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sábado, 23 de abril de 2016

O Paladar do Tempo - Livro Dona Benta


O livro de culinária que conheço desde a minha infância é o clássico Dona Benta. A primeira edição, com o nome inicial de Comer Bem, foi lançada em 15/07/1940, com uma tiragem de 20 mil livros, que se esgotaram rapidamente. De lá para cá, a obra chegou à incrível marca de 1 milhão de exemplares vendidos. Naquela época, acreditava que o livro fosse uma versão de uma obra estrangeira. Puro engano...

Por incrível que pareça, o livro não teve autor. Partiu da ideia do Diretor de Produção da Companhia Editora Nacional, Rubens de Barros Lima, visando suprimir a ausência de um título de culinária no catálogo da empresa. As receitas inicialmente tiveram contribuições do casal Alduino e Lygia Estrada, a partir de receitas que visavam conquistar as famílias brasileiras das mais diversas regiões e camadas sociais. Além das receitas, houve a preocupação da Editora de incluir títulos como utensílios, montagem de cardápios, além de conselhos para receber amigos e enfeitar a casa. A ideia para a capa do livro, que ainda hoje é utilizada, veio da concepção de Octalles Marcondes Ferreira, que acompanhou a elaboração da obra nos seus primórdios, com o desenho de J. V. Campos.



Uma antiga edição de Dona Benta - Foto: Internet

O livro Dona Benta de minha mãe não chegou aos dias atuais. Era uma antiga edição dos anos 1950, mas ainda antes daquelas edições em que foram incluídas as fotos coloridas. Acho que o principal mérito do livro era o de apresentar ao usuário a boa técnica culinária com relação ao alimento: as suas características, bem com a sua preparação e conservação, e não somente limitando-se à apresentação de receitas. A diferença, a ‘pegada’ maior deste livro está neste diálogo com o leitor.


Um dia desses, não pude resistir e comprei um exemplar numa livraria, uma edição de 2013. Não sei se é a última. Descobre-se que o livro foi reformulado, mas ainda assim conservou a sua identidade. Trouxe consigo uma assinatura de contemporaneidade, adaptado às inevitáveis mudanças, não só tecnológicas, mas culturais e sociais. Estamos diante de uma obra eterna?

4 comentários:

  1. Tenho um, edição 41. De 1950 com 538 páginas. A capa está bem judiada, o que da um charme a mais no livro. Páginas amareladas que me lembram minha mãe folheando ele na mesa da cozinha escolhendo uma nova delícia a ser devorada nas próximas horas !!! Mas como não sou fã de cozinha, vou coloca-lo a venda no ML.

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    1. Procuro a receita panelinha de coco que tinha no livro. O seu yem essa receita?

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  2. O meu livro herdei da minha sogra..edicao 32... amo ... tem todas as receitas antigas...
    Páginas amarelada . Não vendo e não dou

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