segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Família Abarno 7ª Parte - Ancestrais e Descendentes - Alfonsina Abarno


ALFONSINA ABARNO


Alfonsina Abarno, minha avó, era filha de Nicola Abarno e de Maria do Carmo Benites Machado, nascida na data de 01/01/1891, na cidade de Alegrete RS (CRCPN Alegrete RS, Livro A-4, nº 288, fl. 70). As datas de nascimento nos diversos documentos são conflitantes, mas o presente estudo privilegiou a data informada pela própria Alfonsina e transmitida à filha Philomena, minha mãe. No registro de seu nascimento, Nicola Abarno declarou, que Alfonsina nascera em 29/12/1891, e que havia sido batizada na Paróquia de Alegrete, sendo seus padrinhos João Alves Pahim e Francisca de Souza Pahim. Porém, no registro de batismo, realizado em 14/03/1891, constou que Alfonsina havia nascido em 30/01/1891. Como o dia 1º de janeiro foi-me passado pela tradição oral, considero este como sendo o dia correto (Cúria Uruguaiana, Alegrete, RS, Livro Batismos nº 19, fl. 51 verso).


Alfonsina Abarno Giuseppe - 22/12/1951 Porto Alegre RS


O CASAMENTO COM ROCCO DI GIUSEPPE

Alfonsina Abarno casou-se aos 14 anos de idade com o italiano Rocco Di Giuseppe (*23/03/1876 Anzi, Província de Potenza, Itália/+31/08/1949 Alegrete RS), meu avô, filho de Francesco Paolo Di Giuseppe e de Filomena De Fina, com 28 anos de idade, na data de 18/03/1905, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Aparecida de Alegrete. Foram testemunhas Francisco Lorenzo e João Alves Paim (Cúria de Uruguaiana, Livro Casamentos Alegrete 1880-1911, Livro nº 12, fl. 64 v). O casamento civil foi realizado na mesma data, na casa de meu bisavô Nicola Abarno, tendo como Juiz de Paz João Paulo de Freitas Valle. Testemunhas: Francisco Lorenzo, artista, natural da Itália, Carmem Machado, João Alves Pahim, criador, e Francisca de Souza Pahim (CRCPN Alegrete, Livro B-3, nº 24, fl. 46). O casal teve dois filhos. 


Alfonsina Abarno Giuseppe e Rocco Di Giuseppe


OS FILHOS


I-Francisco Abarno Giuseppe (*23/05/1906 Alegrete RS/+07/09/1977 Alegrete RS) casou-se com Carmen Orofino Juliani (*16/05/1904 Alegrete RS/+07/10/1964 Alegrete RS), filha de Gabriel Juliani e de Maria Dominga Orofino, na data de 25/09/1926, na cidade de Alegrete RS. Francisco era Funcionário Público aposentado. O casal teve dois filhos:


Francisco Abarno Giuseppe e Carmen Juliani Giuseppe


I-1-Walter Juliani Giuseppe (*22/06/1929 Alegrete RS/+30/01/2002 Alegrete RS) casou-se com Terezinha Fabres Marques (*20/03/1929 Alegrete RS/+15/05/2010 Alegrete RS), filha de Maurílio Marques e Cecília Fabres, na data de 16/06/1951, em Alegrete RS. Walter era Economista, Professor, tendo sido Vereador em Alegrete. O casal teve três filhos: Walter Marques Giuseppe (*14/09/1954 Alegrete RS/+14/09/1954 Alegrete RS); Marco Antônio Marques Giuseppe (*23/08/1956 Alegrete RS), que foi casado com Vera de Oliveira (*28/12/1959 São Leopoldo RS), em 04/05/1985, em São Leopoldo RS, os quais tiveram os filhos Matheus e Juliana; Cláudia Marques Giuseppe (*11/10/1964 Alegrete RS) casada com Renato Brandolt (*30/09/1963 Alegrete RS), em 12/01/1990, em Alegrete RS.



Tereza, Marco Antônio, Vera e Walter - 1985 São Leopoldo RS


Cláudia, Renato, Tereza e Alfonsina Juliani Giuseppe - 2002 Alegrete RS


Juliana e Mateus - São Leopoldo RS



I-2-Alfonsina Juliani Giuseppe (*22/01/1936 Alegrete RS/+01/10/2009 Alegrete RS). Era Professora Municipal aposentada. Solteira, sem filhos.


Alfonsina e a afilhada Fernanda Matter Torres - 08/10/1990 Alegrete RS



II-Philomena Abarno Giuseppe (*16/11/1925 Alegrete RS/+10/02/1996 Porto Alegre RS), minha mãe, casou-se com Egon Göller (*13/08/1921 Pareci Novo RS/+12/08/1993 Porto Alegre RS), meu pai, Bancário, filho de Jacob Göller Sobrinho e Idalina Schmitz, na data de 26/02/1949, em Alegrete RS, tendo o casal três filhos: 


Philomena e Egon - 1950 Carazinho RS


II-1-Eneida Göller (*30/12/1949 Carazinho RS/+30/12/1949 Carazinho RS);


II-2-Roque Göller (*22/12/1950 Ijuí RS/+18/01/2017 Porto Alegre RS) casou-se, em primeiras núpcias, com Elizabete Maria Baum (*17/07/1953 Guaíba RS), em 25/05/1973, em Porto Alegre RS, em segundas núpcias, com Ceni Dorvalina Fonseca (*02/04/1956 São Lourenço RS), em 03/12/1994, em Porto Alegre RS. Era Funcionário Público Federal aposentado do Ministério da Saúde. Faleceu de infarto e insuficiência renal. Foi sepultado no Cemitério São Miguel e Almas em Porto Alegre;


Roque Göller e Ceni Dorvalina Fonseca Göller - 2010 Porto Alegre RS



II-3-Lisete Göller (*06/02/1956 Porto Alegre RS) Funcionária Pública Estadual aposentada. Formada em Nutrição, em 1982, pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura (1ª Turma) e em Ciências Contábeis, no ano de 2002, pela UFRGS. Teve uma filha: Fernanda Göller (*22/08/1984 Porto Alegre RS).


Lisete e Fernanda - Amsterdã 2012


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

A família Giuseppe residiu na Rua Marquês do Alegrete, em número ignorado. Esta rua situa-se junto à Praça Gen. Osório, em continuação à Rua Waldemar Masson. Este fato é corroborado pela certidão de nascimento da filha Philomena em 1925. Nos últimos anos, a família residia na Rua Bento Manoel, nº 735. Provavelmente, esta seja a casa herdada por Alfonsina, de nº 32, por ocasião do falecimento de seu pai Nicola, no ano de 1918, com uma numeração mais atualizada. Consta do inventário de Nicola (Arquivo Público, Inventários, Alegrete, Órfãos e Ausentes, nº 2.301, Maço 103, Estante 66, Ano 1918): “Um prédio construído de paredes de tijolos e coberto por telhas de barro, sito à Rua Bento Manoel, nº 32, cujo valor é de cinco contos de réis.”.


INFORMAÇÕES HISTÓRICAS

Na década de 1910, Alfonsina e Rocco foram proprietários de um hotel na cidade de Erechim RS, chamado Hotel dos Viajantes, juntamente com o irmão desta, Manoel Victor Abarno e a cunhada Doralina Pietro Abarno (Chininha). Por razões de saúde de Alfonsina, a qual veio a sofrer de paralisia das mãos, a família voltou à cidade de Alegrete. A única referência documental da época desta informação histórica foi encontrada no inventário de Nicola, realizado no ano de 1918, onde consta que o casal Manoel Victor e Doralina ainda residia em Erechim.


Erechim RS - Década de 1920


Sobre a paralisia das mãos, o que sabemos é que, em função dos afazeres domésticos, na época do Hotel, de lavar roupas e passá-las com ferro à brasa, o choque térmico numa destas oportunidades teria feito as suas mãos entrevarem. Entretanto, provavelmente tratava-se de alguma patologia, como a síndrome do carpo em grau irreversível. Eulália Rodrigues (*12/10/1905 Alegrete RS/+26/07/1954 Porto Alegre RS), que foi criada como filha pelos Giuseppe, possivelmente tenha ido morar com a família após a ocorrência deste fato lamentável. Eulália era filha de Satirio Rodrigues e Ambrosina Rodrigues. Solteira, faleceu aos 48 anos de idade por insuficiência cardíaca.


Na data de 12/08/1949, o esposo Rocco ficou muito doente e, ao chamado deste, Philomena e Egon, foram vê-lo em Alegrete, porém Rocco faleceu no dia 31/08/1949, aos 74 anos de idade. Philomena ficou residindo com a mãe em Alegrete por uns tempos, até que Egon, na data de 15/11/1949, foi buscar a sogra, a esposa e a irmã de criação desta, Eulália, para residirem na cidade de Carazinho. Nesta cidade, Philomena deu à luz a filha Eneida que nasceu e faleceu em 30/12/1949. Depois, Egon foi transferido para a cidade de Ijuí e, em 10/03/1950, a família já estava ali estabelecida. Ficando grávida novamente, Philomena deu à luz a Roque Göller no dia 22/12/1950. Após algum tempo, Egon foi transferido para Porto Alegre e, assim, todos foram morar nesta cidade em 10/04/1951, inicialmente em duas peças alugadas. Em 01/12/1951, a família mudou-se para um apartamento na Rua dos Andradas, nº 381, ap. 2, lá permanecendo até a morte de Alfonsina.


O FALECIMENTO DE ALFONSINA ABARNO


Alfonsina com a filha Philomena, o genro Egon Göller, o neto Roque Göller, e a filha de criação Eulália Rodrigues - Porto Alegre 1953


Alfonsina faleceu às 9 horas e 10 minutos do dia 13/12/1953, na residência de sua família, na Rua dos Andradas, nº 381, ap. 2, em Porto Alegre, aos 63 anos de idade, por câncer genital e metástase hepática, sendo o óbito atestado pelo Dr. Francisco Carneiro Becker (CRCPN Porto Alegre, 4ª Zona, Livro C-91, fl. 248 v, nº 69.612). Ela foi sepultada no Cemitério São Miguel e Almas de Porto Alegre (Catacumba nº 10.270, 1ª ordem, setor A-1). No mesmo túmulo, foram sepultados posteriormente: a filha Philomena, o genro Egon e a filha de criação Eulália.




Ver a continuação: Família Abarno 8ª Parte – Ancestrais e Descendentes – Vitor Abarno


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