Mensagem

Os artigos veiculados neste blog podem ser utilizados pelos interessados, desde que citada a fonte: GÖLLER, Lisete. [inclua o título da postagem], in Memorial do Tempo (https://memorialdotempo.blogspot.com), nos termos da Lei n.º 9.610/98.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Família Schmitz (Johann Peter) - Histórias


ONZE IRMÃOS COLLING

Texto de Renato Klein

Júlio José Colling, que era irmão do arcebispo Dom Cláudio Colling, foi proprietário de uma ferraria na localidade de Várzea do Pareci, no Pareci Novo. Casado com Regina Otília Marx, ele foi pai de 17 filhos, dos quais onze eram homens. A diferença de idade entre o filho mais velho e o mais novo era de quase 30 anos. Como era comum naquela época, boa parte dos rapazes deixaram a sua terra natal buscando melhores oportunidades na vida.


O pai treinador Júlio José Colling ao lado dos 11 filhos atletas – Foto: Blog Histórias do Vale do Caí

Em ocasiões especiais, eles voltavam ao Pareci para visitar os pais e, por iniciativa do pai, formaram um time de futebol do qual seu Júlio era o treinador. O time ficou conhecido como 11 Irmãos Colling. Na foto acima, estão de pé o treinador Júlio e os atletas Egídio, Donato, Canísio, Círio, Edgar e Roque. Agachados: Atanásio, Ignácio, Anselmo, Lauro e Affonso.

O time ficou famoso, merecendo reportagens em jornais e revistas do pais e até do exterior. O pai do time, Júlio José Colling foi um líder comunitário que, já pela década de 1940 defendia o asfaltamento da estrada entre Montenegro e o Caí (sonho que só veio a concretizar-se em 2010. Curiosamente, no dia do seu falecimento, 23 de agosto de 1960, Júlio José Colling teve a honra do comparecimento do vice-presidente da república João Goulart ao seu velório. Jango que era, então, vice-presidente no governo de Jucelino Kubichek, passava pela estrada de Montenegro ao Caí, em campanha pela sua reeleição, e parou para reverenciar o líder local.

Roque Colling, um dos 11 irmãos, teve importante participação na campanha pelo asfaltamento da estrada. Trabalhou para isso por mais de uma década e viu o seu sonho (e do seu pai) realizado no ano de 2010. Rafael Colling, filho de Roque, chegou a jogar no time da família. Foi ótimo jogador. Formado em jornalismo, ele trabalha na Rádio Gaúcha, sendo apresentador do Correspondente Ipiranga.

Fonte: Blog Histórias do Vale do Caí


Nota da pesquisadora: Julio José Colling (*28/07/1896 Tupandi RS/+23/08/1960 Pareci Novo RS) era filho de João Colling e Maria Hartmann, neto de João Hartmann II e Barbara Junges, bisneto dos imigrantes Peter Hartmann e Elisabetha Schmitz, esta filha dos imigrantes Johann Peter Schmitz e Elisabetha Dapper. Além dos onze filhos descritos na postagem, Julio José teve ainda as filhas Lucia Josefina, Maria Imelda, Sibilla Ottilia e Therezinha e os filhos Mário e Protásio, estes falecidos na infância.



Família Schmitz (Johann Peter) - Álbum de Família - Ramo Elisabetha Schmitz Hartmann


RAMO DA IMIGRANTE ELISABETHA SCHMITZ E ESPOSO PETER HARTMANN 

SUB-RAMO JOÃO HARTMANN II E BARBARA JUNGES 


Maria Hartmann (*08/05/1875 Salvador do Sul RS/+23/10/1955 Pareci Novo RS), filha de João Hartmann II e Barbara Junges, com o esposo João Colling (*16/10/1873 Tupandi RS/+14/02/1928 São Leopoldo RS) junto aos filhos, com exceção da filha Lúcia, esta falecida em 1912; da esquerda p/direita, atrás: Catharina Lidvina, Miguel, Júlio José, Cecília (Irmã Verona) e Maria; à frente, José Albino, Wendelino, Maria Hartmann, João Cláudio (futuro Arcebispo de Porto Alegre), João Colling e José Aloysio – c. 1920, Harmonia RS – Foto: Site da Família Colling


RAMO DA IMIGRANTE ELISABETHA SCHMITZ E ESPOSO PETER HARTMANN

SUB-RAMO PEDRO HARTMANN E MARIA HECK


Catharina Luiza Hartmann, neta de Elisabetha Schmitz e Peter Hartmann, ao lado da mãe Maria Heck num casamento (local desconhecido) – Foto: Harry Grochau


RAMO DA IMIGRANTE ELISABETHA SCHMITZ E ESPOSO PETER HARTMANN

SUB-RAMO JACOB HARTMANN E MARGARETH MACHRY


Felipe Albino Hartmann, neto de Elisabeth Schmitz e Peter Hartmann, com a esposa Maria Amália Schmaedecke, filha de Gabriel Schmaedecke e Magdalena Christmann e seus treze filhos – Anos 1930. Foto: José Fernando Hartmann


RAMO DA IMIGRANTE ELISABETHA SCHMITZ E ESPOSO PETER HARTMANN

SUB-RAMO GERTRUDES HARTMANN E PEDRO LUDWIG FILHO


José Flávio Ludwig com sua avó Anna Luiza Junges, casada com João Reinholdo Ludwig, este filho de Pedro Ludwig Filho e Gertrudes Hartmann e neto de Elisabetha Schmitz e Peter Hartmann – Tupandi RS – Anos 1960 - Foto: Acervo de José Flávio Ludwig


Na comemoração das Bodas de Ouro do casal Wilma Lori Dilly e Aloísio José Medato Ludwig, filho de João Reinholdo Ludwig e Anna Luiza Junges, neto de Pedro Ludwig Filho e Gertrudes Hartmann, bisneto de Peter Hartmann e Elisabetha Schmitz – Tupandi – 2012 – Foto: Acervo de José Flávio Ludwig



quarta-feira, 30 de maio de 2018

Família Ries - Histórias


Cornelius Wickert (*17/05/1824 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+03/07/1907 Dois Irmãos RS), filho de Peter Wickert e Anna Maria Ries, imigrou com a família para o Brasil, chegando ao Rio Grande do Sul provavelmente na data de 28/08/1857, no barco a vapor Continentista, na mesma viagem em que vieram as famílias dos irmãos Peter Joseph Wickert, casado com Anna Maria Schwaab, e Anna Maria Wickert casada com Peter Ruwer. A família de Cornelius Wickert não foi relacionada no Códice C-234, talvez por lapso das autoridades, que registravam as entradas dos imigrantes.

Cornelius era casado com Margaretha Susanna Adams (*1825 Alemanha/+17/12/1899 Dois Irmãos RS), tendo os filhos João Pedro Wickert, Maria Margarida Wickert e Maria Wickert, nascidos em Buch. No Brasil, teve pelo menos outros seis filhos, dentre eles Jacob, Maria Magdalena, Maria Gertrudes e José João. Cornelius foi o primeiro professor de Walachai, atual localidade de Morro Reuter RS, lecionando entre os anos de 1866 e 1872. Após, passou o cargo para o sobrinho Pedro Wickert, filho do irmão Peter Joseph Wickert, mudando-se com a família para o Travessão Dois Irmãos, onde lecionou por mais 20 anos. Fonte: A História de Walachai, de João Benno Wendling. 

O texto a seguir, publicado no Forum do GenealogiaRS, aqui reproduzido com a autorização do autor, traz importantes informações a respeito das cartas enviadas pela família Wickert aos parentes residentes na cidade de Buch, matéria que foi veiculada pelo jornal alemão “Rhein-Zeitung”, cujas imagens encontram-se ao final do texto. 

Autor: Heinz Schmidt

A informação é um tanto antiga, data de janeiro ou fevereiro de 2016, saiu na “Rhein-Zeitung”, mas creio que pode ser de interesse para quem pesquisa ou descende do imigrante Cornelius WICKERT (*17/5/1824 Buch/ +03/07/1907 Dois Irmãos RS) casado com Margaretha Susanna ADAMS. Eis os principais tópicos, em resumo:

Ao desativar a casa de seus falecidos pais, a Sra. Birgit Wagner, de Buch, encontrou sete cartas de antepassados da família Wickert emigrados para o Brasil. Reconhecendo a importância histórica dos textos, ela autorizou sua divulgação. O material foi publicado no “Jahrbuch für westdeutsche Landesgeschichte” após análise do historiador  Rudolf Zimmer, que também redigiu comentários adicionais sobre a documentação.

As duas primeiras missivas, datadas de 1870 e 1871, levam a assinatura de Cornelius Wickert, que emigrou de Buch em 1852 (ou depois de 1853 ?), com a esposa e dois filhos, estabelecendo-se na Picada Dois Irmãos (Baumpikade). Pelo menos outros seis filhos nasceram no Brasil. Presume-se que as cartas tenham sido endereçadas a irmão(s) de sua esposa, já que os irmãos de Cornelius também haviam tomado o caminho da emigração para o Rio Grande do Sul.

O autor da terceira carta, datada de 1878, foi Jacob Wickert (*28/07/1858 Picada Wallachei), filho de Cornelius. As cartas de números 4 e 5, redigidas em 1882 e 1887, provém novamente do genearca-imigrante e as duas últimas, datadas de 1888 e 1894, levam a assinatura de Jacob.

Os Wickert relatam detalhadamente as condições de vida na colônia, mas pouco falam das dificuldades que possivelmente enfrentaram na nova terra. Há, no entanto, reiteradas referências a situações de quase fome (“drückende Nahrungssorgen”) que levaram a família a trocar o Hunsrück 
pela América do Sul.

De acordo com as cartas, dois dos oito filhos de Cornelius tiveram a oportunidade de estudar e de se tornaram “Staatslehrer” (professores da rede pública). O velho Wickert pôde bancar as despesas com a educação dos filhos porque dispunha de três fontes de renda: além de agricultor, era também professor e “Heilpraktiker” (terapeuta não diplomado, curador, talvez naturopata). Numa região em que os médicos eram raros, Cornelius tornou-se um curador afamado e admirado pelos pacientes. Muitas vezes as pessoas lhe pagavam três ou quatro vezes mais do que ele lhes havia solicitado. Na primeira carta, Cornelius pede ao cunhado que lhe envie medicamentos.

Em todas as missivas há referências aos desafios que a vida nos impõe, e Cornelius aponta reiteradamente a Igreja Católica como fonte de princípios de vida e de sua vitalidade.

As cartas passaram pelas mãos de sucessivas gerações em Buch; consta que uma delas foi perdida e outras duas não estão mais completas. Os originais são guardados por Birgit e seu marido Gerhard Wagner. Ela é sobrinha-trineta da imigrante Margaretha Susanna Adams e de Johann Peter Adams, destinatário inicial das cartas. O casal procura contato com parentes no Brasil (isto foi em 2016, talvez já tenham estabelecido contato, não sei ao certo).







Família Ries - Casas Antigas


Casa restaurada na localidade de Morro dos Bugres, Santa Maria do Herval RS, que pertenceu a Nicolau Weber (*03/10/1810 Alemanha/+24/07/1883 Morro dos Bugres, Santa Maria do Herval RS), viúvo de Maria Margaretha Ries (*21/04/1804 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+20/10/1842 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha), onde viveu com os filhos Franz Weber (*10/12/1835 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+27/07/1906 Morro dos Bugres, Santa Maria do Herval RS) e Johannes Weber (*07/01/1842 Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+RS) e a segunda esposa Catharina Müssnich (*1802 Alemanha/+11/02/1885 Morro dos Bugres, Santa Maria do Herval RS - Fonte: Do Velho Mundo para o Bucherberg ou Bugerberg um Mundo Novo!!! - Braun, Johann & Schmitt


Nicolau, a segunda esposa e os filhos do primeiro casamento, vindos da Alemanha ao Rio de Janeiro, chegaram a Porto Alegre no patacho Andreas na data de 26/10/1846 (AHRGS, Códice C-333). Residiam no Lote nº 82, Leste, em Morro dos Bugres. Nicolau foi o doador das terras da Capela de São Francisco Xavier, conforme a Ata de Fundação de 1849, nesta localidade. Havia um precipício entre a casa deles e a parte doada à antiga Capela (do lado oposto ao da atual). Atualmente a casa se encontra restaurada e em excelente estado de conservação.

Maria Margaretha Ries era filha de Johannes Ries e Margaretha Klein, neta de Johannes Peter Ries e Anna Maria Goergen, meus hexavós na Alemanha.




segunda-feira, 28 de maio de 2018

Família Welter - 190 Anos da Imigração - 1828 - 2018


No ano de 2018, comemoramos os 190 Anos da chegada da Família Welter ao Brasil. Os Welter deixaram para trás a cidade de Buch, localizada no estado alemão da Renânia-Palatinado, de onde partiram para o porto de Amsterdã, seguindo viagem ao Brasil no brigue holandês Actif (Ativo). A viagem trouxe inúmeros percalços para os Welter e os demais imigrantes, os quais enfrentaram grandes dificuldades, culminando na expulsão de um grupo de famílias pelo próprio capitão do navio, em razão de sérias desavenças, deixando-as à própria sorte na ilha de São Gonçalo. Dentre estas famílias, estava a dos nossos Welter. Passando por momentos muito difíceis, o grupo conseguiu chegar finalmente à cidade de Recife. Mais tarde, foram integrados, juntamente com os demais passageiros do navio, na recém-criada Colônia de Santa Amélia. Passados poucos anos, esta colônia acabou sendo extinta, obrigando os Welter, mais uma vez, a redirecionarem o curso de suas vidas, desta vez rumo ao Rio Grande do Sul, onde se estabeleceram em 1833.

Dadas as dificuldades de reunirmos os membros de nossa família não muito numerosa, espalhados por este extenso país, além da Argentina e do Paraguai, segundo informações obtidas, vislumbramos uma forma de comemoração simbólica, concomitantemente a um dos encontros já consagrados, que são realizados por outra família: os Welter de Klüsserath. Podemos verificar, inclusive, a existência de vínculos de parentesco ao longo do tempo entre os membros dessas duas famílias, devido aos casamentos entre seus descendentes.


AS COMEMORAÇÕES DENTRO DO 20º ENCONTRO DA FAMÍLIA WELTER DE KLÜSSERATH


20º Encontro da Família Welter na localidade de Joaneta, em Picada Café RS – Créditos: Foto Oficial (fotoemagia.com); Almoço na Sociedade de Joaneta (Inara Paim Welter); Celebração da Missa na Igreja de Santa Joana Francisca de Chantal (Lisete Göller)

O 20º Encontro da Família Welter proveniente de Klüsserath, na Renânia-Palatinado, Alemanha, foi realizado no Salão da Sociedade da Comunidade de Joaneta, distrito do município de Picada Café RS, nos dias 19 e 20 de maio de 2018. O evento, como sempre, conquistou o seu merecido sucesso e nós, membros da Família Welter de Buch, agradecemos o esforço e o empenho da Comissão Organizadora, que proporcionou a todos nós estes belos momentos. Durante o sábado, ocorreram diversas atividades, das quais não tive a oportunidade de participar, que contemplaram, além de almoço de confraternização, o jantar e o baile. No domingo, após a tradicional carreata, houve a celebração da missa na paróquia de Santa Joana Francisca de Chantal, realizada por três sacerdotes, dentre eles o Padre Orides Welter. Seguiu-se o almoço na Sociedade de Joaneta; na sequencia, houve a realização de danças e a escolha do local do próximo encontro.    

Neste encontro, tive a felicidade de conhecer meus parentes Welter, descendentes de Johannes Welter, irmão de meu tetravô Joseph Welter. A família reside em Jaraguá do Sul em Santa Catarina.


Vindos de Jaraguá do Sul SC, para comemorar os 190 Anos da chegada da Família Welter de Buch ao RS (esq./dir.): Eliane Aparecida Ferreira, Denilson Paraboni Welter, Lisete Göller (centro), Delnice Paraboni, esposa de Mauri Teodoro Welter – Joaneta, Picada Café RS – 20/05/2018





Família Welter - Encontros


RAMO JOHANNES WELTER E MARIA CATHARINA HEIL


Encontro com a família de descendentes de Johannes Welter, irmão de meu tetravô Joseph Welter (esq./dir.): Eliane Aparecida Ferreira, Denilson Paraboni Welter, Lisete Göller (centro), Delnice Paraboni, esposa de Mauri Teodoro Welter. Mauri Teodoro é filho de João Welter Neto e Wilma Helena Dewes, neto de Theodorico Welter e Fridolina Kitsmann, bisneto de João Welter e Maria Isabel de Vargas, trineto de Jacob Welter e Catharina Anschau, tetraneto de Johannes Anschau e Maria Catharina Heil. A família reside atualmente em Jaraguá do Sul SC – Joaneta, Picada Café RS – 20/05/2018


domingo, 27 de maio de 2018

Família Schmitz (Johann Peter) 2ª Parte - Imigrante Johann Peter Schmitz


Johann Peter Schmitz (Joannes Petrus Schmitz), meu tetravô, filho de Jacob Schmitz e de Catharina Schmitz, nasceu na data de 12/08/1802, em Mastershausen, na época uma cidade do Département Rhin-et-Moselle pertencente à França. Na atualidade, é uma cidade da Renânia-Palatinado na Alemanha. Foi batizado na data de seu nascimento, na Igreja Católica de Mastershausen. Johann Peter era agricultor e de religião católica.


O CASAMENTO

Johann Peter casou-se com Elisabeth Dapper (*14/09/1800 Buch – Renânia-Palatinado - Alemanha/+06/05/1867 Morro dos Bugres, Santa Maria do Herval RS), filha de Johann Peter Dapper e Gertrudes Piers, em 01/06/1824, na Igreja Católica da cidade de Mastershausen. O casal teve oito filhos.


A Igreja Católica de Santa Luzia em Mastershausen

OS FILHOS

I-Elisabetha Schmitz (*01/01/1825 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+28/09/1896 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Óbitos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 28) casou-se com Peter Hartmann (*27/11/1824 Klobenz, Renânia-Palatinado, Alemanha/+08/07/1906 Hortêncio Velho - Bom Princípio RS), filho de Mathias Hartmann e de Maria Christina Hammes, entre os anos de 1846 e 1847. Foi sepultada no Cemitério de Tupandi RS. Residiam inicialmente na Colônia nº 59, Oeste, da antiga Linha Dois Irmãos, conforme recenseamento realizado entre os anos de 1847 a 1849. Peter Hartmann chegou a Porto Alegre com sua família em 15/11/1846, vindos do Rio de Janeiro no bergantim Pedro Segundo. O casal teve nove filhos: João, Pedro, Jacob, Felipe, Pedro José, Elisabeth, Anna Maria, Gertrudes e Antonio;


II-Catharina Schmitz (*17/10/1826 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+RS) casou-se com Karl Friedrich Kartsch (*Danzig - Alemanha/+RS), filho de Mathias Kartsch e de Catharina Cherz, em 17/05/1855, São Leopoldo RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, São Leopoldo, Livro nº 1, pág. 153). Residiram inicialmente em Morro dos Bugres RS e, após, em Tupandi RS. Tiveram pelo menos três filhas: Gertrudes, Anna Maria e Maria Catharina;


III-Anna Maria Schmitz I (*12/10/1828 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Antes 1832 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha);


IV-Nicolau Schmitz (*18/11/1829 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha//+02/06/1911 Santos Reis, Montenegro RS), meu trisavô, era agricultor, casou-se com Anna Maria Schmitz (*19/04/1832 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+13/01/1893 Harmonia RS), filha de Jacob Schmitz e de Agnes Haeser, por volta do ano de 1854, na Alemanha. Nicolau e sua família residiram inicialmente em Morro dos Bugres RS e, a partir de 1857, fixaram residência em Tupandi RS. Nicolau possuiu, até 04 de maio de 1867, 80 mil braças quadradas do Lote nº 84, Oeste, da Linha Dois Irmãos que corresponde à metade deste lote. A outra metade pertencia a José Ritter. Nesta data, vendeu as referidas terras a Mathias José Hansen, por 700 mil réis. Nicolau possuía também o Lote nº 113, Leste, da Linha Dois Irmãos, alguns km depois do Arroio Tapera (corresponde provavelmente às terras da atual cidade de Nova Petrópolis, na localidade de Pinhal Alto), vendendo, em 23 de janeiro de 1868, metade das terras, ou seja, 80.000 braças quadradas, a Guilherme Blauth, pela quantia de 300 mil réis. A outra metade, com 80.000 braças quadradas, foi vendida, na mesma data, a Pedro José Wickert, pela quantia de 250 mil réis. Este último faleceu na Picada Windhof, por esta razão acredita-se que o lote em que vivia situava-se nesta antiga localidade. O casal teve onze filhos: Maria Susanna, Margarida, João Estevão, Jacob, Catharina, Elisabetha, José, Barbara, Luiza, Anna Maria e Pedro José;


V-Anna Maria Schmitz II (*12/07/1832 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+31/07/1916 Linha Catarina, Montenegro RS) casou-se com Mathias Meinerz ou Mainartz (*02/11/1830 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+06/09/1901 Linha Catarina, Montenegro RS), filho de Mathias Meinerts ou Mainartz (*02/08/1805 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+05/05/1878 Wallachei – Morro Reuter RS) e Maria Susanna Hansen (*1807 Alemanha/+1850 Alemanha), na data de 28/02/1854, na cidade de Blankenrath. Mathias Meinerz comprou de José Ritter metade do Lote nº 84, Oeste, da Linha Dois Irmãos, com 80.000 braças quadradas em 17 de março de 1856, por 300 mil réis. Comprou, mais tarde, ¼ do Lote nº 85, Oeste, da mesma Linha, com 39.905 braças quadradas em 05 de agosto de 1858 de Johann Peter Bender, esposo de sua cunhada Gertrudes, por 375 mil réis. O casal teve oito filhos, nascidos após a imigração: José (consta erroneamente Mathias em seu batismo), Catharina, Pedro João, Anna Maria, Elisabetha, Susanna, Margarida e Anna;


VI-Elisabetha Margaretha Schmitz (*31/08/1834 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha). Não imigrante. Falecida antes da imigração ou talvez tenha formado família na Alemanha;


VII-Johann Peter Schmitz Filho (*08/10/1836 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+07/09/1931 Arroio Alegre, Sério RS) casou-se com Maria Anna Zimmer (*1840 Mörsdorf – Alemanha/+29/11/1917 Arroio Alegre, Sério RS), filha de Pedro Zimmer e de Elisabeth Born, em 31/08/1858, em Dois Irmãos RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Dois Irmãos, Livro nº 1, pág. 6 v). Os sogros de Johann Peter residiam no Lote nº 63 - B da antiga Linha Dois Irmãos. Pelos registros de nascimentos de seus filhos, Johann Peter Filho morou em Picada Herval e Jammerthal até meados de 1870 (Jammerthal foi povoado a partir de 1871 e atualmente faz parte do Município de Picada Café RS. Seu território corresponderia aos lotes de nº 90 ao nº 105 da antiga Linha Dois Irmãos). Os Zimmer chegaram a Porto Alegre no brigue barca Triunfo em 29/12/1846. Pedro Zimmer foi o associado nº 10 da Capela de São Francisco Xavier. Era agricultor. Residiu em Lajeado RS. O casal teve onze filhos: Francisco, Maria, João Pedro, João, Jacob, José, Catharina, Nicolau, Frederico Reynaldo, Henrique e Maria;


VIII-Gertrudes Schmitz (*21/02/1840 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+15/05/1915 Bom Princípio RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Óbitos, Bom Princípio, Livro nº 1, pág. 61 v) casou-se com Johann Peter Bender (*24/06/1836 Bell, Renânia-Palatinado, Alemanha/+09/12/1904 Gauereck – São José do Sul RS - Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Óbitos. Montenegro, Livro nº 1, fl. 90 verso. Sepultado no Cemitério de Gauerecke), filho de Peter Bender e Maria Caspar, em 18/05/1858, em Dois Irmãos (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Dois Irmãos, Livro nº 1, pág. 3). Johann Peter residia no Lote nº 72, Oeste, da antiga Linha Dois Irmãos e possuía também o Lote nº 85, Oeste, da mesma Linha. Depois, venderam ¼ das terras deste lote a Mathias Meinerts em 05 de agosto de 1858. Johann Peter Bender chegou a Porto Alegre com sua família em 15/11/1846, vindos do Rio de Janeiro no bergantim Pedro Segundo. O casal teve dez filhos: Elisabeth, Anna Maria, João Pedro, Carlos, José, Susanna, Alfonso, Jacob, Leonardo e Antônio.


O LOCAL DE RESIDÊNCIA

A família Schmitz residia na antiga Linha Dois Irmãos, na localidade de Morro dos Bugres, que hoje faz parte do Município de Santa Maria do Herval. Johann Peter Schmitz e sua família fixaram residência no Lote nº 66 B, na Ala Leste, situado naquela localidade (Códice C 363, Livro nº 2, fl. 4, Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul; Do Velho Mundo para o Bucherberg ou Bugerberg um Novo Mundo!!!, fl. 22).

Obs.: o Lote nº 66 A pertencia ao colono João Wingert.


A família Schmitz residia na antiga Linha Dois Irmãos, na localidade de Morro dos Bugres, que hoje faz parte do Município de Santa Maria do Herval, na área do Lote nº 66 B, na Ala Leste. No círculo em vermelho, a localização da Capela de São Francisco Xavier (Lote nº 82) - Fonte: Mapas de Colônias Alemãs e Italianas no Rio Grande do Sul – Otávio Boni Licht e Colaboradores, Instituto de Informática da UFRGS


O FALECIMENTO DE JOHANN PETER SCHMITZ

Johann Peter Schmitz faleceu antes de 18/05/1858, data do casamento de sua filha Gertrudes na Igreja Matriz de Dois Irmãos RS. Não foi encontrado o seu registro de óbito, mas provavelmente tenha ocorrido na localidade de Morro dos Bugres, onde a esposa Elisabetha Dapper faleceu em 06/05/1867, sendo sepultada no Cemitério Católico de Morro dos Bugres (Cúria Metropolitana, Óbitos, Dois Irmãos, Livro nº 2, pág. 5 v). Sabe-se que o Professor Johann Nikolaus Müssnich, que residia no Lote nº 67, Oeste, da Linha Dois Irmãos, em Morro dos Bugres, fazia também os enterros dos habitantes desta localidade até o ano de 1879.


O antigo Cemitério de Morro dos Bugres, ao lado da primeira Capela de São Francisco Xavier, que na época se situava no lado oposto da Capela atual


Família Schmitz (Johann Peter) 3ª Parte - Ramo Nicolau Schmitz


NICOLAU SCHMITZ


Nicolau Schmitz, meu trisavô, filho de Johann Peter Schmitz e Elisabetha Dapper, nasceu na data de 18/11/1829, na cidade de Mastershausen, na Renânia-Palatinado, Alemanha, sendo batizado na data de 20/11/1829, na Igreja Católica de Santa Luzia. 



O interior da Igreja Católica de Santa Luzia em Mastershausen


O CASAMENTO


Nicolau casou-se com Anna Maria Schmitz (*19/04/1832 Mastershausen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+13/01/1893 Harmonia RS), filha de Jacob Schmitz e de Agnes Haeser, por volta de 1854, na Alemanha, havendo um provável parentesco entre eles, que não foi possível determinar até o momento. Não foi encontrado o registro de casamento religioso do casal na Alemanha. O casal teve onze filhos.                            


O LOCAL DE RESIDÊNCIA



A família residiu inicialmente na antiga Linha Dois Irmãos RS, na localidade de Morro dos Bugres, a qual faz parte atualmente do Município de Santa Maria do Herval RS, vindo posteriormente a residir em Tupandi RS após o ano de 1857.

Nicolau possuía, até 04 de maio de 1867, 80.000 braças quadradas do Lote nº 84 (I), Oeste, da Linha Dois Irmãos que correspondia à metade deste lote. A outra metade pertencia a José Ritter (II). Nesta data, vendeu as referidas terras a Mathias José Hansen, por 700 mil réis (Códice 389 – Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul). Nicolau possuía também o Lote nº 113, Leste, da Linha Dois Irmãos, alguns km depois do Arroio Tapera (corresponde provavelmente às terras da atual cidade de Nova Petrópolis, na localidade de Pinhal Alto), vendendo, em 23 de janeiro de 1868, metade das terras, ou seja, 80.000 braças quadradas, a Guilherme Blauth, pela quantia de 300 mil réis. A outra metade, com 80.000 braças quadradas, foi vendida, na mesma data, a Pedro José Wickert, pela quantia de 250 mil réis (Códice 389 – Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul). Este último faleceu na Picada Windhof, por esta razão acredita-se que o lote em que vivia situava-se provavelmente nesta antiga localidade.


Localização da metade do Lote nº 84, Oeste (em vermelho), de Nicolau Schmitz, na antiga Linha Dois Irmãos, atualmente situado na área de Jammerthal no Município de Picada Café RS (representação aproximada)


Área do Lote nº 113, Leste, de Nicolau Schmitz, provavelmente dentro da área do atual Município de Nova Petrópolis (Pinhal Alto)


OS FILHOS


I-Maria Susanna Schmitz (*01/04/1855 Morro dos Bugres – Santa Maria do Herval RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, São Leopoldo, Livro nº 4, pág. 136/+RS) foi batizada na Capela de São Miguel em Dois Irmãos. Sem mais notícias;


II-Margarida Schmitz (*18/07/1857 Morro dos Bugres – Santa Maria do Herval RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Dois Irmãos, Livro nº 1, pág. 1/+RS) casou com Nicolau Sebastiany (*09/01/1855 Picada Café RS/+RS), em 23/05/1876 Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 11), filho de Joseph Sebastiani e Anna Gassen. Tiveram pelo menos três filhas: Susanna, Elisabetha e Idalina;


III-João Estevão Schmitz (*28/04/1859 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro 1, pág. 68/+RS) casou com Barbara Gerstner (*12/10/1861 S. José do Hortêncio RS/+24/11/1917 Barão RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Óbitos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 63 v), filha de Jacob Gerstner e de Catharina Nedel, em 30/01/1883, em Tupandi RS, na mesma data e local do casamento do irmão Jacob Schmitz (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 25 e pág. 25 v) . Não tiveram filhos;


IV-Jacob Schmitz (*20/10/1861 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, São José do Hortêncio, Livro nº 1, pág. 93/+18/10/1944 Pareci Novo RS – Arquivo Público do RS, Pareci Novo, Livro Óbitos nº 2, pág. 166), meu bisavô, casou com Catharina Schuster (*30/07/1862 Ivoti RS/+15/11/1943 Pareci Novo RS - Arquivo Público do RS, Pareci Novo, Livro Óbitos 2, fl. 151, n. 351), filha de Pedro Schuster e de Barbara Welter, em 30/01/1883 Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 25 v). Jacob faleceu de velhice e Catharina com hidropisia. Estão sepultados no Cemitério Municipal de Pareci Novo. Tiveram cinco filhos: 
João, Emília, Albino, Idalina e Pedro Raymundo;


Meu bisavô Jacob Schmitz

V-Catharina Schmitz (*18/10/1863 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, São José do Hortêncio, Livro nº /+RS) casou com Jakob Scheid (*04/06/1858 Sotzweiler – Tholey – Saarland/+RS), filho de Peter Scheid e de Catharina Theobald, em 19/01/1886, em Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 32). Tiveram sete filhos: Anna Rosalia, Margarida Elvira, Maria Olga, João José, Miguel Bertoldo, José Benedito e Nicolau Arnoldo;


VI-Elisabetha Schmitz (*18/04/1866 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, São José do Hortêncio, Livro nº 2, pág. 73/+29/04/1934 Tupandi RS) casou com João Jacob Schaedler (*01/06/1864 Bom Princípio RS/+17/10/1889 Tupandi RS), filho de Sebastião Schaedler e de Maria Margarida Machry, em 20/01/1885, em Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 29) e com Jacob Hartmann III (*17/03/1871 Salvador do Sul – Tupandi RS/+01/08/1958 Tupandi RS), filho de Joseph Hartmann e de Elisabeth Wille, em 11/05/1891, em Lajeado RS. Está sepultada no Cemitério de São Salvador – Tupandi. Teve quatro filhos apenas do segundo casamento: Reinaldo, Wilibaldo, Leopoldo e Reinaldo (?);


Túmulo de Elisabeth Schmitz e Jacob Hartmann III no Cemitério Católico de Tupandi RS


VII-José Schmitz (*04/06/1868 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, São José do Hortêncio, Livro nº 3, pág. 35 v/+RS) casou com Anna Maria Hartmann (*20/04/1869 São José do Herval RS/+20/01/1946 Conventos, Lajeado RS), filha de Joseph Hartmann e de Elisabeth Wille, em 10/07/1888, em Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1,38 v). Tiveram doze filhos: Rosalia, Albino, Jacob Balduino, José, Edmundo, Otto, Maria Olga, Maria Elvira, Anna Ilma, Alfredo, Emilio e Arthur;


VIII-Barbara Schmitz (*11/12/1870 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 1, pág 98 v/+RS), gêmea de Luiza casou com Carlos Juchem (*1866 RS), filho de Carl Juchem e Teresa Schoffen em 10/07/1888 em Tupandi RS (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 38 v). Carlos era alfaiate e com a esposa transferiu-se para a região de Alto Taquari. Em 10/05/1892, tiveram gêmeos que, devido ao perigo de vida, foram batizados por Eva Deves Loch com água de socorro. Levados no dia seguinte ao oratório de La Vendelino, na paróquia de Lajeado, para suprimento das cerimônias do batismo, receberam os nomes de Reinaldo e Albino. Vinte e quatro anos mais tarde, no dia 25/04/1916, os gêmeos receberam juntos a ordenação sacerdotal e, mais tarde, foram nomeados cônegos. O Cônego Albino foi pároco quase toda a sua vida sacerdotal em Venâncio Aires. O Cônego Reinaldo foi durante muitos anos capelão em Canoas, depois em Estrela, passando seus últimos anos em companhia do irmão gêmeo em Venâncio Aires, onde faleceram. O casal teve pelo menos quatro filhos: Elvira, Albino, Reinaldo e Maria;


IX-Luiza Schmitz (*11/12/1870 Tupandi RS - Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 1, pág 98 v /+RS), gêmea de Barbara;


X-Anna Maria Schmitz (*08/04/1875 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 15/+RS) casou-se com Pedro Assmann (*02/12/1875 Harmonia RS), filho de Mathias Assmann e Magdalena Finger, na data de 07/10/1895, em Harmonia RS. O casal teve pelo menos um filho chamado Pedro Reynaldo;


XI-Pedro José Schmitz (*21/08/1877 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 1, pág. 54/+RS) casou-se com Catharina Dapper (*30/12/1880 Ivoti RS/+RS), filha de João Dapper e Anna Elisabetha Ritter, tendo pelo menos 
menos dois filhos: João Clarimundo e Fernando.
 


O FALECIMENTO DE NICOLAU SCHMITZ



Nicolau Schmitz faleceu aos 81 anos de idade, às 9 h e 30 min, de morte natural, na data de 02/06/1911, em Santos Reis, distrito de Montenegro RS. Foi sepultado no Cemitério de Santos Reis (CRCPN Montenegro, Livro Registro de Óbitos C-5, nº 98, fl. 132 verso e 133).



JACOB SCHMITZ


Jacob Schmitz, meu bisavô, filho de Nicolau Schmitz e de Anna Maria Schmitz, nasceu em 20/10/1861 em Tupandi, antiga São Salvador, no Rio Grande do Sul. Foi batizado em 05/11/1861, na Capela de São Salvador que veio a se tornar a Igreja Matriz de Tupandi (Cúria Porto Alegre, São José do Hortêncio, Livro Batismos nº 1, fl. 93). Seus padrinhos foram Jacob Weber e Anna Junges. Era agricultor e de religião católica.



Registro de Jacob Schmitz no Livro de Batismos da Igreja


Assinava o nome como Jaco Schmitz


O CASAMENTO


Jacob casou-se com Catharina Schuster (*30/07/1862 Ivoti RS/+15/11/1943 Pareci Novo RS), filha de Pedro Schuster e de Barbara Welter, na data de 30/01/1883, às 9 horas da manhã, em Tupandi RS, antiga Picada São Salvador, na Igreja de São Salvador, no mesmo local e data do casamento do cunhado João Estevão com Barbara Gerstner. Foram padrinhos Antônio José Schaedler e Carlos Schuster (Cúria Porto Alegre, Tupandi, Livro Casamentos 1, fl. 25 verso). O casal fixou residência em Tupandi. O casal teve 5 filhos.


Registro de Casamento de Jacob Schmitz e Catharina Schuster no Livro da Igreja Católica


As Famílias Göller e Schmitz num casamento em Pareci Novo RS


OS FILHOS


I-João Schmitz (*01/03/1883 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 2, pág. 1/+Antes 1962 RS) 
casou-se com Anna Machry (*1879 RS/+26/04/1962 Montenegro RS), em 11/06/1907, em Pareci Novo RS, filha de Antonio Machry e Margarida Feldens (Cúria Porto Alegre, Harmonia, Livro Casamentos nº 1, fl. 42 v). O casal teve pelo menos um filho chamado Pedro Ortvino;  



João Schmitz


II-Emília Schmitz (*08/09/1885 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro nº 2, pág. 26/+17/12/1965 Pareci Novo RS – Arquivo Público do RS - Pareci Novo, Livro Óbitos nº 4) casou-se com Alberto Machry (*07/07/1872 RS/+07/11/1955 Pareci Novo RS), fruticultor, em 21/11/1903, em Pareci Novo RS, filho de Antonio Machry e Margarida Feldens (Cúria Porto Alegre, Harmonia, Livro Casamentos nº 1, fl. 32). Estão sepultados no Cemitério Municipal de Pareci Novo. Não consta no livro de óbitos a causa mortis de Emília. Tiveram seis filhos: Annita, Francisca Ondina, Aliza Irma, Ella Marcolina, Maria Zita e Zeno Antônio;



Emília Schmitz Machry


Alberto Machry


Emília Schmitz Machry e família - Pareci Novo RS


III-Albino Schmitz (*20/06/1888 Tupandi RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Tupandi, Livro 2, pág. 51/+05/04/1951 Pareci Novo RS – Arquivo Público RS, Pareci Novo, Óbitos Livro nº 3), agricultor, casado com Alicia Röse (*23/07/1897 Capela de Santana RS/+10/12/1963 Pareci Novo RS), em 26/09/1914, em Harmonia RS (CRCPN Harmonia, Livro B-2, fl. 175, nº 25), filha de Pedro Röse e Emiliana Klos. Casou-se aos 24 anos, no religioso, com Alicia Röse, no dia 01/08/1914, na casa do sogro Pedro Röse, dispensados que foram do impedimento pelo fato de Alicia ser protestante, em cerimônia realizada pelo Padre João Bruggmann, tendo como testemunhas Silfredo Ody e o cunhado Jacob Göller (Livro Casamentos Igreja de Harmonia, fl. 65 v). Albino faleceu de câncer. Estão sepultados no Cemitério Municipal de Pareci Novo. Tiveram um filho chamado Silfredo Adolfo;



Albino Schmitz


Alicia Röse Schmitz


Roberto Albino Schmitz, neto de Albino Schmitz



IV-Idalina Schmitz (*20/08/1892 Harmonia RS/+18/07/1970 Porto Alegre RS – CRCPN Porto Alegre, 3ª Zona, Livro C-72, fl. 32 v, nº 51.946), minha avó, casou-se com Jacob Göller Sobrinho (*25/07/1888 Picada Feijão - Ivoti RS/+19/08/1928 Pareci Novo RS), alfaiate, em 26/09/1914, Harmonia RS (CRCPN Harmonia, Livro B-2, fl. 175, nº 26), filho de Johann Göller e de Margaretha Schmitz (outra família Schmitz). Idalina faleceu por infarto do miocárdio e Jacob foi vítima de febre tifóide, após uma enchente em Pareci Novo RS. Estão sepultados no Cemitério Municipal de Pareci Novo. Tiveram sete filhos: João Edvino, Guido Raymundo, Flavio Albino, Egon, Maria Gerda, Victor Ernesto e Valesca Guisella;



Idalina Schmitz Göller

Jacob Göller Sobrinho

V-Pedro Raymundo Schmitz (*05/06/1896 Harmonia RS – Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Batismos, Harmonia, Livro nº 1, pág. 44/+21/04/1912 Pareci Novo RS).


Família Schmitz: da esquerda para a direita Albino, Catharina, Jacob, Pedro Raymundo (centro), Emília, João e Idalina - 1901-1902, Pareci Novo RS


O LOCAL DE RESIDÊNCIA


Após o casamento, em 30/01/1883, o casal continuou residindo em Tupandi RS. Com a morte do sogro, Pedro Schuster, em 07/06/1889, depois de realizado o inventário, coube à Catharina como herança um boi, uma novilha, um porco de cria e uma parte da colônia de terras em Despique RS, que atualmente pertence ao Município de Pareci Novo. Não sabemos se chegaram a residir nestas terras. Por volta de 1892, fixaram residência na cidade de Harmonia RS, que é muito próxima de Despique, e onde nasceram os filhos Idalina (possivelmente, pois não foi encontrado o seu registro de batismo em Tupandi) e Pedro Raymundo. Provavelmente, a família Schmitz tenha ido morar em Pareci Novo RS após o ano de 1900.

Conta-se que Jacob Schmitz teve boas condições financeiras no passado, tendo guardado as suas economias num banco que existia na época. Dizia que iria cuidar de seus netos órfãos, que eram os filhos de Idalina. Porém, este banco faliu, tendo perdido todo o seu dinheiro nele depositado. Após este fato, Jacob teria ficado perturbado, apresentando, às vezes, comportamento estranho, tendo que ser amparado financeiramente pela filha Idalina e pelos seus outros filhos. O banco em questão provavelmente seja o Banco Pelotense, fundado em 1906, e que faliu em 05/01/1931. Este banco abriu uma agência em Montenegro no ano de 1929.


Pareci Novo RS - Foto: Arquivo Pessoal


O FALECIMENTO DE JACOB SCHMITZ


Faleceu de velhice, aos 85 anos de idade, em 18/10/1944, às 8 horas e 30 minutos, em Pareci Novo RS. Jacob foi sepultado no Cemitério Municipal de Pareci Novo, local onde foi sepultada a esposa Catharina Schuster, esta falecida na data de 15/11/1943.Não foram localizadas as lápides do casal.



Certidão de Óbito de Jacob Schmitz


Cemitério Municipal de Pareci Novo RS - Foto: Arquivo Pessoal




IDALINA SCHMITZ



Idalina Schmitz Göller com seus filhos


Idalina Schmitz, minha avó, nasceu em 20/08/1892 em Harmonia RS. Não foi encontrado o seu registro de batismo. Seus pais eram Jacob Schmitz (*20/10/1861 Tupandi RS/+18/10/1944 Pareci Novo RS) e Catharina Schuster (*30/07/1862 Ivoti RS/+15/11/1943 Pareci Novo RS). Na certidão de óbito do esposo Jacob Göller Sobrinho, consta como o seu nome como sendo Izabella Idalina Schmitz Göller (ou Elisabetha Idalina). Foi declarante, na época, o seu pai Jacob Schmitz.


O CASAMENTO


Casou-se no religioso com Jacob Göller Sobrinho (25/07/1888 Picada Feijão - Ivoti RS/+19/08/1928 Pareci Novo RS), este com 26 anos, filho de José Göller (*19/09/1863 Picada Feijão – Ivoti RS/+09/06/1941 Parobé RS) e Elisabeth Strasser (*17/09/1866 Bom Princípio RS/+07/09/1933 Pareci Novo RS), aos 22 anos de idade, na data de 09/07/1914, na Capela de Pareci Novo, perante o Padre João Bruggmann. As testemunhas foram o irmão Albino Schmitz e Aloysio Jacob Klöckner (Livro Casamentos Igreja de Harmonia, fls. 65 e 65 v). Idalina casou-se no civil, em 26/09/1914, na cidade de Harmonia RS (CRCPN, Harmonia, Livro Registro Casamentos B-2, fl. 175 v, nº 26). No mesmo dia e local, casava-se o irmão de Idalina, Albino Schmitz, com Alicia Röse. Conta-se que Idalina chegava a usar as gavetas de uma cômoda que possuía como berços alternativos para os bebês que teve. A prima Vânia conta que ela era generosa para com os netos, oferecendo, por exemplo, uma boa quantidade de frutas para que estes as levassem para a casa em Porto Alegre.



Certidão de casamento de Idalina Schmitz e Jacob Göller Sobrinho


Meu avô Jacob Göller Sobrinho


OS FILHOS (VER FAMÍLIA GÖLLER)


I-João Edvino Göller (*08/07/1915 Pareci Novo RS/+30/08/1924 Pareci Novo RS – CRCPN, Harmonia, Livro Registros Nascimentos A-8, fl. 70 v, nº 92). Era surdo-mudo. Faleceu após receber um coice de cavalo. Foi sepultado no Cemitério Municipal de Pareci Novo;


II-Guido Raimundo Göller (*09/10/1917 Pareci Novo RS – CRCPN, Harmonia, Livro Registros Nascimentos A-8, fl. 182 v, pág. 117 /+03/11/1917 Pareci Novo RS). Foi sepultado no Cemitério Municipal de Pareci Novo. 



III-Flávio Albino Goeller (*20/03/1919 Pareci Novo RS/+12/09/1989 Porto Alegre RS) casou-se com Gescy Jesus Göller (*11/05/1922 Montenegro RS/+30/11/2009 Taquara RS), na data de 07/06/1941 em Porto Alegre RS. Flávio era Contador e Despachante Aduaneiro e trabalhava no centro de Porto Alegre. Faleceu vítima de um ataque cardíaco, sendo sepultado no Cemitério João XXIII, juntamente com a esposa, que faleceu de insuficiência cárdio-respiratória, e o neto Roberto Goeller. Teve uma única filha chamada Vânia Marli Goeller (*22/03/1943 Porto Alegre RS/+12/10/2012 Porto Alegre RS);


Flávio Albino Goeller e Gescy Jesus Goeller

IV-Egon Göller (*13/08/1921 Pareci Novo RS/+12/08/1993 Porto Alegre RS), meu pai, casou-se com Philomena Abarno Giuseppe (*16/11/1925 Alegrete RS/+10/02/1996 Porto Alegre RS), em 26/02/1949, em Alegrete RS, filha de Rocco di Giuseppe e Alfonsina Abarno Giuseppe. Era bancário aposentado do Unibanco S.A. Faleceu de insuficiência cardíaca e de um AVC isquêmico grave. Philomena faleceu por infarto agudo do miocárdio. O casal foi sepultado no Cemitério da Irmandade de São Miguel e Almas, juntamente com a mãe e a irmã de criação de Philomena. Teve três filhos: Eneida Göller (*30/12/1949 Carazinho RS/+30/12/1949 Carazinho RS), Roque Göller (*22/12/1950 Ijuí RS/+18/01/2017 Porto Alegre RS e Lisete Göller (*06/02/1956 Porto Alegre RS);



Meus pais Egon Göller e Philomena Giuseppe Göller, eu e meu irmão Roque Göller


V-Maria Gerda Göller (*16/09/1922 Pareci Novo RS/+23/05/2001 Porto Alegre RS), casada na Igreja Nossa Senhora da Piedade em Porto Alegre RS, com Arlindo Wagner (*12/08/1921 Venâncio Aires RS/+25/03/1989 Porto Alegre RS), alfaiate aposentado. Arlindo faleceu de câncer digestivo e Gerda faleceu de um ataque cardíaco, sendo o casal sepultado no Cemitério João XXIII. Teve dois filhos: Roberto Wagner (*11/09/1949 Porto Alegre RS/+07/11/1991 Porto Alegre RS) e Ricardo Wagner (*06/09/1955 Porto Alegre RS);


Maria Gerda Göller Wagner

Arlindo Wagner


VI-Ernesto Victor Göller (*11/03/1925 Pareci Novo RS/+1994 Niterói, Canoas RS) teve como companheira uma senhora viúva. Não tiveram filhos. Era garçom. Residia em Canoas, no Bairro Niterói. Faleceu de um derrame cerebral;



Victor Göller


VII-Valesca Guisella Göller (*11/06/1927 Pareci Novo RS/+04/08/2012 São Leopoldo RS), casada com Jacob Reinaldo Schneider (*10/11/1919 Salvador do Sul RS/+20/11/2010 Canoas RS). Residia em Canoas com o esposo, que trabalhava na base da Aeronáutica de Canoas antes de se aposentar. Reinaldo faleceu de câncer do intestino e Guisella faleceu após ser acometida por um AVC. Foram sepultados no Cemitério de Canoas. O casal teve três filhos: Vera Schneider (*21/02/1954 Canoas RS), Margareth Schneider (*03/02/1958 Canoas RS) e Carlos Reinaldo Schneider (*02/02/1964 Canoas RS).



Valesca Guisella Göller Schneider

Jacob Reinaldo Schneider


Idalina com alguns de seus netos: da esquerda para a direita, atrás, Roberto Wagner e Roque Göller; idem, na frente, Ricardo Wagner, Margareth Schneider e Vera Schneider


O LOCAL DE RESIDÊNCIA


A família fixou residência em Pareci Novo RS. Jacob, que era alfaiate, faleceu aos 40 anos de idade, na data de 19/08/1928, de febre tifóide, às 4 horas, em sua casa em Pareci Novo, após um período de enchente do Rio Caí. Naquele ano, as águas subiram 13,62 metros acima do leito normal do rio. Jacob teria tentado salvar os galos de rinha que possuía. Este local insalubre possivelmente possa ser relacionado com a febre tifóide que o vitimou. O irmão de Jacob, José Willy, faleceu na mesma época e da mesma doença. Eles eram muito amigos. Idalina, após a sua morte, teve que criar com dificuldades os cinco filhos menores.


Para sustentar a família, Idalina lavava roupas para os padres do Seminário de Pareci Novo, sendo que seus filhos chegaram a freqüentá-lo por algum tempo. Por volta de 1936, devido às dificuldades financeiras da família, decidiu que os filhos iriam morar em Porto Alegre. Os filhos homens foram morar na pensão do avô José Göller que, posteriormente, veio a pertencer à tia paterna Leopoldina Göller Mayer, na Avenida Alberto Bins, nº 467, nos fundos da Igreja São José. As filhas Maria Gerda e Guisella foram morar com famílias diferentes, sendo que esta última foi para a Capital num segundo momento.



Vista da Igreja de São José de Pareci Novo - Anos 1940


A casa em Pareci Novo era dividida em três partes. Idalina residia na do meio e as demais eram alugadas a inquilinos. Após a morte de Idalina, a casa foi vendida para um parente dos Schmitz, que a demoliu e construiu no local uma nova moradia. Esta última não mais existe e o terreno passou a fazer parte da atual Praça Municipal Miguel Arraes de Pareci Novo.



A casa em Pareci Novo - Anos 1940


Idalina e a filha Gerda - Porto Alegre, Anos 1940


O FALECIMENTO DE IDALINA SCHMITZ


Faleceu de infarto do miocárdio, aos 77 anos, às 20 horas e 50 minutos, em 18/07/1970 em Porto Alegre RS (CRCPN, Porto Alegre, 3ª Zona, Livro Registro Óbitos C-72, fl. 32 v, nº 51.946), na casa da filha Maria Gerda Göller Wagner. Faleceu no mesmo dia do casamento do neto Roberto Wagner. Idalina e o esposo Jacob Göller Sobrinho foram sepultados no Cemitério Municipal de Pareci Novo RS.



Certidão de Óbito de Idalina Schmitz Göller


Túmulo de Idalina Schmitz Göller e Jacob Göller Sobrinho - Pareci Novo RS

Ver a continuração: Família Schmitz (Johann Peter) 4ª Parte - Genealogia