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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Café Esquina do Tempo - Caderno de Imagens







SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS

Mário Quintana (1906-1994)


A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª feira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil
das horas.

In: Esconderijos do Tempo


Nota: Este poema é o autêntico, verdadeiramente escrito por Mário Quintana. Na Internet encontramos versos adulterados e acréscimos feitos por pessoas com caráter duvidoso. Isto acontece com vários autores.

Foto: Internet 



sábado, 20 de dezembro de 2014

Café Esquina do Tempo - Caderno de Imagens















(Autor desconhecido)


Os filhos são como as pipas;
Tu
Ensinarás a voar, mas não voarão o teu voo.
Ensinarás a sonhar, mas não sonharão o teu sonho.
Ensinarás a viver, mas não viverão a tua vida.

Porém em cada voo, em cada sonho e em cada período de suas vidas permanecerão para sempre os rastros de teus ensinamentos.







sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Família Blasmann 1ª Parte - Ancestrais e Descendentes












A ORIGEM DO SOBRENOME (ANCESTRAIS DA FAMÍLIA ROHR)


Não foi encontrada a origem do sobrenome Blasmann, mas provavelmente trata-se de um toponímico, isto é, refere-se a uma pessoa que teria vindo de um lugar com esta denominação, como por exemplo, Blasheim, na Westfália do Norte. Obs.: o sobrenome Blas vem do nome familiar Blasius, um apelido para alguém que teria um defeito na fala ou na marcha. 


O BRASÃO





Fonte: The Coat of Arms Store


AS ORIGENS


Não foi determinada a cidade de origem da família Blasmann, mas provavelmente situe-se próxima à cidade de Klüsserath, perto de Trier, do lado esquerdo do Rio Reno. O presente estudo apresenta algumas informações sobre a descendência de minha hexavó Elisabeth Blasmann, sendo esta a avó materna da imigrante Susanna Rohr, o qual foi baseado nos registros do Familienbuch de Klüsserath.



ELISABETH BLASMANN


Elisabeth Blasmann, minha hexavó (6º avó), nasceu na Alemanha. Ignoramos os nomes de seus pais. 

                                                                                    
O CASAMENTO


Elisabeth casou-se com Johann Cremer (*Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha), meu hexavô (6º avô), por volta de 1750. O casal teve dez filhos.


I-Johann Friedrich Cremer (*01/12/1751 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha);


II-Maria Elisabeth Cremer (*18/04/1753 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+09/01/1785 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha), solteira, teve o filho Johann Cremer (*03/02/1781 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+02/03/1785 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha);


III-Johann Baptist Cremer (*01/03/1755 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+28/02/1779 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha) era solteiro;


IV-Maria Barbara Cremer (*22/11/1757 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+18/05/1797 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha) era solteira;


V-Mathias Cremer (*22/11/1759 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha);


VI-Anna Maria Cremer (*16/03/1762 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha);


VII-Maria Anna Cremer (*21/03/1765 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha);


VIII-Maria Katharina Cremer (*20/07/1766 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+19/01/1819 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha), minha pentavó (5ª avó), casou-se com Michael Rhor (*19/06/1766 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+30/01/1823 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha), meu pentavô (5º avô), filho de Nikolaus Rohr e Elisabeth Zeimet, na data de 25/01/1792 na Igreja Católica de Wiltingen. O casal teve quatro filhos;


IX-Peter Cremer (*02/09/1768 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+28/02/1822 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha) casou-se com Anna Magdalena (Helena) Lex (*02/11/1769 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+01/09/1833 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha), filha de Gerard Lex e Anna Cleren, na data de 04/05/1797, na Igreja Católica de Klüsserath;


X-Apollonia Thekla Cremer (*11/07/1773 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha) casou-se com Friedrich Kreten (*Bekond, Renânia-Palatinado, Alemanha), filho de Friedrich Kreten, na data de 05/09/1805, na cidade de Schweich.

                                                                                        
O FALECIMENTO


Elisabeth Blasmann faleceu na Alemanha, provavelmente na cidade de Klüsserath.



MARIA KATHARINA CREMER


Maria Katharina Cremer, minha pentavó (5ª avó), filha de Johann Cremer e Elisabeth Blasmann, nasceu na data de 20/07/1766, na cidade de Klüsserath na Alemanha.



Klüsserath - Renânia-Palatinado - Alemanha


O CASAMENTO


Maria Katharina casou-se com Michael Rohr (*19/06/1766 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+19/01/1819 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha), meu pentavô (5º avô), filho de Nikolaus Rohr e Elisabeth Zeimet, na data de 25/01/1792, na Igreja Católica de Wiltingen. O casal teve pelo menos quatro filhos.



OS FILHOS (VER FAMÍLIA ROHR)


I-Johann Rohr (*23/07/1794 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha);


II-Johann Jacob Rohr (*23/07/1794 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+14/03/1801 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha);


II-Anna Maria Susanna Rohr (*20/05/1799 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+11/01/1887 Bom Princípio RS), minha tetravó (4ª avó), casou-se com Philipp Schmitz (*24/12/1797 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+09/01/1853 Picada Feijão, RS), meu tetravô (4º avô), na data de 14/02/1825, na cidade de Klüsserath, filho de Johann Nepomucenus Schmitz e de Anna Maria Schmitz;


III-Maria Anna Rohr (*07/01/1803 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha /+25/06/1890 Dois Irmãos RS) casou-se com Mathias Feiten (Veiten) (*31/03/1797 Ensch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+03/03/1856 Dois Irmãos RS), filho de Jacob Feiten e Christine Merges, na data de 21/01/1823 em Klüsserath. 


O FALECIMENTO


Maria Katharina Cremer faleceu 19/01/1819 em Klüsserath, deixando viúvo o esposo Michael Rohr.



Ver a continuação: Família Blasmann 2ª Parte – Genealogia


Família Blasmann 2ª Parte - Genealogia


(Antepassados da Família Rohr)


Segue abaixo a árvore genealógica da família no formato PDF, desde os ancestrais mais antigos, que pode ser acessada através do link do Google Drive.





Clicar no link abaixo para visualizar a árvore genealógica da família:
Atualização: 17/07/2021


Família Zeimet 1ª Parte - Ancestrais e Descendentes












A ORIGEM E O SIGNIFICADO DO SOBRENOME (ANCESTRAIS DA FAMÍLIA ROHR)


O sobrenome provavelmente seja uma grafia dialética de Zeimert, uma variante de Zeumer, de origem ocupacional, que designa uma profissão de fabricante de arreios na época da Alta Idade Média. O sobrenome aparece no oeste da Alemanha e no território de Luxemburgo.



O BRASÃO





Fonte: The Coat of Arms Store


AS ORIGENS


Não foi determinada a cidade de origem da família Zeimet, mas provavelmente situe-se próxima à cidade de Wiltingen, onde residiram os antepassados da Família Rohr. O presente estudo apresenta algumas informações sobre a descendência de minha hexavó Elisabeth Zeimet, sendo esta a avó paterna da imigrante Susanna Rohr, o qual foi baseado nos registros do Familienbuch de Wiltingen e o de Klüsserath.



PETER ZEIMET


Peter Zeimet, meu heptavô (7º avô) nasceu por volta de 1707, possivelmente na cidade de Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha. Os nomes de seus pais são desconhecidos até o momento.  
                                                                             

O CASAMENTO


Peter casou-se com Helena Rarius (Rarrius) (*1707 Alemanha/+24/11/1758 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha), minha heptavó (7ª avó), por volta de 1727. O casal teve pelo menos uma filha.


A FILHA


I-Elisabeth Zeimet (*1727 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+1798 Alemanha), minha hexavó (6ª avó), casou-se com Nikolaus Rohr (*13/04/1704 Minheim, Renânia-Palatinado, Alemanha/+01/03/1769 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha), meu hexavô (6º avô), filho de Johann Gerhard Rohr e Maria Elisabeth Diedrich, na data de 11/04/1747, na Igreja Católica de Pellingen. O casal teve pelo menos oito filhos.

                        
O FALECIMENTO


Peter Zeimet faleceu após o falecimento da esposa em 1758, provavelmente na cidade de Wiltingen.



ELISABETH ZEIMET


Elisabeth Zeimet, minha hexavó (6ª avó), filha de Peter Zeimet e Helena Rarius, nasceu por volta de 1727, possivelmente na cidade de Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha. 
                                                                                     

O CASAMENTO


Elisabeth casou-se com Nikolaus Rohr (*13/04/1704 Minheim, Renânia-Palatinado, Alemanha/+01/03/1769 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha), meu hexavô (6º avô), filho de Johann Gerhard Rohr e Maria Elisabeth Diedrich, na data de 11/04/1747, na Igreja Católica de Pellingen. O casal teve pelo menos oito filhos.


OS FILHOS (VER FAMÍLIA ROHR)


I-Margaretha Rohr (*1750 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+05/04/1820 Niederzerf, Renânia-Palatinado, Alemanha) casou-se com Mattias Lillig (*17/10/1762 Zerf, Renânia-Palatinado, Alemanha/+23/10/1825 Zerf, Renânia-Palatinado, Alemanha), filho de Johann Adam Lillig e Anna Müller, na data de 31/07/1787, na cidade de Zerf. O casal teve pelo menos dois filhos: Johann Lillig e Margaretha Lillig;

II-Nikolaus Rohr (*12/07/1752 Pellingen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha);

III-Barbara Rohr (*24/09/1754 Krettnach, Renânia-Palatinado, Alemanha/+21/12/1805 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha) casou-se com Jakob Schue (*12/04/1747 Oberemmel, Renânia-Palatinado, Alemanha/+05/04/1807 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha), filho de Matthias Schue e Maria Katharina Remmel, na data de 21/04/1784, na cidade de Wiltingen. O casal teve pelo menos dois filhos: Nikolaus Schue e Jakob Schue;

IV-Johann Rohr (*23/12/1755 Pellingen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha);

V-Anna Maria Rohr (*05/04/1757 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha) casou-se com Matthias Mergen (*Alemanha/+Alemanha), por volta de 1794. Tiveram pelo menos uma filha chamada Maria Mergen;

VI-Franz Anton Rohr (*21/03/1759 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha) casou-se em primeiras núpcias com Susanna Kramp por volta de 1781; em segundas núpcias com Margaretha Barth, por volta de 1807, com quem teve a filha Elisabetha Rohr; em terceiras núpcias com Susanna Schuter, filha de Johannes Schuter e Eva Thiel, na data de 24/05/1810, na cidade de Wiltingen; em quartas núpcias com Anna Maria Busch, filha de Franz Busch e Angela Schmitz, na data de 26/12/1817 em Wiltingen e, em quintas núpcias, com Margaretha Aron, filha de Johann Aron e Maria Katharina Quint, em 02/11/1821 na cidade de Wiltingen, com quem teve os filhos Anna Maria, Margaretha, Franz e Magdalena;

VII-Johannes Petrus Rohr (*08/08/1763 Palzem, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha), batizado na Igreja de Pellingen. Sem mais notícias;

VIII-Michael Rhor (*19/06/1766 Wiltingen, Renânia-Palatinado, Alemanha/+30/01/1823 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha), meu pentavô (5º avô), casou-se com Maria Katharina Cremer (*20/07/1766 Klüsserath, Renânia-Palatinado,Alemanha/+19/01/1819 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha), minha pentavó (5ª avó), filha de Johann Cremer e Elisabeth Blasmann, na data de 25/01/1792, na Igreja Católica de Wiltingen. O casal teve quatro filhos.

                                                                                        
O FALECIMENTO

Elisabeth Zeimet faleceu por volta de 1798 na Alemanha.



MICHAEL ROHR


Michael Rohr, meu pentavô (5º avô), filho de Nikolaus Rohr e Elisabeth Zeimet, nasceu na data de 19/06/1766 em Wiltingen, cidade alemã da Renânia-Palatinado.



Wiltingen - Renânia-Palatinado - Alemanha Foto: Galgenberg



O CASAMENTO


Michael Rohr casou-se com Maria Katharina Cremer (*20/07/1766 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+19/01/1819 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha), minha pentavó (5ª avó), filha de Johann Cremer e Elisabeth Blasmann, na data de 25/01/1792, na Igreja Católica de Wiltingen. O casal teve pelo menos quatro filhos.



OS FILHOS (VER FAMÍLIA ROHR)


I-Johann Rohr (*23/07/1794 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Alemanha);


II-Johann Jacob Rohr (*23/07/1794 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+14/03/1801 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha);


II-Anna Maria Susanna Rohr (*20/05/1799 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+11/01/1887 Bom Princípio RS), minha tetravó (4ª avó), casou-se com Philipp Schmitz (*24/12/1797 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+09/01/1853 Picada Feijão, Ivoti RS), meu tetravô (4º avô), na data de 14/02/1825, na cidade de Klüsserath, filho de Johann Nepomucenus Schmitz e de Anna Maria Schmitz;


III-Maria Anna Rohr (*07/01/1803 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha /+25/06/1890 Dois Irmãos RS) casou-se com Mathias Feiten (Veiten) (*31/03/1797 Ensch, Renânia-Palatinado, Alemanha/+03/03/1856 Dois Irmãos RS), filho de Jacob Feiten e Christine Merges, na data de 21/01/1823 em Klüsserath. 

                                                                                       
O FALECIMENTO


Michael Rohr faleceu na data de 30/01/1823 na cidade de Klüsserath, viúvo de Maria Katharina Cremer, que faleceu na mesma cidade na data de 19/01/1819.


Ver a continuação: Família Zeimet 2ª Parte – Genealogia


Família Zeimet 2ª Parte - Genealogia


(Antepassados da Família Rohr)

Segue abaixo a árvore genealógica da família no formato PDF, desde os ancestrais mais antigos, que pode ser acessada através do link do Google Drive.







Clicar no link abaixo para visualizar a árvore genealógica da família:
Última atualização 17/07/2021




sábado, 13 de dezembro de 2014

Memórias de Estudante III - Os Idiomas


O ITALIANO


Hoje é um dia especial como aluna do curso de italiano: o recebimento do Certificato di Conclusione dei Corsi de Lingua e Cultura Italiana. Passo a relembrar o primeiro dia de aula, no tempo em que as aulas eram realizadas no prédio da Sociedade Italiana, os colegas que estudaram comigo no decorrer de todos estes anos, sendo que alguns deles desistiram no meio do caminho, outros tantos se formaram antes de mim, pois me afastei em determinados períodos, além daqueles poucos com os quais ainda mantenho contato. É hora também de evocar a sabedoria dos mestres que acompanharam esta trajetória, assim como de homenagear o nosso saudoso mestre dos cursos de culinária na Sociedade Italiana, Professor Francesco Rosito, que desvendou para nós um pouco dos segredos dos sabores da Itália. 


A nossa turma do último semestre do curso, tendo ao centro o Prof. Alessandro Andreini


Comecei a estudar o italiano, um tanto tardiamente, influenciada pela origem de meus antepassados maternos, ou seja, dos genearcas italianos, que foram o meu avô, pai de minha mãe e o meu bisavô, pai de minha avó. Comecei sem grandes pretensões, com o intuito de conhecer o idioma e conseguir ler textos em italiano, principalmente os registros de cartório a serem pesquisados. No longínquo mês de agosto de 2007, comecei o curso na ACIRS – Associação Beneficente e de Assistência Educacional do Rio Grande do Sul, com aulas na Sociedade Italiana até o 5º Nível. Depois da abertura de outra sede da escola, desta vez nas proximidades da Sociedade, as aulas passaram a serem dadas no novo local da Av. Oswaldo Aranha. Neste ano de 2014, esta última sede encerrou as suas atividades, transferindo-se para um prédio próximo, com maior capacidade de atendimento, situado na mesma avenida.  



A Sociedade Italiana do RS inaugurada em 10/09/1908


A Sociedade Italiana, localizada na Rua João Telles, nº 317, no Bairro Bom Fim em Porto Alegre, foi instituída no ano de 1893, inicialmente com o nome de Sociedade Bella Aurora, pelos italianos Giuseppe Bellebon, Pietro Guzzi, Pietro Dalla Riva e Giorgio Bianchin, com o intuito de dar apoio aos imigrantes italianos que chegavam à cidade, com poucas condições financeiras e sem terem lugar para pousar. Assim sendo, a Sociedade funcionou como escola para os filhos dos imigrantes, albergue e centro cultural. Provavelmente, o embrião desta entidade tenha sido a Scuola Italiana Campo da Redempção, que foi fundada em 11/11/1893. No ano de 1896, a Sociedade passou a se chamar Società Italiana di Beneficenzia e Istruzione Princepessa Elena Di Montenegro, em homenagem a esta princesa que se casou com o rei Vittorio Emanuelle. Nos anos 1950, a denominação em português passou a ser Sociedade Italiana de Beneficência e Instrução Elena Di Montenegro. No ano de 1961, o nome foi mudado para Centro Ítalo Brasileiro e, nos anos 1990, foi alterado para Sociedade Italiana do Rio Grande do Sul, que é a atual denominação. Atualmente, a Sociedade realiza atividades sociais, culturais, gastronômicas e de ensino da língua italiana.



A cerimônia de entrega dos Certificados de Conclusão na ACIRS



A Associação Beneficente e de Assistência Educacional do Rio Grande do Sul, fundada em 22 de julho de 1991, é uma sociedade civil e privada, sem fins lucrativos, que tem como objetivo principal o de divulgar a língua e a cultura italianas, a fim de que os descendentes encontrem sua identidade histórica e social, através da promoção de cursos, seminários, exposições e outras manifestações culturais (Fonte: site da ACIRS).

Frequentei as aulas de italiano, mas fazendo paradas estratégicas, às vezes para estudar outra língua, outras vezes por motivo de viagem. Houve semestres fáceis, outros mais difíceis, mas este é um fato normal no estudo de línguas. O italiano tem as suas peculiaridades e, à medida que estudamos o idioma, este vai se tornando cada vez mais complexo. O ideal é procurar inserir a língua no nosso quotidiano: nas leituras, nos filmes, nas músicas e, sobretudo, nas viagens para este belíssimo país chamado Itália... 

E o tempo passou. Chegou, finalmente, a tão esperada conclusão do curso no ano de 2014, que teve a cerimônia de entrega dos certificados na novíssima sede da ACIRS, que ainda nem conhecíamos. Neste sentido, fomos os pioneiros nesta nova fase da escola. Mas o estudo deverá continuar. Este foi apenas o fechamento de mais um ciclo...



Na despedida da ex-sede da ACIRS, com os colegas e professor do último nível


domingo, 23 de novembro de 2014

A Origem e o Significado dos Sobrenomes Alemães




Fonte: Artigo do Wikipedia na língua espanhola, sugerido por Jorgelina Fischer – Argentina

(tradução livre do espanhol por Lisete Göller)


O estudo etimológico de sobrenomes alemães começou no final da Idade Média. A maioria dos sobrenomes alemães foi gerada a partir de apelidos. Estes são classificados em quatro grupos, com base na origem do apelido: um ou mais prenomes, designações de ofício, atributos físicos e referências geográficas (incluindo as referências ao nome de uma edificação). Além disso, muitos sobrenomes descrevem uma característica específica, que corresponde à área de onde eles se originaram dentro do seu dialeto.

Muitas vezes os nomes se tornaram sobrenomes, quando algumas pessoas foram identificadas através do nome de seu pai, ou seja, com um patronímico. Por exemplo, o nome Ahrend tornou-se, ao longo do tempo, Ahrends, adicionando ao final -s, no caso do genitivo alemão (no alemão a frase Ahrends Sohn equivalente no português a "filho de Ahrend"). Exemplos de sobrenomes: Ahrends, Burkhard, Wulff, Friedrich e Benz. Uma vez que muitos dos primeiros registros urbanos foram escritos em latim, era frequente o uso do plural -i do genitivo como, por exemplo, Jakobi ou Alberti, ou escrito com Y em Mendelssohn Bartholdy.

A designação de ofícios é a forma mais comum na formação dos sobrenomes. Qualquer pessoa com uma ocupação incomum acabaria sendo identificado com ele. Exemplos: Schmidt (ferreiro), Müller (moleiro), Meier (administrador de uma granja, relacionado com Mayer ou Meyer), Schulze (prefeito), Fischer (pescador), Schneider (alfaiate), Maurer (pedreiro), Bauer (agricultor), Metzger ou Fleischer (açougueiro), Töpfer ou Toepfer (oleiro).

Os nomes de características físicas foram adotados como sobrenomes em casos como Kraus (cabelo encaracolado), Schwarzkopf (cabeça preta), Klein (pequeno), Gross (grande).

As denominações geográficas foram derivadas desses sobrenomes gentílicos, como Kissinger (de Kissingen), Schwarzenegger (de Schwarzenegg), Busch (bosque), Bayer (Bavária, Bayern no alemão). Böhm indica que a família vem da região tcheca da Bohemia.

Um caso particular é o de sobrenomes derivados de nomes de lugares ou construções. Antes de se nomear e dar numeração às ruas, e até muito mais tarde, muitas edificações importantes possuíam nomes, tais como pousadas, fábricas e fazendas. Elas eram geralmente conhecidas pelas pessoas que nelas viviam; os moradores recebiam os seus nomes através do nome da edificação ou da área em que habitavam. Podia ser combinado com uma profissão: Rosenbauer (fazendeiro de rosas, em uma fazenda chamada 'rosa'); Kindlmüller (criança do moleiro, um moinho chamado 'a criança do Natal’, ‘filho pródigo’ ou ‘filho ou criança do rei’). Também se usava o nome diretamente: Bär (Urso); Engels (de Engel, anjo).

A imigração, muitas vezes incentivada pelas autoridades locais, também trouxe sobrenomes estrangeiros para as regiões de língua alemã. De acordo com a história regional, as condições geográficas e econômicas predominantes em diferentes épocas, muitos sobrenomes têm uma origem francesa, holandesa, italiana, húngara ou eslava (por exemplo, polaco). Às vezes, eles têm sobrevivido em sua forma original, com outra ortografia, que foi adaptada para o alemão (a terminação eslava -ic se tornou -itz ou -itsch no alemão, e se pronuncia "ich"). Com o passar do tempo, a ortografia tem sido frequentemente alterada para refletir a pronúncia real em alemão (Sloothaak, holandês Sloothaag). No entanto, em alguns casos, como os huguenotes franceses que emigraram para a Prússia, a grafia de seu sobrenome foi preservada, mas com a pronúncia natural de nativos alemães: Marquard marca a pronuncia em francês, mas em seguida passou a se pronunciar Markuart, como se fosse um sobrenome alemão.

A preposição von (“de”) foi usada para distinguir a nobreza. Por exemplo, se alguém foi Barão da cidade de Veltheim, sua família será von Veltheim. Nos tempos modernos, as pessoas pertencentes à nobreza acrescentam "von" ao seu nome. Por exemplo, para Johann Wolfgang Goethe, seu nome seria Johann Wolfgang von Goethe. Esta prática terminou com a abolição da nobreza, na Alemanha e na Áustria, em 1919. Em algumas áreas da Suíça, von é usado em nomes geográficos e não nobres, por exemplo, von Däniken (a cidade de Däniken). O mesmo acontece nos Países Baixos e em Flandres, onde se fala flamengo (uma língua muito semelhante ao alemão), onde este sobrenome era muito comum. Muitos nomes de cidades acabaram resultando em sobrenomes flamengos (Van Gogh, Van Keulen, Van Gulik, Van Bon, etc.).

Os judeus de língua alemã não adotaram sobrenomes até os séculos XVIII e XIX. Alguns eles mesmos podiam escolher, criando sobrenomes com dois nomes que soassem bem. Exemplos: Goldblum (flor de ouro), Rosenthal (Vale das Rosas), Rothschild (escudo vermelho), Schwarzschild (revestimento preto), Silberschatz (tesouro de prata), Stein (pedra). Em outros casos, a administração atribuía os sobrenomes aos funcionários, o que, por vezes, resultava numa situação humilhante. Alguns nomes tradicionais alemãs foram adotados para evitar chamar a atenção, como Meyer ou Löwe, o que poderia se referir tanto à palavra alemã ‘Löwe’ (leão) ou à tribo judaica de Leví. A terminação alemã -mann deve ser distinguida de –man, sufixo judeu, mas, obviamente, isto não pode ser generalizado.

Quanto aos sobrenomes originariamente locais, são numerosos os que apresentam características de dialetos locais, como no caso das terminações atuais dos diminutivos no sul da Alemanha, Áustria e Suíça como -l, -el, -erl, -le ou -li, como Kleibl, Schäuble ou Nägeli (de 'Nagel', prego).

Muitos nomes de famílias não têm uma conexão óbvia com uma comunidade, ocupação ou estilo de vida. Um deles é Geier, que se refere a um pássaro, uma cidade ou uma história oral de origem camponesa que se refere a um mito: o de que os bebês humanos foram roubados de uma aldeia por pássaros gigantes, e que foram devolvidos os seus cativos, depois que os aldeões atacaram e destruíram os seus ninhos.





segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Viagens - Rio Pardo RS


Espaço Cultural Panatieri - Foto: Arquivo Pessoal


MEMÓRIAS DE RIO PARDO (Em Memória de Johann Joseph Welter)



A partir das descobertas que fiz através de minhas pesquisas sobre a família de meu tataravô Joseph Welter, imigrante vindo de Buch, cidade da Renânia-Palatinado, Alemanha, nasceu o desejo de conhecer Rio Pardo, cidade onde meu ancestral estabeleceu sua última morada. Fazer viagens com esta finalidade é um acontecimento especialmente importante para todos aqueles que desejam conhecer as suas origens e resgatar a sua história. Para isto, é necessário buscar no tempo presente vestígios do passado, além de procurar reconstituir o cenário real onde os acontecimentos se desenrolaram. Contava eu com poucos dados, como o antigo nome da rua e a descrição da casa onde Joseph e a sua família haviam morado no longínquo ano de 1856. Acreditava que, com um pouco de sorte e intuição, poderia chegar àquele local que provavelmente estaria muito diferente daquele existente há mais de 150 anos. Felizmente, Rio Pardo ainda conserva muitos de seus prédios históricos que são testemunhos de importantes acontecimentos até mesmo da História do Rio Grande do Sul.



A antiga Rua da Ladeira - Foto: Arquivo Pessoal


Com esperanças na bagagem, algumas anotações e a câmera fotográfica, cheguei a Rio Pardo num dia frio e ensolarado do mês de julho de 2007. À medida que me aproximava mais e mais da cidade, algo mágico começava a acontecer. É difícil descrever em palavras, mas posso tentar traduzir como uma suave sensação de paz, algo sublime e reconfortante, que foi pouco a pouco fazendo morada em meu espírito. Há coisas que acontecem sem ter uma explicação racional, e acredito que o significado de tal acontecimento transcendeu a minha limitada compreensão.



Uma janela no tempo - Foto: Arquivo Pessoal



Assim, depois de estar instalada no hotel, saí a caminhar pela rua principal, chegando à antiga Rua da Ladeira, hoje denominada Rua Dr. Júlio de Castilhos, que conservou as suas características coloniais graças ao seu providencial tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional. Era o meu ponto de partida, pois sabia que alguma de suas transversais seria a rua que procurava. Naquele ano de 1856, era chamada de Rua da Praia, rua que talvez nem existisse mais... O problema central era conhecer o seu nome na atualidade. Já havia recebido uma informação incorreta anteriormente, obtendo um nome que correspondia ao da rua principal, o que me confundiu por algum tempo.



Prédio do Espaço Cultural Panatieri - Foto: Arquivo Pessoal


Mas uma ajuda providencial chegou inesperadamente: na Casa Panatieri encontrei, por uma agradável coincidência, a tia de uma ex-colega dos tempos do Colégio Sévigné, Elvira Panatieri, que me deu o nome de um senhor que conhecia em detalhes a história da cidade. Sou grata até hoje a esta pessoa, o Sr. José Ernesto Wunderlich, que me forneceu não só o nome atual, Rua General Câmara, mas também informações importantes sobre a casa e até mesmo o acesso a fotos antigas existentes em seu precioso acervo.



O antigo sobrado no ano de 2007 - Foto: Arquivo Pessoal


Lá estava o antigo sobrado de esquina: a “casa de sobrado coberta com soteia, localizada na Rua da Ladeira, fazendo esquina com a Rua da Praia, dando para o Passo da Jacuí”. Com o passar dos anos, havia sofrido severas alterações, passando por um incêndio desolador que havia devorado o madeirame que havia no seu interior. Mas as suas paredes ainda estavam de pé, edificadas desde um tempo que naquela época não saberia precisar (a construção teve seu término em meados de 1852). A soteia (ou açoteia) era um eirado ou terraço que se construía por cima das casas. Na casa de meu tataravô, este terraço era lateral à mesma. Contou-me o Sr. José Ernesto que este foi inicialmente construído em madeira e, posteriormente, foi substituído por tijolos. A soteia era a pista mais importante para o reconhecimento da casa. Hoje, porém, ela só existe nas fotos antigas. Seguem outros trechos que escrevi sobre a história dos Welter:



Detalhe do andar superior do sobrado - Foto: Arquivo Pessoal


“A família Welter mudou-se a seguir para a cidade de Rio Pardo. Não sabemos exatamente o ano da mudança, porém encontramos a escritura de compra de uma casa naquela cidade na dada de 09/07/1855. No documento está registrado que Joseph era credor de Carlos (Johann Carl) Oestereich (Östereich). Tendo Carlos falecido em 12/06/1855 nesta cidade e deixado dívidas pendentes, o filho André (Andreas), havia pedido à Justiça autorização para efetuar a venda e saldar a dívida. Tratava-se de uma casa de sobrado coberta, com sotéia, isto é, com um terraço na edificação, localizada na histórica Rua da Ladeira (Rua Júlio de Castilhos), fazendo esquina com a Rua da Praia (Rua General Câmara) que dava para o Passo do Jacuí. De um lado, fazia divisa com a casa pertencente a José Ignácio da Silveira e, de outro, com a casa de João Fischer. Na casa havia um local para negócios (no andar de baixo) e a mercadoria existente também entrou na transação. O valor da casa foi de 3 Contos de Réis (3.000.000) e os móveis e certa quantidade de mercadorias (descrita como “molhados”, ou seja, bebidas) pelo valor de 2 Contos de Réis (2.000.000), totalizando 5 Contos de Réis (5.000.000). Deste total foi a abatido o valor da dívida que era de 3 Contos e 180.000 Réis (3.180.000), recebendo de Joseph o valor em dinheiro de 1 Conto e 820 mil Réis (1.820.000) (Arquivo Público do RS, Transmissões, Rio Pardo, Livro nº 14, pág. 6, 1º Cartório).” 


O sobrado por volta de 1870


“Neste local, Joseph estabeleceu a sua casa de negócios comercializando diversas mercadorias, tais como: alimentos e bebidas (café, vinho, aguardente, cerveja inglesa, genebra, conhaque, absinto, capilé, latas de sardinha, pimenta do reino, canela, cravo, erva-doce, cominho, chás, alfazema, melado, vinagre, sal, erva, farinhas, feijão preto, arroz, açúcar, bacalhau e rapadura); mercadorias diversas (sabão, velas, chifres de vaca, charutos, fósforos, fumo, azeite, louças, utensílios de cozinha, pólvora, material de costura, linhas em novelos, botões de madrepérola, tinta de escrever e rapé); vestuário (tamancos, chapéus de palha, fazendas como chita, algodão e tecidos para calças, chapéus de Braga, lenços de seda, retalhos, paletó de riscadinha e pares de meias, inclusive para senhoras); ferragens (chumbo de caça, tesouras de alfaiate, cadinhos de ourives, balanças, foices, correntes), dentre outras mercadorias. Pela existência do crédito referido junto ao comerciante Carlos Oestereich, comprova-se que Joseph já era comerciante. Naquele tempo, as mercadorias vindas de Porto Alegre chegavam ao porto de Rio Pardo e iam para frente da Capela de São Francisco, onde ficavam por cinco horas para comercialização.”



A Capela de São Francisco - Foto: Arquivo Pessoal


O sobrado, após a morte de meu tataravô, em 13/02/1856, passou a pertencer ao negociante Jacob Luchsinger, que era o locatário de minha tataravó Catharina Welter, nascida Mossmann, tendo o encargo de vender certa quantidade de gêneros. Parte destes, ela levou para Ivoti, para onde se mudou com os filhos, e parte foi vendida em leilão em Rio Pardo, rendendo, porém, menos do que valiam. “Somente em 04/09/1858 foi lavrada a escritura de venda para Jacob Luchsinger, através de procuração feita a Apolinário Francisco Ferreira Guimarães. Foi vendida por 1 Conto e 650.000 Réis (1.650.000) em três pagamentos: 1 Conto de Réis à vista e dois de 325.000 Réis, no prazo de seis e nove meses respectivamente. Catharina estava morando em Picada 48, localidade de Ivoti com os seus filhos (Arquivo Público do RS, Transmissões, Rio Pardo, Livro nº 16, 2º Notário). Jacob Luchsinger nasceu em Glarus na Suíça. Casou-se com a viúva de Friedlin Schmidt, Louise Christine Fayette, filha de Guillaume Fayette e de Christine Schönhardt. Guillaume Fayette era calvinista, nascido em Genebra, na Suíça, e era relojoeiro (Imigrantes Alemães – 1824/1852, Gilson Justino da Rosa). O casal teve um único filho: João Rodolfo Miguel Luchsinger, que se casou com Guilhermina Eichenberg, na data de 12/07/1873, em Rio Pardo (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Rio Pardo, Livro 5-B, pág. 377)."



Joseph Welter foi sepultado no antigo cemitério que existia atrás da Igreja Matriz de Rio Pardo, onde hoje se situa a casa paroquial - Foto: Arquivo Pessoal



O sobrado nos anos 1940 (na esquina, à esquerda)


A casa, segundo me informaram, pertencia a uma família de Rio Pardo, tendo esta a intenção de vendê-la. Uma reforma seria o mais desejável, dado que é muito antiga e se encontra justamente na rua mais famosa da cidade. Além disto, pelo valor sentimental que possui para mim, seria a realização de um sonho e a preservação da memória de meu tataravô Joseph Welter. Há pouco tempo, obtive outras informações. O incêndio relatado anteriormente originou-se na Padaria Sperb, que funcionava no andar térreo. O telhado teria ruído após a minha visita a Rio Pardo. Mas o melhor ainda estava por vir: foi uma grande satisfação saber que, no ano de 2001, a casa havia sido tombada como patrimônio histórico do Município de Rio Pardo, e deverá ser restaurada de forma a restabelecer a sua arquitetura original. No ano de 2009, a casa apareceu no selo de comemoração dos 200 Anos da Câmara de Vereadores do Município.


Obs.: Ver as postagens sobre A Genealogia de um Sobrado, que revela a origem do mesmo.




Nota 1: O senhor José Ernesto Wunderlich, ao qual devo gratidão por haver me ajudado nesta busca pelos meus antepassados, faleceu em 17/12/2017, na cidade de Rio Pardo. Que esteja em paz junto a Deus! José Ernesto foi um dos fundadores da UNEAMA (União dos Ex-Alunos Amigos do Auxiliadora) e participou ativamente da luta pelo restauro do prédio da Antiga Escola Militar. Participou ainda da Diretoria do Centro Regional de Cultura Rio Pardo como Tesoureiro. Era conhecedor exímio da história de Rio Pardo e um amante da cultura brasileira (Fonte: Centro Regional de Cultura de Rio Pardo). 









Nota 2: Deixo aqui registrado o meu agradecimento ao grande jornalista, poeta, escritor e Diretor do Jornal de Rio Pardo, um apaixonado pela história desta cidade, Rogério Lima Goulart, que me forneceu informações valiosas para a minha pesquisa. Este faleceu no dia 12/06/2019, em Porto Alegre, depois de lutar bravamente pela vida.  








Na Praia dos Ingazeiros



A RUA DO SOBRADO

(Lisete Göller – 2007)

A rua do antigo sobrado
Dobra há tanto tempo esta esquina
Que não sabe onde é que foi parar
Aquele nome tão bonito que tinha.

E vive assim, há séculos esquecida
Das andanças dos que por ela passaram,
Pudesse eu lhe devolver as lembranças,
E as canções tão antigas que por ela ecoaram.

Ruazinha infinita que dá para o rio,
Procuro-te em vão nos mapas do passado,
Mas outra denominação veio a desviar teu curso
Que só me resta agora inventar teu traçado...


Texto revisado do ano de 2007, além de fotos de Rio Pardo que formam o meu acervo.



Igreja de Nossa Senhora do Rosário - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal


Igreja de Nossa Senhora do Rosário - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal


Igreja de Nossa Senhora do Rosário - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal


Gruta ao lado da Igreja Matriz - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



Casa de Cultura de Rio Pardo, antiga Escola Militar - Foto: Arquivo Pessoal



Museu Barão de Santo Ângelo - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



Igreja Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



O antigo Espaço Cultural Panatieri - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal 



Igreja de São Francisco - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



Igreja de São Francisco - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



Igreja de São Francisco - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



Prédio da Prefeitura Velha - Secretaria de Turismo e Cultura de Rio Pardo - Foto: Arquivo Pessoal



Antigo Forum - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



Instituto Medianeira - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



A antiga Rua da Ladeira - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



A imagem de Nossa Senhora do Rosário - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



O Rio Jacuí - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



Café Sabor & Arte - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal



Hotel Recanto do Imperador - Rio Pardo RS - Foto: Arquivo Pessoal