O amado Livro de Recordações |
Nos tempos de Colégio, entre os Anos 1960 e 1970, havia a “febre” dos Livros de Recordações, aqueles em que as amigas e colegas escreviam pensamentos, poemas e frases, adornados com desenhos ou colagens e que, invariavelmente, eram finalizados com dedicatórias e promessas de amizade eterna...
Numa das noites de minha infância, quando apareceu no céu a Estrela D’Alva (Vênus), emoldurada pela janela do meu quarto do nosso apartamento da Rua Riachuelo, fiz-lhe um pedido para que ela me desse de presente um destes livros. E, se não fosse pedir muito, queria um com uma capa que tivesse a aparência de madrepérola... Mas o livro não veio naquela época, senão muito tempo depois. Acho que o ganhei somente no ano seguinte, no dia de meu aniversário.
Com o tempo, de tanto andar de mão em mão, as folhas do Livro de Recordações acabaram se despencando, e a magia do pequeno livro desapareceu repentinamente dentro do nebuloso mundo da moda estudantil... Mas houve pelo menos um substituto: o caderno de questionários, em que a gente fazia um monte de perguntas para que as amigas respondessem tim-tim por tim-tim o que lhes era questionado. Era como desafiar os limites da imaginação...
Um versinho - devaneio típico daquele tempo -, que ficou na minha memória era este:
"Dentro da noite mais densa,
Navegarei sem rumores,
Seguindo por onde fores,
Como um sonho que se pensa..."
Imagens: Internet
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