIMENTO

Francesco Crisonino faleceu às 16 horas do dia 09/01/1816, aos 82 anos, em sua residência, em Santomenna (Stato Civile della Restaurazione, Salerno, Santomenna, Atto di Morte, Anno 1816, nº 1, fl. 1).



ANSELMO CRISONINO

Anselmo Crisonino, meu pentavô (5º avô), filho de Francesco Crisonino, nasceu por volta de 1755/1756, na cidade de Santomenna, Província de Salerno, tendo a data de nascimento estimada, através da informação constante na habilitação de casamento da filha Domenica Maria, na data de 27/01/1810, em Santomenna, na qual foi informado que Anselmo teria 54 anos (Stato Civile Napoleonico, Salerno, Santomenna, Matrimoni, Processetti, Anno 1810-1811, nº 1).




O CASAMENTO

Casou-se com Angela Maria Forcella (*1761 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha pentavó (5ª avó), filha de pais de nomes desconhecidos, por volta do ano de 1782, em Santomenna, tendo o casal 7 filhos.


A PROFISSÃO

Anselmo exercia a profissão de Muratore (Pedreiro).


OS FILHOS

I-Giuseppe Crisonino (*1783 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+1864 Santomenna, Província de Salerno, Itália) casou-se com Teresa Mollica;

II-Francesco Vito Nicola Crisonino (*1788/1789 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+17/08/1848 Bella, Província de Potenza, Itália), meu tetravô (4º avô), casou-se em primeiras núpcias com Maria Vittoria Napoliello (*1793/1794 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+1825/1826 Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha tetravó (4ª avó), filha de Pasquale Napoliello e Lucrezia Calabrese, na data de 21/12/1811, em Santomenna, tendo pelo menos 4 filhos, que serão nomeados adiante; casou-se em segundas núpcias com Lucia Maria Gaudiosi (*1779/1780 San Fele, Província de Potenza, Itália/+02/06/1860 San Fele, Província de Potenza, Itália), filha de Sebastiano Gaudiosi e Angela Caputi, na data de 30/12/1826, em San Fele. Não há notícias de filhos deste último casal; 

III-Domenica Maria Crisonino (*1789/1790 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+Antes 1854 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), casou-se com Carlo Mollica (*1784/1785 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+01/09/1854 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), Sartore (Alfaiate), filho de Francesco Mollica e Caterina Castucci, na data de 27/01/1810, em Santomenna. Tiveram pelo menos 2 filhos: Francescantonio Maria e Caterina Michela. Residentes na Contrada San Caetano, em Santomenna;

IV-Marianna Crisonino (*1795/1796 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+02/04/1881 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), Contadina (Agricultora), casou-se com Francesco Voza (*1801/1802 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+Antes 1881 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), Pastore e Bracciale (Trabalhador Braçal), por volta de 1818, em Santomenna. O casal teve pelo menos 5 filhos: Antonia Maria, Angela Maria, Nicolangiolo Anselmo Alfonso, Palma Maria e Michelangelo Anselmo Alfonso. Residentes na Via Fontana, nº 28, em Santomenna;

V-Vincenzo Crisonino (*1796/1797 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+24/04/1860 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), Muratore (Pedreiro), casou-se com Elisabetta Salandra (*1808/1809 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+11/06/1877 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), filha de Vincenzo Salandra e Maria Giuseppa Di Geronimo, por volta de 1824, em Santomenna. O casal teve 11 filhos: Angela Maria, Anselmo, Achille Arcangelo Giuseppe Raffaele Vito, Giustiniano Angelo Fabrizio, Angela Maria Gaetana Generosa, Gabriela Generosa Pasqualina, Pietro Giacomo Taddeo, Generoso, Francesco Giuseppe Ancangelo Giacinto Generoso, Sofia Letizia Modesta e Francesco Saverio. Residentes na Strada Piede La Costa, em Santomenna.

O filho de Vicenzo, Pietro Giacomo Taddeo Crisonino, casado com Giovanna Vittoria Chiara, emigrou em meados dos anos 1880, com sua família para os EUA, fixando residência no Distrito de Bronx, na cidade de New York.

O neto Anselmo Luciano Crisonino, filho de Giustiano Crisonino, emigrou aos 20 anos para a América, partindo do porto de Hamburgo & Havre e chegando a New York em 13/06/1892, no navio Rugia.

A bisneta, Anna Maria Teresa Zampella, casada com Giuseppe Maria Di Nicola e neta de Achille Arcangelo Crisonino, migrou com sua família para a Venezuela, vivendo no Município de Girardot, no Estado de Aragua, assim como seu irmão Pietro Antonio Zampella, que veio a falecer em Caracas, a Capital venezuelana.


VI-Maria Teresa Crisonino (*1797/1798 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+30/06/1871 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), Contadina (Agricultora), casou-se com Giuseppe Napoliello (*1798/1799 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+21/08/1848 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), Negociante, filho de Francesco Napoliello e Rosa Toriello, por volta de 1820, em Santomenna. O casal teve pelo menos o filho Francesco Napoliello.

A bisneta Caterina Gerardina Russomano, casada com Raffaele Gerardo Ilaria, neta de Maria Teresa Napoliello e filha de Francesco Napoliello, emigrou para os EUA com sua família, passando a residir no Distrito de Queens, na cidade de New York;


VII-Rosa Crisonino (*1803/1804 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+10/01/1853 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), Filatrice (Fiandeira) casou-se com Vito Nicola Domenico Napoliello (*1801/1802 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+28/02/1867 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália), Negociante, Scarparo (Sapateiro), filho de Francesco Napoliello e Rosa Toriello, por volta de 1824, em Santomena, tendo o casal 7 filhos: Domenica Maria, Anselmo Pantaleone, Angela Maria I, Angela Maria II, Maria Teresa Faustina Concetta, Grazia Maria e Maria Michela Concetta. Nicola Napoliello casou-se em segundas núpcias com Luigia Maria Di Ruggiero, na data de 08/07/1854, em Santomenna. Residentes na Strada Fontana.

A neta Rosa Maria Carlucci, casada com Giuseppe Cassese, filha de Grazia Maria Napoliello, emigrou com a família para os EUA, indo residir na cidade de Detroit, no Estado de Michigan. A outra neta, Pasqualina Antonia Carlucci, casada com Salvatore Enrico Di Martino, também se radicou com sua família nos EUA, passando a morar na cidade de Scranton, no Estado da Pensilvânia.

O neto Francesco Carlucci, ou Frank Carlucci I, filho de Grazia Maria Napoliello, emigrou aos 20 anos para os EUA, no ano de 1882, com o seu irmão 'Nick' Carlucci. Era Muratore (Pedreiro), o qual começou a cortar pedras aos 14 anos de idade na Itália. Casou-se com Louise Cerine, com quem constituiu família em Scranton, Pennsylvania, onde ainda existem vários de seus descendentes. Deixou um importante legado como mestre de obras nos EUA, citando-se, dentre alguns de seus projetos, a Ellis Island Landing Station no porto de Nova York, a Grand Stairway no Arlington National Cemetery e o Willard Hotel em Washington DC. 


Francesco Carlucci – Frank Carlucci I - 1897


O filho Frank Carlucci II foi agente de seguros da Connecticut Mutual, mudando-se com sua família para a floresta de Bear Creek, após a morte de sua primeira esposa Roxanne Bacon. O neto Frank Carlucci III foi um diplomata e político estadunidense, formado em Princenton. Começou a sua carreira política nos anos 1970, recebendo vários encargos de governo na administração republicana entre 1971 e 1989, em particular na administração de Ronaldo Reagan. Foi Secretário de Defesa dos Estados Unidos de novembro de 1987 até janeiro de 1989 e embaixador dos EUA em Portugal. Concluiu sua atividade política e, de 1992 a 2003, passou a dirigir a sociedade de investimentos Carlyle. Teve Mal de Parkinson, falecendo em 03/06/2018 em McLean, Virginia, EUA.


Frank Carlucci III


Fonte sobre os Frank Carlucci: 'Santomenna: sui sentieri della memória', de Andrea Salandra


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

Anselmo e sua família residiam na ‘Strada Piede La Costa’, em Santomenna.


O FALECIMENTO

Anselmo Crisonino ainda vivia no ano de 1826. Não foi possível encontrar o seu óbito, visto que faltam inúmeros livros de óbitos no Registro Civil de Santomenna. Ele faleceu com mais de 70 anos de idade.



FRANCESCO VITO NICOLA CRISONINO

Francesco Vito Nicola Crisonino, meu tetravô (4º avô), filho de Anselmo Crisonino e Angela Maria Forcela por volta de 1788/1789 em Santomenna, Província de Salerno.




O CASAMENTO

Casou-se  em primeiras núpcias com Maria Vittoria Napoliello (*1793/1794 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+1825/1826 Santomenna, Província de Salerno, Itália), minha tetravó (4ª avó), filha de Pasquale Napoliello e Lucrezia Calabrese, na data de 21/12/1811, em Santomenna (Stato Civile Napoleonico, Salerno, Santomenna, Atto do Matrimonio, Anno 1811, nº 14, fl. 7 verso). O casal teve pelo menos 4 filhos. 

Francesco Nicola casou-se em segundas núpcias com Lucia Maria Gaudiosi (*1779/1780 San Fele, Província de Potenza, Itália/+02/06/1860 San Fele, Província de Potenza, Itália), com 46 anos de idade, viúva, residente na época do casamento na Strada Piazzetta, em San Fele, filha de Sebastiano Gaudiosi e Angela Caputi, na data de 30/12/1826, na mesma cidade (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Matrimonio, Anno 1826, n. 68, fl. 68 e seguintes). Não há notícias de filhos deste casal. 


A PROFISSÃO

Exercia a profissão de Muratore (Pedreiro), mas também aparece como Fabbricatore (fabricante de móveis, carroças, trabalhos de carpintaria).


OS FILHOS DO 1º CASAMENTO

I-Angela Maria Crisonino (*02/11/1813 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+18/05/1852 San Fele, Província de Potenza, Itália), minha trisavó (3ª avó), Cucitrice (Costureira), casou-se com Francesco Maria Abarno (*14/08/1811 San Fele, Província de Salerno, Itália/+25/04/1900 Alegrete, RS, Brasil), meu trisavô (3º avô), Ferrario (Ferreiro), filho de Carlo Abarno e Feliciana Radice, na data de 29/09/1830, na cidade de San Fele. O casal teve 11 filhos, que serão descritos posteriormente;

II-Pasquale Raffaele Crisonino (*22/01/1816 Santomenna, Província de Salerno, Itália), sem mais notícias;

III-Anselmo Raffaele Maria Crisonino (*06/07/1823 Santomenna, Província de Salerno, Itália/+25/11/1849 San Fele, Província de Potenza, Itália), Muratore (Pedreiro), casou-se com Elisabetta Rosalia Longhino (*10/11/1812 San Fele, Província de Salerno, Itália/+01/01/1869 San Fele, Província de Salerno, Itália), Tessitrice (Tecelã) e Filatrice (Fiandeira), filha de Pietro Longhino e Maria Nigro. Faleceu aos 26 anos de idade, em sua residência na Strada Borgo s/nº. A família residiu depois na Strada Piazzetta (1867/1869), ambos os endereços em San Fele. O casal teve 2 filhos: 

III-1-Pasquale Raffaele Michele Crisonino (*29/09/1844 San Fele, Província de Potenza, Itália/+04/08/1867 San Fele, Província de Potenza, Itália), Armiere (tratava tanto da fabricação de fechaduras, cabos, tesouras, facas e conchas, quanto da limpeza e conserto de rifles e outras armas), solteiro. Faleceu aos 22 anos de idade, em sua residência, na Strada Piazzetta s/nº;

III-2-Vittoria Raffaela Crisonino (*25/10/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+16/10/1869 San Fele, Província de Potenza, Itália), Tessitrice (Tecelã), casou-se com Felice Antonio Michele Crecca (*09/05/1844 San Fele, Província de Potenza, Itália), Sarto (Alfaiate), filho de Nicola Crecca e Maria Teresa Dondiego, na data de 29/04/1868, em San Fele. Faleceu aos 21 anos de idade, em sua residência na Strada Borgo s/nº. O casal teve apenas um filho;

III-2-1-Nicola Antonio Crecca (*08/06/1869 San Fele, Província de Potenza, Itália/+09/11/1869 San Fele, Província de Potenza, Itália).

IV-Grazia Crisonino (*1825/1826 Santomenna, Provincia de Salerno, Itália/+14/03/1827 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu com 1 ano de idade, na casa paterna. A data de nascimento não foi achada, visto que os livros destes anos não existem mais. 


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

A família residia na Strada Piede La Costa, em Santomenna, até o ano de 1825 ou 1826, época da viuvez de Francesco Nicola. Ele e os filhos Angela Maria, Anselmo Raffaele Maria e Grazia mudaram-se para San Fele, na Província de Potenza, onde conheceu a viúva Lucia Maria Gaudiosi, casando-se com ela em 30/12/1826. Nesta época, residiram na Strada Nocicchio, em San Fele. Na mesma cidade, faleceu a filha mais nova, Grazia, no ano de 1827. Nos anos de 1830, até o começo dos anos 1840, Francesco, sua esposa e o filho Anselmo Raffaele foram morar em Bella, na mesma província, tendo o filho se casado em San Fele em 1843 e retornado a residir na mesma. Francesco Nicola e sua segunda esposa continuaram residindo em Bella, até a sua morte em 1848, tendo a viúva depois regressado à San Fele, e lá falecido em 02/06/1860. 


O FALECIMENTO

Francesco Vito Nicola faleceu aos 59 anos, às 24 horas do dia 17/08/1848, em Bella, em sua residência (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, Bella, Atto di Morte, Anno 1848, nº 104, fl. 52 verso).



ANGELA MARIA CRISONINO

Angela Maria Crisonino, minha trisavó (3ª avó), filha de Francesco Vito Nicola Crisonino e Maria Vittoria Napoliello, nasceu em 02/11/1813, na cidade de Santomenna, Província de Salerno, na região da Campania (Stato Civile Napoleonico, Salerno, Santomenna, Atto di Nascita, Anno 1813, nº 53, fl. 27).


O CASAMENTO

Angela Maria casou-se com Francesco Maria Abarno, meu trisavô (3º avô), Fabbro Ferraio (Ferreiro), filho de Carlo Abarno e Feliciana Radice, na data de 29/09/1830, na cidade de San Fele (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Matrimonio, Anno 1830, nº 60, fl. 60 e seguintes). O casal teve 11 filhos.


A PROFISSÃO

Angela Maria era Cucitrice (Costureira)


OS FILHOS (VER FAMÍLIA ABARNO)


I-Feliciana Lucia Abarno (*13/12/1831 San Fele, Província de Potenza, Itália/+05/01/1832 San Fele, Província de Potenza, Itália);

II-Carlo Abarno (*07/06/1833 San Fele, Província de Potenza, Itália) sem mais notícias;

III-Nicola Vito Maria Abarno (*25/01/1835 San Fele, Província de Potenza, Itália/+30/12/1835 San Fele, Província de Potenza, Itália);

IV-Feliciana Filomena Abarno (*18/02/1837 San Fele, Província de Potenza, Itália/+02/11/1882 San Fele, Província de Potenza, Itália). Faleceu solteira. Profissão: Costureira (Cucitrice). 

V-Maria Antonia Vittoria Abarno (Irmã Maria Emmannuela) (*17/01/1840 San Fele, Província de Potenza, Itália/+10/12/1886 San Fele, Província de Potenza, Itália). Era Freira (Monaca). 

VI-Nicola Maria Abarno (*19/02/1842 San Fele, Província de Potenza, Itália/+15/05/1918 Alegrete RS, Brasil), meu bisavô, casou-se em primeiras núpcias com Angela Maria De Vico (*19/07/1847 Fele, Província de Potenza, Itália/+11/03/1897 QuaraÍ RS, Brasil), filha de Nicola De Vico e Mariantonia Liccione, na data de 02/11/1865, na cidade de San Fele. O casal teve 5 filhos. Nicola teve uma união estável com Maria do Carmo Machado (*1857/1858 Alegrete RS/+21/07/1896 Alegrete RS), minha bisavó, que lhe deu 5 filhos. Após o falecimento de Maria do Carmo, Nicola casou-se com Maria Eugenia Belhomet (*02/12/1874 Alegrete RS/+12/10/1901 Alegrete RS), viúva do italiano Luiggi Lucchese, na data de 26/03/1898, na cidade de Alegrete RS. O casal teve 2 filhas. Após o falecimento de Eugenia, Nicola casou-se com Rosa Basile (*1853 Albânia/+27/09/1940 Alegrete RS), em 11/05/1903, na mesma cidade, com quem não teve filhos.

VII-Maria Teresa Lucia Abarno (*14/12/1843 San Fele, Província de Potenza, Itália/+07/08/1931 Alegrete RS, Brasil) casou-se com o Comerciante Potito Di Napoli (*25/11/1838 San Fele, Província de Potenza, Itália/+26/02/1921 Alegrete RS, Brasil), filho de Nicola Maria Di Napoli e Maria Michela Tomasulo, na data de 29/04/1862, na cidade de San Fele, Itália. Tiveram 5 filhos: Maria Michela, Nicola, Francesco, Angela Maria e Nicola II. 

VIII-Maria Michela Abarno I (*02/03/1846 San Fele, Província de Potenza, Itália/+19/02/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália);

IX-Vitor (Vito) Abarno (*05/12/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+Argentina), Alfaiate (Sarto), casou-se com Manuela Ygnacia Barbita Savia (*22/01/1861 Salto, Uruguai/+Argentina), filha de Fernando Barbita e Segunda Savia, na data de 22/11/1879, na cidade de Salto. O casal teve 14 filhos: Angela Maria, Gavina, Venecia, Feliciana, América, Manuela, Duílio Fernando, Maria Sofia, Carlos I, Romeo, Carlos II, Francisco, Carmen (Cármela) e Maria Luisa.

Vitor Abarno - 1906


X-Giuseppe Abarno (*16/11/1849 San Fele, Província de Potenza, Itália/+01/02/1915 San Fele, Província de Potenza, Itália), Ferreiro, casou-se com Angela Maria Trotta (*04/02/1860 Avigliano, Província de Potenza, Itália/+11/02/1910 San Fele, Província de Potenza, Itália), filha de Giuseppe Trotta e Caterina Barbeto, na data de 05/02/1881 em Avigliano, Potenza, Itália. O casal teve 12 filhos. Giuseppe, depois de enviuvar, uniu-se à Anna Maria Coviello (*San Fele, Província de Potenza, Itália/+após 1915 San Fele, Província de Potenza, Itália), não tendo filhos desta união. São filhos do primeiro casamento: Francesco, Angela Maria I, Pasquale I, Pasquale II, Angela Maria II, Giuseppe I, Caterina, Giuseppe II, Pasquale III, Maria Stella I, Maria Stella II e Giuseppina.

XI- Maria Michela Abarno II (*27/01/1852 San Fele, Província de Potenza, Itália), sem notícias.


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

Residia na Via Verdesca, s/nº.


O FALECIMENTO

Angela Maria Crisonino faleceu aos 38 anos, às 18 horas do dia 18/05/1852, em sua residência, em San Fele (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Morte, Anno 1852, nº 102, fl. 51 verso).



NICOLA MARIA ABARNO
                                                 
Nicola Maria Abarno ou Nicola Abarno, meu bisavô, nasceu em 19/02/1842 na cidade de San Fele. Foi batizado em 20/02/1842 na Igreja Católica de San Fele. Era filho de Francesco Abarno e de Angela Maria Crisonino (Stato Civile della Restaurazione, Potenza, San Fele, Atto di Nascita, Anno 1842, nº 61, fl. 61 e verso). Nicola teve 12 filhos decorrentes de três uniões, sendo que, com a quarta esposa, não teve filhos.


OS CASAMENTOS E FILHOS 

Nicola Abarno casou-se aos 23 anos em primeiras núpcias com Angela Maria De Vico (*19/07/1847 San Fele, Província de Potenza, Itália/+11/03/1897 Quarai RS), com 18 anos, filha de Nicola De Vico e Mariantonia Liccione, na data de 02/11/1865, na cidade de San Fele. O casal teve 5 filhos: Angela Maria I, Mariantonia, Maria Antonia, Angela Maria II e Francescantonio. 

Nicola teve como companheira Maria do Carmo Machado (*1857/1858 Alegrete RS/+21/07/1896 Alegrete RS), minha bisavó, não tendo se casado e nem vivido com ela. O casal teve 5 filhos: Conrado, Manoel Victor, Alfonsina, minha avó, casada com Rocco Di Giuseppe, meu avô, Mathilde e Euclydes. 


Alfonsina Abarno – 1951 


Nicola casou-se, aos 56 anos, com Maria Eugenia Belhomet (*02/12/1874 Alegrete RS/+12/10/1901 Alegrete RS), viúva do italiano Luis (Luiggi) Lucchese, com 22 anos de idade, filha de Augustin Nicolas Belhomet e Francisca Lucrecia de Carvalho, na data de 26/03/1898, O casal teve 2 filhas: Carmen e Lizena.

Após o falecimento de Eugenia Belhomet, Nicola casou-se com Rosa Basile (*1853 Albânia/+27/09/1940 Alegrete RS), solteira, filha de Nicola Basile e de Maria Teresa Traversi, na data de 11/05/1903, na cidade de Alegrete RS. O casal não teve filhos. Obs.: segundo relato de minha mãe, Philomena Abarno Di Giuseppe, Rosa teria nascido na Albânia e não na Itália. Foram encontrados os registros de todos os seus irmãos em Barile, Potenza, mas o seu não foi encontrado, o que reforça a veracidade do fato. 


O LOCAL DE RESIDÊNCIA DE NICOLA ABARNO

O último endereço de Nicola foi à Rua Mal. Floriano Peixoto, nº 21 (antigo número), esquina com a Rua Bento Manoel, em Alegrete RS. Na atualidade, estas ruas não se cruzam mais, pois parte da Rua Mal. Floriano deu lugar à Rua Daltro Filho. A casa de esquina ainda existe, sendo que é hoje em dia uma casa comercial.


A PROFISSÃO

Consta no registro de casamento de Nicola Abarno que este exercia a profissão de Comerciante. Pelos registros de nascimento de seus primeiros filhos, até o ano de 1874, ele exerceu a profissão de Ferreiro (Fabbro Ferraio). No ano de 1877, aparece como Proprietário no registro do filho Francescantonio Abarno. Até o final de sua vida, foi Comerciante.


O FALECIMENTO DE NICOLA ABARNO

Nicola faleceu às 14 horas do dia 15/05/1918, aos 76 anos de idade, por câncer de próstata, sendo o óbito atestado pelo Dr. Pietro Pitella (este médico italiano não deixou descendentes) e foi sepultado no Cemitério Municipal de Alegrete (CRCPN Alegrete, Livro C-9, fls. 33 verso A34, nº 141). No mesmo túmulo, foram sepultados: a esposa Rosa, a filha Lizena, o neto Francisco Abarno Giuseppe, a esposa deste Carmen Juliani, o genro Rocco Di Giuseppe e a bisneta Alfonsina Juliani Giuseppe.


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