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sábado, 6 de julho de 2013

Família Welter 1ª Parte - Ancestrais e Descendentes










A ORIGEM DO SOBRENOME WELTER


O sobrenome tem origem nos francos, um povo que ampliou o seu domínio na Europa no período de 800 a 1200 d.C. Esta tribo estabeleceu-se ao longo do Rio Reno em 300 d.C. Os primeiros portadores da alcunha de família estabeleceram-se na antiga região alemã da Turíngia.


O SIGNIFICADO DO SOBRENOME


O sobrenome é uma variante do nome Walter, encontrado na Alemanha, Inglaterra, França (Alsácia-Lorena) e nos Países-Baixos.
                                                                                          

O BRASÃO


O brasão é composto por um escudo de campo azul, indicando as virtudes da Justiça, Perseverança, Vigilância e Lealdade, com três estrelas de ouro de seis pontas, duas no alto e uma embaixo, representando um caminho seguro, aspiração às coisas superiores, um luminoso futuro auspiciado à própria descendência. 






AS ORIGENS E A IMIGRAÇÃO


Os Welter são provenientes da cidade de Buch, situada na no estado alemão da Renânia-Palatinado. Imigraram o pai, viúvo de Margaretha Ries, e os filhos Johannes, Peter e Johannes Joseph. Há informações oriundas de Koblenz, na Alemanha, de que o genearca Johannes, na data de 29/01/1826, teria providenciado a imigração para o Rio Grande do Sul neste mesmo ano, juntamente com os seus filhos. Porém, os Welter realizaram uma imigração não-oficial somente no ano de 1828, conforme relato que será feito. A filha Apollonia não emigrou. Talvez ela tenha se casado e permanecido na Alemanha. O relato da emigração dos Welter envolve também a família Mossmann, pois as duas famílias vieram no mesmo navio. Posteriormente, Maria Catharina Mossmann veio a se casar com Joseph Welter, que são os meus tetravós.


                                                                                                                  
A CIDADE DE BUCH






Buch é um município do Distrito de Kastellaun, no Hunsrück, no Rhein-Hunsrück-Kreis, na Renânia-Palatinado, na Alemanha. Possui uma superfície de 13,45 km², com 958 habitantes em 31/12/2006. A primeira menção documental da cidade remete ao ano de 1052.



Buch - Renânia-Palatinado - Alemanha


A IMIGRAÇÃO DAS FAMÍLIAS WELTER E MOSSMANN


A saga de meus ancestrais de sobrenomes Welter e Mossmann começou no ano de 1828, como passageiros do brigue holandês Actif (Ativo). Este navio partiu de Amsterdã no mês de abril daquele ano, com pouco mais de 140 passageiros, os quais eram artesãos e agricultores, que viajavam com suas famílias, estas oriundas das regiões do Hunsrück, Palatinado, Sarre e Mosela, com a finalidade de emigrarem para o Brasil. O Actif tinha como capitão Jean Baptiste Gerick. Este navio, entretanto, não havia sido contratado pelo Major Schaefer, responsável pelo recrutamento de soldados e colonos para o Brasil ou outro agente autorizado. Tudo leva a crer que os passageiros tenham se entendido diretamente com o capitão, para a obtenção de um desconto do frete cobrado que, na época, era de 120 florins por adulto, sendo provavelmente com pagamento a vista. O usual naqueles tempos é que o pagamento da segunda parte fosse feito na chegada ao destino combinado, no caso, na chegada à cidade do Rio de Janeiro, o que garantiria o cumprimento do contrato. Mas não foi o que ocorreu.



O antigo porto de Amsterdã


Após uma viagem difícil e tormentosa pelo Atlântico, que durou quatro meses, um a mais do que normalmente era preciso para vencer o trajeto, e com o perecimento de cerca de 20 passageiros, restando 122 ao final (o número exato inicial não foi possível precisar), ocorreu o naufrágio do Actif, ou pelo menos parcialmente, na costa do Estado do Rio Grande do Norte. Tal fato está registrado nos requerimentos de lotes feitos ao Presidente da Província de São Pedro (Rio Grande do Sul), de Jacob Mossmann e Joseph Welter, narrando ter ocorrido tal fato, tendo se salvado os requerentes e suas famílias, transportando-se os mesmos, com muitos trabalhos, para Pernambuco, onde por fim permaneceram (Correspondência Expedida por Autoridades Municipais 1846-1848, Câmara Municipal de São Lepoldo, AHRGS). A chegada ao Rio Grande do Norte ocorreu no mês de agosto de 1828.


Neste passo, há relatos transmitidos por via oral, depois escritos em livros, de que o capitão do navio teve sérios desentendimentos com as famílias Mossmann, Welter, Engeroff e Gewehr, de maneira que os deixou na ilha de Manoel Gonçalves, tendo o Actif ido aportar no porto de Assú (Açu), próximo à ilha. Este porto é mencionado pelo Cônsul da Holanda, Jacob Lefolle, no ofício ao Vice-Presidente da Província de Pernambuco, em 13/09/1828, onde relata que o Actif, estava atracado no porto de Açu, e que os passageiros trazidos por ele se propunham a serem colonos no Brasil, sendo de grande utilidade para a Província (Hunsche & Altolfi).


Num Aviso Imperial foi registrado: “Constando a Sua Majestade o Imperador, que no mês de abril do ano passado, partiram de Amsterdã, no brigue holandês “Ativo”, mais de 140 indivíduos entre homens, mulheres e crianças, com destino a este império; e que depois de uma péssima viagem chegaram ao mês de agosto à Ilha de São Gonçalo 122 pessoas somente, por ter falecido o restante na viagem; ficando parte desta gente na mesma ilha e parte dirigindo-se a Pernambuco, onde se acham sofrendo a maior miséria...” (Arquivo Histórico do Itamarati, Correspondência de presidentes de província com o ministro brasileiro de Paris). Quanto ao nome da ilha, São Gonçalo, trata-se de um engano, pois o nome correto da ilha é ‘Manoel Gonçalves’. Não existe nenhuma ilha de São Gonçalo ao longo dos Estados do Rio Grande do Norte e de Pernambuco. A ilha de Manoel Gonçalves, que desapareceu em função da erosão oceânica, ocorrida entre 1836 e 1840, obrigando os seus habitantes a se mudarem para a terra firme, fazia parte da cidade de Macau, a nordeste desta, no litoral do Rio Grande do Norte. A ilha ficava junto à foz do Rio Açu, onde existia o já mencionado porto.                                                                                                 


O Padre Theodor Amstad, em seu livro “Hundert Jahre Deutschtum in Rio Grande do Sul 1824 – 1924” (livro dos 100 anos da colonização alemã no Estado), revela que as famílias Mossmann, Welter, Engeroff e Gewehr haviam sofrido este infortúnio. Mas afirma que os mesmos foram desembarcados ‘na costa do Pará’, ao norte do Brasil. O Padre Carl Schlitz, na sua Crônica de Bom Jardim, também refere que foram desembarcados no litoral selvagem do Pará. Como já explicado, há documentos históricos que revelam terem deixado o navio, em situação de naufrágio, no Rio Grande do Norte.  No Aviso Imperial foi registrado: após vagarem por oito dias (200 horas), chegaram a Recife, ficando por lá algum tempo, seguindo depois adiante. Mais tarde, foram localizados a 5 horas de distância desta cidade, no interior da Província. Carl Schlitz descreve a difícil jornada, como sendo uma penosa marcha à beira-mar para os alemães, que viviam de farinha de mandioca e cachaça. Por causa do calor intenso, eram obrigados a esperar até que pudessem ter chão úmido debaixo dos pés, seguindo sempre pelo litoral. Para varar pequenos rios, os homens mergulhavam até o pescoço e as demais pessoas eram carregadas pelos negros que moravam nos respectivos ‘passos’ (locais de passagem). Por causa do calor, vestiam pouca roupa: calças, camisa e um chapéu bem grande. Quando chovia, colocavam a camisa embaixo do chapéu, continuando a caminhada. Quando terminava a chuva, tiravam a camisa do chapéu e deixavam secar as calças no próprio corpo.  Depois de uma marcha de 200 horas, chegaram a Pernambuco.
   

Passado um ano, os imigrantes alemães ainda continuavam vivendo na cidade de Recife. Na verdade, as condições das famílias de alemães eram muito precárias, conforme está registrado no ofício do Agente Interino do Consulado de Sua Majestade o Rei da Prússia no Rio de Janeiro ao Marquês de Aracaty, em 20/10/1829, o qual adverte que estes viviam em condições de indigência, devendo ser aceitos como colonos, dado que a viagem fora custeada por eles, em igualdade de condições com os demais imigrantes.



O antigo porto do Recife



O governo aceitou a sugestão somente um ano depois e tomou as providências necessárias, conforme o ofício datado de 28/09/1829, dando aos colonos alguns lotes de terras, para que pudessem cultivar e levantar casas, assistindo-os por um ano com o subsídio diário de 160 réis por adulto e 120 réis para os menores de idade. Por um despacho de 24/10/1829, o governo informa que foram expedidas ordens ao Presidente da Província de Pernambuco para a admissão destes como colonos. 


Assim, foi fundada a Colônia de Santa Amélia em 01/12/1829, inicialmente com 103 pessoas, a sete léguas de Recife (46,2 km), no centro de matas fechadas, numa região vulgarmente chamada de Catucá, também chamada de Cova da Onça. Este local situa-se entre as cidades de Olinda e Igarassu, na antiga margem do Rio Paratibe. Segundo informações obtidas, a colônia localizava-se onde atualmente se encontra um assentamento de área rural da cidade de Abreu e Lima chamado Engenho Pitanga II. Abreu e Lima é a denominação atual do antigo povoado de Maricota. 


A cidade de Abreu e Lima - Pernambuco



A Cova da Onça é também o nome de um riacho, que é tributário daquele rio. O nome dado à colônia foi em homenagem à Imperatriz Amélia Von Leuchtenberg, tendo como diretor o Major João Bloem, um alemão de nascimento, do Imperial Corpo de Engenheiros. O local foi escolhido pelo Presidente da Província, Tomás Xavier Garcia de Almeida, e tinha como finalidade “povoar e civilizar um antigo quilombo, esconderijo de escravos fugidos e de negros ladrões e assassinos” (Ofício do Presidente da Província, de 14/12/1829). 



O Rio Paratibe


O nome Catucá quer dizer “mata boa” e é um nome genérico dado às áreas de florestas que margeavam as áreas de cultivo de cana de açúcar e de algodão da Zona da Mata de Pernambuco, as quais começam nos matagais e morros que se localizam na saída de Recife e Olinda para o interior e seguiam ao norte até a cidade de Goiana, perto do Estado de Paraíba. Nesta área localizavam-se cerca de 100 engenhos, sendo também a área de esconderijo dos escravos fugidos que formavam os quilombos. A Colônia de Santa Amélia foi criada dentro da estratégia do governo de Pernambuco de aniquilar o famoso quilombo de Malunguinho. Ao invés de recorrer ao uso da força que não garantia bons resultados, investiu na abertura de estradas que atravessavam as florestas e a criação de povoados. O governo acreditava que, fixando os alemães ao redor do quilombo, os quilombolas não viveriam por lá muito tempo. Consta que soldados alemães do 2º Batalhão de Granadeiros aquartelados no Recife, que haviam lutado na Guerra da Cisplatina, manifestaram interesse de se incorporar à colônia, quando terminasse o engajamento militar. Assim sendo, o governo ofereceu terras a estes soldados. Estes, entretanto, não sabiam que a área era ocupada pelos negros, o que resultou em confrontos tendo, inclusive, dizimado todos os integrantes da família alemã Christian.

Pelos mapas das famílias, elaborados pelo Major Bloem, em 1829, constam os seguintes dados: família Mossmann - Jacob Mossmann (35 anos), casado, sapateiro, a esposa Maria (35 anos), cultivadora, os filhos Catharina Mossmann (13 anos), Margarida Mossmann (12 anos), Rosina Mossmann (4 anos), Mathias Mossmann (10 anos) e Jacob Mossmann (8 anos); família Welter: João Welter (58 anos), viúvo, funileiro, João Welter Filho (30 anos), agricultor, Pedro Welter (28 anos), José Welter (20 anos), e Catharina Welter (17 anos), esta, provavelmente, seja Maria Catharina Heil, a esposa de João Welter Filho. Obs.: as idades divergem em alguns casos com os respectivos registros de nascimento pesquisados na Alemanha.

Em fevereiro de 1830, o Major relata que, após a derrubada das matas virgens, os colonos plantavam milho, feijão e arroz. Nesta época, uma família abandonou a colônia. Em setembro de 1830, conforme ofício do novo Presidente da Província de Pernambuco, Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos, a população diminuiu para 96 pessoas. Os colonos plantavam mandioca, feijão, legumes, parreirais e pomares. Os telhados de palha das casas foram substituídos por telhas. Esta colônia foi reforçada em 1831, com a chegada de mais 54 alemães, que vieram no brigue Marquês de Viana. Com a Lei de Orçamento de 1831, em 15 de dezembro de 1830, ficou proibida em todas as províncias do Império a despesa com a colonização estrangeira, o que criou dificuldades de subsistência à recém criada Colônia de Santa Amélia de Pernambuco. Em novembro de 1837, o escocês Georg Gardner relata a decadência da colônia, com cabanas em ruínas e as poucas pessoas que lá restaram viviam da venda de carvão no Recife. No mês de agosto de 1841, o engenheiro francês Louis Vauthier narra que na colônia viviam apenas seis pessoas, fabricando carvão com boa folga financeira. Sabe-se que algumas famílias conseguiram juntar recursos e chegar ao Rio de Janeiro, seguindo depois para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, viajando até mesmo em carros de bois. Alguns imigrantes alemães, entretanto, chegaram a casar-se com membros de antigas famílias da região.

Acredita-se que os colonos tenham sido fundamentais na repressão aos quilombos, sendo constatado pela significativa diminuição dos quilombos em relação à década anterior.  Parte se deve à comercialização do carvão que implicou no desaparecimento da floresta nativa e da proteção natural que elas significavam. A colônia não prosperou por causa dos ataques dos quilombolas. Com a guerra dos Cabanos, ou Cabanada, em 1832, obrigando o Estado a concentrar suas tropas no sul da província, os malunguinhos voltaram a atacar as fazendas e os centros urbanos, porém, em 1835, as tropas do governo, com a ajuda dos índios de Barreiros, acostumados a lutar na floresta, promoveram o extermínio do quilombo de Malunguinho.


Produção de Carvão - Fonte: Internet


As famílias Mossmann e Welter trabalharam arduamente comercializando frutas e verduras e fazendo carvão vegetal vendido em Recife e, ao final de cinco anos, em 1833, ganharam o suficiente para continuar a viagem até o Rio de Janeiro e, após, chegar ao Rio Grande do Sul às suas próprias expensas. O motivo mais importante para vir para o sul foi a chamada doença do “mal da terra” Landeskrankenheit, que era a ancilostomíase, e que prejudicava principalmente a saúde das crianças. As famílias Mossmann e Welter estabeleceram-se na cidade de Bom Jardim, atual município de Ivoti, no Rio Grande do Sul, tornando-se prósperas e abastadas. Joseph Welter casou-se mais tarde com Anna Catharina Mossmann, que são os meus tataravós, unindo as duas famílias através deste matrimônio.

Segundo Carl Schlitz, a rotina de trabalho da Família Welter e dos demais imigrantes não foi tarefa fácil.  Não necessitavam de muitos utensílios domésticos, nem mesmo uma cama, pois lá não havia o frio do inverno. O governo deu terras e pequenas choupanas, o que também era oferecido a todo o rapaz que tivesse 20 anos. Eles plantavam um tipo de batatas, cana de açúcar e mandioca. Fabricavam a própria farinha de mandioca, a qual era torrada no forno. Quanto ao cultivo de hortigranjeiros, nada podiam esperar, pois as formigas liquidavam com tudo. Resolveram produzir carvão, os quais, depois de uma viagem de 5 horas, carregavam em grandes cestos até o Recife, servindo-se de animais de montaria, que conduziam puxando com as mãos. Estes animais, em péssimas condições, eram comprados de tropeiros, sendo recuperados com mandioca e pasto de cana de açúcar a ponto de adquirirem força e bom aspecto.


Nota: Carl Schlitz (Chronik Von Bom Jardim) afirma que os Welter, os Mossmann e outros imigrantes, que vieram no navio Actif, trabalharam durante oito anos em Pernambuco. Como chegaram no mês de agosto de 1828, o ano esperado para o final do período seria o de 1836, porém Jacob Mossmann aparece no Kirchenbuch de Bom Jardim (Ivoti), como integrante da Comunidade Católica no ano de 1834, sendo que sua assinatura aparece na data de 07/12/1834. Por parte da Família Welter, que fez a mesma viagem e que adquiriu parentesco através do casamento entre os tataravôs Joseph Welter e Catharina Mossmann, há o registro de terras do irmão de Joseph, Pedro (Peter) Welter, que afirma ter este chegado como colono do Governo na Linha Nova no ano de 1833 (Códice C389, Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul).




HEINRICH WELTER

                                            
Heinrich Welter, meu heptavô (7º avô), provavelmente tenha nascido na cidade de Sohren na região da Renânia-Palatinado na Alemanha. Sua religião era a Católica.                                                                                        


Sohren - Renânia-Palatinado - Alemanha


Localização de Sohren no Estado da Renânia-Palatinado


O CASAMENTO


Foi casado com Maria Elisabeth (*Sohren?, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha), minha heptavó (7ª avó), cujo sobrenome de solteira é ignorado. Não foi encontrado o seu registro de casamento, mas provavelmente tenha ocorrido na cidade de Sohren no ano de 1744. Ignora-se o sobrenome da esposa. Deste matrimônio, tiveram pelo menos um filho. 


O FILHO


Johannes Leonard Welter (*20/04/1745 Sohren, Renânia-Palatinado, Alemanha/+18/05/1805 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha), meu hexavô (6º avô), casou-se com Anna Maria Scherer (*30/01/1741 Buch/+05/06/1805 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha), minha hexavó (6ª avó), filha de Johann Scherer e de Anna Barbara Rockenbach, aproximadamente no ano de 1766 em Buch.

                                                           
O FALECIMENTO DE HEINRICH WELTER


Não sabemos o local e a data de seu falecimento, mas presume-se que tenha sido na cidade de Sohren.



JOHANNES LEONARD WELTER

                                                 
Johannes Leonard Welter, meu hexavô (6º avô), filho de Heinrich Welter e de Maria Elisabeth Welter, nasceu em 20/04/1745, na cidade de Sohren, na região da Renânia-Palatinado na Alemanha. Sua religião era a Católica.



Vista de Sohren 
                                                                                        
O CASAMENTO


Não foi encontrado o registro de casamento de Johannes Leonard Welter com Anna Maria Scherer na Igreja de Buch, mas provavelmente tenha ocorrido no início do ano de 1766 nesta cidade. Anna Maria Scherer (*30/01/1741 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+05/06/1805 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha), minha hexavó (6ª avó), era filha de Johannes Scherer e de Anna Barbara Rockenbach. Deste matrimônio, o casal teve sete filhos. 



OS FILHOS


I-Maria Margareth Welter (*07/03/1765 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha);


II-Susanna Welter (*15/12/1766 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha);


III-Anna Maria Welter (*04/11/1768 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha);


IV-Johannes Welter (*21/07/1771 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha);


V- Johannes Welter (*19/09/1773 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha)


VI-Johannes Welter (*30/12/1774 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+08/10/1828 Recife, Pernambuco, Brasil), meu pentavô (5º avô), casou-se com Margaretha Ries (*30/12/1769 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+29/01/1826 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha), minha pentavó (5ª avó), filha de Johannnes Peter Ries e de Anna Maria Goergen, na data de 16/08/1797, na Igreja Católica de Buch;


VII-Maria Elisabeth Welter (*23/01/1777 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha);


VIII-Johannes Adamus Welter (*14/01/1780 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha?/+Alemanha).
                                                                                                
                                                            
A PROFISSÃO


Johannes Leonard Welter era funileiro.


O FALECIMENTO


Johannes Leonard Welter faleceu em 18/05/1805 na cidade de Buch.




JOHANNES WELTER

                                                 
Johannes Welter, meu pentavô (5º avô), filho de Johannes Leonard Welter e de Anna Maria Scherer nasceu em 30/12/1774, na cidade de Buch, distrito de Kastellaun, na Renânia-Palatinado na Alemanha. Foi batizado, na data de 01/01/1775, na Igreja Católica daquela cidade.



A Igreja Católica de Buch

O CASAMENTO


Johannes Welter casou-se com Margaretha Ries (*30/12/1769 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+29/01/1826 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha), minha pentavó (5ª avó), filha de Johann Peter Ries e Anna Maria Goergen, na data de 16/08/1797, na Igreja Católica de Buch. Casaram-se no civil na data de 19/09/1797. Deste matrimônio, tiveram quatro filhos.


OS FILHOS


I-Johannes Welter (*14/10/1799 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Após 1870 RS) casou-se com Maria Catharina Heil (*31/10/1811 Laufersweiler, Renânia-Palatinado, Alemanha/+23/03/1870 Nova Colúmbia – Bom Princípio RS) no Brasil. Segundo Carl Schlitz (Crônicas de Bom Jardim), Johannes Welter era dirigente da Comunidade Católica de Ivoti no ano de 1852, sendo novamente indicado em 1855. A família foi morar em Bom Princípio RS, na localidade de Nova Colúmbia. O casal teve nove filhos: José, Catharina, João, Maria, Guilhermina, Paulo, Jacob, Margarida e Anna.


O 3º filho de Johannes Welter, João Welter (*1836 Wallachei, Morro Reuter RS/+08/02/1902 Nova Colúmbia, Bom Princípio RS), casou-se em primeiras núpcias com Maria Dillenburg (*29/08/1837/+Antes 1870 RS), filha de Francisco Dillenburg e Christina Franzen, na data de 24/05/1859 em Ivoti RS, tendo dois filhos, Maria e Jacob; em segundas núpcias, com a cunhada Margarida Dillenburg (*29/08/1839 Picada 48, Ivoti RS/+21/08/1933 Feliz RS), na data de 08/01/1870 em Ivoti RS, resultando desta união nove filhos: João, Felipe, Pedro Paulo, Leopoldina, Anna, Reinaldo, Christiano, Paulina e Leopoldo.


O neto João Welter (*08/09/1872 Bom Princípio RS/+21/05/1906 Nova Colúmbia, Bom Princípio RS), filho de João Welter e Margarida Dillenburg, casou-se com Catharina Rauber (*1872/1873 RS/RS), filha de Jacob Rauber e Anna Catharina Seimetz, na data de 02/01/1893 em Bom Princípio RS, tendo seis filhos: Catharina Cecília, João Antonio, Olga Luiza, Regina Monica, Cecilia e Manuel. Estes emigraram para a Argentina, radicando-se no município de Puerto Rico, pertencente à província de Misiones.


Regina Monica Welter, filha de João Welter e Catharina Rauber, falecida em 1982. Era casada com Matias Alles - Argentina


O bisneto João Antonio Welter (*25/02/1898 Bom Princípio RS/+Capiovisiño, Capiovi, Misiones, Argentina), filho de João Welter e Catharina Rauber, casou-se com Catharina Vogel (*RS/+Capiovisiño, Capiovi, Misiones, Argentina). O casal radicou-se em Mbopicuá, localidade de Puerto Rico, província de Misiones, Argentina, onde tiveram os filhos Rosa, Romualdo, José, Celestina, Maria e Alfonso. João Antonio Welter e Catharina Vogel foram sepultados em Capiovisiño.


João Antonio Welter e Catharina Vogel e os filhos Romualdo (esq.), Celestina (centro) e José (dir.) - Argentina - Foto: Acervo de Rosa Welter

A trineta Rosa Welter (*28/07/1931 Mbopicuá, Puerto Rico, Argentina), filha de João Antonio e Catharina Vogel, casou-se com Alberto Stoffel (*Argentina/+Argentina), os quais tiveram dez filhos: Valeria, Teresa, Pedro, Agatha Canisio, Renato, Bruno, Esteban, Margarita e Silvestre. Rosa possui 23 netos e 9 bisnetos.


Rosa Welter, viúva de Alberto Stoffel, na comemoração de seus 83 anos - Argentina, 28/07/2014 - Foto: Acervo de Rosa Welter


O 7º filho de Johannes Welter, Jacob Welter (*15/07/1846 São Leopoldo RS/+18/08/1930 Cerro Largo RS), casou-se com Catharina Anschau (*25/06/1850 Picada 48 RS/+02/02/1920 Cerro Largo RS), filha de Anton Anschau e Anna Catharina Kerber, na data de 19/06/1867, na Igreja Matriz de São Leopoldo RS, tendo 15 filhos: João I, Pedro, Jorge, João II, Albino, Martin, Augusto, Emilio, Martin, Henrique, Carlotta, Guilhermina, Balduino, João Roberto e Adelina.

O neto João Welter II (*28/05/1874 Montenegro RS/+04/06/1959 Cerro Largo RS) casou-se com Maria Isabel de Vargas (*18/07/1884 Capela de Santana RS/+RS), filha de Fulgêncio Pereira de Vargas e Maria José da Conceição, na data de 01/12/1906 em Montenegro RS, tendo os filhos: Maria José, Lydia, Malvina, Theodorico, Erna, Irma e Arlindo. João Welter II e a família chegaram à antiga Colônia Guarani (Códice C-527 do AHRGS), atual Guarani das Missões, em 16/03/1910, quando este era o 5º distrito de São Luiz Gonzaga. Após, estabeleceram-se em Cerro Largo (ex-Serro Azul ou Cerro Azul), antigo 6º Distrito de São Luiz Gonzaga, tendo se tornado município independente.

Descendentes do imigrante Johannes Welter -  Ramo Jacob Welter (filho) – Sub-Ramo João Welter II (neto):


Neto: João Welter II
Trineto: João Welter Neto
Bisneto: Theodorico Welter


Tetraneto: Mauri Teodoro Welter
Pentaneto:   Denilson  P.  Welter

















II-Peter Welter (*23/02/1802 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+18/11/1882 Linha Nova RS) casou-se com Anna Maria Margaretha Unfried (*1809 Alemanha/+Antes 1846 RS), filha de Johann Jacob Unfried e Agnes Kraemer, na data de 10/05/1835 em São Leopoldo RS, em primeiras núpcias (Cúria Porto Alegre, São Leopoldo, Livro Casamentos n. 1, fl. 34 e 34 verso), com quem teve cinco filhos: João, Francisco, Catharina, Pedro e Margaretha; em segundas núpcias, casou-se com Maria Margaretha Würzius (*1824 Alemanha/+RS), filha de Anton Würzius e Anna Susanna Martini, em 30/04/1846, na Linha Nova RS (Cúria Porto Alegre, São Leopoldo, Livro Casamentos n. 1, fl. 70), com quem teve pelo menos um filho chamado Diogo (Jacob). Pedro possuía o Lote nº 12 A da Linha Nova, com 79.382 braças quadradas. 


Conforme o Familienbuch da cidade de Buch: “1826 als lediger Leinenweber nach brasilien in die Neue schweiz ausgewandert und hatte viele Nachkommen”, Peter emigrou em 1826 (incorreto, pois emigrou realmente em 1828) como o único tecelão de linho ao Brasil na Nova Suíça (?) e teve muitos descendentes. Ele chegou à Linha Nova RS no ano de 1833, como colono do Governo, ocupando o Lote nº 12 A da Linha Nova, com 79.382 braças quadradas. Como não possuía nenhum documento, pediu ao Comissário Especial a legalização da posse das terras onde residia e cultivava, sendo por este atendido (Códice C389, Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul). Faleceu de velhice aos 80 anos de idade e foi sepultado no Cemitério Especial de Linha Nova RS.



A neta de Pedro Welter, Margarida Welter  Dullius, com o esposo  Bartholomeu Jacó Dullius



A neta de Pedro Welter, Margarida Welter (*24/10/1864 Linha Nova RS - Cúria Porto Alegre, São José do Hortêncio, Livro Batismos n. 2, fl. 36 /+16/10/1896 Porto Alegre RS), filha de Francisco Welter e de Barbara Wielland, era chamada de Tante Greth. Casou-se com Bartholomeu Jacó Dullius (*25/06/1862 São Leopoldo RS/+12/09/1933 Montenegro RS), na data de 03/06/1882, na Igreja Católica de São José do Hortêncio RS (Cúria Porto Alegre, São José do Hortêncio, Livro Casamentos n. 3, fl. 27). O casal não teve filhos. Residiam na Rua Dr. Flores, n. 75 em São Sebastião do Caí RS. Margarida faleceu em Porto Alegre, sendo conduzida a São Sebastião do Caí no vapor Monarcha. Foi sepultada no Cemitério Público de São Sebastião do Caí (Arquivo Público do RS, Inventários, Órfãos e Ausentes, Cível Crime, N 44, M 11, E 112, Ano 1896, São Sebastião do Caí);


III-Apollonia Welter (*03/04/1808 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha) não imigrante;


IV-Johannes Joseph Welter (*31/01/1811 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+13/02/1856 Rio Pardo RS), meu tetravô (4º avô), casou-se com Anna Catharina Mossmann (*19/05/1816 Fronhofen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+11/10/1883 Ivoti RS), minha tetravó (4ª avó), filha de Johann Jacob Mossmann e Anna Maria Neumann, entre os anos de 1837 e 1838, provavelmente na cidade de São Leopoldo RS. O casal teve nove filhos: Catharina, Barbara, Carlos, Francisco, Maria Josefa, José, João, Luiza e Josephina. Faleceu vítima de afogamento aos 45 anos de idade e a esposa por apoplexia aos 67 anos de idade;



O sobrado de Joseph Welter em Rio Pardo (assinalado na foto). Foto: por volta de 1870


VI-Catharina Welter (*1812 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+RS?) imigrante aos 17 anos. Sem mais notícias. Não está descartada a possibilidade de ter falecido no Recife, Pernambuco, Brasil.


A PROFISSÃO


Johannes Welter era funileiro de profissão, tal como seu pai Johannes Leonard Welter.



A IMIGRAÇÃO AO BRASIL


Conforme o relato da imigração da família Welter, o patriarca Johannes, tendo enviuvado de Margaretha Ries na data de 29/01/1826, emigrou da Alemanha com seus filhos no mês de abril de 1828, chegando ao Brasil no mês de agosto deste mesmo ano. A família viveu na Colônia de Santa Amélia em Pernambuco e, no ano de 1833, mudou-se para Bom Jardim (atual lvoti), no Rio Grande do Sul. 


O FALECIMENTO


Conforme o Familienbuch da cidade de Buch, Johannes teria falecido em 08/10/1828, aos 53 anos, embora nesta época seu nome constasse em duas listagens de colonos na Colônia de Santa Amélia em Pernambuco. Ele teria sido sepultado em 12/10/1828, segundo o livro. De qualquer sorte, Johannes (pai) faleceu na antiga Colônia de Santa Amélia, no vale do Catucá, Região Metropolitana do Recife, no Estado de Pernambuco, Brasil. 



JOHANNES JOSEPH WELTER


Assinatura de Johannes Joseph Welter, adotando no Brasil o nome de "Jozé"


Johannes Joseph Welter (José ou Jozé Welter), meu tetravô (4º avô), filho de Johannes Welter (*30/12/1774 Buch/+08/10/1828 Recife, Pernambuco, Brasil) e de Margaretha Ries (*30/12/1769 Buch/+29/01/1826 Buch), nasceu em 31/01/1811 na cidade de Buch, distrito de Kastellaun, na Renânia-Palatinado na Alemanha, e foi batizado em 01/02/1811 na Igreja Católica daquela cidade. No registro de batismo, o seu nome está escrito na forma latinizada Johannes Josephus Welter. 


A fachada da Igreja Católica de Buch


O CASAMENTO


Johannes Joseph Welter casou-se com Anna Catharina Mossmann (*19/05/1816 Fronhofen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+11/10/1883 Ivoti RS), minha tetravó (4ª avó), filha de Johann Jacob Mossmann e Anna Maria Neumann, entre os anos de 1837 ou 1838, provavelmente na Igreja Matriz de São Leopoldo RS. Deste matrimônio, tiveram nove filhos.


Assinatura de Catharina Mossmann Welter


OS FILHOS


I-Catharina Welter (*1838 Ivoti RS/+RS) casou-se com Eduard Grünewald (*Selau, Prússia Oriental/+RS), filho de João Gotttlieb Grünewald e Florestina Semel, na data de 26/05/1860, em São Leopoldo (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, São Leopoldo, Livro nº 2, pág. 48). Tiveram pelo menos 5 filhos: Carlos, Eduardo João, Christina, Luiza e Carolina;



Assinatura de Catharina Welter


II-Barbara Welter (*14/05/1840 Costa da Serra, Estância Velha RS/+09/11/1914 Despique – Pareci Novo RS), minha trisavó (3ª avó), casou-se com Pedro Schuster (*1840 Picada Verão, Sapiranga RS/+07/06/1889 Despique, Pareci Novo RS), meu trisavô (3º avô), filho de Andreas Schuster e Maria Anna Kossmann, na data de 21/05/1861, em Dois Irmãos RS, onde Pedro Schuster residia (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Dois Irmãos, Livro nº 1, pág. 14). O casal teve onze filhos: Catharina, Carlos, Philippe, Carolina, Ernesto, Elisabetha, Maria, Guilherme, Albino, Anna Catharina e Pedro Aloysio.



Assinatura de Barbara Welter


III-Carlos Welter (*Fevereiro/1842 Costa da Serra, Estância Velha RS - Cúria Porto Alegre, Capela de Santana - Azevedo, Livro Batismos nº 3, fl. 90 verso/+Antes Novembro/1867 Paraguai). Carlos era 2o. Sargento do 11º Corpo de Voluntários da Pátria de São Leopoldo. Não se casou, nem teve filhos. Foi ferido na Batalha de Curupaiti, falecendo posteriormente no Paraguai;


Assinatura de Carlos Welter


A Guerra do Paraguai - Óleo de Cándido López


IV-Francisco Welter (*16/03/1847 Costa da Serra, Estância Velha RS  - Cúria Porto Alegre, São Leopoldo, Livro Batismos n. 2, fl. 175 verso/+após 1867 RS). Foi padrinho de casamento da irmã Maria Josefa com o primo Paulo Welter, na data de 25/06/1867 em São Leopoldo RS (Cúria Porto Alegre, São Leopoldo, Livro Casamentos n. 2, fl. 135). Sem mais notícias;


Assinatura de Francisco Welter


V-Maria Josefa Welter (*08/08/1848 Costa da Serra, Estância Velha RS - Cúria Porto Alegre, São Leopoldo, Livro Batismos n. 2, fl. 207 verso/+RS) casou-se com o primo Paulo Welter (*05/09/1844 São Leopoldo RS/+RS), filho de Johannes Welter e Maria Catharina Heil, na data de 25/06/1867, em São Leopoldo RS (Cúria Porto Alegre, São Leopoldo, Livro Casamentos n. 2, fl. 135). O casal teve dez filhos: Guilhermina, José Carlos, João, Nicolau, Alfonso, Paulina, Paulo Filho, Maria Amália, Ottilia e Maria Olga;

VI-José Welter (*23/05/1851 Costa da Serra, Estância Velha RS - Cúria Porto Alegre, São Leopoldo, Livro Batismos n. 2, fls. 294 verso e 295/+antes de abril/1856 RS);

VII-João (Johannes) Welter (*06/06/1853 Costa da Serra, Estância Velha RS - Cúria Porto Alegre, São Leopoldo, Livro Batismos n. 3, fls. 57 e 57 verso/+07/09/1931 São Vendelino RS) casou-se com Margarida Farth (*08/04/1864 São Vendelino RS/+26/10/1931 São Vendelino RS), filha de Elias Farth e Margarida Geiss, na data de 11/06/1870 em São Vendelino RS (Cúria Porto Alegre, São Vendelino, Livro Casamentos n. 1, fl. 3 verso). O casal teve sete filhos: Pedro, Carolina, Carlos, Maria, Magdalena, Apolonia e João. Era gêmeo de Luiza Welter. Foi sepultado no Cemitério Católico de São Vendelino;



Assinatura de João (Johannes) Welter


A lápide de João Welter (última à direita, na fila de cima) junto a outras lápides recuperadas do Cemitério Católico de São Vendelino RS


VIII-Luiza Welter (*06/06/1853 Costa da Serra, Estância Velha RS - Cúria Porto Alegre, São Leopoldo, Livro Batismos n. 3, fl. 57 verso/+RS) casou-se com João Jotz, filho de Guilherme Jotz e Thereza Luft, na data de 30/10/1877 São José do Hortêncio RS (Cúria Porto Alegre, São José do Hortêncio, Livro Casamentos n. 3, fl. 12 verso). Casou-se pelas 9 horas da manhã, na Capela dos 14 Auxiliadores. Consta que residia na freguesia de São José do Hortêncio. Esta capela situava-se na Picada Quatorze Colônias (Vierzehn Kolonien), que ficava ao leste da Picada 48, na entrada Picada do Cadeia (São José do Hortêncio), aberta em 1829; 



Assinatura de Luiza Welter


IX-Josephina Welter (*Outubro 1855 Ivoti RS/+02/05/1880 Picada 48, Ivoti RS) casou-se com Henrique Arnecke (*1851 Winzenburg, Alemanha/+25/11/1891 Picada 48, Ivoti RS), filho de Henrique Arnecke e Christina Almenstädt, na data de 14/01/1873, na cidade de Ivoti RS (Cúria Porto Alegre, Ivoti, Livro Casamentos n. 1, fl. 25). O casal teve quatro filhos: Catharina, Guilherme, Henrique e Maria. Josephina faleceu aos 23 anos de idade, depois do parto, em sua residência na Picada 48, Ivoti RS. No mesmo dia faleceu a filha Maria, que foi batizada às pressas. No mesmo dia faleceu a última filha Maria, que foi batizada às pressas. Possuía com o marido meia colônia no lote que fora de sua mãe Catharina, o de nº 14, na Picada 48, Ivoti RS, com 50 braças de frente e 1600 braças de fundos.


Assinatura de Josephina Welter

A PROFISSÃO


Pelos registros, Joseph teria se dedicado à agricultura e à pecuária, dado que chegou a possuir 40 cabeças de gado em terras do atual Município de Estância Velha. Ele, o pai Jacob, os irmãos Pedro (Peter) e Johannes passaram a serem colonos do Governo, em que pese a viagem para o Brasil tenha sido realizada de forma privada. Posteriormente, Joseph dedicou-se ao comércio, chegando a possuir uma casa comercial em Rio Pardo, vendendo diversos tipos de mercadorias.


OS LOCAIS DE RESIDÊNCIA


Os Welter vieram no ano de 1833 para o Rio Grande do Sul, conforme consta no registro de terras de Peter Welter, irmão de Joseph, na Linha Nova. Baseando-se na análise dos documentos e registros da Igreja, como por exemplo, as assinaturas de Joseph e de seu irmão Johannes que constam no Livro da Igreja na data de 07/12/1834, Johannes Joseph e sua família residiram inicialmente na Picada Bom Jardim (atual Ivoti) na época do casamento. Eles eram proprietários de metade do Lote nº 17, na Ala Leste, nesta cidade, onde residia a família de Catharina Mossmann. Na referida meia-colônia, com 39.515 braças quadradas, havia uma casa de moradia e pés de laranja plantados. Posteriormente, residiram em outros locais da Colônia de São Leopoldo. A filha Barbara nasceu na data de 14/05/1840, na antiga colônia de Costa da Serra, que correspondia às atuais áreas de Campo Bom e Hamburgo Velho, o que leva à conclusão de que a família residia nesta colônia por volta do ano de 1840.


No recenseamento feito no início de 1849, por ordem do Diretor da Colônia de São Leopoldo, consta que a família Welter morou na região denominada de Campo Ocidental, que corresponde atualmente aos territórios dos Municípios de Estância Velha e Portão. Provavelmente, as terras situavam-se em Estância Velha, por ser limítrofe ao Município de Ivoti. Naquela época, Joseph tinha 38 anos e Catharina 33 anos de idade. Os filhos contavam com as seguintes idades: Catharina (11 anos), Barbara (9 anos), Carlos (7 anos), Francisco (2 anos) e Maria (6 meses). Os Welter possuíam uma escrava negra católica de 19 anos chamada Thomazia. Além das terras, eram proprietários de 40 cabeças de gado e 2 cavalos. Estância Velha era uma planície com colinas baixas, coberta de capim alto, ideal para a criação de gado bovino e cavalar.



Mapa do ano de 1849


Joseph Welter tinha contatos comerciais na cidade de Rio Pardo, uma das mais importantes daquela época. Dentre estes conhecimentos, estava o de Carlos Oestreich, alemão comerciante, estabelecido naquela cidade. Na data de 30/07/1851, Carlos Oestreich utilizou o serviço do Cartório de Rio Pardo para efetuar uma escritura de dívida com hipoteca, chamando o Tabelião para ir até a sua casa. O casal Oestreich havia feito um empréstimo com Joseph Welter, no valor de 2 contos e 240 mil réis em moeda corrente, com garantia hipotecária do sobrado de sua propriedade. No documento, consta que Joseph residia na Colônia de São Leopoldo (no Campo Ocidental, que corresponderia atualmente à Estância Velha, informação referida anteriormente). A finalidade da dívida era a construção de uma casa de sobrado com sotéia. O casal teria o prazo de um ano, a partir do dia 1º de agosto, de saldar a dívida, caso contrário, deveria pagar ao credor 1% de juros ao mês, até saldar a dívida e os prêmios mensais. Assinaram: Carlos e Catharina Oestreich, Joseph (Jozé) Welter, uma testemunha e o Tabelião. Ao que parece, ele utilizou este empréstimo para quitar uma dívida anterior com Pedro Badet, que residia em Porto Alegre, pois a mesma vencia no mesmo mês. Por ter certa urgência e por estar certamente doente ou convalescendo, o documento foi feito na sua própria casa (Arquivo Público do RS, Rio Pardo, Livro de Transmissões/Notas, 2º Tabelionato, nº 12, fls. 37 a 38 v - 15/02/1851 a 11/08/1853). 



Foto ilustrativa de um antigo armazém. Foto: Rio Novo 1920 (Internet)


No dia 13/06/1855, falecia Carlos Oestreich em Rio Pardo. Na data de 09/07/1855, foi feita a escritura de venda e dação em pagamento (datio in solutum) entre o filho André Marques Oestreich, autorizado pelo Juiz de Órfãos e com a carta alvará de autorização, e José Welter, comprador e credor de seu finado pai Carlos Oestreich. A viúva, filhos e genros haviam renunciado às suas quotas de herança, tendo em vista as dívidas deixadas pelo de cujus. A casa de sobrado na qual Carlos exercia o seu negócio estava com dívidas, e o filho André habilitou-se judicialmente para vender os bens da herança e, com o produto da venda, poderia pagar todas as dívidas da mesma. Entre os credores estava José Welter, a quem a casa fora hipotecada. Neste documento é referida como “casa de sobrado coberta com soteia, sita na Rua da Ladeira (Rua Júlio de Castilhos), fazendo canto com a que segue para o Passo de Jacuí (em outro trecho é substituída por Rua da Praia, que é a Rua General Câmara), com fundos competentes, dividindo-se por um lado com casas de José Ignácio da Silveira e por outro com as de João Fischer, pela quantia de 3 contos de réis, e porção de mercadorias e móveis nela existentes, pela quantia de 2 contos de réis, perfazendo 5 contos de réis, abatidos 3 contos, 180 mil réis que a herança devia ao credor e comprador, restando 1 conto e 820 mil réis, recebendo a importância das mãos de José Welter. No documento constam os nomes dos filhos ainda menores: Carolina e João Luis Oestreich. Assinam André Oestreich, José Welter, uma testemunha e o Tabelião (Arquivo Público do RS, Rio Pardo, Livro de Transmissões/Notas, 2º Tabelionato, nº 14, fls. 6, 6v, 7, 7 v e 8 (09/06/1855-14/09/1857)).


Os Welter precisariam de mais recursos para residir em Rio Pardo. Joseph Welter e Catharina Welter possuíam a metade das terras que formavam o Lote nº 17, Leste, da Picada Bom Jardim (Ivoti RS), a qual foi vendida ao vizinho Pedro Müller, em 27/07/1855, pela quantia de 1 Conto e 300 mil Réis. Pedro Müller ficou com a área total de 79.030 braças quadradas (Arquivo Público do RS, São Leopoldo, Livro de Transmissões/Notas nº 3, fls. 84 e 84 v). 



Localização do Lote nº 17, Leste, na antiga Picada Bom Jardim, atual Ivoti (vizinho ao lote onde se localiza a Igreja Protestante)


Uma nova etapa surgia para a família Welter em Rio Pardo. No sobrado que havia tomado posse e onde seria a morada de sua família, Joseph estabeleceu a sua casa de negócios no andar térreo, comercializando diversas mercadorias, tais como: alimentos e bebidas (café, vinho, aguardente, cerveja inglesa, genebra, conhaque, absinto, capilé, latas de sardinha, pimenta do reino, canela, cravo, erva-doce, cominho, chás, alfazema, melado, vinagre, sal, erva, farinhas, feijão preto, arroz, açúcar, bacalhau e rapadura); mercadorias diversas (sabão, velas, chifres de vaca, charutos, fósforos, fumo, azeite, louças, utensílios de cozinha, pólvora, material de costura, linhas em novelos, botões de madrepérola, tinta de escrever e rapé); vestuário (tamancos, chapéus de palha, fazendas como chita, algodão e tecidos para calças, chapéus de Braga, lenços de seda, retalhos, paletó de riscadinha e pares de meias, inclusive para senhoras); ferragens (chumbo de caça, tesouras de alfaiate, cadinhos de ourives, balanças, foices, correntes), dentre outras mercadorias. Naquele tempo, as mercadorias vindas de Porto Alegre chegavam ao porto de Rio Pardo e iam para frente da Igreja de São Francisco, onde ficavam por cinco horas para comercialização. Entre os séculos XVIII e XIX, Rio Pardo destacava-se pela intensa atividade comercial. O transporte pluvial foi fundamental para abastecer este entreposto, que revendia para as casas comerciais da Campanha, Missões e Campos de Cima da Serra, produtos como sal, açúcar, bebidas, móveis, tecidos, etc.


O FALECIMENTO DE JOHANNES JOSEPH WELTER


Johannes Joseph Welter veio a falecer em 13/02/1856, numa quarta-feira, na cidade de Rio Pardo RS, aos 45 anos de idade, por afogamento, sendo sepultado no Cemitério existente atrás da Igreja Matriz daquela cidade (Igreja de Nossa Senhora do Rosário). Conforme informações obtidas em seu inventário, Joseph teria desaparecido no dia treze daquele mês, tendo sido encontrado morto no dia seguinte, data em que foi sepultado (Arquivo Público do RS, Inventários, Nº 260, Maço 9, Estante 71, Ano 1860, 1º Cartório Órfãos e Ausentes, São Leopoldo - Porto Alegre). Este é o registro que consta na Cúria Metropolitana de Porto Alegre, cuja menção à idade não corresponde à realidade, dado que temos a informação sobre sua data de nascimento na Alemanha (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Rio Pardo, Livro de Óbitos Nº 6, pg. 58):



A Igreja Matriz de Rio Pardo


“Aos quatorze de fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta e seis anos, nesta cidade de Rio Pardo, faleceu por ter se afogado José Welter, casado, natural da Alemanha, com cinqüenta e quatro anos de idade (?). Foi por mim devidamente encomendado e jaz sepultado no cemitério nesta Matriz. Para constar, mandei fazer este assento que assino. O Vigário João Baptista da Motta Velloso.” Obs: o registro foi transcrito no português atual.



Registro de José Welter no Livro de Óbitos da Igreja Católica de Rio Pardo


Do antigo Cemitério da Matriz, que havia nos fundos da Igreja Matriz, não restaram vestígios. O sepultamento parece ter contrariado uma proibição que havia naquela época, pois, em 10 de maio de 1851, o vereador Oliveira Lima pede que seja comunicado ao Vigário a proibição de qualquer enterro no cemitério da Matriz, podendo ser feitos os sepultamentos dali em diante no cemitério no Moinhos de Vento, no antigo cemitério, até que ficasse pronto o Municipal (Uma luz para a história do Rio Grande: Rio Pardo 200 Anos: cultura, arte e memória, Vogt & Romero, Editora Gazeta Santa Cruz, 2010).

Conforme pesquisa realizada no Arquivo Histórico de Rio Pardo, em registros existentes nos Livros da Câmara Municipal, na época do fato foi aberto um processo ex-ofício para averiguar as circunstâncias da morte de Joseph Welter, dentro do qual teria havido a pronúncia de um suposto réu (os registros não mencionam o nome deste), inquirição de cinco testemunhas e realização do exame de corpo de delito. O processo foi remetido à Justiça e o Juiz, em sentença datada de 08/03/1856, concluiu que não procedia contra pessoa alguma a responsabilidade por sua morte, despronunciando assim o réu. Concluíram que se tratava de suicídio. O Município foi condenado a pagar a metade das custas do processo. Os autos deste processo não foram localizados, para uma melhor análise dos fatos (Livro de Atas da Câmara Municipal Nº 448, páginas 171 (Sessão de 15/04/1856) e 174 (Sessão de 13/05/1856); Livro de Registros Gerais Nº 51, páginas 265, 266 e 267 de 15/04/1856 – Arquivo Histórico de Rio Pardo).

A casa da família Welter situava-se a poucos metros do Passo do Jacuí (hoje denominada de Praia dos Ingazeiros), local onde muito provavelmente Joseph teria se afogado. Trata-se de uma praia do Rio Jacuí. Se foi procedente ou não a versão de suicídio, jamais teremos certeza. O fato é que os negócios pareciam ir bem e Joseph havia comprado há pouco tempo a casa de sobrado, que era bem localizada. A versão de morte acidental seria a mais razoável de ser adotada. Assim sendo, o verdadeiro motivo de sua morte permanecerá para nós um mistério.



À esquerda, o sobrado de dois andares que pertenceu à Família Welter -  Foto: Anos 1940


O DESTINO DA FAMÍLIA WELTER


Joseph não deixara testamento e a viúva Catharina foi a inventariante. Deixou os oito filhos menores: Catharina (16 anos) Barbara (15 anos), Carlos (14 anos), Francisco (10 anos), Maria (8 anos), os gêmeos João e Luiza (3 anos) e Josephina (6 meses). O filho José, que nasceu em 23/05/1851, não consta na relação de herdeiros no inventário, devendo ter falecido provavelmente em Estância Velha, pois nos livros de óbitos de Rio Pardo da Cúria Metropolitana seu nome não foi encontrado. Catharina ficou como tutora de seus filhos.

Foram inventariadas a casa e as mercadorias, definidos os devedores (Christóvão Baum, do Faxinal e Rita e Pedro Heissmann, de Capivari) e os credores (João Jaeger de Porto Alegre, Guilherme Bormann, da campanha, Kopp & Rech, José Rodrigues de Oliveira, João Raupp e Irmãos, Holtzrreisig e Companhia, Guilherme Stoll, Francisco P. da Rocha Paranhos e a viúva de Valentim Diehl). Catharina pediu ao juiz que alguns dos gêneros e fazendas (tecidos) não entrassem na partilha, para que pudesse saldar as dívidas. Assim foi feito, porém o dinheiro dos devedores não conseguiu cobrar.

Catharina, na data de 09/05/1856, pede um alvará ao juiz para a venda da casa da família. Querendo retirar-se para as colônias do município de São Leopoldo, onde dizia ter amparo de parentes e família, pediu a remoção dos bens de seus filhos, que tinham partes da casa de moradia para a aquisição de outros bens de raiz em São Leopoldo, além de poder vender a sua própria parte para esta aquisição, ou seja, queria aplicar o produto da venda das partes na aquisição de outros bens imóveis. Dizia ser mais vantajoso, porque o aluguel da casa era bom, mas não dava sequer o juro da lei. Prometeu prestar contas da venda. Provavelmente, neste mesmo ano, Catharina tenha ido morar com os filhos em Ivoti (ou Picada Bom Jardim que pertencia a São Leopoldo), onde viviam alguns membros da família Mossmann e da família Welter. O negociante Jacob Luchsinger, em Rio Pardo, ficou sendo o seu locatário, tendo o encargo de vender os gêneros. Parte destes levou para Ivoti e parte foi vendida em leilão em Rio Pardo, rendendo, porém, menos do que valiam. Somente em 04/09/1858 foi lavrada a escritura de venda para Jacob Luchsinger, através de procuração feita a Apolinário Francisco Ferreira Guimarães. Foi vendida por 1 conto e 650 mil réis em três pagamentos: 1 conto de réis à vista e dois de 325 mil réis, no prazo de seis e nove meses respectivamente. Catharina estava morando em Picada 48, localidade de Ivoti com os seus filhos (Arquivo Público do RS, Transmissões, Rio Pardo, Livro nº 16, 2º Notário).

Jacob Luchsinger nasceu em Glarus na Suíça. Imigrou antes do ano de 1846. Casou-se com a viúva de Friedlin Schmidt, Louise Christine Fayette, filha de Guillaume Fayette e de Christine Schönhardt. Guillaume Fayette era calvinista, nascido em Genebra, na Suíça, e era relojoeiro (Imigrantes Alemães – 1824/1852, Gilson Justino da Rosa). O casal teve um único filho: João Rodolfo Miguel Luchsinger, que se casou com Guilhermina Eichenberg, na data de 12/07/1873, em Rio Pardo (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Rio Pardo, Livro 5-B, pág. 377).

Em 31/08/1859, foi determinado que Catharina, na qualidade de tutora de seus filhos menores, prestasse contas, o que foi feito posteriormente por carta precatória ao Juiz de Órfãos de São Leopoldo. Esta apresentou as escrituras de compra dos imóveis, nomeando como procuradores os senhores Francisco Coelho de Souza e Epifanio Orlando de Paula Fogaça, para tratar de sua prestação de contas, que foi apresentada somente em 14/08/1860. Nela constou que, com o saldo da venda do sobrado em Rio Pardo e das mercadorias da casa de negócios, pagando-se as dívidas e contabilizando-se o prejuízo pelo não recebimento dos devedores, Catharina, como tutora, comprou para seus filhos a Colônia nº 2, à esquerda (Ala Oeste), na Picada Café (não corresponde aos limites da atual cidade, mas aos de Ivoti, na Picada Feijão), com 39 braças de frente e 1.600 braças de fundos, dividindo-se por um lado com terras de Pedro Schmidinger ou Schmisinger (sic) e, pelo outro, com Miguel Calsing por 2 contos e 400 mil réis. A colônia foi vendida por Frederico Bonnenberger, Guilherme Petry, Jacob Petry e suas esposas Ângela Bonnenberger, Catharina Petry e Maria Petry, respectivamente, através do procurador destes, Guilherme Ries em 30/07/1860. Catharina e seus filhos foram representados pelo procurador Francisco Coelho de Souza (Escrivão). Fonte: Inventário de Joseph Welter, fls. 52 a 56 e Arquivo Público do RS, São Leopoldo, Livro de Transmissões/Notas nº 7, fls. 99 a 101 v).

Com o passar do tempo, as terras já não valiam o preço que custaram, porque eram porções insignificantes, não suficientes para adquirirem os meios de subsistência pelos meios da agricultura. Catharina havia tratado uma compra de terras na Picada 48 e, para tanto, pediu ao Juiz dos Órfãos de São Leopoldo e ao Curador-Geral para efetuar a venda pelos filhos menores. Com o dinheiro desta venda e mais outra parte em dinheiro, poderia fazer tal aquisição. Catharina como tutora dos filhos João, Luisa e Josefa e os outros filhos que alcançaram a maioridade venderam as suas partes a Carlos Sänger na data de 05/11/1867. Consta que a área era de 39 braças por 1374 braças, diversamente da mencionada na compra em 30/07/1860 (Arquivo Público do RS, São Leopoldo, Livro de Transmissões/Notas nº 14, fls. 127 v a 129).

Catharina havia comprado na Picada 48 (Ivoti RS), na data de 03/02/1857, por escritura pública feita a Pedro Schmitt e sua mulher Julianna Schmitt, metade do Lote nº 14, ou seja, 80 mil braças quadradas, com uma casa de moradia e benfeitorias, por 1 conto e 500 mil réis (Arquivo Público do RS, São Leopoldo, Livro de Transmissões/Notas nº 4, fls. 77 e 77 v). Posteriormente, comprou de Miguel Schu e sua esposa Felippina, em 27/02/1862, mais ¼ desta colônia ou 40 mil braças², por 700 mil réis (Arquivo Público do RS, São Leopoldo, Livro Transmissões/Notas nº 9, fls. 73 v e 74).



A parte da frente do antigo sobrado em Rio Pardo fotografado por esta pesquisadora no ano de 2007 


Com a permissão judicial, Catharina comprou para os filhos menores, João, Luisa e Josephina, o restante da área do Lote nº 14 na Picada 48 Colônias (Ivoti RS), com 21 braças e ¾ de frente, por 1600 braças de fundos, incluída uma pequena casa e benfeitorias, pertencente a Eduardo Grünevald e sua mulher Catharina Welter, irmã dos menores, por escritura pública lavrada a 05/11/1867 e pelo preço de 1 conto de réis. Catharina alegava que nas terras havia uma pequena casa de qualidade superior, tendo esta capacidade suficiente para nela morar com os filhos menores, João, Luisa e Josephina  (Arquivo Público São Leopoldo, Livro Transmissões/Notas nº 14, fls. 129 v a 130 v).

As filhas Catharina, Barbara e Maria eram casadas na época. O filho José falecera antes de abril de 1856. Carlos faleceu entre 1866 e 1867 na Guerra do Paraguai, sem deixar descendentes e do filho Francisco não se tem notícias. João, Luisa e Josephina casaram-se posteriormente. Josephina foi a única que permaneceu na Picada 48, no mesmo lote em que vivia a mãe, até a sua morte prematura durante o parto da última filha.



Localização do Lote nº 14 da Picada 48 Alta, no mapa de 1870, onde se lê o nome do filho João Welter


Catharina faleceu em 11/10/1883, aos 67 anos, segundo consta, de apoplexia, em Ivoti, no Rio Grande do Sul. Teria sido sepultada no Cemitério Católico deste Município, porém a sua lápide não foi encontrada. Refere-se que a parte mais antiga deste Cemitério foi transformada em estacionamento, ocasião em que foram destruídas as lápides existentes neste local. No século XX, a casa que pertenceu a Joseph Welter sofreu um incêndio originado na Padaria Sperb que funcionava no andar térreo, restando apenas as paredes da casa em péssimo estado. Com grande satisfação soube que, no ano de 2001, a casa havia sido tombada como patrimônio histórico do Município de Rio Pardo, e deverá ser restaurada de forma a restabelecer a sua arquitetura original. No ano de 2009, a casa aparece no selo de comemoração dos 200 Anos da Câmara de Vereadores do Município (o sobrado de dois andares à esquerda).

(VER PUBLICAÇÕES COM O TÍTULO: A GENEALOGIA DE UM SOBRADO, NESTE BLOG)



O sobrado aparece no selo de comemoração dos 200 Anos de Rio Pardo


BARBARA WELTER


Barbara Welter, minha trisavó (3ª avó), nasceu em 14/05/1840 na antiga colônia alemã de Costa da Serra (povoada desde 1826), que atualmente corresponde aos territórios das cidades de Campo Bom e Hamburgo Velho, sendo que esta última veio a se tornar um bairro da cidade de Novo Hamburgo. Era filha de Johannes Joseph Welter (*30/01/1811 Buch – Renânia-Palatinado, Alemanha/+13/02/1856 Rio Pardo RS) e Anna Catharina Mossmann (*19/05/1816 Fronhofen – Renânia-Palatinado, Alemanha/+11/10/1883 Ivoti RS).



Assinatura de Barbara Welter


O CASAMENTO


Casou-se em 21/05/1861 em Dois Irmãos RS, com Pedro Schuster (*1840 Picada Verão, Sapiranga RS/+07/06/1889 Despique, Pareci Novo RS), meu trisavô (3º avô), filho de Andreas Schuster e de Maria Anna Kossmann (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Dois Irmãos, Livro nº 1, pág. 14). Foram testemunhas Andreas Schuster e João Welter. Celebrou o casamento o Vigário August Lipinski. O casal teve onze filhos.

                                                                  
Registro de casamento de Barbara Welter e Pedro Schuster no Livro da Igreja Católica de Dois Irmãos


A antiga Igreja Matriz de Dois Irmãos - Foto: Arquivo Pessoal


O LOCAL DE RESIDÊNCIA


Na época do casamento, Pedro Schuster morava na cidade de Dois Irmãos RS, enquanto que Barbara Welter residia na Picada 48 Alta, localidade de Ivoti RS, no Lote nº 14 com sua mãe e irmãos. Após o casamento, cuja celebração ocorreu na data de 21/05/1861 em Dois Irmãos, o casal foi residir em Ivoti. Na escritura de venda do Lote nº 2B, da Ala Oeste da Picada Feijão, localidade de Ivoti, pela sogra Catharina Mossmann Welter, em 05/11/1867, constata-se que Pedro Schuster e Barbara Welter residiam nestas terras e continuariam nelas até o final de maio de 1868, a fim de colher as plantações que haviam realizado e as que ainda iriam fazer. Após este prazo, as terras seriam entregues ao novo proprietário Carlos Sänger. Entre os anos 1868 e 1869, a família foi residir em Tupandi RS, até pelo menos o ano de 1887 (ano do casamento da filha Elisabetha). 


A Igreja Católica de Tupandi - Foto: Arquivo Pessoal


Pedro Schuster havia comprado terras de Bello Rodigues Machado (de quem seria depois seu vizinho), com uma área de 118.000 braças², na localidade de Despique, naquela época pertencente ao Município de Montenegro, sendo que estas ficaram hipotecadas, até o pagamento total da dívida. Num documento datado de 15 de maio de 1889 (Arquivo Público RS, Inventários, Órfãos e Ausentes, Montenegro, Nº 511, Maço 20, Estante 151, Ano 1889), Pedro Schuster e sua esposa acertaram a venda de parte de suas terras, que correspondia à área de 50 mil braças², a Felipe Heck, pela quantia de 2 contos e 500 mil réis. Esta quantia serviria para levantar a hipoteca, e saldar a dívida com Bello Rodrigues Machado. Pedro Schuster, que além de não saber ler e nem escrever, tinha um problema de visão, pedindo, então, a outra pessoa que assinasse o documento a seu rogo: “(...) por não saber ler nem escrever e mesmo impossibilitado pela falta de vista, pediu ao senhor Antônio Machado de Souza Filho, para que se digne a assinar a seu rogo (...)”. Ocorre que Pedro Schuster faleceu 23 dias depois, na data de 7 de junho de 1889, sendo então reclamada a devolução daquela quantia por parte de Felipe Heck, por não haver sido concretizado o negócio, pois havia a imposição de saldar a hipoteca, para que lhe fosse passada a escritura. Somente depois de entrar no inventário de Pedro Schuster é que Heck obteve a quantia de volta. 

Documento de venda a Felipe Heck: “Pedro Schuster e sua mulher D. Barbara Schuster, senhores possuidores (além de outras terras) de meia colônia de cinquenta mil braças quadradas, sitas no Despique, município de São João do Monte Negro, contrataram a venda desta meia colônia ao Senhor Felippe Heck, pelo preço a quantia de dois contos, quinhentos mil réis. A referida quantia receberam pelo comprador por um especial favor, para poder pagar ao Senhor Bello Rodrigues Machado, de quem compraram a referida colônia. E ainda está hipotecada ao mesmo Senhor Machado e obrigam-se os vendedores a passar a escritura pública ao senhor Heck ou quem for apresentado pelo mesmo, logo que a quantia estiver paga ao Senhor Machado. E para (...) assinam o presente. E por não saber ler nem escrever e mesmo impossibilitado pela falta de vista, pediu ao Senhor Antônio Machado de Souza Filho, para que se digne a assinar a seu rogo, na presença das testemunhas indicadas, João Mariano Rodrigues e Laurindo Antonio de Mello. Despique, 15 de maio de 1889. Antônio Machado Souza (Filho), Barbara Schuster, João Mariano Rodrigues, Laurindo Antônio de Mello. Reconheço sobre a fé de meu cargo serem verdadeiras as quatro assinaturas supra. Eu Manuel Rodrigues Machado Filho, escrivão de Paz, da Paróquia da Harmonia”.



Vista dos campos de cultivo da localidade de Despique - Foto: Arquivo Pessoal


Bens constantes do inventário.  Móveis: 1 mesa de jantar, 2 bancos, 1 relógio americano, 4 cadeiras, 4 camas, 2 caixas de madeira, 1 máquina de costura, 1 carreta de 4 rodas, 1 tacho de cobre, 1 panela de ferro grande e 4 pequenas, louça de cozinha. Animais: 4 bois, 1 vaca com cria e 1 sem cria, 3 novilhas, 1 touro, 3 cavalos e 20 porcos. Bens de raiz: 1 colônia de terras compradas de Bello Rodrigues Machado e sua mulher, com 118.000 braças² em Despique (naquela época pertencente a Montenegro), pela frente à leste com terras de Felício Luiz Veigas, pelos fundos a oeste com herdeiros de José Apolinário de Menezes, ao norte com o mesmo Veigas e ao sul com Bello Rodrigues Machado; uma casa de moradia e casinha pegada à mesma e um pequeno arvoredo, sendo a casa de madeira, paredes de tijolos, coberta de telhas em mau estado, com uma porta e quatro janelas; uma atafona, com galpão coberto de telhas, em mau estado de conservação. Dívidas passivas: “a herança deve a Felipe Heck a quantia de 2 contos e 500 mil réis, que o inventariado recebeu, para levantamento de uma hipoteca das terras acima por conta de terras que havia tratado vender, mas que não chegaram a efetuar a venda, como consta do documento passado pelo inventariado”. Dívidas com Miguel Henz, João Hartmann, João Simoni e Miguel Klein.


OS FILHOS (VER FAMÍLIA SCHUSTER)


I-Catharina Schuster (*30/07/1862 Ivoti RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, São Leopoldo, Livro nº 5, pág. 69/+15/11/1943 Pareci Novo RS), minha bisavó,  casou-se com Jacob Schmitz (*20/10/1861 Tupandi RS/+18/10/1944 Pareci Novo RS), meu bisavô, filho de Nicolau Schmitz e Anna Maria Schmitz, na data de 30/01/1883 em Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 25 v). Catharina e Jacob são os pais de Idalina Schmitz que posteriormente veio a se casar com Jacob Göller Sobrinho, neto de Johann Göller, genearca-imigrante da família Göller. Residiam em Pareci Novo RS. O casal teve 5 filhos: João, Emilia, Albino, Idalina e Pedro Raymundo;



Família de Catharina Schuster Schmitz: da esquerda para a direita Albino, Catharina, Jacob, Pedro Raymundo  (menino), Emília, João e Idalina (minha avó) - 1901-1902 Pareci Novo RS


II-Carlos Schuster Sobrinho (*21/06/1864 Ivoti RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, São Leopoldo, Livro nº 6, pág. 10/+29/01/1920 Toropi, Julio de Castilhos RS) casado com Isabel Schaedler (*RS/+RS), filha de Sebastião Schaedler e Margarida Machry, na data de 05/05/1885 em Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 30). Residiam em Harmonia RS. O casal teve 9 filhos: Afonso, Gertrudes Amália, Maria Balbina, Ernesto, Elisabetha Natália, Anna Catharina, Carolina Ottilia, Albino Ignacio e Aloysio Arthur;


III-Philippe Schuster Sobrinho (*17/03/1866 Ivoti RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Dois Irmãos, Livro nº 2, pág. 27/+Antes 1961 RS) casou-se com Anna Heck (*1869 São Bento RS/+15/06/1961 Montenegro RS), filha de Philippe Heck e Margarida Kuhn, na data de 09/02/1889 em Harmonia RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Harmonia, Livro nº 1, pág. 2 v). Residiram em Pareci Novo RS. O casal teve 12 filhos: Balduino, Maria Rosa, Marcolina, João Albano, Pedro Reinaldo, Guilherme, Elisabetha Malvina, Otilia, Maria Luiza, Maria Ilfrida, Frida Hilda e Celita.


IV-Carolina Schuster (*15/01/1868 Ivoti RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Dois Irmãos, Livro nº 2, pág. 45/+08/08/1914 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Óbitos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 55 v) casada com Pedro Junges (*15/11/1865 Tupandi RS/+15/06/1948 Tupandi RS), filho de Johann Junges e Anna Bach, na data de 09/11/1886 em São Salvador – Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 34 v). Faleceu aos 45 anos com hidropisia. Residiam em Tupandi RS. O casal teve 16 filhos: Reinoldo, Balduino, Leopoldo, José Albino, Aloysio, João Aloysio, Conrado Wilibaldo, Maria Barbara, Wendelino Walfredo, Jacó Alfredo, João Albino, Ana Luiza, Carolina, Pedro Affonso, Catharina Elidia e Germano José; 


V-Ernesto Schuster (*13/01/1870 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, São José do Hortêncio, Livro nº 3, pág. 73/+23/04/1934 Tapera RS) casou-se com Maria Marx (*30/07/1873 Linha Julio de Castilhos, Salvador do Sul RS/+Após 1912 RS), filha de João Marx e Maria Stein, na data de 21/01/1893, em Harmonia RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Harmonia, Livro nº 1, pág. 8). Residiam em Não-Me-Toque RS. O casal teve 10 filhos: Pedro Aloysio, José Antonio, Carlos Oswaldo, Nicolau Fridolino, João Ernesto, Maria Balbina, Avelino Rodolfo Martim, Anna Irma, Alfredo Arthur e Celamira Barbara. Ernesto casou-se em segundas núpcias com Emilia Hessel (*25/08/1881 RS/+RS), filha de Theodoro Hessel e Maria Hessel, tendo 7 filhos deste casamento: Elzira Emilia, Jacob Aloisio, Selvina Florida, Rosalina, Paulo Pedro, Pedro Kanisius e João Antônio. Residiam em Tapera RS;


VI-Elisabetha Schuster (*28/09/1871 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, São José do Hortêncio, Livro nº 3, pág. 120/+13/02/1930 Despique – Pareci Novo RS) casou-se com João Hilgert (*19/05/1868 RS/+03/06/1939 Despique – Pareci Novo RS), filho de Francisco Hilgert e Elisabetha Kuhn, na data de 09/08/1887 em Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 36 v). A família residia em Despique, localidade de Pareci Novo RS. O casal teve 9 filhos: Catharina, João Leopoldo, Pedro Carlos, Helena Malvina, Reinoldo Felippe, Emilio Guilherme, Maria Carolina, Aloysio Helmuth e Anna Maria;


VII-Maria Amália Schuster (*31/03/1875 Tupandi RS - Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 15/+27/05/1924 Montenegro RS) casada com Pedro Antonio Ely (*17/12/1870 RS/+20/02/1927 Garibaldi RS), filho de Jacob Ely e Maria Anna Kray, na data de 24/01/1893, em Harmonia RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Harmonia, Livro nº 1, pág. 8). A família residiu inicialmente em Santa Rita, localidade de Tupandi RS. 

O casal teve 7 filhos: Osvino Waldemar, Jacob Alfredo, Carlos Arthur, Álvaro, Maria Elma, Rodolpho Miquini e Ilza Alzira. Pedro Antonio foi Suplente do Juiz Seccional Substituto em Garibaldi RS, foi nomeado e promovido para a Guarda Nacional, na Comarca de Caxias no 169º. Regimento de Cavalaria, como Capitão Ajudante e possuía a Sociedade Pedro Antonio Ely e Filhos para beneficiamento de madeiras;


VIII-Guilherme Schuster (*30/01/1887 Tupandi RS - Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 49/+RS). casou-se com Perpétua Carolina Ferreira (*1880 RS/+RS), filha de Giogo Jacintho Ferreira e Carolina Maria Ferreira, na data de 08/10/1904, em Veranópolis RS (CRCPN Veranópolis, Livro Registros de Casamento B-4, fl. 186, nº 46). O casal teve pelo menos 5 filhos: João, Maria Ilza, Carolina Andresa, Maria Olga e Guilhermina;


IX-Albino Schuster (*31/03/1880 Tupandi RS - Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 74/+Antes 17/10/1916 São Pedro do Sul RS) casou-se com Rosina Belotti (*Garibaldi/+RS), filha de Carlos Belotti e Catharina Degani, na data de 18/04/1904, em Harmonia RS (Cúria Porto Alegre, Harmonia, Livro Casamentos nº 1, fl. 35 v). O casal teve 5 filhos: Rudolpho, Luiz, Malvina Sybilla, Elma Maria e Elza;


X-Anna Catharina Schuster (*06/01/1883 Tupandi RS - Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 99/+RS) casou-se em 03/07/1906, em São Sebastião do Caí RS, com Carlos Nicolau Hoffmann (*1879 RS/+RS), filho de Carlos Hoffmann e Maria Kruger (CRCPN São Sebastião do Caí, Livro Registro de Casamentos B-2, fl. 111 verso, nº 14). O casal teve pelo menos 4 filhos: Avelino Francisco, João Carlos, Pedro Onório e Antonio Lucio;


XI-Pedro Aloysio Schuster (*13/01/1886 Tupandi RS - Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 2, pág. 29/+RS) casou-se com Isabella Eugênia Nonnenmacher (*RS/+RS), filha de Jacob Nonnenmacher e Anna Catharina Hans, na data de 26/11/1912, em Pareci Novo RS (Cúria Porto Alegre, Harmonia, Livro de Casamentos, nº 1, fl. 58). O casal teve pelos menos 2 filhos: Maria Iracema Justa e Aloysio Heriberto.



O FALECIMENTO DE BARBARA WELTER


Barbara Welter faleceu em 09/11/1914, e foi sepultada no Cemitério Católico de Despique, localidade de Pareci Novo RS.



A lápide do túmulo de Barbara Welter Schuster - Despique, Pareci Novo RS - Foto: Arquivo Pessoal


O túmulo de Barbara Welter no Cemitério Católico de Despique - Pareci Novo RS - Foto: Arquivo Pessoal


Ver a continuação: Família Welter 2ª Parte – Genealogia