Família Mossmann 4ª Parte - Ramo Johann Mathias Mossmann

JOHANN MATHIAS MOSSMANN

Johann Mathias Mossmann nasceu em 31/12/1819 em Fronhofen, Renânia-Palatinado, Alemanha, filho de Johann Jacob Mossmann e de Maria Gertrudes Neumann. Era chamado pelo nome de Mathias. Era agricultor e de religião católica. Nos registros de seus descendentes aparece quase sempre a grafia do sobrenome com apenas um “s”. Recebeu o nome de seu bisavô.

O CASAMENTO COM CLARA DIEHL

Mathias Mossmann casou-se com Clara Diehl (*1820/1821 Bodenheim/+25/02/1895 Santa Cristina do Pinhal RS), filha de Paul Diehl e Margaretha Fray (ou Fay), por volta de 1842, possivelmente na localidade de Lomba Grande (Novo Hamburgo RS). Tiveram 9 filhos.

OS FILHOS

1-Catharina Mossmann (*30/10/1843 Lomba Grande RS/+RS) teve um filho chamado Guilherme Mossmann; casou-se em primeiras núpcias com José Antônio Schroeder, na data de 17/09/1863, em São Leopoldo RS, filho de João Frederico Schroeder e de Genoveva Maria dos Santos, tendo a filha Maria Luisa; em segundas núpcias, casou-se com Cândido Cabral de Mello, filho de Maria das Dores Cabral de Mello, em 22/09/1872, em Santa Cristina do Pinhal; 


2-Paulo Mossmann (*1845/1846 Lomba Grande RS/+Antes 1903 Taquara RS) casou-se com Catharina Elisabeth Eltz (*12/08/1850 Campo Bom RS/+21/02/1911 Taquara RS), filha de Philipp Eltz e de Catharina Glaser, na data de 11/07/1869, em Santa Cristina do Pinhal RS. O casal teve pelo menos um filho, chamado Felippe;

Felippe Evaldo Mossmann (falecido em 2014), filho de Ottolino Acelino Mossmann e Hilda Fernandes, bisneto de Paulo Mossmann e Catharina Elisabeth Eltz, trineto de Johann Mathias Mossmann e Clara Diehl, com a esposa Vera e o neto Bernardo

3-Jacob Mossmann (*08/02/1848 Lomba Grande/+RS) casou-se com Idalina Aurora de Castro (*1851 Porto Alegre RS/+21/01/1885 RS), filha de João Hermes de Castro e de Afra Idelfonso de Abreu, na data de 15/08/1872, em Santa Cristina do Pinhal RS. O casal teve pelo menos sete filhos: Afra, Donata Aurora, Alfredina, Libório, Gabriel, Clara Aurora e Gabriela Aurora;


4-Elisabetha Mossmann (*13/03/1850 Lomba Grande RS/+RS), sem mais notícias;


5-João Mosmann (*10/07/1851 Aldeia dos Anjos, Gravataí RS/+22/07/1946 Parobé RS) casou-se com Rita de Souza Pires (*13/04/1865 Santa Cristina do Pinhal RS/+19/01/1935 Parobé RS), filha de Moysés Ferreira de Souza e de Maria José Pires de Souza, na data de 26/12/1878, em Santa Cristina do Pinhal RS. O casal teve quinze filhos: Moysés, Clara, João Filho, Eduardo, Odorico, José, Maria José, Alberto, Mário, Ritta, Marieta, Maria Julieta, Maria Antonieta, Manoel e Diógenes. 

Lápide do túmulo de João Mosmann - Parobé RS. Foto: Arquivo Pessoal

O povoamento, onde hoje se encontra a Sede do Município de Parobé, teve início por volta de 1870, com o desmembramento de duas fazendas: a Fazenda Pires e a Fazenda Martins, localizadas na margem direita do Rio dos Sinos. Dos desmembramentos da Fazenda Martins, surgiu a Fazenda Fay e da Fazenda Pires surgiu a Fazenda Mosmann. João Mosmann, filho de Johann Mathias Mossmann e de Clara Diehl, residentes em Santa Cristina do Pinhal, casou-se com Rita de Souza Pires, recebendo a área em que hoje está localizada a cidade de Parobé. O centro da cidade fazia parte desta Fazenda. Os residentes nestas fazendas viviam principalmente da agricultura e da pecuária.

INFORMAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE JOÃO MOSMANN


Até o final do século XIX, as localidades eram conhecidas pelos nomes das fazendas já referidas. O crescimento da região deu-se no início do século XX, com a construção da estrada de ferro, a qual foi inaugurada em 1904, recebendo o nome de Parobé em homenagem ao sobrenome do engenheiro responsável pelo projeto ferroviário Novo Hamburgo-Taquara-Canela. Esta é a origem do nome do Município. O local escolhido para a estação antes de Taquara foi a localidade hoje denominada de Funil, mas tal intenção não foi concretizada, pela falta de um doador do terreno para esta finalidade. A estação acabou sendo construída nas terras doadas por João Mosmann. O prédio desta estação localiza-se ainda hoje no centro da Praça Principal do Município de Parobé. Ao redor da antiga Estação Rodoviária, as casas foram sendo construídas e um ativo comércio teve início. Em 1908, Parobé passou a ser distrito de Taquara. Em 1918, foi construída a Igreja Católica. A partir de 1940, começaram a serem instaladas as primeiras indústrias. Nesta época, iniciou-se a generalização do transporte rodoviário, quando foi construída a estrada que ligava Porto Alegre a Taquara. Com isto, o transporte ferroviário e fluvial declinou. Em 1973, Parobé passou a ser um bairro de Taquara, emancipando-se somente em 01/05/1982. Logo após, Santa Cristina do Pinhal se desvinculou de Taquara, passando a ser distrito de Parobé. No início, este município possuía os seguintes distritos: Sede, Santa Cristina e Campo Vicente. Em 1987, Campo Vicente passou a pertencer a Nova Hartz, sendo substituído por Poço Fundo. Em 01/05/1945 foi fundada a indústria de massas e biscoitos Mosmann Alimentos Ltda. (grafia com “s”).

A estação de Parobé foi aberta em 1903 em terrenos de João Mosmann, desmembrados da Fazenda Pires. Na época, a casa mais próxima à novíssima estação era a de João Mosmann, dono das terras que foram desta antiga fazenda, distante cerca de 500 metros. A vila, depois cidade e município de Parobé, formou-se em volta da estação deserta e, cinco anos depois, já era um dos distritos de Taquara. Os trens foram desativados, assim com a estação e o trecho, no ano de 1964. O prédio da estação esteve desocupado e abandonado até 2005, tendo sido muito descaracterizado durante os últimos anos. Em 2006, a antiga estação foi transformada em museu.

A antiga Estação Ferroviária de Parobé RS - Ano 1903

O antigo prédio transformado em Museu - Parobé RS. Foto: Arquivo Pessoal

Conhecido na comunidade pelas suas características de liderança, João Mosmann representou Parobé perante a Câmara de Vereadores da cidade de Taquara. Com seus conhecimentos sobre homeopatia e botânica, era muito procurado para socorrer os enfermos com suas fórmulas caseiras à base de plantas medicinais.

6-José Mossmann (*08/10/1853 Santa Cristina do Pinhal RS/+07/11/1906 Santa Cristina do Pinhal RS) casou-se com Maria Francisca Ferreira de Souza (*30/07/1860 Santa Cristina do Pinhal RS/+16/04/1928 Santa Cristina do Pinhal RS), filha de Antônio Ferreira de Souza e de Ricarda Maria de Souza, na data de 20/04/1879, em Santa Cristina do Pinhal RS. O casal teve 16 filhos: Mathilde, Adriana, Antônio, Rita, Luiz, Elisio, João Druck, José Filho, Maria Olina, Germano, Avelino, Amândio, Amália, Clara, Idalino e Lindolpho;

Gustavo Mossmann, tetraneto de Johann Mathias Mossmann, descendente de José Mossmann e Maria Francisca Ferreira de Souza, com a esposa Janaína

7-Maria Angélica Mossmann (*27/10/1856 Santa Cristina do Pinhal RS/+RS) teve pelo menos quatro filhos: Ritta, Manoel, Eugênio e Antônia;


8-Manoel Mossmann (*08/07/1858 Santa Cristina do Pinhal RS/+1936 RS) casou-se com Maria Débora Paim da Silveira (*1863 Lomba Grande RS/+Lomba Grande RS), filha de Diogo Paiva da Silveira e de Anna Maria da Silveira, na data de 27/01/1883, em Santa Cristina do Pinhal RS. O casal teve dez filhos: Deliosa, Anna, Avelino, João, Sueli, Celina, Eudóxia, Maria Lidia, Odilo e Alvina;


9-Antônio José Mossmann (*09/06/1861 Santa Cristina do Pinhal RS/+17/08/1937 Santa Cristina do Pinhal RS) casou-se com Maria Izabel Medina (*1869 Lomba Grande RS/+12/09/1955 Santa Cristina do Pinhal RS), filha de Antônio José Medina e de Josefina Foerster. O casal teve 11 filhos: José, José Sobrinho, Dionisius, Maria da Conceição, Idalin, João Oscar, Elvira, Hugo, Álvaro, Octacílio e Adolfina.

O LOCAL DE RESIDÊNCIA

No recenseamento de 1849, feito por ordem do Diretor da Colônia de São Leopoldo, consta que Mathias e sua família viviam na região de Sendente e Guary, no lote de terras de nº 44, juntamente com outros colonos. Na época, a área também era denominada Sentença ou Sendenz, Guaria e Tavaria, correspondendo hoje à região de Lomba Grande, localidade de Novo Hamburgo RS. Nesta época, Mathias era sapateiro, mas já possuía 14 cabeças de gado. Na época do nascimento e do batismo do filho João Mosmann, no ano de 1851, a família residia na Aldeia dos Anjos, nome antigo de Gravataí RS, confirmado mais tarde no registro de batismo do neto José Mosmann Sobrinho, que afirmava o mesmo. Entre os anos de 1853 e 1856, a família radicou-se na localidade de Santa Cristina do Pinhal, que atualmente pertence à cidade de Parobé RS.

Mapa de 1849: a antiga Sendente e Guary (Lomba Grande, Novo Hamburgo RS)

Conforme seu inventário, Mathias possuía um terreno de cultura situado na Fazenda São João do Pinhal, em Santa Cristina do Pinhal, com a superfície de 75.000 braças ², limitando-se ao sul com terras de Arnaldo Wolkart, pelo norte com terras dos filhos de Jacob Mossmann, pelo oeste com terras de Cabral e pelo leste com a estrada que de Santa Cristina vai para Santa Cruz, este avaliado em 2 contos e 500 mil réis. Consta no inventário outro terreno sito na fazenda do finado David, em Santa Cristina do Pinhal, com a área de 50.000 braças ², limitando-se pela frente, a leste, com a estrada que de Santa Cristina vai para a Arnaldo, pelos fundos, a oeste, com a estrada que vai para Santa Cruz, pelo norte com terras que são ou foram de Jacob Bossle e pelo sul com terras dos herdeiros da finada Perpétua, avaliado em 1 conto e 500 mil réis.

O FALECIMENTO DE MATHIAS MOSSMANN


Mathias faleceu no dia 16/09/1888, aos 68 anos, em Santa Cristina do Pinhal, atual distrito de Parobé RS (Arquivo Público do Estado do RS, Inventários, Cível e Crime, Taquara, Nº 72, Maço 2, Estante 152, Ano 1895).

Lápide do túmulo de J. Mathias Mossmann no Cemitério Católico de Santa Cristina do Pinhal - Parobé RS. Foto: Arquivo Pessoal

Ver a continuação: Família Mossmann 5ª Parte – Jacob Mossmann (Filho)