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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Família Abarno 8ª Parte - Ancestrais e Descendentes - Vitor Abarno


Vitor Abarno - Salto, Uruguai - 1906


Vito (Victor ou Vitor) Abarno, o sexto filho de Francesco Abarno e Angela Maria Crisonino, nasceu em 05/12/1847 em San Fele, Província de Potenza, Itália. Ele era irmão de nosso ancestral Nicola Abarno e de Maria Teresa Abarno Di Napoli, radicados no Rio Grande do Sul.


A VIAGEM PARA A AMÉRICA


Segundo o livro Gli Italiani Residenti in Salto – Republica Oriental Del Uruguay – All’Esposizione di Milano 1906, Vitor Abarno chegou à região do Rio da Prata no ano de 1874, fixando residência inicialmente na cidade de Salto, Uruguai, onde trabalhou incansavelmente, antes de consolidar a profissão de alfaiate (sastre na língua espanhola). Posteriormente, passou a residir na cidade gaúcha de Quaraí, no Rio Grande do Sul.




O CASAMENTO


Foi na cidade de Salto que ele conheceu a sua futura esposa Manuela Ygnacia Barbita Savia (*22/01/1861 Salto, Uruguai), filha dos italianos Fernando Barbita (*Itália/+1874 Buenos Aires, Argentina) e Segunda Savia (*1827/1828 Itália/+23/02/1886 Salto, Uruguai), com quem teve 14 filhos.  Manuela foi batizada em 25/01/1862, na Igreja de Nuestra Senõra Del Carmen na cidade de Salto, Uruguai. Os padrinhos foram Antonio Friay e Manuela Sotelo. Seus avós paternos eram Santiago Barbita e Magdalena Carluccio e os avós maternos Lorenzo e Lucia Savia. Manuela teve uma irmã chamada Magdalena Maria Barbita Savia (*01/03/1863 Buenos Aires Argentina), que se casou com Antonio Nicodeno (*01/03/1859 Lauria, Potenza, Basilicata, Itália), filho de Santo Nicodeno e Maria Teresa Nocera, na data de 03/12/1892, na cidade de Salto.


O casamento civil e o religioso de Vitor e Manuela foram realizados na data de 22/11/1879, sendo que a cerimônia religiosa foi realizada na Igreja de Nuestra Senõra Del Carmen na cidade de Salto (Livro nº 3, fl. 460), tendo como testemunhas Vicente Pierri e Catalina Paschetti. A cerimônia foi realizada pelo Presbítero Don Juan Bautista Aguinaga, com licença do Cura Vigário da Iglesia de Nuestra Senõra del Carmen del Salto Oriental. Depois do casamento, os noivos foram residir na cidade brasileira de Quarai no Rio Grande do Sul, onde nasceu a primeira filha, Angela Maria Abarno em 04/09/1880.


A Igreja de Nuestra Señora Del Carmen - Salto, Uruguai


No ano de 1881, Vitor viajou para a Itália, para reencontrar a sua família em San Fele, deixando a esposa Manuela, que estava grávida de sua segunda filha que veio a se chamar Gavina, assim como a pequena filha Angela Maria aos cuidados da sogra, a viúva Segunda Savia, que residia na Calle Cuareim, nº 62, na cidade de Salto. No retorno, Vitor veio acompanhado de seu pai Francesco e de seu irmão Nicola, conforme relatório de saída existente na cidade de San Fele, desembarcando, ao final, no porto argentino de Buenos Aires. 


Depois de chegarem à América, Vitor, o pai Francesco e o irmão Nicola seguiram para a cidade de Salto, Uruguai, onde Manuela Barbita Savia e a filha Angela Maria os esperavam. Porém, Vitor ainda possuía domicílio e negócios na cidade de Quarai, tendo voltado para lá, acompanhado do pai Francesco e do irmão Nicola. Na certidão de nascimento da filha Gavina Abarno, cujo registro foi feito pela sogra no Cartório de Salto, na data de 24/02/1882, esta declara que o pai Vitor Abarno e o avô Francesco residiam na cidade de Quarai. 


Em Quarai, o irmão Nicola exerceu a profissão de comerciante ambulante até meados de 1882, quando decidiu fixar domicílio na cidade de Alegrete RS, lá estabelecendo a sua casa comercial. O pai Francesco partiu para a Itália neste mesmo ano, durante o qual ocorreram o nascimento de mais um neto, filho de Giuseppe Abarno, e o falecimento da filha Feliciana Filomena Abarno, aos 45 anos. Conforme o livro Gli Italiani Residenti in Salto, citado anteriormente, Vitor teria vindo morar em Salto neste mesmo ano, o que indicaria ter este já adquirido o seu imóvel e a sua alfaiataria.


Seguiram-se os nascimentos das filhas Venecia, Feliciana e América, as duas últimas nascidas em Quaraí, onde Vitor conservou a sua antiga residência. No início de 1886, ocorreu o falecimento da sogra, a viúva Segunda Savia. Na cidade de San Fele, ao final do ano, houve o falecimento da irmã Mariantonia Vittoria Abarno, que tinha o nome de Maria Emmanuela, como irmã religiosa. 


Francisco Abarno somente retornou à América no início de 1887, para trazer a nora Angela Maria de Vico e os netos Maria Antonia e Francesco Antonio, filhos de Nicola Abarno, que os havia deixado para trás em 1881. A família embarcou no navio Umberto I, com destino à cidade de Buenos Aires na Argentina, chegando ao porto desta cidade na data de 01/05/1887. Depois da chegada, foram residir na cidade de Salto, na casa de Vitor Abarno. Neste mesmo ano, nascia e falecia aos 6 meses de idade a filha de Vitor, de nome Manuela.


Naquela época, a sobrinha de Vitor, Maria Antonia Abarno, conheceu Leone de Benedetto, um comerciante amigo de seu tio, que residia em Quarai, cidade onde ambos tinham negócios. O casamento foi realizado na residência de Vitor na data de 03/10/1888. A mãe de Maria Antonia, conforme o registro de seu casamento, residia em Alegrete, possivelmente com o seu irmão menor, Francesco Antonio. Conforme o registro mencionado, além de um relato encontrado de Leone De Benedetto, a noiva Maria Antonia residia na casa de seu tio Vitor, na Calle Guaviyú, na cidade de Salto. Francesco Abarno é referido como sendo o pai adotivo de Maria Antonia, que deu o seu consentimento para o casamento da neta, que tinha apenas 16 anos de idade. A esposa de Vitor, Manuela Barbita Savia, estava grávida de Duílio Fernando Abarno, que veio a nascer em 26/11/1888.


Francesco Abarno retornou posteriormente à Itália, em data desconhecida, posto que lá vivia a sua segunda esposa, Vita Maria Vincenza Tauriello e a família de seu filho Giuseppe. Os registros demonstram que já estava residindo em San Fele no ano de 1893. Ao final do ano de 1894, falece a referida esposa. Francesco voltaria para a América somente em 06/07/1898, com 80 anos, como passageiro do navio Perseo, que atracou no porto de Buenos Aires. A nora Angela Maria de Vico, ex-esposa do filho Nicola, já havia falecido no ano de 1897, sendo sepultada em Quarai. Francesco faleceu na data de 25/04/1900, na cidade de Alegrete RS, na casa do filho Nicola.


O casal Vitor e Manuela tiveram ainda mais 7 filhos.


OS FILHOS


I-Angela Maria Abarno (*04/09/1880 Quarai RS/+Uruguai) foi batizada em 20/02/1881, na Igreja de São João Batista de Quarai (Cúria de Uruguaiana, Livro de Batismos, Quarai, nº 5, fl. 43 v). Recebeu este nome em homenagem à sua avó paterna, Angela Maria Crisonino.



A Igreja de São João Batista - Quarai, Rio Grande do Sul, Brasil


Angela Maria casou-se com Cirilo Pedro Quiñones (*09/07/1874 Salto, Uruguai/+Uruguai), fazendeiro, filho de Valentin Quiñones (*Uruguai/+1883, Salto, Uruguai) e Juana Quiroga (*Uruguai/+1907 Salto, Uruguai), na data de 24/04/1910, em Salto Uruguai. Cirilo residia na Calle Arapey nº 157. Testemunhas de casamento: José Lombardo e Luis Dondo (Registro Civil, Seção 1, Ata de Casamentos Ano 1910, Reg. nº 7, Salto Uruguai). O casamento religioso foi realizado na Igreja de Nuestra Señora del Carmen, na mesma data (Livro de Matrimônios nº 4, fl. 531). A família foi residir em Montevidéu, Uruguai, na Calle Maldonado, nº 1.714.




Casa que pertenceu à Angela Maria Abarno e família, na Calle Maldonado, nº 1.714, Montevidéu, Uruguai – Imagem: Google Street View

O casal teve pelo menos os seguintes filhos: 

I-1-Maria Socorro Quiñones Abarno (*15/08/1914 Montevidéu, Uruguai/+Uruguai) foi batizada na Paroquia de San Francisco de Asís, Ciudad Vieja, Montevidéu, em 03/10/1914. Foram padrinhos os avós maternos, Vítor e Manuela Abarno; 

I-2-Victor Alfonso Marcos Quiñones Abarno (*07/10/1916 Montevidéu, Uruguai/+Uruguai) foi batizado na Paroquia de San Francisco de Asís, Montevidéu, em 22/11/1916. Foram padrinhos: Ignacio e María Quiñones. Em seu registro civil, constou que o avô Vitor era ‘hacendado italiano’, ou fazendeiro italiano.



II-Gavina Abarno (*19/02/1882 Salto, Uruguai) foi registrada pela avó materna, na data de 24/02/1882. Esta declarou que o pai Vitor Abarno estava residindo e trabalhando na cidade de Quarai RS. Declarou também que o avô paterno, Francesco Abarno, residia na citada cidade (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1882, Reg. nº 67, Salto, Uruguai). 


III-Venecia Abarno (*18/09/1882 Salto, Uruguai - Registro Civil, Seção 1, Ata Casamentos Ano 1898, Reg. nº 3, Salto, Uruguai /+16/12/1921 Cerro Picazo, Salto, Uruguai - Livro de Registro Civil, Óbitos, Uruguai, Salto, Ano 1921, Seção 6ª (Mata Ojo Grande), fl. 31, Ata nº 61) casou-se com Esteban Federico Siciliano (*07/06/1876 Montpellier, Hérault, França/+1925 Salto, Uruguai), comerciante, filho de Salvatore Siciliano (*Itália/+1886 Salto, Uruguai) e Ana Layne (*Itália/+1871 Itália), na data de 23/02/1898 em Salto, Uruguai. Esteban residia no 4º distrito do Departamento de Salto. Testemunhas de casamento: Carlos Ziegler e Francesco Del Priore (Registro Civil, Seção 1, Ata de Casamentos Ano 1898, Reg. nº 3, Salto Uruguai). O casamento religioso foi realizado na Igreja de Nuestra Señora del Carmen (Livro de Matrimônios nº 4, fl. 279). O casal residiu na Calle Uruguay, Salto (1901) e, após, na Calle Larrañaga, nº 77, na cidade de Salto. 




Casa que pertenceu à Venecia Abarno e família na Calle Larrañaga, nº 77 (com a placa de vende-se), Salto, Uruguai – Imagem: Google Maps

O casal teve os filhos:

III-1-Federico Salvador Siciliano (*07/05/1899 Valentin Grande, Salto, Uruguai/+Uruguai), Comerciante, casou-se com Blanca Cipriana Esteves Suanes (*16/09/1902 San Gregorio de Polanco, Tacuarembó, Uruguai/+Uruguai), filha de Nicásio Isabelino Esteves e Gregoria Suanes, na data de 15/07/1931, em Tacuarembó, Uruguai. Tiveram pelo menos um filho: Walter C. Siciliano (*1932 Uruguai/+21/11/2010 Uruguai);

III-2-Julio Siciliano Abarno (*03/06/1900 Valentin Grande, Salto, Uruguai/+Uruguai), Comerciante, casado em 1926, residia na Calle Yaguarí (?) ou Yaguarón, nº 2.291 em Montevidéu. Viajou algumas vezes a negócios ao Rio de Janeiro e a São Paulo;


Julio Siciliano Abarno

III-3-Ana Maria Siciliano Abarno (*09/09/1901 Valentin Grande, Salto, Uruguai/+Uruguai);

III-4-Eduardo Pedro Siciliano Abarno (*29/06/1903 Valentin Grande, Salto, Uruguai/+Uruguai);

III-5-Mercedes Siciliano Abarno (*14/09/1904 Salto, Uruguai/+14/09/1904 Salto, Uruguai);

III-6-Atílio Victor Siciliano Abarno (*18/03/1910 Salto, Uruguai/+Uruguai) casou-se com Eva Isabel Gomez Bruni (*1919 Uruguai/+Uruguai), filha de Feliciana Gomez e Isabel Bruni, na data de 26/08/1949, em Montevidéu, Uruguai.  



IV-Feliciana Abarno (*10/12/1884 Quarai RS) recebeu este nome em homenagem à sua bisavó paterna, Feliciana Radici. Foi batizada em 27/02/1885, na Igreja de São João Batista de Quarai RS (Cúria Uruguaiana, Livro Batismos Quarai, nº 5, fl. 80 v). A confirmação de seu nascimento em Quarai foi feita através de seu registro de casamento no Uruguai.

Feliciana casou-se com Mario Amaro da Silva (*18/11/1876 Canguçu RS), na data de 03/09/1904 em Salto, Uruguai, fazendeiro, filho de Bernardino Amaro da Silva (*07/04/1852 Herval RS/+11/02/1939 Salto, Uruguai) e Francisca Amália Piegas Furtado (*1863 RS/+1927 Salto, Uruguai). Testemunhas: Olívio Pereira e Ambrosio Laronda (Registro Civil, Seção 2, Ata de Casamentos Ano 1904, Reg. nº 20, Salto Uruguai). Mario residia com seus pais na Calle 25 de agosto, nº 37, na cidade de Salto. A sua família vinha de longa tradição na cidade de Herval, a qual era possuidora de grandes fazendas. O bisavô de Mario, Jerônimo Amaro da Silveira, participou da Guerra dos Farrapos, tendo sido morto no combate do Seival no ano de 1836. Depois de casados, o casal foi residir na Calle Uruguay, nº 181, nesta cidade. Tiveram pelo menos os filhos: 


IV-1-Osvaldo Victor Amaro Abarno (*15/06/1905 Salto, Uruguai) foi batizado em 22/09/1906 na Paroquia de Nuestra Señora del Carmen de  Salto, sendo padrinhos os avós Vitor e Manuela;


IV-2-Maria Ofelia Amaro da Silva Abarno (*20/04/1907 Salto, Uruguai) casou-se com Waldomiro Silveira (*14/11/1896 RS), brasileiro e Engenheiro, filho de Luiz Diamantino Silveira e Prudência Ferreira, na data de 10/07/1926, em São Gabriel RS. Possivelmente tenham falecido em Montevidéu, Uruguai.





V-América Abarno (*27/09/1885 Quaraí RS/+Montevidéu, Uruguai) casou-se com Luis Felipe Dondo Iríbar, na data de 27/06/1909 em Salto, Uruguai, comerciante, filho de Bartolomeo Dondo (*1845/1846 Pietra Ligure, Liguria, Itália/+22/12/1906 Salto, Uruguai) e Maria Juana Iríbar (*21/02/1858 Salto, Uruguai).  Testemunhas: José Dondo e Mario Amaro da Silveira (Registro Civil, Seção 1, Ata de Casamentos Ano 1909, Reg. nº 18, Salto Uruguai). Luis residia na Calle Uruguay, nº 135. O casamento religioso foi realizado em 15/06/1909, na Igreja de Nuestra Señora del Carmen (Livro de Matrimônios nº 4, fl. 512). O casal era residente na Calle Arapey, nº 224. América residia em Montevidéu e costumava visitar seus parentes, descendentes de Duílio Abarno, na cidade de Santa Fé, Argentina. O casal teve pelo menos um filho:


V-1-Luis María Dondo Abarno (*19/04/1910 Salto, Uruguai), casou-se com Luisa Delma Bertolotti (*1917 Montevidéu, Uruguai), filha de Luis Bertolotti e Teresa Ponticorbo (?), na data de 17/02/1945, em Montevidéu. Tiveram pelo menos uma filha, María Rosa Dondo, casada com um periodista da América Central.


América Abarno




A residência de Bartolomeo Dondo (à porta), sogro de América Abarno - Salto, Uruguai


Café de Bartolomeo Dondo e de seus filhos, que continuaram no negócio - Salto, Uruguai



VI-Manuela Abarno (*12/05/1887 Salto, Uruguai/+25/11/1887 Salto, Uruguai) foi registrada pelo pai Vitor na data de 16/05/1887 no cartório desta cidade. Na época do nascimento de Manuela, Vitor residia com a família na Calle Cuareim, nº 62, em Salto, Uruguai, que era a casa dos sogros já falecidos (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1887, Reg. nº 166, Salto Uruguai). Faleceu em consequência de gastroenterite (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1887, Reg. nº 425, Salto Uruguai);


VII-Duílio Fernando Abarno (*31/03/1888 Salto, Uruguai/+16/02/1971 Santa Fé, Argentina). Seu registro de nascimento não foi encontrado até o momento, e as informações que temos vêm de seus descendentes e do seu registro de óbito. No ano de seu nascimento, pelo mês de novembro, houve uma grande enchente, que atingiu a cidade de Salto. O Rio Uruguai subiu 14 metros. Neste mesmo ano, o pai Vitor Abarno fez uma viagem de negócios, partindo do porto de Salto até o porto de Montevidéu (Uruguay, Passenger Lists, 1888-1980 – Familysearch.org). Duílio substituiu o pai na Alfaiataria, quando este se aposentou. Foi estudar em Montevidéu, Uruguai, Ciências Contábeis e Leis. Depois, trabalhou na função de Contador ou Gerente da Empresa Shell, que propôs a sua transferência para a cidade de Concordia, Argentina, onde nasceu seu filho José Manuel Abarno. Casou-se em primeiras núpcias com Carolina Grantille(*17/06/1899 Villa Federal, Entre Ríos, Argentina/+1926 Argentina), filha do italiano  Vicente Grantile e da argentina Martina Alló, tendo os filhos:



Duílio Fernando Abarno

Carolina Grantille de Abarno


VII-1-José Manuel Abarno (*08/08/1918 Concordia, Província de Entre Rios, Argentina/+03/10/2002 Santa Fé, Argentina), Locutor Nacional, casou-se em primeiras núpcias com Isabel Sara Cocco (*Província de Entre Rios, Argentina/+17/07/1999 Santa Fé, Argentina), em 04/02/1945, tendo as filhas Sara Isabel Abarno e Viviana Sara Isabel Abarno, psicóloga, casada com José Luis Badía, psicólogo, pais de Alejandro José Abarno Badía. José Manuel casou-se em segundas núpcias com Francisca Juana Cosimi, por volta de 2002;  


José Manuel Abarno

Isabel Sara Cocco de Abarno


Viviana Abarno

José Luis Badía

Alejandro José Badía Abarno


VII-2-Fernando Abarno casou-se com Dora Ramonda, tendo os filhos Susana Abarno e Roberto Abarno


Fernando Abarno

Dora Ramonda de Abarno


Susana Abarno

Roberto Abarno


Ficando viúvo, Duílio Fernando Abarno casou-se em segundas núpcias com Nieve Gallimó, tendo o casal duas filhas: Argentina Abarno e Juana Abarno.


Duílio Fernando Abarno

Nieve Gallimó de Abarno 


VII-3-Argentina Abarno (Tita), falecida, casou-se com Mario Giromini Droz, residentes em Santa Fé, Argentina. Tiveram a filha Fabricia Giromini Abarno;


Argentina Abarno

VII-4-Juana Abarno (Puchi), casou-se em 1960, com Manuel Waisman Olmedo, residentes em Santa Fé, Argentina. Tiveram o filho Federico Waisman Abarno.


Juana Abarno


VIII-Maria Sofia Abarno (*14/04/1889 Salto, Uruguai/+29/01/1890 Salto, Uruguai) foi registrada no dia 16/04/1889, pelo pai Vitor na cidade de Salto. Na época de seu nascimento, a família residia na Calle Guaviyú, em Salto, conforme consta no seu registro de nascimento (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1889, Reg. nº 143). Faleceu em consequência de bronquite capilar (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1890, Reg. nº 32, Salto Uruguai);



IX-Carlos Abarno I (*30/05/1890 Salto, Uruguai/+06/06/1890 Salto, Uruguai) foi registrado por Vitor Abarno no dia de seu óbito na cidade de Salto (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1890, Reg. nº 181, Salto Uruguai). Faleceu por cianose cardíaca (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1890, Reg. nº 197, Salto Uruguai). Nesta época a família ainda residia na Calle Guaviyú;



X-Romeo Abarno (*02/06/1891 Salto, Uruguai/+14/06/1891 Salto, Uruguai) foi registrado pelo pai Vitor em 06/06/1891 na cidade de Salto (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1891, Reg. nº 239). Faleceu em consequência de gastroenterite (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1891, Reg. nº 140, Salto Uruguai). Nesta época a família continuava residindo na Calle Guaviyú;



XI-Carlos Abarno II (*17/03/1893 Salto, Uruguai/+19/04/1893 Salto, Uruguai) foi registrado pelo pai na data de 23/03/1893, com o mesmo nome do filho falecido anteriormente (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1893, Tomo 1º, Reg. nº 64). Faleceu em consequência de atrepsia (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1893, Reg. nº 93, Salto Uruguai). A família residia na Calle Dayman, s/nº;



XII-Francisco Abarno (*22/05/1894 Salto, Uruguai) foi registrado pelo pai Vitor na data de 28/05/1894 (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1894, Tomo 1º, Reg. nº 80). Na época de seu nascimento a família residia na Calle Cuareim, nº 91 (provável nova numeração da casa que era dos sogros) em Salto. Casou-se com Cosme Rosa Florinda Cremanti (*27/09/1897 Montevidéu, Uruguai), em 19/03/1921, em Montevidéu, Uruguai (Livro de Registro Civil, Casamentos, Uruguai, Montevidéu, Ano 1921, Seção 1ª, fl. 13 verso, Ata nº 26), filha de Vicente Cremanti e Florinda Raffo. Residiram na Calle 18 Julio, nº 871 (1921) e na Calle Eduardo Acevedo, nº 1.143, em Montevidéu, Uruguai (1925). Tiveram pelo menos uma filha:






XII-1-Nelly María Abarno Cremanti (*20/05/1925 Montevidéu, Uruguai/+08/08/2011 Montevidéu, Uruguai), Procuradora, casou-se com Roberto Marino (Marín), na data de 03/09/1960, em Montevidéu, tendo pelo menos um filho, chamado Roberto Marino, casado com Andrea Salvatore. Residia na Rua Gral. Fraga, nº 2.175 em Montevidéu, Uruguai. Viajou ao Brasil nas décadas de 1950 e 1960.



Nelly Maria Abarno Cremanti




XIII-Carmen Abarno (*16/07/1895 Salto, Uruguai/+17/01/1896 Salto, Uruguai) foi registrada por Vitor Abarno (Registro Civil, Seção 1, Ata de Nascimentos Ano 1895, Tomo 1º, Reg. nº 116). Faleceu em consequência de atrepsia (Registro Civil, Seção 1, Ata de Óbitos Ano 1896, Reg. nº 17, Salto Uruguai). No registro, o endereço que consta é a Calle Dayman, s/nº. O nome fornecido pelos declarantes do óbito era ‘Cármela’;



XIV-Maria Luisa Abarno (*19/08/1896 Salto, Uruguai/+30/08/1896 Salto, Uruguai) foi registrada por Vitor Abarno no dia 22/08/1896 na cidade de Salto (Registro Civil, Seção 2, Ata de Nascimentos Ano 1896, Reg. nº 218). Nesta época, a família Abarno residia na Calle Uruguay, nº 222, a rua principal de Salto. Este endereço situa-se nas proximidades do porto, que recebe embarcações do Rio da Prata. O registro de nascimento informa que o avô Francesco Abarno estava residindo na Itália. Francesco voltaria para a América somente em 06/07/1898, com 80 anos. O avô veio a falecer na cidade de Alegrete RS, em 25/04/1900. Maria Luisa faleceu em função de sua prematuridade (Registro Civil, Seção 2, Ata de Óbitos, Ano 1896, Reg. nº 151, Salto Uruguai). 



Vitor Abarno residiu na Calle Uruguay, nº 217, na época do casamento da filha Venecia Abarno em 23/02/1898. Após, residiu no nº 199 desta rua na época do casamento da filha Feliciana Abarno em 03/09/1904. Alguns anos mais tarde, a família Abarno residia no nº 181 desta importante rua da cidade de Salto, conforme consta do registro de casamento da filha América Abarno no dia 27/06/1909, permanecendo neste endereço até pelo menos a época do casamento da filha Angela Maria Abarno em 24/04/1910. Obs.: os números são antigos e provavelmente foram alterados com o tempo; desta forma, os números podem se referir à mesma propriedade ou a outra(s) residência(s).



A Calle Uruguay na cidade de Salto


Retornando aos primeiros tempos de Vitor Abarno no novo continente, depois de uma longa e a agitada jornada nos primeiros anos na América, “perché non sempre la sorte sorride a chi ha voglia di lavorare”, com a sua tenacidade e vontade de vencer, tornou-se proprietário de uma reconhecida alfaiataria chamada Gran Sastrería Central, cujo endereço era Calle Uruguay nº 197 e nº 199 (onde residia). Como na maioria das declarações de óbitos dos filhos de Vitor foram declarantes o alfaiate (sastre) Miguel Abondet (+22/09/1908) e o empregado Eduardo Guasch, presume-se que estes trabalhavam com Vitor na alfaiataria.


Anúncio (embaixo, à esquerda) da Gran Sastrería Central - Revista del Salto 04/02/1900



O livro Gli Italiani Residenti in Salto refere que as suas filhas, dotadas de bom gosto e elegância, possuíam o seu próprio negócio no ramo da moda, num local próximo à alfaiataria. Informa, ainda, que o filho mais velho, Duílio, seria o sucessor de Vitor, que contava com 18 anos, naquele longínquo ano de 1906, e que se tornaria responsável pelo bom andamento da Casa, que tanto sacrifício havia custado ao pai. 



Casa de Tecidos - Início do Século XX


Alfaiataria (Sastreria) em Salto, no começo do Século XX


As últimas informações obtidas revelaram que Vitor Abarno tornou-se um hacendado (fazendeiro ou latifundiário), conforme o registro de nascimento do neto Victor Alfonso Marcos Quiñones Abarno (1916), tendo residido na cidade de Concordia na Argentina, até pelo menos 1925, conforme consta no registro de nascimento da neta Nelly Maria Abarno Cremanti, em Montevidéu, Uruguai. A partir deste ano, não foi encontrada nenhuma pista sobre o destino do casal Abarno. Nos registros de sepultados constantes nos livros de cemitério de Concordia, tanto no chamado Cemitério Novo, quando no Cemitério Velho (este com falhas nos registros), eles não foram encontrados, mas possivelmente tenham falecido na Argentina. 


Calle Entre Ríos, Concordia, Argentina - 1905




Ver a continuação: Família Abarno 9ª Parte - Genealogia


sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Família Göller - Casas Antigas - Ramo José Göller


RAMO JOSÉ GÖLLER - FILHO DO IMIGRANTE JOHANN GÖLLER


Casa que pertenceu a José Göller, provavelmente até os anos 1930, localizada em Pareci Novo RS. Foto: Acervo de Ricardo Wagner


Casa que pertenceu a Jacob Göller Sobrinho, filho de José Göller, sendo vendida nos anos 1970, após o falecimento da viúva Idalina Schmitz Göller - Anos 1940, Pareci Novo RS. Foto: Acervo Pessoal


A casa de Jacob Göller Sobrinho, que era dividida em três partes, teria pertencido à família da esposa Idalina Schmitz, pois há uma foto dos membros da família Schmitz posando em frente à mesma e que nos parece ser idêntica.



Casa da família de Arlindo Wagner, esposo de Gerda Göller, neta de José Göller, na cidade de Venâncio Aires RS. Foto: Acervo de Ricardo Wagner


Casa onde residiu Lotta Göller, bisneta do imigrante Johann Göller e neta de José Göller, na Rua Américo Vespúcio, nº 215, que atualmente abriga uma casa comercial. A casa sofreu algumas modificações, conforme vemos abaixo, mas nota-se que o revestimento original foi conservado. Na foto (da esquerda para a direita) os tios de Lotta: Augusta, Ernesto Alfonso, Rosalina e Hilda Regina – Porto Alegre RS, 06/02/1960. Foto: Acervo de Linea Schuller Mosmann


Casa na Rua Américo Vespúcio - Porto Alegre RS - Imagem: Google Maps


Casa da Rua Américo Vespúcio - Porto Alegre RS - Imagem: Google Maps

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Família Mossmann - 190 Anos da Imigração - 1828 - 2018


5º Encontro da Família Mossmann – 13/10/2018 – Foto: Patrícia Pohren Lohmann

No ano de 2018, comemoramos os 190 Anos da chegada da Família Mossmann ao Brasil. A jornada desta família começou no mês de janeiro de 1828, quando Johann Jacob Mossmann, a esposa Maria Gertrudes Neumann e os filhos Anna Catharina, Anna Margaretha, Johann Mathias, Jacob Filho, Rosina e Anna Elisabetha, deixaram a cidade de Fronhofen onde residiam, para empreenderem uma longa e difícil travessia, objetivando obter uma nova vida no Brasil. A Família Mossmann e outros emigrantes haviam contratado um navio holandês, o Actif, que zarpou de Amsterdã no mês de abril daquele ano. A viagem teve os seus percalços, pois o navio apresentou problemas, além de haver um sério desentendimento com o seu capitão, de maneira que a viagem, que deveria levar três meses, teve o seu término declarado de maneira inusitada em agosto de 1828. 

O navio deveria seguir até o Rio de Janeiro, possivelmente finalizando a viagem no Rio Grande do Sul, mas o capitão, devido ao desentendimento citado, baniu do navio e deixou à própria sorte um grupo formado por quatro famílias, dentre as quais a dos Mossmann, na ilha de São Gonçalo, na região nordeste do país. Os passageiros restantes foram deixados no Recife, tendo o capitão em seguida desaparecido. Contando com a ajuda de locais e escravos fugidos, as famílias segregadas, depois de enfrentarem a fome, o calor e as intempéries, chegaram ao Recife após oito dias de viagem.

As famílias vindas no Actif vieram a fazer parte da Colônia de Santa Amélia, criada pelo governo de Pernambuco em 01/12/1829, situada a 46 km de Recife, num lugar denominado Catucá ou Cova da Onça. A Família Mossmann, depois de juntar economias durante os poucos anos de permanência em Pernambuco, migrou para o RS, chegando a este Estado em 1833. No ano de 1834, o nosso genearca Johann Jacob Mossmann  aparece no Kirchenbuch de Bom Jardim (Ivoti), como integrante da Comunidade Católica, onde era residente e proprietário de lotes, tendo falecido nesta cidade, assim como a sua esposa Maria Gertrudes Neumann. 

O casal Mossmann teve 10 filhos, mas deixou 7 descendentes, que vieram a formar os 7 grandes ramos da família: Anna Catharina Mossmann, Johann Mathias Mossmann, Jacob Mossmann Filho, Rosina Mossmann, Gertrudes Mossmann, Maria Josepha Mossmann e Carolina Mossmann.


Ramos da Família Mossmann: 1-Família do trineto de Carolina Mossmann e Pedro Ely Filho: Inácio Laerte Schuster, residente em Harmonia RS


2-Família da bisneta de Anna Catharina Mossmann e Joseph Welter: Idalina Schmitz Göller, minha avó, que residia em Pareci Novo RS; 3-Família do bisneto de Johann Mathias Mossmann e Clara Diehl: Luiz Mossmann, que residia em Parobé RS; 4-Família do neto de Jacob Mossmann Filho e Margaretha Schneider: João Balduíno Mossmann, que residia em Salvador do Sul RS; 5-Família do neto de Rosina Mossmann e Mathias Lauermann: Jacob Führ, que residia em Ivoti RS; 6-Família da neta de Gertrudes Mossmann e Carlos Senger: Rosina Schneider, que residia em Ivoti RS; 7-Família do neto de Maria Josepha Mossmann e Felippe Renner: o famoso empresário Anton Jacob Renner ou A. J. Renner (sentado, 3º da esq. p/dir.), com seus irmãos, o qual residia em Porto Alegre RS


AS COMEMORAÇÕES DENTRO DO 5º ENCONTRO DA FAMÍLIA MOSSMANN

 A comemoração do 5º Encontro foi realizada no dia 13/10/2018, na Sociedade Esportiva do Município de Maratá RS, o qual foi promovido pelos descendentes do casal João Balduíno Mossmann e Margarida Christiana Schuh, na cidade onde nasceu a filha Aninha Mossmann Büttenbender (in memoriam). João Balduíno Mossmann era filho de Jacob Mossmann Neto e Carolina Lenhard, sendo neto do imigrante Jacob Mossmann Filho e Margaretha Schneider. Fizeram parte da Comissão de Organização Vera Buttenbender Schneider, Valdir Buttenbender e Clara Buttenbender Kerber.


A Sociedade Esportiva de Maratá RS

A programação teve início no salão da Sociedade Esportiva Maratá às 8 horas, com a recepção e identificação dos convidados. Neste momento, os familiares tiveram a oportunidade e apreciar o painel da Família Mossmann, com fotos antigas de alguns de seus membros.










Às 10 horas, os convidados seguiram para a celebração religiosa na Igreja de São Miguel de Maratá


A Igreja de São Miguel


A organizadora do evento, Vera Büttenbender Schneider, saudou aos presentes, abrindo oficialmente as festividades
do encontro da Família Mossmann


A entrada do pároco da Igreja de São Miguel, Padre Cláudio Finkler




O celebrante destacou a importância da união dos membros da Família Mossmann ali reunidos, convidando-os a orar e agradecer a Deus naquela importante celebração












A música esteve aos cuidados de Luis Rodrigo Kerber, um excepcional músico


Os cânticos foram interpretados com excelência pela cantora Raquel Helen Fortes


Os presentes preparam-se para receber a Eucaristia


Momento de enlevo e emoção: Raquel Helen Fortes canta a Ave Maria de Gounod!

Após, houve o almoço de confraternização com churrasco e acompanhamentos, além de sobremesas, elaborados com muito carinho pela equipe de apoio.









À tarde, o encontro prosseguiu com boas conversas, músicas e danças.


Boa música no encontro da Família Mossmann!


Músicas e cantorias alegres no encontro


Danças animadas aos pares - Foto: Michel Natan Feyh


Dançando a Polonese - Foto: Michel Natal Feyh

Seguem fotos de alguns dos presentes à 5ª Encontro da Família Mossmann:


Família Mossmann e Wiedeck, residentes no Estado do Paraná - Foto: Michel Natan Feyh


Com Elma Mossmann Wiedeck, a única filha de João Balduíno Mossmann, que vive entre nós na atualidade, a qual reside em Pato Bragado, Paraná - Foto: Deloni Mossmann


Noeli Mossmann e Francisco Roque Juchem, responsável pela excelente pesquisa genealógica do ramo de João Balduíno Mossmann; residentes em Tunápolis, Santa Catarina



Link para a postagem sobre a viagem de navio da Família Mossmann:



Créditos:

Fotos de Patrícia Pohren Lohmann (foto oficial), Lisete Göller, Michel Natan Feyh  e Deloni Mossmann (indicadas)